Luísa Correia Pereira

pintora portuguesa

Luísa Correia Pereira ( Lisboa, 1945 - Lisboa, 2009) foi uma pintora portuguesa.

Luísa Correia Pereira
Nascimento 1945
Lisboa
Morte 2009 (63–64 anos)
Lisboa
Cidadania Portugal
Ocupação pintora
The three girls (1997), Colecção Calouste Gulbenkian Museum

Biografia editar

Luísa Correia Pereira nasceu em Lisboa em 1945 e faleceu na mesma cidade em 2009.

Viveu no Rio de Janeiro entre 1962 a 1968 e trabalhou na organização do IV Centenário do Rio de Janeiro. em 1968 vai para Paris, onde viveu até 1974. Estudou no Instituto Católico de Paris onde frequentou o curso de Bibliotecária- Documentalista e trabalhou na Fondation Nationale des Sciences Politiques. Simultaneamente inicia o seu trabalho plástico. [1][2]

No início dos anos 70 o seu trabalho incide sobretudo no desenho (grattage e frottage)  e na  exploração de técnicas de impressão: gravura, xilogravura, serigrafia, monotipia. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1972-1974, e desenvolveu o seu trabalho de gravura no Atelier Friedlaender do gravador Stanley William Hayter em Paris.

Com a Revolução dos Cravos regressa a Lisboa e em 1979-1980 é de novo bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, obtendo da Fundação sucessivos apoios ao seu trabalho nas décadas de 80 e 90.[1][2]

Obra/Exposições editar

O seu trabalho de pintura e desenho desenvolveu-se ao longo de 4 décadas sem grande visibilidade  até à data da sua exposição retrospectiva, em 2003, "Fiat Lux: Paris-Lisboa. Jogos Infantis e Desportos e Jogos" organizada pela EDP – Electricidade de Portugal, em parceria com o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, patente na Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna com a curadoria de João Pinharanda.[3]

No ano da sua morte, 2009 é realizada a exposição "L'Enfant Terrible" organizada por Maria Filomena Molder  e Gaëtan Lampo na Galeria de Arte São Roque, Lisboa e em 2011, "A convocação de todos os seres" na Culturgest do Porto, com curadoria de Gaëtan Lampo e Miguel Wandschneider, reúne a sua obra gráfica (gravura em metal, linóleo, xilogravura, monotipia) desenvolvida no período em que viveu como bolseira em Paris (1972-1974).[1][4][5][6]

Reconhecimento editar

No início do séc. XXI, foi-lhe atribuído o Subsídio de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura português. [1]

Está representada em diversas coleções públicas e privadas: Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, Culturgest ( Fundação Caixa Geral de Depósitos). [7][8][1]

Referências editar

  1. a b c d e MOLDER, Maria Filomena; LAMPO, Gaëtan (2009). L’enfant terrible. Lisboa: São Roque - Antiguidades e Galeria de Arte. p. 10 
  2. a b CHIGA, Marcia Cristina Vaitsman (2017). «Imagens do Deslocamento». ESTUDO GERAL Repositório científico da UC 
  3. «Fiat Lux: Paris-Lisboa. Jogos Infantis e Desportos e Jogos. Luísa Correia Pereira». História das Exposições. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  4. mundo, Culturgest, uma casa do. «Culturgest, uma casa do mundo». Arquivo Culturgest. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  5. «A convocacao de todos os seres | Luisa Correia Pereira | ARTECAPITAL.NET» 
  6. «Exposição de Luísa Correia Pereira. O fulgor da evidência». Jornal Expresso. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  7. «Coleções». MAAT. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  8. «COLEÇÃO DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS». www.culturgest.pt. 2 de agosto de 2018. Consultado em 20 de outubro de 2022 

Ligações Externas editar