Magno II de Meclemburgo-Schwerin
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Magno II (1441 – Wismar, 20 de novembro de 1503) foi duque de Meclemburgo-Schwerin e Güstrow, de 1477 até a sua morte.
Magno II | |
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Duque de Meclemburgo | |
Magno II, Duque de Meclemburgo-Schwerin e Güstrow | |
Nascimento | 1441 |
Morte | 20 de novembro de 1503 |
Wismar, Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, Alemanha | |
Sepultado em | Abadia de Doberan |
Cônjuge | Sofia da Pomerânia-Estetino |
Descendência | Duque Henrique V de Meclemburgo Doroteia de Meclemburgo Sofia de Meclemburgo Érico II de Meclemburgo-Schwerin Ana de Meclemburgo-Schwerin Catarina de Meclemburgo Alberto VII, o Belo |
Casa | Casa de Meclemburgo |
Pai | Henrique IV, Duque de Meclemburgo |
Mãe | Doroteia de Brandemburgo |
Biografia
editarEle era o filho de Henrique IV de Meclemburgo, e Doroteia de Brandemburgo, filha do Eleitor Frederico I de Brandemburgo. O Duque Henrique IV tinha reunificado as terras de Meclemburgo sob seu domínio, através da herança dos antigos senhores de Werle e Stargard , em 1436 e 1471, respectivamente. Perto do fim de sua vida, Henrique IV dedicava cada vez mais tempo à luxúria hedonista, enquanto Magno e seus irmãos, Alberto VI e João VI, tomavam partes mais ativas nos negócios do governo. João morreu em 1474, deixando uma viúva, Sofia da Pomerânia-Estetino, filha de Érico II da Pomerânia, com quem Magno se casou, em 29 de maio de 1478.
Depois que Henrique morreu, em 1477, Magno governou o Ducado juntamente com Alberto. Depois da morte de Alberto, em 1483, Magno governou sozinho, enquanto seu irmão mais jovem, Baltazar de Meclemburgo, não dava a mínima pro governo. Magno reinou até sua morte, em 1503, quando foi sucedido pelos seus filhos, Henrique V, Érico II e Alberto VII, que primeiramente governa juntos, até dividirem suas terras nos ducados de Meclemburgo-Schwerin e Meclemburgo-Güstrow, em 1520.
As dívidas do ducado aumentaram excessivamente devido à extravagante vida na corte de Henrique IV. Magno procurou reduzir a dívida. Ele rlimitou a residência ducal em todos os sentidos, e penhorou bens e insígnias. Ele tentou restaurar as finanças estraçalhadas, através da introdução de um Beden extraordinário (na Baixa Saxônia, Beden é mercadoria a ser entregue ao manso senhorial pelos servos). Isso causou tensões com as cidades hanseáticas de Rostock e Wismar, que estavam tentando atingir uma posição mais independente.
Em 1487, uma rebelião eclodiu em Rostock, que ficou conhecida como o "A Contenda da Catedral de Rostock". O gatilho foi o estabelecimento de uma igreja colegiada (comumente conhecida como Dom) na Igreja de São Tiago. Com esta ação, Magno II queria garantir o financiamento da universidade e sua posição de poder dentro da cidade. Em 12 de janeiro de 1487, o dia em que a igreja foi consagrada, o reitor Thomas Rodou foi assassinado na rua. Dignitários presentes na consagração tiveram que fugir da cidade. Magno temeu pela própria vida quando sua comitiva foi atacada. Sua vida foi salva por um guarda-costas que se jogou em cima de Magno no calor da batalha. A rebelião durou até 1491. No final, o líder rebelde Hans Runge e outros três rebeldes foram executados e a cidade teve que reconhecer o Capítulo da catedral, pagar uma considerável multa e ratificar todos os privilégios do Duque. A excomunhão e interdição que foram impostas a Magno e Baltazar, pelo Sacro Imperador Frederico III e pelo Papa Inocêncio VIII, então, foram revogadas.
Além dessas hostilidades em seu próprio país, Magno também tinha disputas com príncipes vizinhos e com seus vassalos, como era habitual naqueles dias, por exemplo, por heranças, feudos e disputas de fronteiras. Magno participava das batalhas ou fazia mediação entre as partes em conflito. Alguns projetos intencionavam beneficiar a posição econômica de seus territórios, como a proposta de um canal conectando o Mar Báltico ao Rio Elba e ao Mar do Norte através do Lago Schwerin e a melhoria da qualidade da cunhagem de Meclemburgo teve que ser adiada por tempo indeterminado, devido à falta de financiamento. Em 1492, 27 judeus, em Sternberg , foram condenados à morte, depois de serem acusados de profanar as hóstias da sagrada comunhão. Magno confirmou o veredito, e os judeus foram executados na fogueira.
Em sua vida doméstica, teve o prazer de ver duas de suas filhas se casarem com respeitados príncipes alemães. Sua filha Ana de Meclemburgo tornou-se a matriarca da Casa de Hesse, e Sofia de Meclemburgo assumiu a mesma posição para a linhagem de ernestina da Casa de Wettin. Depois da morte de Magno, sua filha Catarina de Meclemburgo alcançou sua própria fama como mãe do famoso Maurício, Duque e Eleitor da Saxônia e Margrave da Mísnia.
Magno morreu em 20 de novembro de 1503, em Wismar, e foi, mais tarde, enterrado na Abadia de Doberan.
Descendência
editarMagno II casou-se com Sofia da Pomerânia-Estetino. Com ela teve os seguintes filhos:
- Henrque V (1479-1552), Duque de Meclemburgo-Schwerin; casou-se três vezes. Primeiro, em 12 de dezembro de 1505, com Úrsula de Brandemburgo, com quem teve descendência. Casou-se, pela segunda vez, em 12 de junho de 1513, com Helena do Palatinado, com quem também teve descendência. Por fim, ele se casou com Úrsula de Saxe-Lauemburgo, com quem não teve nenhum filho.
- Doroteia de Meclemburgo (21 de outubro de 1480 – Ribnitz, 1 de setembro de 1537), Abadessa de Ribnitz, a partir de 24 de fevereiro de 1498.
- Sofia de Meclemburgo, (18 de dezembro de 1481 – Torgau, 12 de julho de 1503); casou-se, em 1 de março de 1500, com o Eleitor João da Saxônia e teve filhos.
- Érico II, (1483-1508), Duque de Meclemburgo-Schwerin.
- Ana de Meclemburgo-Schwerin, (1485-1525), Landegravina de Hesse; casou-se, primeiro, em 20 de outubro de 1500, com Guilherme II, Landegrave de Hesse, e teve descendência. Casou-se, pela segunda vez, a 7 de setembro de 1519, com Otão de Solms-Laubach e teve descendência.
- Catarina de Meclemburgo, (1487-1561), Duquesa da Saxônia; casou-se, em 6 de julho de 1512, com Henrique IV, Duque da Saxônia, e teve descendência.
- Alberto VII, o Belo (1486-1547), Duque de Meclemburgo-Güstrow; casou-se, em 17 de janeiro de 1524, com Ana de Brandemburgo e teve descendência.
Ascendência
editar16.Alberto II, Duque de Meclemburgo | ||||||||||||||||
8. Magno I, Duque de Meclemburgo | ||||||||||||||||
17. Eufêmia da Suécia | ||||||||||||||||
4. João IV, Duque de Meclemburgo | ||||||||||||||||
18. Barnim IV, Duque da Pomerânia-Wolgast | ||||||||||||||||
9. Isabel da Pomerânia-Wolgast | ||||||||||||||||
19. Sofia de Meclemburgo-Werle-Güstrow | ||||||||||||||||
2. Henrique IV, Duque de Meclemburgo | ||||||||||||||||
20. Érico II de Saxe-Lauemburgo | ||||||||||||||||
10. Érico IV de Saxe-Lauemburgo | ||||||||||||||||
21. Inês da Holsácia | ||||||||||||||||
5. Catarina de Saxe-Lauemburgo | ||||||||||||||||
22. Magno II, Duque de Brunsvique-Luneburgo | ||||||||||||||||
11. Sofia de Brunsvique-Luneburgo | ||||||||||||||||
23. Catarina de Anhalt-Bernburgo | ||||||||||||||||
1. Magno II, Duque de Meclemburgo-Schwerin e Güstrow | ||||||||||||||||
24. João II, Burgrave de Nuremberga | ||||||||||||||||
12. Frederico V, Burgrave de Nuremberga | ||||||||||||||||
25. Isabel Henneberg | ||||||||||||||||
6. Frederico I de Brandemburgo | ||||||||||||||||
26. Frederico II da Mísnia | ||||||||||||||||
13. Isabel da Mísnia | ||||||||||||||||
27. Matilde da Baviera, Margravina da Mísnia | ||||||||||||||||
3. Doroteia de Brandemburgo | ||||||||||||||||
28. Estêvão II da Baviera | ||||||||||||||||
14. Frederico da Baviera | ||||||||||||||||
29. Isabel da Sicília, Duquesa da Baviera | ||||||||||||||||
7. Isabel da Baviera-Landshut | ||||||||||||||||
30. Barnabé Visconti | ||||||||||||||||
15. Madalena Visconti | ||||||||||||||||
31. Beatriz Regina de Scala | ||||||||||||||||
Referências
editar- Ludwig Schultz (1884). "Magnus II., Herzog von Mecklenburg". In Allgemeine Deutsche Biographie (ADB) (em alemão). 20. Leipzig: Duncker & Humblot. pp. 68–69.
- Henning Unverhau, ed. (1987). «Magnus II., Herzog von Mecklenburg». Neue Deutsche Biographie (NDB) (em alemão). 15. 1987. Berlim: Duncker & Humblot. pp. 664 et seq..
- Helge Bei der Wieden, ed. (1990). «Stammtafel und Familienartikel Mecklenburg». Neue Deutsche Biographie (NDB) (em alemão). 16. 1990. Berlim: Duncker & Humblot. pp. 590–592.
- Rudloff: Mecklenburgische Geschichte, vol 2, partes 3 e 4
- v. Lützow: Geschichte Mecklenburgs, vol. 2.
- Schröder: Papist. Mecklenburg, vol. II.