Martin Bromberg, (Hamburgo, 24 de novembro de 1839Alemanha, 21 de março de 1918), foi um empresário alemão.

Martin Bromberg
Nascimento 24 de novembro de 1839
Hamburgo, Alemanha
Morte 21 de março de 1918 (78 anos)
Hamburgo, Alemanha
Progenitores Mãe: Marianne Gompertz
Pai: Louis Bromberg

Biografia

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Filho de um banqueiro de Hamburgo, chegou ao Brasil.[1]

Em 1863, aos 26 anos de idade, comprou a empresa “Holzweissig & Company”, que tinha se estabelecido em Porto Alegre em 1845, mudando o nome da firma para "Bromberg & Company”.[2]

Possuía uma extensa rede de distribuidores, trabalhando em conjunto com uma rede de lojas, como a O Cilindro. Isso permitia que maquinaria alemã fosse enviada para o Brasil e enviada para várias partes do Rio Grande do Sul, estimulando o desenvolvimento das relações entre o sul do Brasil e a Alemanha. [3]

Conduzia seus negócios com grande versatilidade, tinha participação em fábricas de tijolos, na fábrica de chapéus de Oscar Teichman, além da participação na poderosa União de Ferros, que associava Bromberg a Dauth e a Alberto Bins, na importação de ferro bruto, aço, ferramentas e material de construção.[4]

Introduziu e incentivou o plantio de arroz no Brasil.[1] Retornou à Alemanha em 1874.[1] Em 1883 recebeu a Imperial Ordem da Rosa por seu esforço em estreitar as relações entre Alemanha e Brasil e na fundação de colônias de imigrantes no Rio Grande do Sul.[2][1]

Seus negócios não envolveram somente o comércio, mas também a construção de ferrovias, sendo encarregado das linhas Novo Hamburgo-Taquara, com 46 km; Cruz Alta-Ijuí, de 51 km e Ijuí-Santo Ângelo, com 40 km.[5] Também realizou instalações elétricas, realizando-as em 16 câmaras municipais.[5], entre elas Vitória, Vila Velha, Natal and João Pessoa.[6]

Em 1912, sua casa comercial era a primeira colocada entre os exportadores hamburgueses que negociavam com a América do Sul. No ano seguinte, ao comemorar seu cinquentenário, podia ser considerada a firma mais forte do Brasil.[7] Em Caxias do Sul era representada por Abramo Eberle que depois se transformou em eminente empresário.[7]

Com a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, em passeatas foram organizadas com milhares de pessoas. Inicialmente pacíficas, as manifestações passaram a atacar estabelecimentos comerciais de propriedades de alemães ou descendentes, uma das vítimas foi a empresa de Bromberg, que foi invadida, pilhada e queimada.[8]

Sua empresa ainda existe atualmente, com o nome de Bromberg, Staudt e Co. na Alemanha, porém sem participação mais da família, e em São Paulo ainda existe a empresa Bromberg & Cia. Ltda. que pertence aos seus herdeiros diretos.[2]

Participações

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  • João Day, Bromberg & Cia., importadores;
  • Luiz Noelcher & Cia., negociantes a varejo, de ferragens, utensílios sanitários e caseiros;
  • O Cilindro, importadores de máquinas de costura, utensílios para eletricidade, máquinas de escrever, armas, munições etc.;
  • União de Ferros (Bromberg, Daudt & Cia.),

Representações no Rio Grande do Sul

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  • Siemens Schuckertwerke, Berlim, instalações elétricas;
  • Heinrich Lanz, Mannheim, locomóveis, debulhadeiras, desnatadeiras de leite;
  • L. e C. Steinmiller de Gumersbach, caldeiras multitubulares ou inexplosíveis;
  • Hannoversche Maschinenbauanstalt A. G., Hanôver, locomotivas e máquinas a vapor, tipos para tipografia e prelos rápidos Phenix;
  • Fred Krupp A. G., moinhos;
  • Sellerhausen, máquinas para beneficiar madeiras, arados, semeadeiras, máquinas para impressão, máquinas de costura, etc.
  • Underwood Typewriter Co., New York, máquinas de escrever, tubos e outros artigos de borracha, máquinas para laticínios;
  • Humber Limited, Coventry, automóveis, máquinas para litografia, máquinas para fabricação de fósforos, máquinas para encadernação, moinhos de trigo.

Descendência

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Casou com Karolina Schmitt Jung (n. São Leopoldo) e teve cinco filhos[1] que em 1913 estavam assim domiciliados: Martin Bromberg Junior, em Hamburgo em companhia de seu pai; Waldemar e Arthur Bromberg, em Porto Alegre; Fernando Bromberg em Rio Grande; Erwin Bromberg (1878-1950) em São Paulo. A artista Rita Brugger é sua bisneta.

Referências

  1. a b c d e «Famílias Brasileiras de Origem Germânica». Instituto Martius Staden [ligação inativa]
  2. a b c «Bromberg, Staudt & Co: Over 150 years´s experience». Página da BTC. Consultado em 4 fev 2013 
  3. ROCHE, Jean (1969). A Colonização Alemã e o Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo 
  4. PESAVENTO, Sandra Jatahy (2004). «De como os alemães tornaram-se gaúchos pelos caminhos da modernização». Canoas: In: MAUCH, Cláudia VASCONCELLOS, Naira (Org.). Os alemães no sul do Brasil 
  5. a b LLoyd, Reginald (1913). «Impressões do Brazil no Seculo Vinte». Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd. 1080 páginas 
  6. MORRISON, Allen. The Electric Tramway of Sacramento, Minas Gerais, Brazil. Tramz.com.
  7. a b «Bromberg & Cia - Meio Século». Caxias do Sul: Jornal "O Brazil", órgão do Partido Republicano. 2 de agosto de 1913. Consultado em 4 fev 2013 
  8. SILVA Jr, Adhemar Lourenço da. O povo vs. der Pöbel. In: Os Alemães no Sul do Brasil. Editora da ULBRA, Canoas, 2004.

Ligações externas

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