Onaireves Nilo Rolim de Moura (Herval d'Oeste, 26 de novembro de 1946) é um empresário, dirigente esportivo e político brasileiro.[1][2]

Onaireves Moura
Deputado federal pelo Paraná
Período 1 de fevereiro de 1991 a 15 de dezembro de 1993
Dados pessoais
Nome completo Onaireves Nilo Rolim de Moura
Nascimento 23 de fevereiro de 1957 (67 anos)
Herval d'Oeste, SC
Progenitores Mãe: Olga Elisa Berte Rolim
Pai: Severiano Rolim de Moura
Cônjuge Marley Teresinha Poersch Rolim de Moura
Partido PTB e PSD
Profissão Empresário, dirigente esportivo e político

Biografia editar

Filho de Severiano Rolim de Moura e Olga Elisa Berte Rolim, fez o curso colegial no Colégio Estadual do Paraná entre 1965 e 1968. Em 1985, assumiu a presidência da Federação Paranaense de Futebol, e um ano depois é nomeado diretor de relações públicas da CBF. Ainda em 1986, envolve-se no "escândalo do videoclipe", onde o então vice-presidente da entidade, Nabi Abi Chedid, foi acusado de extorsão. Em 1989, é reeleito presidente da FPF. Anteriormente, presidiu o Athletico Paranaense entre 1982 e 1983.

Em 1990, filia-se ao PTB para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Com 24.240 votos, foi o 23º deputado federal mais votado, integrando as comissões de Educação, Cultura e Desporto (como titular) e de Economia, Indústria e Comércio (como suplente).

Na véspera da votação do impeachment de Fernando Collor de Mello, Onaireves Moura foi o anfitrião de um jantar de apoio ao então presidente, mas votou a favor da abertura do processo, surpreendendo a todos. Em 1993, deixa o PTB e vai para o PSD, assumindo a liderança do partido na Câmara. No mesmo ano é reeleito presidente da FPF.

Acusado pelo então governador Alvaro Dias de aliciar parlamentares do PSD em troca de um tempo maior para o partido, no chamado "escândalo do PSDólar", Onaireves teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar em dezembro de 1993, juntamente com o suplente em exercício Itsuo Takayama (PFL-MT) e Nobel Moura (PTB-RO). Foram 335 votos favoráveis ao afastamento e 72 contrários à cassação. Em seu lugar, foi efetivado Ervin Bonkoski.

Em julho de 1994, tentou lançar candidatura a deputado pelo PSD na eleição estadual, porém o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná negou o registro. Com isso, Onaireves dedicou-se apenas à presidência da FPF, envolvendo-se em novas polêmicas e escândalos judiciais que culminaram no seu afastamento do cargo em 1998.

Foi preso pela primeira vez em março de 2006, acusado de sonegação de tributos federais, falsidade ideológica e formação de quadrilha a pedido do Ministério Público Federal. Segundo o MPF, o ex-deputado era sócio de 2 empresas que exploravam bingos irregulares em Ponta Grossa. No ano seguinte, foi suspenso por 6 anos pelo STJD por desvio de recursos da FPF entre 1985 e 2002, renunciando à presidência da entidade pouco depois[3]. Voltaria à prisão em novembro de 2007, juntamente com outras 8 pessoas ligadas à sua gestão na FPF[4][5]

Depois de fazer acusações sem provas contra o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia[6] e condenado a 4 anos e 6 meses em regime semiaberto por não ter recolhido mais de R$ 6,4 milhões de reais em tributos federais quando ainda presidia a FPF, entre 1995 e 2003, Onaireves Moura teve uma nova condenação anunciada em março de 2019, desta vez a 22 anos, 4 meses e 12 dias em regime fechado por estelionato, apropriação indébita e formação de quadrilha[7].

Referências

  1. «Perfil de Onaireves Moura no portal da Câmara dos Deputados». Consultado em 13 de novembro de 2020 
  2. «Onaireves Nilo Rolim de Moura». CPDOC. Consultado em 13 de novembro de 2020 
  3. «22 anos de Moura». Gazeta do Povo. 30 de maio de 2007. Consultado em 13 de novembro de 2020 
  4. «Onaireves Moura é preso em Curitiba». Gazeta Digital. 7 de novembro de 2007. Consultado em 13 de novembro de 2020 
  5. «Ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol é preso». G1. 6 de novembro de 2007. Consultado em 13 de novembro de 2020 
  6. «Onaireves Moura é condenado a um ano de prisão por ofensas a Petraglia». Gazeta do Povo. 13 de janeiro de 2009. Consultado em 13 de novembro de 2020 
  7. «Justiça manda prender ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol». Gazeta do Povo. 12 de março de 2019. Consultado em 13 de novembro de 2020