Raul de Góes (Natal, 23 de novembro de 1907Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1994) foi um economista, empresário, jornalista e político brasileiro, outrora deputado federal pela Paraíba.[1][2][3]

Raul de Góes

Raul de Góes
Deputado federal pela Paraíba
Período 1959-1967
Dados pessoais
Nascimento 23 de novembro de 1907
Natal, RN
Morte 28 de agosto de 1994 (86 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Alma mater Universidade Federal de Pernambuco
Cônjuge Emília Raposo de Góis
Partido PSP, UDN
Profissão economista, empresário, jornalista

Biografia editar

Filho de Brasiliano Xavier de Góis e Maria Isabel Cavalcanti de Góis. Após a morte de seus pais foi morar na Paraíba sob os cuidados de um tio. Escrevente interino da Delegacia da Indústria Pastoril e depois fiscal de rendas do governo, trabalhou no jornal O Norte e pouco depois mudou-se para Recife formando-se economista pela Universidade Federal de Pernambuco em 1929, mas antes da graduação esteve entre os fundadores e foi diretor do Diário de Pernambuco. De volta à capital paraibana esteve mais uma vez em O Norte e trabalhou na sucursal do Diários Associados.[1]

Entre 1935 e 1940 serviu ao governador Argemiro de Figueiredo como oficial de gabinete, secretário de Agricultura, secretário de Viação e Obras Públicas e diretor-geral do Departamento de Estatística e Publicidade da Paraíba, mas deixou seu estado para morar no Rio de Janeiro e assumir um cargo na direção nas Pernambucanas. Presidente da Companhia Nacional de Seguros, tornou-se membro do conselho diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro em 1943 por indicação de José Augusto Bezerra de Medeiros, chegando à presidência da entidade em 1972. No governo do presidente Eurico Gaspar Dutra foi membro do Conselho Nacional do Petróleo e com o regresso de Getúlio Vargas ao poder esteve na presidência do Instituto Nacional do Sal.[1]

Filiado ao PSP, foi eleito deputado federal pela Paraíba em 1958 e reeleito via UDN em 1962. Com integrante da Associação Comercial do Rio de Janeiro, esteve entre os que apoiaram a instauração do Regime Militar de 1964 e aderiu à ARENA quando foi imposto o bipartidarismo por força do Ato Institucional Número Dois,[4] embora não tenha concorrido a uma nova reeleição.[1][5]

Nos anos seguintes foi conselheiro da Companhia Progresso do Estado da Guanabara durante o governo Negrão de Lima tendo uma breve passagem pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica no governo do presidente Artur da Costa e Silva. Presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, do conselho fiscal da Companhia Internacional de Seguros e presidente da Philips do Brasil, integrou a comissão de finanças da Cruz Vermelha Brasileira e o conselho de contribuintes do Ministério da Fazenda como representante da Confederação Nacional do Comércio.[1]

Referências

  1. a b c d e «Biografia de Raul de Góes no CPDOC/FGV». Consultado em 24 de outubro de 2019 
  2. «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Raul de Góes». Consultado em 24 de outubro de 2019 
  3. «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 24 de outubro de 2019 
  4. «BRASIL. Presidência da República. Ato Institucional Número Dois de 27/10/1965». Consultado em 24 de outubro de 2019 
  5. «Banco de dados do Tribunal Regional da Paraíba». Consultado em 24 de outubro de 2019