Regildenia Moura

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Regildenia de Holanda Moura (Ouricuri[1], 8 de fevereiro de 1974) é uma autônoma e ex-árbitra de futebol brasileira.[2][3]

Regildenia Moura
Nome completo Regildenia de Holanda Moura
Nascimento 8 de fevereiro de 1974 (50 anos)
Nacionalidade  Brasil
Ocupação autônoma
Filiação FPF, CBF, FIFA
Árbitro FIFA 2012–2018

Profissional editar

Regildenia nasceu em Ouricuri, em Pernambuco, mas passou a infância em Juazeiro, Bahia.[4] É a caçula de seis irmãos e foi graças a um deles, Eraldo, jogador de várzea e árbitro, que ela se interessou pelo futebol e pelo apito.[1][5]

Em 1991 se mudou para São Bernardo do Campo, estado de São Paulo.[4] Em 2000, ela começou a se preparar fazendo cursos de arbitragem e foi na liga de futebol amador em São Bernardo do Campo que ela começou a apitar.[1] Regildenia é graduada em Gestão Desportiva e Lazer.[6]

Foi árbitra da Federação Paulista de Futebol (FPF) a partir de 2004. Em 2007, passou para o quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, 2012, para a Federação Internacional de Futebol (FIFA).[1][7][2]

Em 2015, Regildenia entrou na Justiça contra o presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo e membro da Comissão de Arbitragem da FPF, Arthur Alves Junior, por assédio moral e sexual.[1]

Em seu último ano de carreira, 2019, foi árbitra principal de jogos da Série A3 do Paulista Masculino, do Brasileiro Feminino A2 — entre eles o primeiro jogo da final entre São Paulo e Cruzeiro — e do Brasileiro Feminino A1 — como a decisão entre Corinthians e Ferroviária no Parque São Jorge.[1]

Encerrou a carreira de arbitragem em 5 de outubro de 2019, no Estádio da Rua Javari, em São Paulo, no jogo entre Juventus e Santos válido pelo Campeonato Paulista masculino Sub-20.[1]

Atuou como assessora da Confederação Sul-Americana de Futebol, avaliando árbitros que atuariam na Copa Libertadores da América de 2020.[8]

Se tornou a primeira mulher a integrar a Comissão de Arbitragem da CBF. Seu trabalho no departamento de arbitragem feminino foi elogiado por promover um ambiente mais acolhedor, e sua presença garante representatividade.[9][10]

Atua também na formação de novas profissionais da arbitragem. Em julho de 2023, coordenou o Curso FIFA - Rap Feminino 2023, um curso voltado para formação de arbitragem feminina, promovido pela CBF e pela FIFA.[9][11]

Referências

  1. a b c d e f g Nina, Roberta. «Regildenia lutou contra assédio, se aposentou aos 45 e se tornou instrutora». Universo Online. Consultado em 20 de maio de 2022 
  2. a b «Quadro de Árbitras FIFA para 2014». Apito Nacional. Consultado em 12 de setembro de 2015. Arquivado do original em 7 de maio de 2010 
  3. «Regildenia de Holanda Moura». O Gol. Consultado em 12 de setembro de 2015 
  4. a b «Regildenia Moura encerra carreira vitoriosa no apito». www.apitonacional.com.br. 11 de outubro de 2019. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  5. Monteiro, Igor Chagas (2014). «Depoimento de Regildenia de Holanda Moura». LUME UFRGS. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  6. Monteiro, Igor Chagas (2016). «MULHERES DE PRETO: TRAJETÓRIAS NA ARBITRAGEM DO FUTEBOL PROFISSIONAL» (PDF). UFJF. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  7. «Referees - Brazil» (em inglês). FIFA.com. Consultado em 12 de setembro de 2015 
  8. Ruel, Renata (17 de setembro de 2020). «Fato histórico: Libertadores com mulheres em campo | Blogs». ESPN. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  9. a b «Instrutora FIFA orienta árbitras durante curso de aperfeiçoamento no Rio». Confederação Brasileira de Futebol. 5 de julho de 2023. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  10. «Equipe de arbitragem 100% feminina vai comandar partida da Série B». Confederação Brasileira de Futebol. 29 de julho de 2023. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  11. Espíndola, Lucas (4 de julho de 2023). «Assistentes do DF são convidadas para curso feminino de arbitragem da FIFA». Distrito do Esporte. Consultado em 30 de outubro de 2023 

Ligações externas editar

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