Robert Rauschenberg

artista norte-americano

Robert Rauschenberg (Port Arthur (Texas), 22 de Outubro de 1925[1] - Flórida, 12 de Maio de 2008) foi um artista do Expressionismo abstracto e Pop art.

Robert Rauschenberg
Robert Rauschenberg
Nascimento 22 de outubro de 1925
Port Arthur
Morte 12 de maio de 2008 (82 anos)
Captiva
Cidadania Alemanha, Estados Unidos
Alma mater
Ocupação fotógrafo, pintor, escultor, coreógrafo, gravurista, designer, performista, artista gráfico, collagist, assemblage artist, relator de parecer, desenhador de joias
Prêmios
Obras destacadas Canyon
Movimento estético Neodadaísmo, pós-modernismo, arte moderna, arte contemporânea
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio

Rauschenberg estudou no Kansas City Art Institute,[2] na Academie Julian em Paris, e com Josef Albers no Black Mountain College na Carolina do Norte, antes de se fixar em Nova York, onde estudou no Art Students League of New York e onde desenvolveu relações mais profundas com Cy Twombly, Jasper Johns, John Cage, e Merce Cunningham.

É considerado um dos artistas de vanguarda da década de 1950, pois foi nessa época que, depois das séries de superfícies com jornal amassado do início da década, o artista deu início à chamada combine painting,[3] utilizando-se de garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados para a criação de uma pintura composta por não somente de massa pigmentária mas incluindo também estes objetos. Estes trabalhos foram precursores da Pop Art.

Rauschenberg une a pintura à comunicação, privando esta (em sua opinião) de sua aura - conceito desenvolvido nas obras de Walter Benjamin - e dizia não confiar em ideias, preferindo os materiais, pois estes o colocariam em confronto com o desconhecido. O artísta, mais jovem, fez parte do movimento Dadá em Nova Iorque, empregando "processos de collage fotográfica e serigráfica, produzindo impressões diretas de objetos imagísticos sobre placas sensibilizadas" (Thomas, 1994, p. 102).

Acreditava ele que a pintura se relacionava com a vida e com a arte, assim buscando agir entre estes dois pólos. Nessa perspetiva o artista, em Bed (Cama), pinta o que acredita-se ser sua própria coberta, tornando a obra tão pessoal e íntima quanto um autorretrato, confrontando assim o aspeto pessoal de uma cama arrumada com o meio artístico, ao pendurá-la em uma parede, na vertical. Assim, ainda que a cama perca sua função, ela ainda pode ser relacionada às atividades íntimas nela exercidas.

Nesse ponto, os limites entre a pintura e a escultura são tensionados até sua rutura, bem como os limites entre o cotidiano e a arte. Os elementos inclusos em seu trabalho fazem referências à cultura popular, enfatizando a teoria de Rauschenberg sobre objetos diários e a arte.

Na década de 1960 Rauschenberg usou o silk-screen para imprimir imagens fotográficas em grandes extensões da tela, unificando a composição através de grossas pinceladas de tinta, e ganhou reconhecimento internacional na Bienal de Veneza de 1964.

Pouco antes de morrer vivía e trabalhava em Florida e Nova Iorque.[2]

Referências

  1. La Historia del Arte, Blume, ISBN 978-84-8076-765-1, pág 482
  2. a b La Historia del Arte, Blume, ISBN 978-84-8076-765-1, pág 450
  3. Andrew Graham-Dixon (2012). Arte, o guia visual definitivo. [S.l.]: Publifolha. 612 páginas. p. 596 
 
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