Saionji Kintsune
Saionji Kintsune (西園寺公経 1171 - 1244?), foi um Nobre do período Kamakura da História do Japão,[1] foi o primeiro a usar o nome Saionji.
Saionji Kintsune 西園寺公経 | |
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Saionji Kintsune 西園寺公経 | |
Daijō Daijin | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1171 |
Morte | 2 de novembro de 1244 (73 anos) |
Vida e carreira
editarSeu pai era Fujiwara no Sanemune e sua mãe era filha de Jimyōin Motoie.
Em 1181 Kintsune foi nomeado Chamberlain, em 1185 foi nomeado como sub-oficial na província de Echizen e oficial na província de Bizen em 1186. Por 1187 e foi transferido para a Província de Sanuki. Em 1198 ele foi promovido a Sangi, em 1200 foi lotado como vice-governador de Echizen, em 1206 foi promovido a Chūnagon, em 1218 tornou-se Dainagon.
Kintsune se casou com a filha de Ichijō Yoshiyasu, que tinha parentesco com o shogun Minamoto no Yoritomo, então Kintsune tornou-se muito próximo do shogunato Kamakura, no entanto, com o assassinato do terceiro shogun Minamoto no Sanetomo em 1219 ocorreu um vazio no poder do shogunato. Em 1221, durante a Guerra Jōkyū esteve ao lado do Imperador Go-Toba, mas foi demitido do cargo de Dainagon e preso.[2]
A partir daí decidiu se tornar um informante do shogunato e com a vitória deste sobre o imperador, conseguiu a liberdade. Após a guerra civil fortaleceu suas relações com o shogunato e se tornou Naidaijin em 1221, logo em seguida se tornou Daijō Daijin em 1222. Em 1223 após sua renúncia como Daijō Daijin passou o cargo para seu filho adotivo Kujō Michiie. Mais tarde Kintsune se tornaria o primeiro chefe do Kanto Mōshitsugi (embaixador do Shogunato Kamakura na Corte Imperial), uma nova instituição que serviria de elo de ligação entre a Corte Imperial, o Insei e o shogunato.
Fora Kintsune quem originalmente persuadira Go-Toba à indicar Kujō Yoritsune para shogun (1226), e como avô do jovem Senhor de Kamakura, gostava de usufruir do poder e da considerável influência. No entanto, por ser Saionji, um braço dos Fujiwara que não pertencia ao ramo dos regentes, escapou de ser culpado de se associar aos revoltosos na Guerra Jōkyū.[3]
Em 1231 Kintsune abandona seus cargos na Corte para se tornar um monge budista e adotando o nome de Kakushō.
Com a morte do Imperador Shijo (que não tinha herdeiro). em 1242 o Shogunato Kamakura foi envolvido na política de sucessão. Esta intromissão foi um legado da Guerra Jōkyū. Os candidatos eram o Príncipe Kunito, filho do Imperador Tsuchimikado, e o Príncipe Tadamari o filho do Imperador Juntoku. Kintsune, apoiava Tadamari como imperador, assim como Michiie e a maioria da Corte. Mas, por causa do envolvimento de Juntoku na Guerra Jōkyū, tiveram que buscar o consentimento do Shogunato.[3]
Mas Juntoku ainda estava vivo. Embora vivendo no exílio, e o Bakufu não podia permitir que a sucessão fosse dada a seu filho, uma vez que isso poderia resultar em esforços para trazê-lo de volta a Quioto. Os líderes do Bakufu debateram o assunto e a escolha recaiu à Kunito (o futuro Imperador Go-Saga) apesar da oposição da Corte, era uma política diferente da que o Bakufu vinha realizando, e tornou-se um precedente. Posteriormente, Kamakura passa a controlar a política da sucessão, inaugurando um novo equilíbrio entre os poderes.[3]
Quando o Bakufu declarou sua intenção de não permitir que a sucessão fosse entregue a Tadanari, Kintsune rapidamente passou a apoiar Kunito. Já Michiie continuou a apoiar Tadanari, isso gerou uma quebra nos laços que uniam Kintsune e Michiie que foi agravado com a entrega da regência para um dos filhos de Michiie, Nijō Yoshizane (Kintsune era avô de Yoshizane e tinha uma maior aproximação dele do que Michiie, que era distante de seu filho). Kintsune em troca do apoio conseguiu que sua neta se tornasse consorte de Go-Saga. Acabando com a exclusividade da consorte vir dos Kujō. Além disso, as ações de Kintsune ajudaram a dividir os filhos de Michiie nas casas Ichijo, Nijō e Kujō. E quando, em algumas gerações, os Takatsukasa se separam dos Konoe, a divisão do Sekke ficou completa. Importantes cargos no governo eram divididos entre as cinco casas regentes Fujiwara, mas os Saionji passaram a controlar a escolha da consorte, reduzindo o poder da linhagem regente para uma pálida sombra de sua antiga glória.[3]
Morreu em 1244 aos 74 anos de idade.[2]
Kintsune foi considerado uma pessoa versátil artisticamente, foi hábil com o Biwa e na poesia waka. Participou de várias competições waka em 1200, 1201, 1202, 1220 e 1232. Dez de seus poemas foram incluídos na antologia imperial Shin Kokin Wakashū e 30 poemas foram incluídos no Shinchokusen Wakashū. Um de seus poemas está incluído no Ogura Hyakunin Isshu e é considerado um dos Novos Trinta e seis Imortais da Poesia.
Precedido por Konoe Iezane |
41º Daijō Daijin (1222 - 1223) |
Sucedido por Kujō Yoshihira |
Precedido por Koga Michiteru |
55º Naidaijin (1221 - 1222) |
Sucedido por Konoe Kanetsune |
Precedido por Fujiwara no Sanemune |
-- 4º Líder dos Saionji Fujiwara (1228 - 1244) |
Sucedido por Saionji Saneuji |
Referências
- ↑ Jeffrey P. Mass Court and Bakufu in Japan: Essays in Kamakura History (em inglês) Stanford University Press, 1995 pp. 17-19 ISBN 9780804724739
- ↑ a b Delmer M.Brown e Ichirō Ishida, Gukanshō: The Future and the Past. Berkeley: University of California Press. p. 195-196 - nota 96. ISBN 9780520034600; OCLC 251325323
- ↑ a b c d Jeffrey P. Mass , Court and Bakufu in Japan: Essays in Kamakura History (em inglês) Stanford University Press, 1995 pp. 17 - 19 ISBN 9780804724739