Santa Cruz do Rio Pardo

município do estado de São Paulo

Santa Cruz do Rio Pardo é um município do estado de São Paulo. Sua população era de 46.442 habitantes, segundo o Censo 2022 (IBGE), sendo o 143° mais populoso do estado.[5] O município é formado pela sede e pelos distritos de Caporanga, Clarínia e Sodrélia.[6][7]

Santa Cruz do Rio Pardo
Município do Brasil
Vista do Rio Pardo no município
Vista do Rio Pardo no município
Vista do Rio Pardo no município
Hino
Lema Omnia in bonum omnium
"Tudo para o bem de todos"
Gentílico santa-cruzense
Localização
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo em São Paulo
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo em São Paulo
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo em São Paulo
Santa Cruz do Rio Pardo está localizado em: Brasil
Santa Cruz do Rio Pardo
Localização de Santa Cruz do Rio Pardo no Brasil
Mapa
Mapa de Santa Cruz do Rio Pardo
Coordenadas 22° 53′ 56″ S, 49° 37′ 58″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Ourinhos, Canitar, Chavantes, Ipaussu, Bernardino de Campos, Óleo, Águas de Santa Bárbara, Paulistânia, Agudos, Cabrália Paulista, Lucianópolis, Ubirajara, São Pedro do Turvo e Espírito Santo do Turvo.
Distância até a capital 345 km
História
Emancipação 20 de janeiro de 1870 (155 anos)
Administração
Prefeito(a) Otacílio Parras Asis (PSD)
Características geográficas
Área total [1] 1 114,984 km²
População total (estimativa IBGE/2022[2]) 46 442 hab.
Densidade 41,7 hab./km²
Clima Subtropical úmido (Cwa)
Altitude 467 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,762 alto
PIB (IBGE/2018[4]) R$ 2 033 565,53 mil
PIB per capita (IBGE/2018[4]) R$ 42 906,75

História

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As origens do primitivo bairro de Santa Cruz assentam-se na criação de uma sesmaria concedida a Antunes Cardia, em 1818, por D. João VI, a que daria origem ao povoamento de Lençóis Paulista.[8]

Daquela vila, conhecida como Boca do Sertão, partiriam, por volta de 1850, José Theodoro de Souza, e mais tarde, Joaquim Manuel de Andrade e Manoel Francisco Soares, os primeiros sertanistas mineiros, desbravadores do Sertão do Paranapanema, colonizadores do distante bairro de Santa Cruz, região originalmente habitada por indígenas coroados, e se fixam na região.[8]

Nessa época, os mineiros fundam, às margens do Rio Pardo, na confluência com o ribeirão São Domingos, o povoado de Capela de São Pedro.[9] Uma grande cruz plantada às margens de um pardacento rio, iluminada, à noite, com tochas e velas, para espantar os índios, daria origem ao nome do nascente lugarejo e futura cidade.[8]

Em 1872, o povoado de Capela de São Pedro é elevado à categoria de freguesia, com o nome "Santa Cruz do Rio Pardo", subordinada à vila de Lençóis. Em 1876, devido ao desenvolvimento da Freguesia, Santa Cruz do Rio Pardo se torna vila, emancipando-se de Lençóis. Em 1884, se torna sede de comarca.[9]

A economia santa-cruzense, que originalmente era baseada no cultivo de milho e cereais e depois na criação de gado bovino e suíno, passa a ter, no final do século XIX, a cafeicultura como grande produto. Para o cultivo do café, vieram para Santa Cruz do Rio Pardo milhares de imigrantes italianos. A vila se desenvolve rapidamente e, com isso, a sua Câmara Municipal tenta lhe dar o título de cidade em 1896, algo só concretizado dez anos depois, tendo sido eleito o primeiro prefeito o Dr. Olympio Rodrigues Pimentel. Em 1908, a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana à cidade alavanca o desenvolvimento. Entretanto, faltavam muitos serviços básicos e a primeira escola só foi inaugurada em 1915.[9]

No final do século XIX e primeiras décadas do século XX, os principais distritos de Santa Cruz do Rio Pardo são emancipados, como Campos Novos (1885), São Pedro do Turvo (1891), Salto Grande (1911), Ipaussu (1915), Óleo (1917), Chavantes (1922) e Bernardino de Campos (1923).[9]

Com o fim do ciclo do café, ocorrido devido à Grande Depressão, a economia da cidade passa a ser baseada em outras culturas e a produção de alfafa passa a se destacar entre as demais. Houve um grande crescimento ao longo da década de 1940 e Santa Cruz teve melhoramentos antes de muitas outras cidades do interior.[9]

Na década de 1950, a agricultura entra em decadência. A Estrada de Ferro Sorocabana foi desativada na década seguinte.[9]

Formação territorial-administrativa

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Histórico da formação do município:[10][11]

  • Freguesia criada com a denominação de Santa Cruz do Rio do Pardo, pela Lei Provincial n.º 71, de 20/04/1872.
  • Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Cruz do Rio do Pardo, pela Lei Provincial n.º 6, de 24/02/1876, desmembrado do município de Lençóis. Formado pela sede e pela freguesia de São Pedro do Turvo, transferida do município de Lençóis. Instalado a 20/01/1877.
  • Pela Lei Provincial n.º 62, de 13/04/1880, é criada a freguesia de Campos Novos.
  • Pela Lei Provincial n.º 25, de 10/03/1885, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo a freguesia de Campos Novos, elevada à categoria de município com a denominação de Campos Novos do Paranapanema.
 
Estado de São Paulo (1889).
  • Pelo Decreto Estadual n.º 155, de 14/04/1891, é criado o distrito de Salto Grande.
  • O Decreto Estadual n.º 181, de 29/05/1891, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de São Pedro do Turvo, elevado à categoria de município.
  • Pelo Decreto Estadual n.º 205, de 06/06/1891, é criado o distrito de Óleo.
  • A Lei Estadual n.º 187, de 23/08/1893, anexou-lhe o território da povoação de Ilha Grande, que pertencia ao município de Piraju.
  • Pela Lei Estadual n.º 550, de 13/08/1898, é criado o distrito de Ilha Grande.
  • Pela Lei Estadual n.º 942, de 10/08/1905, é criado o distrito de Mandaguari, extinto pela Lei Estadual n.º 1.114, de 24/12/1907.
  • Santa Cruz do Rio do Pardo é elevada à condição de cidade pela Lei Estadual n.º 1.038, de 19/12/1906.
  • Pela Lei Estadual n.º 1.172, de 22/10/1909, é criado o distrito de Irapé.
  • A Lei Estadual n.º 1.294, de 27/12/1911, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Salto Grande, elevado à categoria de município com a denominação de Salto Grande do Paranapanema.
  • A Lei Estadual n.º 1.465, de 20/09/1915, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Ilha Grande, elevado à categoria de município com a denominação de Ipaussu.
  • Pela Lei Estadual n.º 1.554, de 08/10/1917, a sede do distrito de Irapé foi transferida para o povoado de Santana da Cachoeira, passando o distrito a ser denominado Chavantes.
  • Pela Lei Estadual n.º 1.570, de 06/12/1917, é criado o distrito de Bernardino de Campos.
  • A Lei Estadual n.º 1.576, de 14/12/1917, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Óleo, elevado à categoria de município.
  • A Lei Estadual n.º 1.885, de 04/12/1922, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Chavantes, elevado à categoria de município.
  • A Lei Estadual n.º 1.929, de 09/10/1923, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Bernardino de Campos, elevado à categoria de município.
  • Pela Lei Estadual n.º 2.366, de 07/11/1929, é criado o distrito de Sodrélia.
  • O Decreto Estadual n.º 6.448, de 21/05/1934, extinguiu o município de Espírito Santo do Turvo, anexando seu território ao município de Santa Cruz do Rio Pardo.
  • Pelo Decreto Estadual n.º 9.775, de 30/11/1938, o distrito de Espírito Santo do Turvo tomou a denominação de Rio Turvo.
  • Pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de 30/11/1944, foram criados os distritos de Caporanga e Clarínia.
  • Pela Lei Estadual n.º 2.456, de 31/12/1953, o distrito de Rio Turvo voltou a denominar-se Espírito Santo do Turvo.
  • A Lei Estadual n.º 6.645, de 09/01/1990, desmembra do município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Espírito Santo do Turvo, elevado à categoria de município.

Geografia

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A sua extensão territorial é de 1 114,984 km² (Lista dos municípios de São Paulo por área), o que lhe confere a densidade demográfica de aproximadamente 37,9 hab/km² e ser o 26º maior município em área territorial do estado.

Hidrografia

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Trecho do Rio Pardo.
  • Rio Pardo
  • Rio Turvo
  • Ribeirão Mandassaia
  • Ribeirão da Onça
  • Ribeirão São Domingos
  • Ribeirão do Alambari
  • Rio Apiaí
  • Ribeirão da Figueira

Rodovias

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  • SP-327 - Rodovia Orlando Quagliato
  • SP-280 - Rodovia Castelo Branco
  • SP-225 - Rodovia Engenheiro João Baptista Cabral Rennó
  • Rodovia Vicinal Plácido Lorenzetti
  • Rodovia Vicinal Anísio Zacura
  • Rodovia Vicinal Paulo Blumer

Demografia

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Alguns prédios históricos da cidade.

População

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Crescimento populacional
Ano População Total
189012 418
19004 964−60,0%
191039 311691,9%
192032 456−17,4%
192525 410−21,7%
193429 42815,8%
193731 4606,9%
194044 57841,7%
194641 345−7,3%
195032 158−22,2%
195832 8152,0%
196038 39117,0%
197034 412−10,4%
198033 616−2,3%
199139 54417,6%
200040 9193,5%
201043 9217,3%
202246 4425,7%
Est. 202447 677[12]2,7%
Fontes:[13][14][15][16]
Censos Demográficos IBGE e Estimativas SEADE

Dados demográficos

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Dados do Censo

População total: 46.442 (2022)

Densidade demográfica (hab./km²): 39,34 (2010)

Mortalidade infantil (óbitos por mil nascidos vivos): 8,26 (2019)

Expectativa de vida (anos): 73,50

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 1,97

Taxa de alfabetização: 91,59%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,762[3]

  • IDH-M Renda: 0,744
  • IDH-M Longevidade: 0,867
  • IDH-M Educação: 0,686

Política e administração

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Prefeitura Municipal.
 
Câmara Municipal.

Governo

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Legislatura 2025/2028:[17][18]

Subdivisões

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O município possui dois bairros urbanos localizados fora da cidade: Sodrélia e Caporanga.

Sodrélia

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Localizado à beira da Rodovia Vicinal Anísio Zacura, Sodrélia possui 200 habitantes e está a 11 km da cidade.

Caporanga

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Localizado à beira da Rodovia João Baptista Cabral Rennó, Caporanga possui 830 habitantes e está a 28 km da cidade

Economia

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Agricultura

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Santa Cruz sempre se destacou no cultivo do arroz irrigado.[19] A produção de arroz é a principal atividade do município desde o princípio, mantendo-se até meados do século XX, quando iniciou a atividade canavieira extensiva – com técnica adquirida dos holandeses que aqui residiram, como Haward Hollenbark e Van der Hellyk II.[20] Mas a cidade continua até hoje a ser o principal polo arrozeiro do estado de São Paulo.[21]

Ao menos 30% de todo arroz consumido no Estado de São Paulo são provenientes das cerealistas de Santa Cruz do Rio Pardo e a indústria do setor a cada ano aumenta sua capacidade de beneficiamento, aumentando seus portfólios em variedades de produtos. Sendo a cidade um dos grandes pólos de alimentos do Estado.[21]

Apresenta também números relevantes na plasticultura (cultura sob plástico). É a maior representante no estado de São Paulo, com setenta hectares de estufas de hortaliças e legumes. 66% dessa produção é destinada à CEAGESP e 34% distribuído na região.[22]

Indústria

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Atualmente, Santa Cruz é o quarto polo calçadista do Estado de São Paulo; possuindo cerca de 32 fábricas de calçados, com produção diária de 25 mil pares. Por ano, isso significa uma produção de aproximadamente 5 milhões de pares.[23]

Infraestrutura

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Praça Deputado Leônidas Camarinha.

Comunicações

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O sistema de telefones automáticos foi inaugurado na cidade em 1978 pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que também implantou o sistema de discagem direta à distância (DDD) em 1978 com o código de área (0143).[24][25] Anteriormente a cidade era atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB).[26]

Na década de 90 o código DDD da cidade foi alterado para (014), para padronização do sistema telefônico com a telefonia celular que estava sendo implantada em todo o estado.[27]

Outras informações
  • DDD: (14)
  • Prefixos de Telefone: 3372/3373 (residencial da cidade); 3332 (comercial-DDR); 3374 (distrito de Caporanga); 3376 (distrito de Sodrélia)
  • CEP: 18900-000

Educação

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Prédio do antigo Colégio “Ave Maria”, atual FASC.
Ensino superior
  • FASC - Fasuldade de Administração de Santa Cruz do Rio Pardo

Em 1936, as Madres Espanholas chegaram em Santa Cruz do Rio Pardo e fundaram a comunidade “Companhia de Maria”, com a colaboração de Plácido Lorenzetti, que doou o terreno para a construção do colégio, e da população, que cedeu os materiais de construção.[28]

Em 1970, o imóvel foi adquirido pela prefeitura, na gestão de Onofre Rosa de Oliveira. Atualmente, é cedido ao Grupo Oapec/ Fasc, por meio de uma concessão.[28]

Transportes

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  • Viação Riopardense
  • Avoa
  • Viação Manoel Rodrigues
  • San Carlos Turismo
Frota (2013)
  • Automóvel : 14.587 automóveis
  • Caminhão: 1.384 caminhões
  • Caminhão trator: 394 caminhões Trator
  • Caminhonete: 2.619 caminhonetes
  • Camioneta: 582 camionetas
  • Micro-ônibus: 105 micro-ônibus
  • Motocicleta: 5.415 motocicletas
  • Motoneta: 1.444 motonetas
  • Ônibus: 97 ônibus
  • Trator de rodas: 4 tratores de rodas
  • Utilitário: 95 utilitários
  • Outros: 1.219 veículos

Cultura e lazer

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Atrativos culturais

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Estação Kafé

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Estação Kafé.

Em julho de 2008 foi inaugurada a Graal Estação Kafé, localizada na rodovia SP-225. Além do objetivo comercial, a inauguração objetivou também o resgate da história da ferrovia e do café no noroeste do estado de São Paulo e em Santa Cruz do Rio Pardo.[28]

Uma das grandes atrações é a réplica da antiga estação da Sorocabana e uma locomotiva a vapor de 1907, que percorre um pequeno trecho para os visitantes. Há ainda esculturas humanas em vários pontos do estabelecimento e um armazém cenográfico com histórias e relíquias antigas para apreciação.[28]

Foi o segundo lugar da categoria "Posto Temático" no 15º concurso "O Posto Mais Bonito do Brasil".[28]

Museu Histórico e Pedagógico “Ernesto Bertoldi”

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Outrora pertencente à Estrada de Ferro Sorocabana, a Estação de Santa Cruz do Rio Pardo foi inaugurada em 1908 como ponta do ramal. Seu projeto foi feito pelo arquiteto Ramos de Azevedo.[28]

Utilizando a centenária estação ferroviária, que foi restaurada para abrigar o Museu Municipal em 2009 e inaugurada em 2011 com um acervo audiovisual, possui visitas guiadas.[28]

Casarão “Plácido Lorenzetti”

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Casarão “Plácido Lorenzetti”.

Construído pelo imigrante italiano Enrico Plácido Lorenzetti em 1930, em época áurea da cafeicultura, inspirado nos antigos casarões da Avenida Paulista e de Santos, possui uma área total de 1.410 metros quadrados.[28]

O casarão, que já foi sede da “Casa do Papai Noel”, sediou ainda a Secretaria de Cultura e também foi escritório da empresa que promove a Festa do Peão da cidade. Atualmente, o proprietário é o neto de Enrico Plácido, que se empenhou na revitalização do prédio, preservando a história e todos os seus detalhes arquitetônicos.[28]

Palácio da Cultura “Umberto Magnani Netto”

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O Cine Teatro São Pedro, da Empresa Teatral Pedutti, foi fundado em 1946. O prédio foi adquirido pela municipalidade em 1987 e inaugurado em 20 de janeiro de 1988 como “Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto”, em homenagem ao artista santacruzense.[28]

Atualmente o edifício reformado destina-se a apresentações de filmes, teatro e eventos musicais e artísticos. No entorno do Palácio da Cultura, existe a “calçada da fama”, onde são homenageadas grandes personalidades que destacaram, de uma maneira ou de outra, o nome de Santa Cruz do Rio Pardo além de suas fronteiras.[28]

​​Icaiçara Clube

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Icaiçara Clube.

Com o slogan de “O clube mais bonito do interior”, o Icaiçara Clube, localizado no centro, foi fundado em 1959 e é um dos mais tradicionais da cidade.[29]

O clube possui três piscinas – sendo uma delas semiolímpica, uma infantil e uma aquecida e coberta; possui também quadra poliesportiva coberta, quadra de areia, salão de festa, cantina, e academia com instrutores. Aos turistas que se interessarem em conhecer as dependências do clube, é permitida a utilização do mesmo, mediante pagamento de uma taxa de entrada.[29]

Rio Pardo

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Quiosques do Ingá Náutico Clube às margens do Rio Pardo.

O rio Pardo, que atravessa a cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, é detentor de grandes belezas naturais ainda intocáveis, como corredeiras, saltos e cachoeiras.[29]

É no município de Santa Cruz do Rio Pardo que suas principais belezas naturais se apresentam, como: Cachoeiras do Guacho e Niágara, chegando a até 7 metros de altura, também os saltos do Menegazzo, da Usina Velha, do Dourado e corredeiras das Três Ilhas, Águas das Pedras, entre outras.[29]

O Parque Ecológico Municipal está às suas margens, com o objetivo de proteger os mananciais, preservar a fauna e a flora local e promover atividades de educação ambiental. Medindo uma área total de 12.500m², o parque será destinado ao uso público para atividades de esportes e contemplação, ambiente de lazer e diversão.[29]

Também localizado às margens do Rio Pardo, bem próximo ao centro da cidade, o Ingá Náutico Clube possui vários quiosques à beira do rio e estrutura com churrasqueiras. Possui campo de futebol, parquinho infantil, quadra poliesportiva, salão para festas, mesas de sinuca, piscina para adultos e piscina infantil, bar e um grande estacionamento para veículos. O clube possui também uma rampa de acesso de embarcações ao rio.[29]

Esportes

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Estádio Municipal “Leônidas Camarinha”

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Estádio Municipal “Leônidas Camarinha”.

O município possui o Estádio Municipal Leônidas Camarinha, pertencente à Prefeitura do município, com capacidade de cerca de 7.500 lugares. É nele em que o time profissional de futebol do município, a Associação Esportiva Santacruzense, manda seus jogos.[29]

Centro Esportivo “Boanerges d'Ambrósio Britto”

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O Centro Esportivo Boanerges d’ Ambrósio de Brito possui estruturas para a prática de diversas modalidades de esportes, de lazer e de recreação. O local possui piscina pública, pista de skate, academia ao ar livre, uma quadra coberta e o Ginásio de Esportes “Aniz Abras”.[29]

A piscina pública dispõe de aquecedor e elevador de acessibilidade e são fornecidas aulas de hidroginástica. A pista de skate é aberta ao público e dispõe de iluminação pública eficiente. A quadra poliesportiva coberta, que possui medidas oficiais para a prática de futsal e handebol, fica à disposição da população todos os dias da semana.[29]

Pessoas ilustres

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Religião

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O Cristianismo se faz presente na cidade da seguinte forma:[30]

Igreja Católica

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Igreja Matriz.

A Igreja Matriz São Sebastião foi construída em 1907 com um grande esforço de toda comunidade santa-cruzense, que teve, através de um decreto do Barão de Guajará, então Presidente da Província de São Paulo em 1884, que atendia a sugestão da Câmara Municipal quando fora criado um imposto especial e compulsório que contribuiu para a sua construção. No dia 30 de novembro de 1963, foi celebrada a última missa na velha igreja matriz, que deu lugar a nova Matriz de São Sebastião, em 1967.[28]

Igrejas Evangélicas

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Entre as igrejas protestantes históricas, pentecostais e neopentecostais, encontram-se na cidade:[32][33]

A Igreja surgiu em Santa Cruz do Rio Pardo como Presbiteriana do Brasil, em 1889. Os primeiros cultos foram realizados na casa de um dos fundadores. Anos depois foi construído o primeiro templo da igreja, onde hoje é o salão social da instituição.[28]

Em 1903 passou a ser a Igreja Presbiteriana Independente (IPI) de Santa Cruz do Rio Pardo. Na época, os três jornais do município — “O Trabalho”, “O Contemporâneo” e “A Cidade” — noticiavam que a Igreja Presbiteriana Independente era o único templo evangélico da cidade. Conhecido popularmente como a “Igreja do Relógio”, o atual templo só foi construído em 1950. A casa pastoral, erguida ao lado da igreja, foi construída em 1959. O tradicional sino, que soa de hora em hora, continua em funcionamento desde sua instalação.[28]

Ver também

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Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Santa Cruz do Rio Pardo (SP)/Cidades e Estados/IBGE» 
  3. a b «IDHM Municípios 2010». 2010 
  4. a b «PIB por Município». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 17 jun. 2021 
  5. «Santa Cruz do Rio Pardo (SP) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 9 de junho de 2024 
  6. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico 
  7. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
  8. a b c «IBGE | Cidades@ | São Paulo | Santa Cruz do Rio Pardo | História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2025 
  9. a b c d e f «Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo - Histórico da Cidade». www.santacruzdoriopardo.sp.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2025 
  10. «Municípios Paulistas». www.al.sp.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2025 
  11. Seade, Fundação. «Histórico da formação dos municípios do Estado de São Paulo». Fundação Seade. Consultado em 15 de maio de 2025 
  12. «Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação (2024) | IBGE». www.ibge.gov.br 
  13. «Censos Demográficos (1991-2022) | IBGE». ibge.gov.br 
  14. «Censos Demográficos (1872-1980) | IBGE». biblioteca.ibge.gov.br 
  15. «Evolução da população segundo os municípios (1872-2010) | IBGE» (PDF). geoftp.ibge.gov.br 
  16. «Biblioteca Digital Seade | Fundação Seade». bibliotecadigital.seade.gov.br 
  17. «Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo - Prefeito». www.santacruzdoriopardo.sp.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2025 
  18. «Câmara Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo». Câmara Municipal de Santa Cruz do Rio Pardo. Consultado em 15 de maio de 2025 
  19. Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo
  20. Memórias holandesas no Brasil - uma exposição do governo da Bahia
  21. a b «Município do interior de SP se destaca no beneficiamento de arroz». G1. 26 de março de 2023. Consultado em 15 de maio de 2025 
  22. livro "Santa Cruz do Rio Pardo: Memórias" Autor: Magali Junqueira
  23. «Conheça Santa Cruz do Rio Pardo - SP». Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  24. «Telesp - Relatório Anual de 1978» (PDF). D.O.E. São Paulo 
  25. «Área de operação da Telesp em São Paulo». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025 
  26. «Mapa da área de concessão da CTB em São Paulo». O Estado de S. Paulo. 7 de janeiro de 1973. Consultado em 26 de fevereiro de 2025 
  27. «Telesp - Código DDD e Prefixos». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025 
  28. a b c d e f g h i j k l m n «Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo - Pontos turísticos». www.santacruzdoriopardo.sp.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2025 
  29. a b c d e f g h i «Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo - Lazer». www.santacruzdoriopardo.sp.gov.br. Consultado em 15 de maio de 2025 
  30. O termo "cristão" (em grego Χριστιανός, transl Christianós) foi usado pela primeira vez para se referir aos discípulos de Jesus Cristo na cidade de Antioquia (Atos cap. 11, vers. 26), por volta de 44 d.C., significando "seguidores de Cristo". O primeiro registro do uso do termo "cristianismo" (em grego Χριστιανισμός, Christianismós) foi feito por Inácio de Antioquia, por volta do ano 100. Tyndale Bible Dictionary, pp. 266, 828
  31. «Sul 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 9 de março de 2025 
  32. Cross, F. L.; Livingstone, E. A., eds. (1 de janeiro de 2009). «The Oxford Dictionary of the Christian Church». Oxford University Press (em inglês). ISBN 978-0-19-280290-3. Consultado em 13 de maio de 2025 
  33. «Tabela 2094: População residente por cor ou raça e religião». sidra.ibge.gov.br. Consultado em 13 de maio de 2025 
  34. «Igrejas do Estado de São Paulo – Igreja Presbiteriana Independente do Brasil». Consultado em 13 de maio de 2025 
  35. «Campos Eclesiásticos». CONFRADESP. 10 de dezembro de 2018. Consultado em 9 de março de 2025 
  36. «Arquivos: Locais». Assembleia de Deus Belém – Sede. Consultado em 9 de março de 2025 
  37. «Localidade - Congregação Cristã no Brasil». congregacaocristanobrasil.org.br. Consultado em 9 de março de 2025 

Ligações externas

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