Nana (mitologia suméria)

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Nana (em sumério: DŠEŠ.KI, DNANNA) era o deus (dingir) sumério da Lua. Era geralmente representado com símbolos lunares (como um crescente sobre a cabeça).[1] Era sobretudo cultuado em Ur. Na Acádia, foi adoptado como Sim ou Suém (em acádio: Su'en, Sîn).

Nana (ou Sim)
Deus da Lua

Impressão do selo cilíndrico de Hasamer, governador de Iscum-Sim por volta de 2 100 a.C.. A figura sentada à direita é provavelmente o rei Ur-Namu de Ur conferindo o governo a Hasamer, que é liderado antes dele por Lama, uma deusa protetora. O próprio Nana é indicado na forma crescente
Planeta Lua
Símbolo Touro, Crescente
Pais Enlil, Ninlil
Filho(s) Utu, Iscur, Inana, Nuscu
Egípcio equivalente Quespisiquis

Mitologia editar

Filho do deus Enlil e da deusa Ninlil. Quando Eresquigal permitiu o retorno de Ninlil e Enlil para a morada do Anunáqui, pediu que Ninlil consagrasse um de seus filhos a ela. Esse filho foi Nana que permanecia 27 dias no mundo dos vivos e depois descia para ter com Eresquigal e retornar ao céu. Foi assim que desposou Ningal, filha de Eresquigal e gerou os gêmeos: Samas e Inana (Istar).

Embora, mais tarde, na Antiguidade Clássica a Lua fosse associada a deusas (Selene e Ártemis na Grécia; Luna e Diana em Roma), na Antiguidade Oriental era geralmente uma divindade masculina: Nana na Suméria; Sim na Acádia; e Quespisiquis no Egito.

Nana tinha uma barba feita de lápis-lazúli e cavalgava um touro alado. O touro foi um de seus símbolos, através de seu pai, Enlil, "Touro do Céu", junto com a lua crescente e o tripé (que pode ser um candeeiro). Em selos cilíndricos, ele é representado como um homem velho com uma barba esvoaçante e o símbolo da lua crescente. No sistema astral-teológico ele é representado pelo número 30 e a lua. Este número provavelmente se refere ao número médio de dias (corretamente em torno de 29,53) em um mês lunar , medido entre novas luas sucessivas.

Um importante texto sumério ("Enlil e Ninlil")[2]  fala sobre a descida de Enlil e Ninlil, grávida de Sim, ao mundo subterrâneo. Lá, três "substituições" são dadas para permitir a ascensão de Nana. A história mostra algumas semelhanças com o texto conhecido como "A Descida de Inana".

Referências

  1. «Nana». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 13 de agosto de 2020 
  2. «Enlil and Ninlil: tradução». etcsl.orinst.ox.ac.uk 
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