Terminal Fluvial do Montijo
O Terminal Fluvial do Montijo, também denominado de Cais do Seixalinho, é um dos seis pontos de ligação da Transtejo e Soflusa à Margem Norte do rio Tejo, permitindo o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre o Cais do Sodré e o Montijo:[1][2]
Montijo | ||||||||||||||||||||
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Vista geral do Terminal Fluvial do Montijo, 2019 | ||||||||||||||||||||
Linhas | Cais do Sodré ⇄ Montijo | |||||||||||||||||||
Serviços | ||||||||||||||||||||
Conexões | ||||||||||||||||||||
Informações históricas | ||||||||||||||||||||
Inauguração | 2002 (há 21 anos) | |||||||||||||||||||
Localização | ||||||||||||||||||||
Localização na rede (mapa)
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Concelho | Montijo |
O terminal está situado na Estrada do Seixalinho, na zona do Montijo, próximo da Base Aérea Nº6. Faz ligação a inúmeras linhas da Carris Metropolitana nas paragens circundantes, possibilitando o transporte direto até Afonsoeiro, Alcochete, Alto Estanqueiro, Atalaia, Bairro do Esteval, Montijo, Passil, Samouco, São Francisco e Sarilhos Grandes, e conta com uma praça de táxis.[3]
História
editarEm 1852, fruto dos movimentos populacionais do Alentejo para a zona do Montijo, na altura chamada de Aldeia Galega do Ribatejo, e consequentemente do aumento da procura pelas ligações fluviais a Lisboa, teve início a construção de uma ponte-cais em madeira com 315 metros de comprimento, próximo da zona central da vila. Devido à falta de resistência do material utilizado para as condições que o mesmo tinha de suportar, revelou-se necessária a substituição da madeira por cantaria e pedra, uma intervenção que teve início em 1861.[4]
Em 1927, devido ao considerável aumento do tráfego rodoviário na zona, procedeu-se à construção de um aterro que iria albergar um estacionamento com capacidade para cerca de 200 veículos. Na mesma altura foi também reconstruído o porto em betão armado de forma a facilitar a atracagem de ferries. Em 1982, foi demolido um arco onde se informavam os horários de embarque e foi também abandonado o transporte de veículos a partir deste local.[4]
Em 1987 foi entregue o estudo prévio do projeto de construção do primeiro Terminal Fluvial do Montijo, junto ao Cais dos Pescadores, onde se encontra atualmente o Centro Náutico e Escola de Karate e Canoagem do Clube Atlético do Montijo. A inauguração do edifício ocorreu em 1994 e foi projetado pelo arquiteto Raul Ceregeiro, substituindo o anterior porto de acesso ao Montijo e reaproveitando parte da infraestrutura dos cais de embarque. Foi nomeado para o Prémio Secil em 1996.[4]
Em dezembro de 2002 foi inaugurado o atual Terminal Fluvial do Montijo, também denominado de Cais do Seixalinho, com projeto da autoria da Tetractys Arquitectos, e desativado o Terminal Fluvial do Montijo original localizado no centro da cidade. A localização do novo terminal fluvial, no Esteiro do Montijo, leva a que se encontre bastante isolado da malha urbana, tendo sido construído no extremo de um aterro de forma a viabilizar o acesso fluvial numa zona onde a água tem relativamente pouca profundidade.[4][5]
Referências
- ↑ «Transtejo Soflusa | Horários». Consultado em 30 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 3 de julho de 2023
- ↑ «Ligações fluviais entre Lisboa e Margem Sul com aumentos entre 5 e 15 cêntimos em 2023». www.dn.pt. 22 de dezembro de 2022. Consultado em 30 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 3 de julho de 2023
- ↑ «Transtejo Soflusa | Terminais e Estações». Consultado em 30 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 3 de julho de 2023
- ↑ a b c d Villiers, Milena (20 de novembro de 2019). «O rio como meio de (re)centralização: Estações fluviais do estuário do Tejo 1932-2004» (PDF). ISCTE. Consultado em 30 de setembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 17 de agosto de 2023
- ↑ «Novo Terminal Fluvial do Montijo, Cais do Seixalinho - António Barreiros Ferreira | Tetractys Arquitectos - Projetos | Selecionados». tetractys.pt. Consultado em 30 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 29 de setembro de 2023