Transtejo e Soflusa

A Transtejo e a Soflusa são duas empresas de transporte fluvial que operam serviços de ferry (barca) na Região de Lisboa, ligando as duas margens da foz do rio Tejo.

Transtejo - Transportes Tejo, S.A.
Soflusa - Sociedade Fluvial de Transportes, S.A.
Transtejo e Soflusa
Transtejo e Soflusa
Sociedade Anónima
Slogan Entre as margens do Tejo
Fundação 1975
Sede Terminal Fluvial do Cais do Sodré, Lisboa
Área(s) servida(s)
Proprietário(s) Estado Português
Presidente Alexandra Carvalho (desde abril de 2023)[1]
Clientes 15 803 000 (2022)[2]
Serviços Serviço público de transporte fluvial
Subsidiárias Soflusa - Sociedade Fluvial de Transportes, S.A.
Website oficial ttsl.pt

A Transtejo - Transportes Tejo, S.A. é detida integral e diretamente pelo Estado Português e a Soflusa - Sociedade Fluvial de Transportes, S.A. é uma sociedade detida integralmente pela Transtejo.[3]

Têm barcos do tipo catamarã, ferry-boat, e cacilheiro construídos em Portugal, Alemanha, Austrália, Reino Unido e Singapura.

História editar

Transtejo editar

A Transtejo foi fundada a 17 de dezembro de 1975[4], em consequência de profundas alterações políticas no país. O governo determinou a nacionalização e fusão de cinco sociedades que então exploravam as cinco carreiras fluviais do rio Tejo, ligando Lisboa a diversas localidades da Margem Sul:

  • Sociedade Marítima de Transportes, Lda.;
  • Empresa de Transportes Tejo, Lda.;
  • Sociedade Nacional Motonaves, Lda.;
  • Sociedade Jerónimo Rodrigues Durão, Herd, Lda.;
  • Sociedade Damásio, Vasques e Santos, Lda..

Foi com base no Decreto-Lei Nº 701-D/75 de 17 de Dezembro, que ocorreu a fundação da Transtejo, E.P., indo ao encontro da necessidade de reestruturação e coordenação da atividade dos operadores fluviais do Tejo, assegurando o seu regular funcionamento.

Em 1992 foi tornada uma sociedade anónima, pelo Decreto-Lei 150/92, de 21 de Julho, passando a denominar-se Transtejo, S.A.. A totalidade do seu capital social é detida diretamente pelo Estado Português.[4]

Soflusa editar

A travessia entre Lisboa (Terreiro do Paço) e o Barreiro não foi detida na Transtejo por pertencer ao sector fluvial da CP - Comboios de Portugal, E.P.E. que detinha a exploração desta ligação fluvial, articulando desse modo a rede ferroviária a Norte e a Sul do estuário do Tejo.

A 11 de Novembro de 1992 a CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.E. e a TEX - Transporte de Encomendas Expresso, Lda. constituem, por escritura pública, a Soflusa - Sociedade Fluvial de Transportes, S.A.[4] com o objetivo de explorar a ligação fluvial de Lisboa (Terreiro do Paço) ao Barreiro, ligação essa que foi concessionada à CP, E.P.E. pelo art. 3.º do DL 116/92, de 20 de Junho.

Em 2001 a Transtejo, que já era acionista da Soflusa, adquiriu a totalidade do capital social da empresa, respetivamente 76,350% à CP, E.P.E. e 0,0026% à TEX, Lda.[4]. Consequentemente, os membros do Conselho de Administração da Transtejo foram nomeados administradores da Soflusa. Assim, foram unidas as duas empresas.

Em 2004 entraram ao serviço os novos navios catamarã encomendados pela Transtejo para esta ligação, reduzindo o tempo de viagem de 30 para cerca de 20 minutos.

Século XXI editar

Em 2013, foi anunciado que o grupo Transtejo seria fundido operacionalmente com as empresas Metropolitano de Lisboa e Carris[5], processo que ficou concluído no início de 2015, com a criação da marca Transportes de Lisboa.[6] A fusão foi anulada pelo XXI Governo Constitucional a 1 de janeiro de 2017 e as empresas voltaram a ser autónomas do ponto de vista da gestão.[7]

A 25 de janeiro de 2017, uma embarcação proveniente do Barreiro, transportando 561 passageiros, sofreu um acidente no Terminal Fluvial do Terreiro do Paço. Determinou-se que a principal causa do embate se deveu à falta de visibilidade em consequência do nevoeiro que se abateu naquela zona àquela hora. O barco teria partido da Margem Sul às 8h10 da manhã e às 8h30 teria chocado, resultando em ferimentos em 34 pessoas que tiveram de ser assistidas pelo INEM e pela Polícia Marítima. Apesar dos ferimentos dos passageiros não terem sido graves, a Soflusa abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.[8][9]

Em outubro de 2020, a empresa espanhola Astilleros Gondán venceu o concurso para fornecimento de 10 navios totalmente elétricos, num contrato com o valor global de 52,44 milhões de euros para as ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Seixal a partir de 2022. A Transtejo adquiriu os dez navios elétricos, só que nove desses catamarãs foram comprados sem as respetivas baterias, estando, portanto, inoperacionais. O Tribunal de Contas considerou não só que o negócio é “irracional” como lesa o interesse público.[10] O episódio levou à demissão do conselho de administração das empresas, liderado por Marina Ferreira, que manteve, no entanto, a posição de que o contrato promoveu o interesse público e que as considerações do Tribunal de Contas eram "ofensivas e ultrajantes".[11]

Em novembro de 2023, o Governo reprogramou a despesa relativa à renovação da frota na aquisição de 10 navios elétricos, aumentando em 10 milhões de euros o investimento, que se situa agora em mais de 80,6 ME.

O primeiro navio elétrico "Cegonha Branca" foi inaugurado em 28 de setembro de 2023.[12]

Exploração editar

 
Alentejense.
 
Catamarã São Julião.

Atualmente o grupo Transtejo organiza a sua oferta com vista à prestação de um serviço de interesse económico geral e não em busca de rentabilização do negócio[4]. A procura do serviço prestado pelo grupo caiu 46% entre 1998 e 2009, o equivalente a 23,8 milhões de passageiros[4], pese o esforço feito da renovação da frota das ligações do Seixal, Montijo e Barreiro com a afetação de navios mais rápidos e mais confortáveis. A construção da Ponte Vasco da Gama e o início da exploração ferroviária na Ponte 25 de Abril resultaram em novos hábitos de mobilidade aos quais se associam a crescente procura de bairros habitacionais no interior da Península de Setúbal e a saída de muitas atividades terciárias da Baixa de Lisboa para a zona alta da cidade[4] como fatores responsáveis pela quebra do número de passageiros. Pode-se, também, apontar a falta de intermodalidade em alguns dos terminais da Margem Sul.

Além das ligações de serviço público, a Transtejo oferece também alguns produtos turísticos e aluguer de navios.

Frota editar

A frota da Transtejo e da Soflusa é composta por um total de 28 navios:[13]

Classe Nomes Entrada ao serviço Capacidade Serviço Dimensões Velocidade
Ferryboat Monocasco 1 Eborense[14] Construção: 1953
Reconstrução: 1991
Remotorização: 2004[14]
346 passageiros
22 veículos[14]
~T~[14] Comprimento: 50,25m
Boca: 11,20m
Pontal: 2,65m
Calado: 2,10m
Arqueação Bruta: 460[14]
Máxima: 11 Nós[14]
Alemã 1 São Paulus[15] 1959[15] 275 passageiros[15] Turístico
Aluguer[15]
Comprimento: 28,17m
Boca: 7,50m
Pontal: 3,65m
Calado: 2,75m
Arqueação Bruta: 257[15]
Máxima: 10 Nós[15]
Cacilhense 5 Campolide
Dafundo
Madragoa
Seixalense
Sintrense[16]
Entre 1980 e 1982[16] 408 passageiros[16] ~C~[16] Comprimento: 29,20m
Boca: 7,25m
Pontal: 2,21m
Calado: 1,80m
Arqueação Bruta: 304[16]
Máxima: 10 Nós[16]
São jorge 1 São Jorge[17] 1992[17] 996 passageiros[17] ~C~
~T~[17]
Comprimento: 49,94m
Boca: 9,46m
Pontal: 3,05m
Calado: 1,85m
Arqueação Bruta: 643[17]
Máxima: 13 Nós[17]
Catamarã 18 3 Algés
Castelo
Chiado[18]
1995[18] 487 passageiros[18] ~M~
~S~[18]
Comprimento: 45m
Boca: 11,79m
Pontal: 2,90m
Calado: 1,35m
Arqueação Bruta: 431[18]
Serviço: 22 Nós
Máxima: 25 Nós[18]
4 Aroeira
Carnide
São Julião
[19]
1998[19] 487 passageiros[19] ~M~
~S~[19]
Comprimento: 46,25m
Boca: 11,79m
Pontal: 2,90m
Calado: 1,40m
Arqueação Bruta: 445[19]
Serviço: 22 Nós
Máxima: 30 Nós[19]
1 Fantasia[20] 2001[20] 146 passageiros[20] ~S~
Turístico[20]
Comprimento: 26,40m
Boca: 7,80m
Pontal: 1,98m
Calado: 1,34m
Arqueação Bruta: 78[20]
Serviço: 22 Nós
Máxima: 26 Nós[20]
2 Cesário Verde
Pedro Nunes[21]
2002[21] 320 passageiros[21] ~M~
~S~[21]
Comprimento: 37,40m
Boca: 10,70m
Pontal: 2,60m
Calado: 1,06m
Arqueação Bruta: 342[21]
Serviço: 22 Nós
Máxima: 30 Nós[21]
8 Almeida Garrett, Antero de Quental
Damião de Goes, Fernando Namora
Fernando Pessoa, Gil Vicente
Jorge de Sena, Miguel Torga[22]
2003[22] 700 passageiros[22] ~B~[22] Comprimento: 49,20m
Boca: 12,30m
Pontal: 3,30m
Calado: 1,58m
Arqueação Bruta: 713[22]
Serviço: 20 Nós
Máximo 30 Nós[22]
Ferryboats Catamarãs 2 Almadense
Lisbonense[23]
2011[23] 360 passageiros
29 viaturas[23]
~T~[23] Comprimento: 47,50m
Boca: 16,00m
Pontal: 3,65m
Calado: 2,20m
Arqueação Bruta: 1479[23]
Serviço: 11 Nós
Máximo 12 Nós[23]

Terminais editar

Lisboa:

Margem Sul:

Belém editar

 
Vista geral da Estação Fluvial de Belém, 2021

A Estação Fluvial de Belém situa-se na cidade de Lisboa, em Portugal, e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre Belém e a Margem Sul do rio Tejo:

Possui ligações à Linha de Cascais da CP Lisboa e aos transportes rodoviários da Carris e Carris Metropolitana.

Conexões:

Cais do Sodré editar

 
Vista geral do Terminal Fluvial do Cais do Sodré, 2021

O Terminal Fluvial do Cais do Sodré situa-se na cidade de Lisboa, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre o Cais do Sodré e a Margem Sul do rio Tejo:

Terminado já no no século XXI, o novo edifício é composto por um longo átrio longitudinal que dá acesso a zonas de apoio, a uma cafetaria e às salas de espera que antecedem os vários cais de embarque. O projeto de arquitetura é de autoria de Pedro Botelho e Nuno Teotónio Pereira. Possui ligações à Linha de Cascais da CP Lisboa, aos transportes rodoviários da Carris e Carris Metropolitana e à rede do Metropolitano de Lisboa.

Conexões:

Terreiro do Paço editar

 
Vista geral do Terminal Fluvial do Terreiro do Paço, 2021

O Terminal Fluvial do Terreiro do Paço situa-se na cidade de Lisboa, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre a Praça do Comércio e a Margem Sul do rio Tejo:

O atual terminal de passageiros foi inaugurado a 4 de setembro de 2011, um projeto inicialmente proposto em 2002 pelo atelier Daciano da Costa com o objetivo de ampliar o edifício já existente, datado de 1932 e projetado por Cotinelli Telmo, e que visava responder ao rápido crescimento de procura das ligações fluviais.[24] Com a inauguração do novo edifício as instalações anteriores foram encerradas e acabaram por sofrer obras de requalificação entre novembro de 2019 e abril de 2021. O projeto, da autoria de Ana Costa, neta de Cotinelli Telmo, contemplava a conversão de alguns espaços do edifício para fins comerciais e turísticos.[25] A 1 de maio de 2021 o edifício da estação original foi reinaugurado, apresentando a mesma arquitetura que tinha sido desenhada em 1929.[26]

A 2 de novembro de 2012 a estação tornou-se num monumento de interesse público através da Portaria n.º 640/2012, DR, 2.ª série, n.º 212.[24]

Possui ligações ao transporte rodoviário da Carris e à rede do Metropolitano de Lisboa.

Conexões:

Barreiro editar

 
Vista geral do Terminal Fluvial do Barreiro, 2020

O Terminal Fluvial do Barreiro situa-se na cidade do Barreiro, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre o Barreiro e a Margem Norte do rio Tejo:

Possui ligações à Linha do Sado da CP Lisboa e aos transportes rodoviários da Carris Metropolitana e dos Transportes Coletivos do Barreiro.

Conexões:

Cacilhas editar

 
Vista geral do Terminal Fluvial de Cacilhas, 2021

O Terminal Fluvial de Cacilhas situa-se na cidade de Almada, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre a zona de Cacilhas e a Margem Norte do rio Tejo:

Possui ligações ao transporte rodoviário da Carris Metropolitana e à rede do Metro Sul do Tejo.

Conexões:

Montijo editar

 
Entrada do Terminal Fluvial do Montijo, 2019

O Terminal Fluvial do Montijo situa-se na cidade do Montijo, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre a zona do Montijo e a Margem Norte do rio Tejo:

Possui ligações ao transporte rodoviário da Carris Metropolitana.

Conexões:

Porto Brandão editar

 
Vista geral da Estação Fluvial do Porto Brandão, 2021

A Estação Fluvial do Porto Brandão situa-se no concelho de Almada, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre as zonas da Trafaria e Porto Brandão e a Margem Norte do rio Tejo:

Possui ligações ao transporte rodoviário da Carris Metropolitana.

Conexões:

Seixal editar

 
Vista geral do Terminal Fluvial do Seixal, 2019

O Terminal Fluvial do Seixal situa-se na cidade do Seixal, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre a zona do Seixal e a Margem Norte do rio Tejo:

Possui ligações ao transporte rodoviário da Carris Metropolitana.

Conexões:

Trafaria editar

 
Vista geral da Estação Fluvial da Trafaria, 2021

A Estação Fluvial da Trafaria situa-se no concelho de Almada, em Portugal e permite o acesso às embarcações que fazem o trajeto entre as zonas da Trafaria e Porto Brandão e a Margem Norte do rio Tejo:

Possui ligações ao transporte rodoviário da Carris Metropolitana.

Conexões:

Ligações editar

Todas as ligações do grupo Transtejo têm um dos seus terminais na cidade de Lisboa.

 
CP-USGL + CP-Reg + Soflusa + Fertagus
 
             
 
(n) Azambuja 
               
 Praias do Sado-A (u)
(n) Espadanal da Azambuja 
               
 Praça do Quebedo (u)
(n) Vila Nova da Rainha 
             
 Setúbal (u)
**(n) Carregado 
     
 
 
     
 Palmela (u)
(n) Castanheira do Ribatejo 
             
 Venda do Alcaide (u)
(n) Vila Franca de Xira 
       
 
 
 Pinhal Novo (u)(a)
(n) Alhandra 
             
 Penteado (a)
(n) Alverca   Moita (a)
(n) Póvoa   Alhos Vedros (a)
(n) Santa Iria   Baixa da Banheira (a)
(n) Bobadela   Lavradio (a)
(n) Sacavém   Barreiro-A (a)
(n) Moscavide   Barreiro (a)
(n) Oriente   (Soflusa)
(n)(z) Braço de Prata 
         
 
 
 Terreiro do Paço (a)
 
 
 
 
 
 
 
 
 Penalva (u)
(n)(ẍ) Santa Apolónia 
 
 
 
 
 
       
 Coina (u)
(z) Marvila 
 
         
 Fogueteiro (u)
(z) Roma-Areeiro 
           
 Foros de Amora (u)
(z) Entrecampos 
           
 Corroios (u)
(z)(7) Sete Rios 
           
 Pragal (u)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Campolide (z)(s)(u)*
(s) Benfica   Rossio (s)
(s) Santa Cruz-Damaia   Cais do Sodré (c)
(s) Reboleira   Santos (c)
(z) Alcântara-Terra 
 
 
 
 
   
 Alcântara-Mar (c)
(s) Amadora   Belém (c)
(s) Queluz-Belas   Algés (c)
(s) Monte Abraão   Cruz Quebrada (c)
(s) Massamá-Barcarena   Caxias (c)
(s)(o) Agualva-Cacém   Paço de Arcos (c)
 
 
 
         
 Santo Amaro (c)
(o) Mira Sintra-Meleças   Rio de Mouro (s)
(s) Mercês   Oeiras (c)
(s) Algueirão - Mem Martins   Carcavelos (c)
(s) Portela de Sintra   Parede (c)
(s) Sintra   São Pedro Estoril (c)
(o) Sabugo 
           
 São João Estoril (c)
(o) Pedra Furada 
           
 Estoril (c)
(o) Mafra 
           
 Monte Estoril (c)
(o) Malveira 
           
 Cascais (c)
**(o) Jerumelo 
 
 
     
 

2019-2021 []

Linhas: a L.ª Alentejoc L.ª Cascaiss L.ª Sintra C.ª X.
n L.ª Norteo L.ª Oestez L.ª Cinturau L.ª Sul7 C.ª 7 R.
(*) vd. Campolide-A   (**)   continua além z. tarif. Lisboa

(***) Na Linha do Norte (n): há diariamente dois comboios regionais nocturnos que param excepcionalmente em todas as estações e apeadeiros.
Fonte: Página oficial, 2020.06

Barreiro editar

~B~ Terminais: Terreiro do Paço (Lisboa) e Barreiro

Duração média: 20 minutos (algumas viagens têm 25 minutos de percurso)

Tipo de serviço: passageiros (catamarã)

Partidas por dia:

Esta ligação permite o acesso dos passageiros da CP do serviço Urbano do Sado até Lisboa. É a ligação que mais passageiros transporta (8 957 017 em 2009) e a que evidencia uma tímida tendência de crescimento, em virtude da ligação do serviço Urbano da CP entre Praias do Sado, Setúbal e Barreiro, da Estação Terreiro do Paço e da reformulação da rede da Carris no Terreiro do Paço que permite alcançar pontos distantes em pouco tempo. Apresentou, em 2009, as melhores taxas de ocupação da frota, as quais nas horas de ponta variaram, no sentido mais favorável, entre 57,7%, na ponta da tarde e 66,3%, na ponta da manhã. Já a taxa de ocupação média fora dos horários de ponta situou-se nos 26,2% que, apesar de ser uma taxa baixa, era a melhor de todas as carreiras do Grupo Transtejo e superior às melhores taxas verificadas na carreira da Trafaria/Porto Brandão. À data de 2009, custava à empresa 0,65€ o transporte de um passageiro nesta ligação.[4] Esta ligação é a única operada pela Soflusa.

Cacilhas editar

~C~ Terminais: Cais do Sodré (Lisboa) e Cacilhas

Duração média: 10 minutos

Tipo de serviço: passageiros e viaturas (ferry-boat) / passageiro (cacilheiros)

Partidas por dia:

Em 2009 transportou 6 823 149 passageiros, representando 36% do total do grupo[4]. É a segunda carreira do grupo com mais passageiros transportados. No mesmo ano foram transportadas 46 mil viaturas no serviço ferry.[29]. No mesmo período, cada passageiro transportado nesta ligação custou 0,29€[4]. As taxas de ocupação média, nesta ligação, nos horários de ponta situaram-se nos 41,6%, na ponta da manhã, e de 42,9%, na ponta da tarde, sendo que tais percentagens caíam para 20,3% fora das horas de ponta[4].

Montijo editar

~M~ Terminais: Cais do Sodré (Lisboa) e Montijo

Duração média: 25 minutos

Tipo de serviço: passageiros (catamarã)

Partidas por dia:

Esta ligação permite o transporte entre o Montijo e Lisboa. Em 2009 transportou um total de 1 097 354 passageiros, com o custo de transporte de cada um deles a situar-se nos 3,09€ no mesmo período.[4]

Seixal editar

~S~ Terminais: Cais do Sodré (Lisboa) e Seixal

Duração média: 20 minutos

Tipo de serviço: passageiros (catamarã)

Partidas por dia:

Esta ligação permite o transporte entre o Seixal e Lisboa. Em 2009 transportou um total de 1 499 839 passageiros, com o custo de transporte de cada um deles a situar-se nos 1,96€ no mesmo período.[4]

Trafaria e Porto Brandão editar

~T~ Terminais: Belém (Lisboa), Porto Brandão e Trafaria

Duração média: 25 minutos

Tipo de serviço: passageiro (cacilheiros e/ou alemães)

Partidas por dia:

Esta ligação permite o transporte entre a Trafaria e a zona de Belém (em Lisboa), com escala em Porto Brandão. Algumas ligações fazem o inverso, tendo terminal em Porto Brandão e escala na Trafaria. É a ligação que menos passageiros transportou em 2009, apenas 589 940, com o transporte de cada passageiro a custar 4,83€ no mesmo período.[4]

Ligações externas editar

Referências

  1. «Alexandra Carvalho é a nova presidente da Transtejo/Soflusa». Jornal de Negócios. 11 de abril de 2023. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  2. «Passageiros no Metro Lisboa e Porto e na Transtejo/Soflusa aumentam 60% em 2022». Dinheiro Vivo. 16 de janeiro de 2023. Consultado em 30 de março de 2023 
  3. Contrato de Subcontratação do Serviço Público de Tranporte de Passageiros entre a Transtejo e a Soflusa
  4. a b c d e f g h i j k l m n Tribunal de Contas. Dezembro de 2010. Auditoria ao Grupo Transtejo. Acedido a 31 de Janeiro de 2011
  5. «Transtejo vai ser fundida com Metro de Lisboa e Carris» 
  6. Transportes de Lisboa lança campanha para jovens, Transportes em Revista, 18 de Março de 2015. Vista em 20 de Abril de 2015.
  7. Transportes de Lisboa acaba a 1 de Janeiro, Transportes & Negócios, 4 de Agosto de 2016. Vista em 26 de Março de 2017.
  8. Manha, Correio da. «Acidente com barco no Terreiro do Paço faz 34 feridos». www.cmjornal.pt. Consultado em 23 de abril de 2019 
  9. «Expresso | Soflusa abre inquérito interno para apurar causas do acidente com catamarã». Jornal Expresso. Consultado em 23 de abril de 2019 
  10. «Transtejo comprou nove navios elétricos sem baterias, TC considera o negócio "irracional": "É como comprar um carro sem motor"» 
  11. «Conselho de administração da Transtejo apresenta a demissão». Dinheiro Vivo. 16 de março de 2023. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  12. «Navio elétrico começa na próxima semana viagens experimentais no Tejo com passageiros» 
  13. «Transtejo Soflusa | Frota». Consultado em 31 de março de 2023 
  14. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Eborense». Consultado em 31 de março de 2023 
  15. a b c d e f «Transtejo Soflusa | São Paulus». Consultado em 31 de março de 2023 
  16. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Campolide, Dafundo, Madragoa, Seixalense e Sintrense». Consultado em 31 de março de 2023 
  17. a b c d e f «Transtejo Soflusa | São Jorge». Consultado em 31 de março de 2023 
  18. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Algés, Castelo e Chiado». Consultado em 31 de março de 2023 
  19. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Aroeira, Carnide, São Julião e Sé». Consultado em 31 de março de 2023 
  20. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Fantasia». Consultado em 31 de março de 2023 
  21. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Cesário Verde e Pedro Nunes». Consultado em 31 de março de 2023 
  22. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Almeida Garrett, Antero de Quental, Damião de Goes, Fernando Namora, Fernando Pessoa, Gil Vicente, Jorge de Sena e Miguel Torga». Consultado em 31 de março de 2023 
  23. a b c d e f «Transtejo Soflusa | Almadense e Lisbonense». Consultado em 31 de março de 2023 
  24. a b «Estação Fluvial de Sul e Sueste». Direção-Geral do Património Cultural. Consultado em 9 de janeiro de 2013 
  25. GONÇALVES, Frederico (28 de Novembro de 2019). «Assim vai mudar Lisboa junto ao Tejo: novo cais estará pronto em 2020». MSN. Consultado em 29 de Novembro de 2019 
  26. «Estação Fluvial Sul e Sueste reabre 90 anos depois da inauguração». www.dn.pt. Consultado em 1 de abril de 2023 
  27. a b «Transtejo Soflusa | Barreiro – Terreiro do Paço». Consultado em 29 de março de 2023 
  28. a b «Transtejo Soflusa | Cacilhas – Cais do Sodré». Consultado em 30 de março de 2023 
  29. Transtejo e Soflusa. 2010. Relatório de Gestão e Contas Consolidadas 2009. Acedido a 31 de Janeiro de 2011.
  30. a b «Transtejo Soflusa | Montijo – Cais do Sodré». ttsl.pt. Consultado em 30 de março de 2023 
  31. a b «Transtejo Soflusa | Seixal – Cais do Sodré». Consultado em 30 de março de 2023 
  32. a b c d «Transtejo Soflusa | Trafaria – Porto Brandão – Belém». Consultado em 30 de março de 2023