Tibério Semprônio Graco (cônsul em 238 a.C.)

cônsul do ano 238 a.C.
 Nota: Para outros significados, veja Tibério Semprônio Graco.

Tibério Semprônio Graco (em latim: Tiberius Sempronius Gracchus) foi um político da gente Semprônia da República Romana eleito cônsul em 238 a.C. com Públio Valério Falto. Ele é melhor conhecido por ter sido pai de Tibério Semprônio Graco, cônsul em 215 e 213 a.C., avô de Tibério Graco Maior, cônsul em 177 a.C., e bisavô dos "Irmãos Gracos" (Tibério e Caio Graco).

Tibério Semprônio Graco
Cônsul da República Romana
Consulado 238 a.C.

Edil (246 a.C.) editar

Foi edil em 246 a.C. e, durante seu mandato, apoiado por seu colega, Caio Fundânio Fúndulo, acusou Cláudia, filha de Ápio Cláudio Cego, que acabou condenada a pagar uma multa que foi suficiente para construir o Templo da Liberdade no Aventino.[1] Cícero conta a mesma história de forma diferente. Segundo ele, foi Públio Cláudio Pulcro, filho de Ápio Cláudio Cáudice (neto de Cego), e não Cláudia, o acusado de ter lutado apesar dos auspícios contrários e ser derrotado na Batalha de Drépano em 249 a.C.. Quando as centúrias se preparavam para votar, uma tempestade interrompeu a votação. Alguns tribunos intervieram logo em seguida e proibiram que uma mesma acusação pudesse ser apresentada pelos mesmos acusadores duas vezes num mesmo ano. Por isso, Fundânio e Graco tiveram que mudar de estratégia e, assim, conseguiram seu intento. Outros relatos afirmam que Cláudia só teria sido julgada depois da morte de seu irmão.[2]

Consulado (238 a.C.) editar

Graco foi eleito cônsul em 238 a.C. com Públio Valério Falto[3]. Durante o seu mandato, a Sardenha e a Córsega foram conquistadas depois de terem se revoltado contra os mercenários cartagineses, tornando-se a segunda província romana. Contudo, o próprio Tibério, que não conseguiu coletar quase nenhum butim, foi criticado por não ter conseguido apresentar nenhum prisioneiro de grande valor.[4]

Ver também editar

Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Caio Mamílio Turrino

com Quinto Valério Falto

Tibério Semprônio Graco
238 a.C.

com Públio Valério Falto

Sucedido por:
Quinto Fúlvio Flaco

com Lúcio Cornélio Lêntulo Caudino


Referências

  1. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 16.14-19.
  2. Schol. Bob. in Cic. p. 337. Ed. Orelli.
  3. Fasti Capitolini [em linha]
  4. Zonaras VIII 18; Políbio I 88; Paulo Orósio IV 12.

Bibliografia editar

  • Broughton, T. Robert S. (1951). «XV». The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas