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Francisco José Cardoso Júnior (Itaguaí, 15 de janeiro de 1826Rio de Janeiro, 21 de setembro de 1917) foi um militar e político brasileiro. Seu pai foi o Comendador Francisco José Cardoso e sua mãe Propícia Francisca Carneiro da Fontoura Barreto­­. Seu avô era o Brigadeiro Manoel José Cardoso e seu bisavô foi o Coronel Manoel Cardoso, que era senhor do morgado da Vacaria em Portugal e que morava num solar na quinta dos Cardosos em Lamego.

Seu avô foi Cristóvão de Portugal e Castro, que era fidalgo cavaleiro pertencente à Casa Real Portuguesa. Foi assentado por ele praça no ano de 1842. Cursou a antiga Academia Militar e atingiu o bacharelato em ciências matemáticas e civis administrativas em várias Províncias do Brasil.

Em 1852, foi eleito deputado provincial em Minas Gerais. Naquela Província foram inspecionadas pelo Excelentíssimo Senhor Deputado Provincial as coletorias e a Estrada de Ferro do Rio Preto. Em 1859, na Província do Rio de Janeiro, foi nomeado engenheiro ajudante do diretor de Obras Públicas. Aí foram prestados pelo engenheiro os serviços agradecidos pela câmara da vila de São Francisco Xavier de Itaguaí (atual Câmara Municipal de Itaguaí) em 1862.

Quando lutou na época da Guerra do Paraguai foram dedicados pelo militar poucos anos de serviço. Em 1868, Foi secretário do Marechal Marquês de Caxias e comandante do Exército Brasileiro em 1868, de acordo com documentação histórica presente no Museu Imperial de Petrópolis.

Entre 2 de dezembro de 1869 e 11 de maio de 1871, foi o presidente da Província de Sergipe, com relatório perfeito deixado por ele durante a abertura de uma legislatura na Assembleia Legislativa. Sua oportunidade foi a criação do Ateneu Sergipense. O imperador Pedro II do Brasil nomeou Francisco José Cardoso Júnior como presidente da Província de Mato Grosso, que precisava ser reconstruída após ter sido assolada pela Guerra do Paraguai, o que exigia pessoas boas e fortes. Então, Sua Majestade Imperial enviou o político militar para aquela região, que a governou entre 29 de julho de 1871 e 25 de dezembro de 1872, tendo sido ao mesmo tempo comandante das armas da Província (cargo correspondente ao atual comandante-em-chefe das polícias militar e civil). Além disso, foi responsável pela reforma da educação pública.

Foi Deputado geral pela Província do Rio de Janeiro pelo Partido Conservador, fazendo parte de diversas comissões na Câmara, entre 1872 e 1875, sendo por sua ação parlamentar agradecido e elogiado. Os agradecimentos e os elogios dados pelo povo a Sua Excelência foram arquivados.

No Ministério da Guerra, fazia parte da Repartição do Ajudante General e do Conselho Naval da Marinha.

Foi o primeiro Vice-presidente da Província do Pará (também como tenente-coronel), mas foi presidente da província paraense entre 17 de março de 1887 e 6 de maio de 1888.

Em 1887, para comemorar a aprovação da Lei do Ventre Livre, promoveu a libertação de 109 escravos. Francisco José Cardoso Júnior agradeceu à Sua Alteza Imperial a Princesa Isabel do Brasil.

Durante a Proclamação da República no Brasil a 15 de novembro de 1889 foi comandante do 5º distrito militar de Curitiba. No dia 17 de novembro de 1889, Cardoso Junior deixou a brigada militar para tomar posse do governo do Paraná, elevando a província à categoria de estado.

O desejo de Deodoro era a continuação de que Cardoso Júnior exercesse o cargo de governador eleito. Mas não houve a candidatura de Cardoso Junior, embora o sentimento das pressões tivessem como objetivo o impedimento da abertura de lutas entre partidos no território estadual. Mas essa devido à sua atitude, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil Marechal Floriano Peixoto agradeceu Cardoso Júnior em telegrama datado de 2 de setembro de 1890:

Contava patriotismo velho camarada. Obrigado.
 

Em 1890, recebendo a aposentadoria definitiva na hierarquia militar de brigadeiro, recebeu a graduação de Marechal de Campo em 1898 por ato feito pelo Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Marechal Floriano Peixoto.

Na Revolução Federalista de 1893-1894, mais precisamente em 1894, que de grande interesse aprofundado ao Paraná, Cardoso Júnior começou uma situação vergonhosa. Mesmo que talvez tivesse simpatia com o governo legalista do Marechal Floriano Peixoto, mas acabou se envolvendo na conspiração dos partidários do Partido Federalista do Rio Grande do Sul. Em 1894, os federalistas nomearam Cardoso Júnior como governador revolucionário, quando o Estado já tinha caído nas mãos de Gumercindo, isto é, entre o governo de Meneses Dória e o de Tertuliano Teixeira de Freitas.

Na verdade, porém, nem ele assumiu o poder, nem queria o governo, que, mas, ficou, por tempo determinado, completamente sem alguém que chefiasse. O Excelentíssimo Senhor Presidente do Brasil Prudente José de Morais nomeou Cardoso Júnior como comandante superior da Guarda Nacional do Paraná, com a finalidade de reorganização em novos moldes da Milícia que saiu vitoriosa durante a Guerra do Paraguai e a Revolução Federalista, Cardoso Junior, que já recebeu a aposentadoria definitiva de marechal, se mudou para o Paraná, onde teve uma vida de utilidade no início do século XX, enquanto exerceu o mandato de deputado estadual entre 1897 e 1901.

Dirigiu a Biblioteca do Exército por vários anos até a sua morte em 21 de setembro de 1917, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.