Vanessa Barragão

Artista plástica portuguesa
Vanessa Barragão
uma ilustração licenciada gratuita seria bem-vinda
Biografia
Nascimento
Cidadania
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Atividade
Artista plástica
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Vanessa Barragão (Albufeira, 1992) é uma artista plástica portuguesa, que se destacou pelas suas tapeçarias.

Biografia editar

Nasceu na cidade de Albufeira, em 1992.[1] Frequentou a Faculdade de Arquitectura de Lisboa entre 2010 e 2016,[2] tendo concluído um mestrado em Design de Moda.[3] Fez o estágio na Fábrica de Tapetes Beiriz, na Póvoa de Varzim,[4] onde alcançou o posto de directora em 2016,[2] experiência que lhe transmitiu valiosos conhecimentos sobre as várias funções ligadas à indústria têxtil, que lhe foram de grande utilidade durante a sua carreira artística.[3]

A sua obra é compostamente por tapeçarias, tapetes e peças decorativas de parede, que são produzidas com recurso a diversas técnicas manuais.[5] Os seus trabalhos são principalmente inspirados em motivos marítimos,[1] tendo como tema proeminente a sensibilização para os problemas climáticos e a defesa do meio ambiente.[3] Com efeito, o processo de criação dos seus trabalhos destaca-se pela forte aposta na sustentabilidade e ecologia,[1] com a utilização predominante de desperdícios têxteis, oriundos de fábricas.[3] Fundou o seu primeiro estúdio de design em 2014,[5] o Studio Vanessa Barragão, em Albufeira, ainda durante o período como estudante.[2] Entre 2018[6] e 2020 manteve um atelier na cidade do Porto, tendo-se depois fixado em Albufeira.[4]

É considerada como uma das artistas plásticas portuguesas que alcançaram um grande sucesso no estrangeiro, nomeadamente no Japão e na Austrália, tendo feito a sua primeira exposição na cidade de Sydney.[3] As suas obras foram adquiridas por compradores de vários países, como a China, Estados Unidos da América, Japão, Brasil, Austrália, Nova Zelândia e México.[3] Tem colaborado com diversas galerias de arte nacionais e internacionais, incluindo a Casa Cuadrada, de Bogotá, a galeria luso-angolana This Is Not A White Cube, e a CoBrA Gallery, de Xangai.[3] Uma das suas peças mais destacada é a Botanical Tapestry, que foi exposta no Aeroporto de Heathrow, em Londres, e que procura alertar o público sobre o problema das alterações climáticas.[6]

Fez várias exposições colectivas ou individuais, tanto em território nacional como no estrangeiro, incluindo o Festival Iminente em Lisboa em 2022,The Art of Mushrooms no Museu Serralves, no Porto, em 2022, (Im)materiality no centro Not a Museum em Lisboa em 2022, e no Centro Cultural de Águeda em 2022.[2] Em 2024 fez a exposição individual Submerso no Centro Cultural de Lagos.[1] Fora de Portugal, participou nas exposições Threads + Colour 2 em Sydney, na Austrália, em 2017, Underneath the Serene Sky no CoBrA Gallery, em Xangai, em 2021, Tools for Conviviality, no Cheongju Craft Biennale, na Coreia do Sul, em 2021, Flora Fauna Fibre: Textiles in Contemporary Art no Mary M. Torggler Fine Arts Center, nos Estados Unidos da América, em 2022, Crafting A More Human Future - Homo Faber Event no Fondazioni Giorgio Cini, em Veneza, em 2022, e Pour L’Amour du Fil, no Salon International des Arts du Fil at Grand Palace de Nantes, em 2022.[2]

Em Março de 2024, o governo português doou a peça Coral Vivo, de Vanessa Abragão, à Organização das Nações Unidas, prevendo-se que iria ser exposta de forma permanente na sede daquele organismo, em Nova Iorque.[7] Segundo um comunicado emitido pelo governo português, esta oferta tinha como finalidade «valorizar a participação ativa de Portugal naquela organização, bem como o papel cimeiro das Nações Unidas na agenda dos Oceanos e na construção de um futuro mais verde, mais seguro e mais próspero», tendo descrito a peça como simbolizando «a importância e riqueza dos recifes de coral, um ecossistema com a maior biodiversidade do mundo».[4] Sobre a artista, o comunicado referiu que «Criando peças de grande escala [...] a artista e designer têxtil portuguesa transmite mensagens poderosas de apelo à consciência ambiental, alertando para a ameaça que estas áreas marinhas enfrentam, em resultado das alterações climáticas e da poluição».[4]

Referências

  1. a b c d «Submerso, de Vanessa Barragão». Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 19 de Março de 2024 
  2. a b c d e «Vanessa Barragão» (em inglês). This is not a White Cube. Consultado em 20 de Março de 2024 
  3. a b c d e f g «Vanessa Barragão». Redescobrir Portugal. Sábado. Consultado em 19 de Março de 2024 
  4. a b c d COSTA, Maria João (18 de Março de 2024). «"Coral Vivo". Portugal doa tapeçaria portuguesa à ONU». Rádio Renascença. Consultado em 19 de Março de 2024 
  5. a b «Textile Artist Vanessa Barragão» (em inglês). East. Consultado em 19 de Março de 2024 
  6. a b «Vanessa Barragão». Portugal Manual. Consultado em 19 de Março de 2024 
  7. «Portugal doa às Nações Unidas peça de tapeçaria de Vanessa Barragão (com vídeo)». Governo de Portugal. 18 de Março de 2024. Consultado em 19 de Março de 2024 

Ligações externas editar


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