Ana Tostões

arquitecta, historiadora, professora catedrática

Ana Cristina Santos Tostões (Lisboa, 3 de Abril de 1959), mais conhecida como Ana Tostões, é um arquiteta, historiadora de arquitetura e professora catedrática portuguesa.[1][2][3][4][5] A sua especialidade é Teoria e História Crítica da Arquitetura Contemporânea.[6]

Ana Tostões
Nascimento 3 de abril de 1959
Lisboa
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação arquiteta, professora universitária, escritora, historiadora de arte
Prêmios
  • Mulheres na Ciência (2016)
Empregador(a) Universidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico, Instituto Superior Técnico

Em 2006 foi agraciada pelo Presidente da República com o grau de Comendadora da Ordem do Infante D.Henrique, pelo seu trabalho na divulgação da arquitectura portuguesa, em Portugal e no estrangeiro.[6][7]

É, desde 2010, presidente do DOCOMOMO (Comité Internacional para Documentação e Conservação do Património Moderno), sendo também editora da revista científica desta organização.[7]

Biografia editar

Licenciou-se em Arquitectura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1982. Em 1994, oficializa o seu título de historiadora da arquitectura, com um Mestrado em História de Arte, pela Universidade Nova de Lisboa.[2][5] Concluiu o doutoramento em Engenharia do Território, no Instituto Superior Técnico, em 2002.[2][5] A sua tese, Cultura e tecnologia na arquitectura moderna portuguesa, foi mais tarde adaptado e publicado em livro.[8][9]

É, desde 2010, presidente do DOCOMOMO (Comité Internacional para Documentação e Conservação do Património Moderno), sendo também editora da revista científica desta organização. Foi sob o seu mandato que a organização se mudou de Barcelona para Lisboa, em 2014.[10]

Foi vice-presidente da secção portuguesa da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) e Vice-Presidente da Ordem dos Arquitectos. [11][4]

Reconhecimentos e Prémios editar

Ana Tostões é Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. Foi, ainda, uma das cientistas escolhidas para figurar na 1ª edição da iniciativa "Mulheres na Ciência" do programa Ciência Viva, em 2016.[12] O projecto visa enaltecer o trabalho de mulheres cientistas em Portugal.

Obra editar

Tostões publicou 13 livros e 95 artigos científicos, participou na curadoria de 10 exposições e organizou 41 eventos científicos sobre arquitectura.[3][4]

Livros seleccionados:   editar

  • Tostões, A., Ferreira, Z. (ed.) (2016), Adaptive Reuse. The Modern Movement towards the Future, Lisboa, Docomomo International/Casa da Arquitectura. ISBN 9789899964501.
  • Tostoês, A.. (2015) A Idade Maior. Cultura e Tecnologia na Arquitectura Moderna Portuguesa. FAUP Publicações, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Portugal.
  • Tostões, A. (2014), Restauro e Renovação do Grande Auditório, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. ISBN 9789898807014.
  • Tostões, A. (ed.) (2014), Arquitectura Moderna em África:  Angola e Moçambique, Caleidoscópio. ISBN 9789896582401.
  • “Modern Built Heritage Conservation Policies: How to Keep Authenticity and Emotion in the Age of Digital Culture”, Built Heritage, n. 2, vol. 2, Tongji, Tongji University (2018);
  • "How to Love Modern [Post-]Colonial Architecture: Rethinking Memory in Angola and Mozambique Cities", Architectural Theory Review, v. 20, n. 3 – Africa Critical, London, Taylor & Francis Group (2017);

Exposições seleccionadas editar

  • Portugal: Architektur im 20. Jahrhundert (Deutsche Architektur Museum, Frankfurt, 1997);
  • Keil do Amaral, o arquitecto e o humanista (1999);
  • Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970, um património para conhecer e salvaguardar (Porto, Lisboa, Évora, Coimbra, 2001-2004);
  • Arquitectura e Cidadania. Atelier Nuno Teotónio Pereira (2004);
  • Biblioteca Nacional de Portugal.Exterior/Interior (2004);
  • Gulbenkian Headquarters and Museum, The architecture of the 60s (2006); Lisboa 1758: The Baixa Plan Today (2008)

Referências editar

  1. «FAUP - Ana Tostões». FAUP - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Consultado em 22 de junho de 2020 
  2. a b c «Villa Tugendhat». Ana Cristina Santos Tostões | Villa Tugendhat. Consultado em 22 de junho de 2020 
  3. a b «Ana Tostões | Architectuul». Architectuul. Consultado em 22 de junho de 2020 
  4. a b c d e f «Biografia Ana Tostões» (PDF). Fundação Calouste Gulbenkian. Consultado em 22 de junho de 2020 
  5. a b c Dias, Ana Sousa (10 de janeiro de 2005). «Ana Tostões em Entrevistta». RTP. Consultado em 22 de junho de 2020 
  6. a b c «Ana Tostões». RMB (em inglês). 30 de outubro de 2017. Consultado em 22 de junho de 2020 
  7. a b c «Colóquio Um Acervo Para a História II - Arquivo Municipal de Lisboa» (PDF). Arquivo Municipal da Câmara Municipal de Lisboa. 2015. Consultado em 22 de junho de 2020 
  8. «BNP | Cultura e tecnologia na arquitectura moderna portuguesa [Texto policopiado] / Ana Cristina dos Santos Tostões». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 22 de junho de 2020 
  9. «U.Porto Edições | Livros | A Idade Maior Cultura e tecnologia na arquitectura moderna portuguesa». U.Porto Edições. Consultado em 22 de junho de 2020 
  10. «″Há muitas estruturas que podem ser transformadas″ - DN». www.dn.pt. Consultado em 22 de junho de 2020 
  11. «Trienal de Arquitectura de Lisboa». Umbigo Magazine. 2017. Consultado em 22 de junho de 2020 
  12. «Mulheres na Ciência - 1.ª Edição 2016». Ciência Viva. 2016. Consultado em 22 de junho de 2020 
  13. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ana Tostões". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de setembro de 2020