Conservadorismo libertário

ideologia política
Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Conservadorismo liberal.

Conservadorismo libertário é uma ideologia política que combina políticas e visões libertárias com valores conservadores. A primeira proposição do conservadorismo libertário é a defesa das liberdades negativas do Estado como forma de alcançar social e culturalmente finalidades conservadoras. O libertarianismo conservador se opõe fortemente à engenharia social.[1] Frank Meyer, co-fundador da revista National Review apelidou essa combinação de “Fusionismo”. Na ciência política, o termo é usado para se referir às ideologias que combinam a defesa de princípios econômicos, tais como o liberalismo econômico, o respeito pelos contratos, e principalmente a defesa da propriedade privada e da economia de mercado.[2]

Em sua obra, o escritor Nelson Hultberg aponta que existe "um terreno filosófico comum" entre os libertários e o movimento político norte-americano chamado de conservadorismo, surgido nos anos 1930 em oposição ao New Deal. "O verdadeiro movimento conservador foi, desde o início, uma mistura de libertarianismo político, conservadorismo cultural, e o não intervencionismo deixado pelos Pais Fundadores dos Estados Unidos." Ele ainda alega que o conservadorismo libertário foi "apoderado" pelos neoconservadores e pelos inimigos formados para lutar contra os fundadores da República. Dentre eles, os fabianos, new dealers, progressistas, globalistas, intervencionistas, militaristas, engenheiros sociais e o que ele chama de "turma coletivista".[3][carece de fonte melhor]

Thomas DiLorenzo escreveu que libertários-conservadores acreditam que a maneira de limitar governo é se fazer cumprir a Constituição dos Estados Unidos. No entanto, Dilorenzo aponta que os fundadores da Constituição acreditavam que ela seria aplicada pelos cidadãos livres, desvinculados de Estados Soberanos e do Poder Judiciário. DiLorenzo levanta que os poderes acumulados pelo Estado durante a Guerra Civil Americana derrubou a Constituição de 1787.

A obra Freedom and Virtue: The Conservative/Libertarian Debate, de George W. Carey, retrata estudos que descrevem a tensão entre a liberdade e a moralidade como a principal fronteira que divide as duas filosofias.[4]

Senador Ted Cruz
Senador Ted Cruz, pré-candidato à presidência dos EUA em 2016 pelo Partido Republicano.

Nos anos 90, pensadores como Lew Rockwell, Murray Rothbard e outros descreveram suas posições como “paleolibertária”. Eles continuaram a oposição libertária contra “todas as formas de intervenção estatal – econômica, cultural, social e globalista – mas também passaram a defender o conservadorismo social e cultural. Foram grandes opositores do libertarianismo "libertino", que segundo Rockwell defenderia a “liberdade face (...) à moral burguesa e à autoridade social”, e não apenas face ao estado.[5][carece de fonte melhor] Rockwell explica que se define como “paleolibertário” para não ser erroneamente confundido com os tories, também chamados de paleoconservadores, cuja filosofia é rejeitada pelos libertários.[6][carece de fonte melhor]

Hans-Hermann Hoppe, Ludwig von Mises, Murray Rothbard e Lew Rockwell são frequentemente descritos como conservadores libertários.[1] O senador Ted Cruz e o senador Rand Paul, pré-candidatos à presidência dos EUA em 2016, e o congressista Ron Paul, pré-candidato à presidência dos EUA em 2008 e 2012, todos pelo Partido Republicano, são líderes do Movimento Tea Party, e exemplos de políticos conservadores libertários.

Ver tambémEditar

Referências

  1. a b J. Richard Piper, Ideologies and Institutions: American Conservative and Liberal Governance Prescriptions Since 1933, Rowman & Littlefield, 1997, pags. 110–11, ISBN 0847684598, ISBN 978-0847684595
  2. Johnston, Larry: Politics: An Introduction to the Modern Democratic State. University of Toronto Press, 2007. pags. 154–56
  3. Nelson Hultberg, True Conservatism vs. Neo-Conservatism Arquivado em 20 de agosto de 2008, no Wayback Machine., Americans for a Free Republic, 20 de dezembro de 2006
  4. George W. Carey (Editor), Freedom & Virtue: The Conservative Libertarian Debate, Intercollegiate Studies Institute, 1998. ISBN 1-882926-19-6
  5. Lew Rockwell (1990). «The Case for Paleo-libertarianism]» (PDF). Liberty (1987) (em inglês). pp. 34–38 
  6. Rockwell, Llewellyn H. «What I Learned From Paleoism». LewRockwell.com. Consultado em 29 de agosto de 2016