Cristina Canale

pintora brasileira

Cristina Canale (Rio de Janeiro, 1961) é uma pintora brasileira que vive e trabalha em Berlim, na Alemanha, desde os anos 1990.

Cristina Canale em seu ateliê em Berlim, em 2020. Foto: Luíza Baldan.

Biografia editar

No começo da década de 1980, Cristina Canale estudou desenho e pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. E já em 1984, participou da icônica exposição coletiva Como Vai Você, Geração 80?[1], firmando-se na cena artística brasileira como uma das integrantes daquela que seria conhecida como Geração 80, ao lado de nomes como o de Adriana Varejão, Angelo Venosa, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, Leda Catunda, entre outros.[2] Em 1993, estabeleceu-se definitivamente na Alemanha após receber uma bolsa de fomento à criação artística do estado de Brandenburg, que também lhe garantia uma residência artística no Schloss Wiepersdorf (Palácio de Wiepersdorf). Nesse mesmo ano, também foi premiada com uma bolsa de estudos do Deutscher Akademischer Austauch Dienst (DAAD), que possibilitou que desenvolvesse seus estudos na Kunstakademie Düsseldorf (Academia de Artes de Düsseldorf) — por onde passaram nomes como o de Joseph Beuys, Bernd & Hilla Becher, entre outros —, sob orientação do artista conceitual holandês Jan Dibbets, permanecendo ali até 1995.[1][2]

 
Sem título, 1991. 240 x 310 cm. Óleo sobre tela. Acervo: Pinacoteca de São Paulo.
 
Mãe e Filha II, 2007. Técnica mista sobre tela. Dimensões: 140 x 165 cm.

Em um dos textos para o catálogo de sua exposição individual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), "Cristina Canale: Arredores e Rastros", realizada em 2010, Luiz Camillo Osório afirma:

"A ida para Berlim em meados da década de 1990 deu à pintura de Cristina Canale uma personalidade própria, um estilo singular. Se já se destacava entre os pares da geração 80, a partir daí sua obra ganhou força incontestável. Seu compromisso com a pintura, ao contrário de lançá-la para fora do seu tempo, vai comprometê-la com as múltiplas temporalidades que convivem e se enfrentam no presente. Sua pincelada assume a crença moderna na potência autônoma da forma. A experiência da pintura deve se sustentar por si mesma, sem se pautar em uma referência externa, nem tampouco se isolar numa intransitividade que recuse o mundo. Não se trata de uma crença arbitrária e formalista, indiferente às questões do presente, mas de uma aposta na capacidade de o olhar criar para si desejos e sentidos próprios. O tempo do olhar potencializa a experiência e não se esgota na identificação de algo fora dela. Seja na aspereza mais opaca da série dos botânicos, seja na vibração cromática das pinturas mais recentes, sua obra cativa o espectador no primeiro contato. Diante de suas telas surge-nos uma figuração que parece existir por si, independentemente das convenções pictóricas que estruturam o aparecer das coisas. Há uma intensidade plástica que convoca o olhar sem um sentido dado de antemão. Convocação que põe o olho a trabalhar na difícil transformação da mera sensação em sugestão de sentido". [3]

Em seu livro mais recente, Faces, que reúne sua produção pictórica a partir de meados dos anos 2000, Galciani Neves escreve:

"O contexto social, cultural e artístico realmente sempre adentrou com protagonismo os processos da artista. Quando passou a morar na Alemanha, Canale se concentrou [...] num processamento da matéria pictórica mais diluída e fluida, acercando-se dos objetos que tratava e do ambiente em questão, e consumindo-os mais visceralmente. Nos anos 2000, é possível perceber outra transformação importante em seu percurso. Cristina foi se colocando diante de fortuitos embates (que ela própria não pretende solucionar) entre a figuração e a abstração, e entre a narrativa e o tempo aberto ao não acontecimento. Tais embates seguem se atualizando em seu trabalho, de muitas maneiras, como linguagem. Montanhas, cachoeiras, matas, mar, flores frutos, em detalhes agigantados e em vistas aéreas ou distanciadas, em recortes improváveis, acontecem com a cor entre manchas, respingos, escorridos. A cor é fundamento dessas paisagens".[4]

Cristina Canale participou da XXI Bienal Internacional de São Paulo, em 1991, e da VI Bienal de Curitiba,em 2011. Realizou mostras individuais no Instituto Tomie Ohtake, em 2007, noMuseu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), em 2010, e no Paço Imperial, em 2014. Possui obras no acervo de instituições como a Coleção Gilberto Chateaubriand do MAM Rio; Museu de Arte de São Paulo (MASP); Museu de Arte do Rio (MAR); Pinacoteca do Estado de São Paulo; bem como Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), em Ribeirão Preto/SP; no Instituto Itaú Cultural, São Paulo/SP, [5][1] e em coleções privadas internacionais, como a Hall Art Foundation (Derneburg, Alemanha/Vermont, EUA) e o Museum No Hero (Delden, Países Baixos).

Exposições e prêmios editar

Exposições individuais selecionadas: [5] editar

  • 2024: A Casa e o sopro, Instituto Ling, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil;
  • 2021: The Encounter, Galeria Nara Roesler, New York, EUA;
  • 2018: Cabeças/Falantes, Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil[6];
  • 2017: Things and Beings, Galeria Nara Roesler, New York, EUA;
  • 2015: Cristina Canale: Zwischen den Welten, Kunstforum Markert Gruppe, Hamburg, Alemanha;
  • 2014: Entremundos, Paço Imperial, Rio de Janeiro/RJ, Brasil[7] | Entre o ser e as coisas, Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil | Espelho e Memória — Spiegel und Erinnerung, Galerie Atelier III, Barmstedt, Alemanha;
  • 2013: Protagonisten, Galerie p13, Heidelberg, Alemanha | Protagonista e Domingo, Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), Ribeirão Preto/SP, Brasil;[8]
  • 2012: Cabeça-tronco-membros, Bolsa de Arte, Porto Alegre/RS, Brasil | Pars Pro Toto, Silvia Cintra Galeria de Arte+Box4, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 2011: Sem palavras, Galeria Nara Roesler, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2010: Arredores e rastros, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro/RJ, Brasil;[9]
  • 2009: Contos, Silvia Cintra Galeria de Arte+Box4, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 2008: Mondo Cane, Galeria Nara Roesler, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2007: Caiçaras, Bolsa de Arte, Porto Alegre/RS, Brasil | Cenas, Galeria Baginski, Lisboa, Portugal | Pintura face a face, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2006: Banhistas, Silvia Cintra Galeria de Arte+Box4, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 2005: Arredores, Galeria Nara Roesler, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2003: Rastros, Paço das Artes, São Paulo/SP, Brasil | Paraíso, Galeria AM, Belo Horizonte/MG, Brasil;
  • 2002: Áreas de lazer, Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 2001: Wohnzimmer und andere Gemütlichkeiten, Kunstverein Genthiner Elf, Berlin, Alemanha;
  • 2000: Grenzenlos, Städtisches Museum Eisenhüttenstadt, Eisenhüttenstadt, Alemanha | Amor proibido, Paço Imperial, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 1999: Interiores, Galeria de Arte São Paulo, São Paulo/SP, Brasil | Sem fronteiras, Palácio das Artes, Belo Horizonte/MG, Brasil;
  • 1998: Flutuantes, Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 1995: De cisnes, folhagens e ornamentos, Paço Imperial, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 1992: Branco dominante, Galeria de Arte São Paulo, São Paulo/SP, Brasil;
  • 1987: Novos Novos, Galeria de Arte do Centro Empresarial Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.

Exposições coletivas[5] editar

  • 2019: Ateliê de Gravura: da tradição à experimentação, Fundação Iberê Camargo (FIC), Porto Alegre/RS, Brasil;
  • 2018: Mulheres na Coleção MAR, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro/RJ, Brasil | MACS Fora de Casa – Poéticas do feminino, Sesc Sorocaba, Sorocaba/SP, Brasil;
  • 2017: Alucinações à beira mar, MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, Oca – Pav. Gov. Lucas Nogueira Garcez, Parque do Ibirapuera, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2016: A cor do Brasil, MAR, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Em polvorosa – Um panorama das coleções do MAM Rio, MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 2015: O espírito de cada época, Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), São Paulo/SP, Brasil;
  • 2014: Adensamento e expansão: arte contemporânea – acervo CCUFG, Centro Cultural UFG (CCUFG), Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia/GO, Brasil | Figura humana, CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Prática portátil, Galeria Nara Roesler, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2012: Além da forma, Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), Ribeirão Preto/SP, Brasil;
  • 2011: O colecionador de sonhos, Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), Ribeirão Preto/SP, Brasil | VI VentoSul – Bienal de Curitiba, Curitiba/PR, Brasil;
  • 2010: I Mostra do Programa de Exposições de 2010, Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo/SP, Brasil;
  • 2009: Dentro do traço, mesmo, Fundação Iberê Camargo (FIC), Porto Alegre/RS, Brasil;
  • 2007: Um século de arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand. Exposição itinerante: Museu Oscar Niemeyer (MON), Curitiba/PR, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia), Salvador/BA, Brasil | 80/90: modernos, pós-modernos etc., Instituto Tomie Ohtake, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2006: //PARALELA 2006, Pavilhão Armando de Arruda Pereira, Parque do Ibirapuera, São Paulo/SP, Brasil | É hoje na arte brasileira contemporânea – Coleção Gilberto Chateaubriand. Exposição itinerante: Museu Oscar Niemeyer (MON), Curitiba/PR, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo/SP, Brasil; Centro Cultural Santander, Porto Alegre/RS, Brasil;
  • 2005: Transeuntes – América Latina, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), São Paulo/SP, Brasil | Discover Brazil – Aktuelle Malerei, Skulptur, Installation, Ludwig Museum im Deutschherrenhaus, Koblenz, Alemanha | Arte em Metrópolis, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2004: Onde está você, Geração 80?, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 2003: Marcantonio Vilaça – Passaporte contemporâneo, MAC-USP, São Paulo/SP, Brasil | Arte em diálogo – Artistas do Brasil e da Noruega, MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Grenzsignale, ARCIS-DAAD, Santiago de Chile, Chile;
  • 2002: Caminhos do Contempôraneo – 1952/2002, Paço Imperial, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Em matéria de natureza. Exposição itinerante: Solar Grandjean de Montgny, Rio de Janeiro/RJ, Brasil; Instituto Cultural Brasileiro (ICBRA), Berlin, Alemanha; Maison de l’Amérique latine, Paris, França | Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo/SP, Brasil;
  • 2001: Espelho cego: seleções de uma coleção contemporânea. Exposição itinerante: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife/PE, Brasil; Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília/DF, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo/SP, Brasil; Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil | Bilderwetter, Kulturring, Berlin, Alemanha | Cristina Canale, Osmar Pinheiro, Sérgio Sister, Galeria A Hebraica, São Paulo/SP, Brasil;
  • 1998: Arte brasileira contemporânea, Künstlerhaus Bethanien GmbH, Berlin, Alemanha | Moto migratório: quatro artistas brasileiros na Alemanha, MAC-USP, São Paulo/SP, Brasil | Der brasilianische Blick. Um olhar brasileiro. Sammlung Gilberto Chateaubriand / MAM-RJ. Exposição itinerante: Kunstmuseum, Heidenheim, Alemanha; Luwig Forum für Internationale Kunst, Aachen, Alemanha; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, Alemanha;
  • 1997: Peinture – Trau Deinen Augen, Hausvogteiplatz 2, Stiftung Starke, Berlin, Alemanha | 8 artistas brasileiros, Universität Greifswald, Greifswald, Alemanha;
  • 1996: Dialog: experiências alemãs, MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | ORGANICUS: formas e materiais / arte contemporânea brasileira. Exposição itinerante: Galerie Drei, Dresden/SN, Alemanha; Instituto Cultural Brasileiro (ICBRA), Berlin, Alemanha | Contrapartida: 12 artistas brasileiros e alemães, Kunstspeicher, Potsdam, Alemanha;
  • 1995: Anos 80: o palco da diversidade, Coleção Gilberto Chateaubriand, Galeria de Arte do SESI, São Paulo/SP, Brasil;
  • 1994: Images of the 80’ and 90’, Museum of Americans, Washingto/DC, EUA | The Exchange Show: 12 pintores de San Francisco e Rio de Janeiro. Exposição itinerante: Center for Arts Yerba Buena Gardens, San Francisco, EUA; MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 1993: Wiepersdorf 93, Wiepersdorf Castle, Wiepersdorf, Alemanha | Guignard: a escolha do artista, Paço Imperial, Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 1992: EcoArt, MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Avenida Central, Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), Rio de Janeiro/RJ, Brasil;
  • 1991: 21º Bienal Internacional de Arte de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo – Pavilhão Ciccillo Matarazzo, São Paulo/SP, Brasil | BR-80, pintura brasileira dos anos 80, Fundação Casa França-Brasil, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | viva brasil viva: konst från Brasilien, Liljevalchs Konsthall, Estocolmo, Suécia;
  • 1990: Arte moderna brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM Rio, Rio de Janeiro/RJ, Brasil | Olhar Van Gogh. Exposição itinerante: MASP, São Paulo/SP, Brasil; Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV Parque Lage), Rio de Janeiro/RJ, Brasil; Palácio das Artes, Belo Horizonte/MG, Brasil; Museu de Arte de Brasília (MAB), Brasília/DF, Brasil;
  • 1989: Novos valores da arte latino-americana, Museu de Arte de Brasília (MAB), Brasília/DF, Brasil | Canale, Fonseca, Milhazes, Pizarro, Zerbini. Exposição itinerante: Fundação Nacional das Artes (Funarte), Rio de Janeiro/RJ, Brasil; Museu Municipal de Arte de Curitiba, Curitiba/PR, Brasil; MAC-USP, São Paulo/SP, Brasil;
  • 1984: Como vai você, Geração 80?, EAV Parque Lage, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.

Prêmios editar

  • 1986: 10º Salão Carioca de Arte, Estação Carioca do Metrô Rio de Janeiro/RJ, Brasil.[10]

Referências

  1. a b c «Cristina Canale». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 28 de junho de 2017 
  2. a b «Carbono Galeria - se~norita - Cristina Canale». Consultado em 31 de março de 2020 
  3. Cristina, Canale (2010). "Cristina Canale: Arredores e Rastros" [Catálogo]. Rio de Janeiro: Garamond. p. 5. ISBN 978-85-7617-186-7 
  4. CANALE, Cristina (2023). Cristina Canale: Faces. São Paulo: Nara Roesler Livros. p. 226. 11 páginas. ISBN 978-85-66741-14-8 
  5. a b c «Cristina Canale». Galeria Nara Roesler. Consultado em 31 de março de 2020 
  6. «Cabeças/Falantes». Consultado em 31 de março de 2020 
  7. «Quatro artistas inauguram mostras no Paço Imperial, no Rio de Janeiro - Editorial» (em inglês). Consultado em 31 de março de 2020 
  8. «Protagonista e Domingo | Exposições | INSTITUTO FIGUEIREDO FERRAZ». Consultado em 31 de março de 2020 
  9. «Cristina Canale - Arredores e rastros» (em inglês). Consultado em 31 de março de 2020 
  10. Cultural, Instituto Itaú. «10º Salão Carioca de Arte». Consultado em 31 de março de 2020 
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