Casa de Quimpanzo: diferenças entre revisões
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Revisão das 15h33min de 5 de abril de 2021
A Casa de Kimpanzu, Mpanzu Kanda ou Quimpanzu foi uma casa real (kanda) do Reino do Congo, governando o país em várias oportunidades tanto por guerras ou eleições. Durante a guerra civil congolesa havia um provérbio que afirmava os Kimpanzu como motivo das guerras no país. O provérbio dizia; "Kikongo; Kinlaza, Kimpanzu ye Kinlaza makukwa matatu malambila Kongo" (Português; Kinkanga, Kimpanzu e Kinlaza são as três pedras nas quais Kongo cozinhava).
Casa de Kimpanzu | |
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Kimpanzu Kanda | |
Brasão de Armas do Reino do Congo | |
Estado | Reino do Congo Reino de Loango Reino de Cacongo Reino de Ngoio Reino de Ndongo Reino de Vungu |
Título | Rei do Congo Rei do Loango Rei de Kakongo Soberano de Ngoyo Soberano de Ndongo Soberano de Vungu Duque de Nsundi Duque de Mbemba Senhor do Ambundu Senhor de Angola Senhor de Aquisima Senhor de Musuru Senhor da Matamba Senhor de Malilu Senhor de Musuko Senhor de Anzizo Senhor da Conquista de Pangu-Alumbu Kilukeni |
Origem | |
Fundador | Álvaro V |
Fundação | 27 de fevereiro de 1636 |
Casa originária | Casa de Kinkanga |
Etnia | Negros |
Atual soberano | |
Último soberano | Pedro V |
Dissolução | 1764 |
Linhagem secundária | |
Catolicismo |
Origens
A Casa de Kimpanzu com o rei Álvaro V, que chegou ao trono em 1636.[1] Ele era o meio-irmão de Álvaro IV, embora não seja claro que ele tenha sido filho biológico de Álvaro III. Após o assassinato de Álvaro IV, Álvaro V chegou ao trono. [2]
Queda
O primeiro governo da Casa de Kimpanzu duraria pouco tempo, já que as disputas pelo trono começadas em 1622 continuariam, apesar dos Kimpanzu terem o apoio do Condado de Soio.[3] Poucos meses do governo de Álvaro V, dois irmãos jesuítas Álvaro Nimi e Garcia Nkanga invadiram São Salvador com um exercito e destronaram o recém-coroado Álvaro V, iniciando uma nova dinastia; Kinzalas. Os poucos Kimpanzus sobreviventes buscaram asilo político ao sul, em Soio.
Oposição aos Kinzala
Após a fuga dos Kimpanzu, o reino foi governado pela Dinastia Kinzala durante alguns anos. Enquanto isso em Soio, os Kimpanzu passaram a ser grandes aliados políticos do condes soianos, já que estes eram grandes opositores aos Kinzala. O poderio militar e centralização política da região eram grandes, por isso quando o conde Daniel da Silva foi coroado em 1641, o mesmo iniciou uma sangrenta guerra pela independência de Soio em relação ao Congo, conquistada em 1645.
Durante o reinado de Garcia II, os soianos tentaram assassina-lo em várias ocasiões. Ainda deram asilo aos simpatizantes dos Kimpanzu, já que o plano era devolver o trono congolês aos clã. O rei congolês passou á caçar os simpatizantes dos Kinkanga e Kimpanzu. Os apoiantes dos Kinkanga foram caçados aos montes entre os anos 1650 e 1660, acabando com a casa pouco antes do início da guerra civil. Entretanto os Kimpanzu estavam longe do alcance do rei, por isso ficaram praticamente intocáveis por vários anos.
Os Kimpanzu durante e após a Guerra Civil
Os Kimpanzu continuaram sob proteção de Soio durante a guerra civil, onde várias casas lutaram pelo poder. A matriarca Suzana da Nóbrega manteve o apoio aos soianos e se manteve na guerra contra os Kinzala. Após o fim da guerra foi instaurada uma monarquia eletiva no Congo, onde o governo alternava entre as casas dominantes, sendo a primeira delas os Kimpanzu, que retornaram ao poder como Manuel II em 1718. O último Kimpanzu á ocupar o trono do Congo foi Pedro V, que apesar de ter sido deposto em 1764, se manteve como opositor até sua morte em 1779. Não se sabe o que ocorreu aos últimos integrantes do clã. Segundo o antropólogo alemão Adolf Bastian, que visitou um cemitério em Sembo no ano de 1859, os últimos pretendentes Kimpanzu estariam enterrados lá.
Ver também
Referências
- ↑ «John K. Thornton. <italic>The Kongolese Saint Anthony: Dona Beatriz Kimpa Vita and the Antonian Movement, 1684–1706</italic>. New York: Cambridge University Press. 1998. Pp. viii, 228. Cloth $49.95, paper $15.95». The American Historical Review. Junho de 2000. ISSN 1937-5239. doi:10.1086/ahr/105.3.1054. Consultado em 5 de abril de 2021
- ↑ Heywood, Linda M. (2007). Central Africans, Atlantic Creoles, and the foundation of the Americas, 1585-1660. John K. Thornton. New York: Cambridge University Press. OCLC 77494467
- ↑ Heywood, Linda M. (2007). Central Africans, Atlantic Creoles, and the foundation of the Americas, 1585-1660. John K. Thornton. New York: Cambridge University Press. OCLC 77494467