Sabino

município brasileiro do estado de São Paulo
 Nota: Este artigo é sobre um município. Para outros significados, veja Sabino (desambiguação).

Sabino(Sabinês:Nobisa) é um município brasileiro do estado de São Paulo. Está localizada a uma latitude 21º27'35" sul e a uma longitude 49º34'42" oeste, estando a uma altitude de 412 metros. Sua população estimada em 2004 era de 5.146 habitantes. Possui uma área de 312,57 km².

Sabino
  Município do Brasil  
Portal de entrada de Sabino
Portal de entrada de Sabino
Portal de entrada de Sabino
Símbolos
Bandeira de Sabino
Bandeira
Brasão de armas de Sabino
Brasão de armas
Hino
Gentílico sabinense
Localização
Localização de Sabino em São Paulo
Localização de Sabino em São Paulo
Localização de Sabino em São Paulo
Sabino está localizado em: Brasil
Sabino
Localização de Sabino no Brasil
Mapa
Mapa de Sabino
Coordenadas 21° 27' 36" S 49° 34' 40" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Lins, Guaiçara, Promissão, Adolfo, Sales e Novo Horizonte
Distância até a capital 466 km
História
Fundação 13 de julho de 1934 (89 anos)
Emancipação 30 de dezembro de 1953 (70 anos) - de Lins
Administração
Prefeito(a) Eder Ruiz Magalhães de Andrade (Republicanos, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 311,663 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 5 226 hab.
Densidade 16,8 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 412 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,792 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 42 460,288 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 7 890,78

História editar

No ano de 1904, o Sr. Antônio Sabino Pereira, proprietário da Fazenda Santa Cruz, passa a sua fazenda para os seus 4 filhos: Isaltina Pereira de Franchi, Isaura Pereira Castilho, Antônio Sabino de Castilho Pereira e Adelino de Castilho Pereira.

Isaltina, residindo na Itália, vendeu sua parte da propriedade para o seu irmão, Antônio Sabino de Castilho Pereira.

O Sr. Adelino, sendo formado em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na capital, foi exercer a profissão de advogado nas cidades de Novo Horizonte, Lins e São Paulo. Na capital, foi Assessor Jurídico do Estado junto ao Supremo Tribunal Federal. Por não estar mais na região, não tendo tempo para cuidar da sua parte da Fazenda Santa Cruz que lhe pertencia, em 1927, Adelino resolveu dividi-la em lotes e vender para os desbravadores e trabalhadores que foram atraídos pelas terras férteis da região.

Começa a surgir então uma pequena vila, denominada Vila Sabino, em homenagem aos pioneiros da história.

Reconhecendo o mérito do núcleo formado, o governo assinou o Decreto nº 66.556, de 13 de julho de 1934, tornando Vila Sabino um distrito do município de Lins, passando a se chamar simplesmente Sabino em 04 de maio de 1940, pelo Decreto Estadual nº 2.104.

O Sr. Antônio Sabino de Castilho Pereira, sentindo a necessidade imperiosa de incentivar a rápida formação de um núcleo residente, com o objetivo de atrair pessoas de outros municípios para a comunidade, alcançou o seu objetivo, construindo a primeira serraria e cerâmica no local, respectivamente Serraria São João e Cerâmica Santo Antônio.

A Serraria São José, possuindo todo o maquinário necessário para uma grande produção, tinha como contador o Sr. Elio Antunes e como gerente geral Frederico Peverari, que também era o Juiz de Paz do distrito. Mantinham grande estoque de madeiras utilizadas comercialmente em outras cidades, mas eram usadas principalmente no vilarejo, onde eram utilizadas na construção das casas dos trabalhadores. Desdobrando troncos seculares, vão as serras da Serraria São José aparelhando caibros, vigotas, tábuas e muitas outras peças, que iriam concorrer para o progresso e o bem estar de diversas populações.

A Cerâmica Santo Antônio, que fabricava telhas do sistema francês, colonial e paulista, tinha sua matéria-prima retirada de jazidas as margens do Rio Tietê. Como não havia energia elétrica, as máquinas eram movidas por locomóvel a vapor. As telhas ali produzidas foram consideradas as melhores da região e cobriam centenas e centenas de vivendas em toda a extensão do Noroeste, bem como muitas outras de outros centros, mesmo da Capital do Estado, graças a sua excelente qualidade. Vale ressaltar que uma parte das telhas da Cerâmica Santo Antônio foram doadas para a construção da Escola de Sabino.

O processo de emancipação de Sabino iniciou-se em 1948.

Sabino foi elevada à categoria de município pela Lei 2.456, de 30 de dezembro de 1953, obtendo total autonomia da cidade de Lins em 20 de janeiro de 1954.

A energia elétrica só chegou ao vilarejo por volta de 1956 e 1957.

Gradativamente, muitas famílias se instalaram no vilarejo, contribuindo para a povoação local, trazendo seu trabalho, produto este que representa o bem estar da coletividade. Sendo elevado o número de famílias que merecem uma citação especial na vida do Município, não devemos faze-los, pois fatalmente muitas ficariam no esquecimento, e assim procedendo poderíamos chama-las de "heroínas anônimas do passado", por saberem construir alicerce forte nesta povoação.

Turismo editar

Cidade turística localizada às margens do Rio Tietê, a aproximadamente 450 km da capital do estado, com balneário público, onde se realizavam vários eventos, como festas populares igual ao Carnaval, com públicos de aproximadamente 3.500 pessoas por dia. Umas das festas que mais se destacavam na cidade é o Carnaval e o Rodeio realizado em outubro. Em algumas épocas do ano, podemos presenciar a chegada de vendedores vindos do Brás, que transformam a praia municipal em uma feira, onde há grande variedades de roupas, brinquedos e acessórios. A praia às margens do Rio Tietê é o cartão postal da cidade, que tem cinco mil habitantes, mas em Sabino, a principal atração está na boca do povo. Um dialeto único, que é falado só lá.

Economia editar

A agricultura e pecuária são as principais fontes de renda do município, onde se destaca o cultivo de tomate, pimentão, pepino e cana-de-açúcar.

Idioma editar

A cidade de Sabino possui o seu próprio idioma, a Língua Sabinesa, que nada mais é do que falar tudo ao contrário (inverte-se as sílabas, mas não as letras). Ainda é incerta a origem desse idioma), mas sabe-se que ele é passado de geração em geração.[5]

Os 5 mil habitantes da cidade se comunicam em sabinês entre si, fazendo com que as pessoas que não são da cidade não entendam o que eles estão falando. O idioma é usado em tudo no cotidiano dos moradores da cidade: no comércio, nas escolas e na conversa dos moradores da cidade. O programa Domingo Espetacular citou o idioma em uma de suas reportagens.

Acredita-se que o idioma atraia para o município turistas, querendo aprendê-lo.

Demografia editar

Dados do Censo - 2000

População total: 4.951

  • Urbana: 4.090
  • Rural: 861
  • Homens: 2.472
  • Mulheres: 2.479

Densidade demográfica (hab./km²): 15,88

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 10,77

Expectativa de vida (anos): 74,21

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,35

Taxa de alfabetização: 88,12%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,792

  • IDH-M Renda: 0,704
  • IDH-M Longevidade: 0,820
  • IDH-M Educação: 0,852

(Fonte: IPEADATA)

Comunicações editar

A cidade foi atendida pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP) até 1973, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP)[6], que construiu em 1977 a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica, sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas operações de telefonia fixa[7][8][9].

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. Marília, Do G1 Bauru e (12 de julho de 2012). «Moradores de Sabino, SP, se comunicam com dialeto próprio». Bauru e Marília. Consultado em 18 de maio de 2019 
  6. «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada) 
  7. «Convênio de incorporação da COTESP pela TELESP em 25 de outubro de 1973». Portal da Câmara dos Deputados 
  8. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  9. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas editar