McDonnell Douglas F/A-18 Hornet

Jato multifunção bimotor
(Redirecionado de F/A-18)

O McDonnell Douglas F/A-18 Hornet é um caça a jato multifunção bimotor, supersônico, feito para todas as condições meteorológicas (all weather) e com capacidade de operações em porta-aviões.[2] Inicialmente desenvolvido pela McDonnell Douglas, o F/A-18 Hornet é atualmente produzido pela Boeing. O F/A/-18 Hornet é um derivado do YF-17 dos anos 70 utilizado pela Marinha dos Estados Unidos e pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. O Hornet também é usado pelas Forças Aéreas de várias nações e, desde 1986, pelo Esquadrão de Demonstração de Voo da Marinha Americana, os Blue Angels.

F/A-18 Hornet
McDonnell Douglas F/A-18 Hornet
Um FA-18C da Marinha dos Estados Unidos
Descrição
Tipo / Missão Avião caça multipropósito, com motores turbofan, bimotor monoplano
País de origem  Estados Unidos
Fabricante McDonnell Douglas
Boeing
Northrop
Período de produção McDonnell Douglas (1974–1997)
com a Northrop (1974–1994)
Boeing (1997–presente)
Quantidade produzida F/A-18A/B/C/D: 1 480
Custo unitário US$ 28 milhões (F-18C/D) (2008)[1]
Desenvolvido de YF-17 Cobra
Desenvolvido em F/A-18E/F Super Hornet
Boeing X-53 AAW
Primeiro voo em 18 de novembro de 1978 (45 anos)
Introduzido em 7 de janeiro de 1983
Tripulação F/A-18C: 1, F/A-18D: 2
Notas
Dados: Ver seção "Especificações (F/A-18C/D)"

O F/A-18 tem uma velocidade máxima de Mach 1,8 ou 1 915 km/h 12 200 metros de altitude) pode carregar uma vasta variedade de bombas e mísseis, como ar-ar e ar-terra, incluindo um canhão 20mm M61 Vulcan. É alimentado por dois motores General Electric F404 turbofan, o que dá a aeronave uma alta taxa empuxo-peso. O F/A-18 tem excelentes características aerodinâmicas, atribuídas a suas extensões de ponta de asa.

As principais funções do F/A-18 são escolta, defesa aérea de frota, supressão das defesas aéreas do inimigo, interdição aérea, suporte aéreo aproximado e reconhecimento aéreo. Sua versatilidade e confiabilidade provaram que o caça é um avião baseado em porta-aviões valioso, embora tenha sido criticado pela falta de alcance e carga útil comparado aos seus companheiros anteriores, como o Grumman F-14 Tomcat nas funções de caça e caça de ataque e o Grumman A-6 Intruder e LTV A-7 Corsair II nas funções de ataque.

O Hornet entrou em combate primeiramente durante os bombardeios da Líbia pelos Estados Unidos em 1986 e subsequentemente participou da Guerra do Golfo de 1991 e da Guerra do Iraque de 2003. O F/A-18 Hornet serviu de base para o Boeing F/A-18E/F Super Hornet, sua versão evoluída.

Desenvolvimento

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Origem

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Protótipos YF-16 e YF-17 sendo testados pela Força Aérea Americana

A US Navy (Marinha dos Estados Unidos) começou o programa Naval-Fighter Attack, Experimental (VFAX) para conseguir uma aeronave multipropósito para trocar o A-4 Skyhawk, o A-7 Corsair e os restantes F-4 Phantom, além de complementar o F-14 Tomcat. O Vice-Almirante Kent Lee, então chefe do Naval Air Systems Command (NAVAIR), era o o principal defensor do programa VFAX contra forte oposição de vários oficiais da Marinha, incluindo o Vice-Almirante William D. Houser, deputado-chefe das operações navais na guerra aérea – o aviador naval de mais alto na hierarquia militar.[2]

Em Agosto de 1973, o Congresso emitiu um mandato para que a Marinha procurasse uma alternativa mais barata do F-14, a Grumman propôs um F-14 despojado designado F-14X, enquanto a McDonnell Douglas propôs uma variante naval do F-15, mas ambos eram tão caros quanto o F-14. Naquele verão, o Secretário da Defesa James R. Schlesinger ordenou que a Marinha avaliasse os competidores do programa Lightweight Fighter (LWF), o General Dynamics F-16 e o Northrop YF-17. A competição da Força Aérea Americana especificou um caça diurno sem capacidades de ataque. Em maio de 1974, o Comitê de Serviços Armados da Câmara redirecionou US$ 34 milhões do programa VFAX para um novo programa, o Navy Air Combat Fighter (NACF),[3] que pretendia fazer o máximo de uso de tecnologia para o programa LWF.[4]

 
Um F/A-18 Hornet aguarda a próxima missão de combate a bordo do USS John C. Stennis, durante a Operação Enduring Freedom.
 
Um F-18C abordo do USS George H.W. Bush (CVN 77), da marinha dos Estados Unidos.
 
Uma esquadrilha de três FA-18 australianos.

Reprojetando o YF-17

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Apesar do F-16 ter vencido o programa LWF, a US Navy era cética com uma aeronave monomotor com o trem de pouso estreito podia ser economicamente viável ou facilmente adaptável para operações em porta-aviões, recusando a adotar uma possível variante naval do F-16. Em 2 de maio de 1975, a US Navy anunciou a seleção do YF-17.[5] Como o LWF não compartilhava nenhum requerimento do VFAX, a US Navy pediu que a McDonnell-Douglas e a Northrop para desenvolver uma nova aeronave, baseada no desenho do YF-17. Em 1º de março de 1977, o secretário da marinha, W. Graham Claytor, anunciou a designação F-18 e seu nome: Hornet (Vespa).[4]

A Northrop fechou uma parceria com a McDonnell-Douglas como segundo contratado no projeto para capitalizar na experiência da McDonnell-Douglas em produção de aeronaves embarcadas. No F-18, as duas firmas concordaram em dividir a construção dos componentes, com a McDonnell-Douglas responsável pela montagem final das aeronaves. A McDonnell-Douglas construiria as asas, estabilizadores horizontais e a fuselagem frontal, com a Northrop construindo as seções centrais e traseiras da fuselagem e os estabilizadores verticais. A McDonnell-Douglas seria responsável pela venda da versão naval para a US Navy, enquanto a Northrop desenvolveria e venderia o F-18L, uma versão terrestre do F-18, para exportação.[4][3]

O F-18, inicialmente designado como McDonnell-Douglas Model 267, era uma variante drasticamente modificada do YF-17. Para operações em porta-aviões, o trem de pouso e gancho de parada foram reforçados; asas dobráveis e provisão para lançamento via catapulta foram instalados e o trem de pouso foi alargado.[4]

Características

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Podendo levar uma enorme variedade de armas, o F-18 logo se tornou o principal vetor da US Navy enquanto os F-14 garantem a interceptação de longo alcance, o Hornet dispõe da versatilidade de interceptações de curto alcance, defesa, ataque marítimo-terrestre e reconhecimento. Sua excelente manobrabilidade conferiu ao F/A 18 a fama de um dos melhores caças de combates a curta distância (ver: dogfight).

Seus principais armamentos são o míssil de médio alcance ar-ar AIM-120 AMRAAM do tipo lançar e esquecer (fire-forget), o míssil de curto alcance orientado por sensores térmicos AIM-9 Sidewinder, o míssil ar-terra AGM-65 Maverick usado principalmente contra veículos de solo blindados e seu preciso (posicionado logo acima do seu nariz) canhão vulcan de 20 mm.

Funções de um super-caça

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Atualmente, para ser eleito um caça de superioridade aérea/tecnológica, não basta apenas ter grande manobrabilidade e outros dotes de combate a curta distância, mas sim ser um caça multi-tarefas, capaz de agir e dar suporte à grande gama de requerimentos que o ambiente imprevisível de um conflito traz.

Entre outras funções do Super-Hornet estão:

  • Ataques diurnos/noturnos com armamentos de alta precisão
  • Sistema de guerra eletrônica
  • Escolta armada
  • Suporte aéreo de curto alcance
  • Opressão à defesa aérea inimiga
  • Ataque Marítimo
  • Reconhecimento
  • Liderança do controle aéreo
  • Avião de reabastecimento
  • Controle aéreo

Flexibilidade

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A versatilidade do Super-Hornet se aplica também aos seus armamentos e carga útil:

  • 11 cabides (estações de suporte para armamento/equipamento)
  • Suporte para armamento inteligente, incluindo bombas de orientação à laser
  • Pode carregar uma gama de armamentos, tanto ar-ar quanto ar-superfície

Potência e características de voo

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O Super Hornet é equipado com dois motores GE F414-GE-400

  • Motores com circunferência variável que diminuem a assinatura no radar e promovem maior controle de ar/pressão na turbina
  • 9 080 kg de empuxo por motor

Equipamentos e tecnologia

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O F/A-18 possui variáveis mais atuais com grande acréscimo tanto de performance como máquina quanto como computador, seus sistemas de mira incluem o avançado Joint-helmet mounted cueing system (JHMCS), um sistema de mira a partir do visor do piloto, onde é necessário apenas o posicionamento da cabeça do piloto na direção do alvo, para que as bombas inteligentes detectem e mirem no alvo. Radar com varredura eletrônica ativa, ou Active electronically scanned array (AESA) entre outros grandes, versáteis e compatíveis sistemas de controle e mira.

Operações

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Um grupo de F-18 Hornets no deque de voo do USS Harry S Truman.

Os Hornet viram ação pela primeira vez ainda em 1986, em ataques ao solo e destruição de defesas aéreas na Líbia, em apoio aos aviões A-6E Intruder e A-7 Corsair II; Em 1991, durante a Operação Tempestade no Deserto, os Hornet embarcados e dos Marines em bases terrestres, realizaram grande número de missões de ataque e apoio aéreo aproximado. Em 17 de janeiro, um par de F/A-18C do USS Carl Vinson, com escolta de dois F-14D Tomcat, estavam indo atacar a base aérea de H-2 no Iraque ocidental, quando um grupo de F-15C da USAF, pediu apoio aos Tomcat para dar conta de 4 MiG-25PD, deixando os F/A-18 sozinhos. 5 minutos depois, um avião de alerta E-3 sentry alertou os Hornet de que 2 J-7 (versão chinesa do MiG-21 Fishbed), surgiram a apenas 10km. Imediatamente os Hornet mudaram o radar do modo ar-terra para ar-ar, e em rápida sucessão, abateram os J-7 com o uso do AIM-7E3 Sparrow e do AIM-9M sidewinder. depois voltaram ao modo ar-terra e completaram o ataque a H-2, que foi muito bem-sucedido. Nesta mesma primeira madrugada, um F/A-18C foi abatido por um MiG-25PD, com o uso do míssil R-40. De início, a US Navy até confirmou o abate, mas logo depois desmentiu, dizendo que a aeronave foi abatida por defesas antiaéreas (verificou-se, mais tarde, que a bateria mais próxima ao local do abate estava cerca de 45 km de distância).

Especificações (F/A-18C/D)

Dados de: U.S. Navy,[nota 1] Frawley Directory,[nota 2] Great Book.[nota 3]

Descrições gerais
Motorização
Performance
Armamentos
Equipamentos de orientação

Operadores

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Notas

  1. Especificações do F/A-18 Hornet U.S. Navy (em inglês)
  2. Frawley, Gerald. "Boeing F/A-18 Hornet". The International Directory of Military Aircraft, 2002/2003. Fyshwick ACT: Aerospace Publications Pty Ltd., 2002. ISBN 978-1-875671-55-7.
  3. Spick, Mike, ed. "F/A-18 Hornet". Great Book of Modern Warplanes. St. Paul, Minnesota: MBI Publishing, 2000. ISBN 978-0-7603-0893-6.

Mídia

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F-18A (info)
Um F-18A em testes.
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Referências

  1. "F/A-18 Hornet strike fighter" Arquivado em 2014-01-11 no Wayback Machine. U.S. Navy. Acessado em 12 de dezembro de 2008.
  2. a b Kelly, Orr. Hornet: the Inside Story of the F/A-18. Novato, California: Presidio Press, 1990. ISBN 978-0-89141-344-8.
  3. a b «F/A-18 HORNET and F/A-18 SUPER HORNET». U.S. Navy. Consultado em 10 de junho de 2023. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2014 
  4. a b c d Jenkins, Dennis R. (2000). F/A-18 Hornet: A Navy Success Story. Nova Iórque: McGraw-Hill. ISBN 978-0-07-134696-2 
  5. Donald, David (2001). Carrier Aviation Air Power Directory. Londres: AIRtime Publishing Inc. ISBN 978-1-880588-43-7 
Artigos relacionados:
Desenvolvimento: F/A-18E/F
Equivalência: MiG-29 - CF-18
Série: F-15 - F-16 - F-17 - F/A-18 - F-20 - F-21 - F-22
Listas relacionadas: Lista de aviões
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