Frederico dos Países Baixos

militar neerlandês

Frederico, Príncipe dos Países Baixos, Príncipe de Orange-Nassau, Príncipe de Luxemburgo (Nome completo: Willem Frederik Karel; Berlim, 28 de fevereiro de 1797Wassenaar, 8 de setembro de 1881), foi o segundo filho do rei Guilherme I dos Países Baixos e de sua esposa, a princesa Guilhermina da Prússia (1774-1837).

Frederico
Príncipe dos Países Baixos
Príncipe de Orange-Nassau
Príncipe de Luxemburgo
Frederico dos Países Baixos
Nascimento 28 de fevereiro de 1797
  Berlim, Prússia
Morte 8 de setembro de 1881 (84 anos)
  Wassenaar, Holanda
Sepultado em Nieuwe Kerk, Delft, Países Baixos
Nome completo Willem Frederik Karel
Cônjuge Luísa da Prússia
Descendência Luísa
Frederico
Guilherme
Maria
Casa Orange-Nassau
Pai Guilherme I dos Países Baixos
Mãe Guilhermina da Prússia
Religião Igreja Reformada Neerlandesa

Primeiros anos editar

Frederico cresceu na corte do seu avô Frederico Guilherme II da Prússia e tio Frederico Guilherme III da Prússia. Um de seus tutores foi Karl von Clausewitz. Aos 16 anos, o príncipe lutou na batalha de Leipzig.

O príncipe mudou-se para os Países Baixos em dezembro de 1813. Como não falava neerlandês, foi enviado para a Universidade de Leiden para obter uma educação mais avançada. Também foi educado em Haia por Karl Ludwig von Phull. Quando Napoleão regressou de Elba, durante os cem dias o príncipe foi dado comando de um destacamento do exército de Wellington, que foi colocada em uma posição retrocedente perto de Braine, caso a batalha de Waterloo acabasse em derrota.

Príncipe dos Países Baixos editar

 
O príncipe Frederico dos Países Baixos.

Segundo um tratado, o príncipe iria herdar os bens alemães de sua família após a morte de seu pai. Uma vez que estes já não estavam na posse da família, seriam trocados pelo Grão-Ducado do Luxemburgo. Em 1816, Frederico renunciou a esta pretensão em troca de terras nos Países Baixos e do título de príncipe dos Países Baixos. Como compensação, recebeu um rendimento anual no valor de 190 000 florins holandeses, que o tornaram no membro mais rico da Casa de Orange-Nassau. Com o dinheiro comprou uma grande propriedade na Alemanha, o que também fez dele o maior proprietário de terras dos Países Baixos.[1]

Em 1826 Frederico foi nomeado comissário-geral do departamento de guerra. Nesta função ele reorganizou o exército neerlandês em um modelo prussiano. Frederico fundou a Academia Militar em Breda e reequipou o exército com armamento moderno.

Em 1829, Frederico foi um candidato ao trono grego, mas ele declinou porque não queria ser rei de um país cuja língua e as tradições não lhe eram conhecidas.

Durante a Revolução Belga de 1830, Frederico comandou as tropas enviadas à Bruxelas para reprimir a rebelião. Após a independência da Bélgica, ele participou da Campanha dos Dez Dias de 1831.

Quando seu pai abdicou em 1840, Frederico afastou-se da vida pública na sua propriedade em Wassenaar, Em 1846, comprou o Schloss Muskau na Prússia, onde completou o Parque de Muskau, o maior e um dos mais conhecidos jardins da Europa Central, que se prolongava por ambos os lados da actual fronteira entre a Alemanha e a Polónia, no Rio Neisse. A criação do parque começou em 1815 a pedido do príncipe Hermann von Pückler-Muskau. Em Julho de 2004, a UNESCO atribuiu o título de Património Mundial ao Parque de Muskau.[2]

Após a morte de seu irmão mais velho em 1849, os Países Baixos ficou com uma dívida pública elevada. Frederico conseguiu pagar um milhão de florins ao czar Nicolau I da Rússia, cunhado do seu irmão Guilherme II. O novo rei Guilherme III dos Países Baixos não queria herdar o reinado do seu pai, mas Frederico conseguiu convencê-lo a assumir o cargo com a promessa de que o iria ajudar. Guilherme III nomeou-o Inspector-Geral do exército. Ocupou esta função até 1868, ano em que se demitiu devido à falta de apoio à seus planos de modernização do exército. Frederico também conseguiu impedir que o rei Guilherme III se divorciasse da sua esposa, a princesa Sofia de Württemberg, conseguindo um acordo para uma separação legal. Após este acto final, retirou-se novamente para o Schloss Muskau, que renovou em estilo renascentista entre 1863 e 1866.[1]

Casamento e descendência editar

 
O príncipe Frederico em 1879 com os seus três netos: Guilherme Frederico, Guilherme e Vítor, príncipes de Wied e filhos da sua filha mais nova, Maria.

O príncipe Frederico casou-se em Berlim, a 21 de Maio de 1825, com a sua prima direita, a princesa Luísa da Prússia, filha do rei Frederico Guilherme III da Prússia. Juntos, tiveram quatro filhos:

  1. Luísa dos Países Baixos (5 de Agosto de 1828 - 30 de Março de 1871), casada com o rei Carlos XV da Suécia; com descendência.
  2. Guilherme dos Países Baixos (6 de Julho de 1833 -  1 de Novembro de 1834), morreu aos dezasseis meses de idade.
  3. Frederico dos Países Baixos (22 de Agosto de 1836 - 23 de Janeiro de 1846), morreu aos nove anos de idade.
  4. Maria dos Países Baixos (5 de Junho de 1841 - 22 de Junho de 1910), casada com Guilherme, Príncipe de Wied; com descendência.

Genealogia editar

Os antepassados de Frederico dos Países Baixos em três gerações
Frederico dos Países Baixos Pai:
Guilherme I dos Países Baixos
Avô paterno:
Guilherme V, Príncipe de Orange
Bisavô paterno:
Guilherme IV, Príncipe de Orange
Bisavó paterna:
Ana, Princesa Real
Avó paterna:
Guilhermina da Prússia
Bisavô paterno:
Augusto Guilherme da Prússia
Bisavó paterna:
Luísa de Brunsvique-Volfembutel
Mãe:
Guilhermina da Prússia
Avô materno:
Frederico Guilherme II da Prússia
Bisavô materno:
Augusto Guilherme da Prússia
Bisavó materna:
Luísa de Brunsvique-Volfembutel
Avó materna:
Frederica Luísa de Hesse-Darmstadt
Bisavô materno:
Luís IX, Conde de Hesse-Darmstadt
Bisavó materna:
Carolina do Palatinado-Zweibrücken

Referências

  1. a b «'Prins Frederik was beter dan onze eerste koningen'» (em neerlandês) 
  2. «Muskauer Parkfest». Unesco.de (em alemão). Consultado em 3 de fevereiro de 2017 

Fontes editar

Ligações externas editar

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