Governo de Fernando de la Rúa
A Presidência de Fernando da Rúa aconteceu desde sua assunção o 10 de dezembro de 1999 até sua renúncia, deveria finalizar seu mandato em 10 de dezembro de 2003, mas renunciou em 21 de dezembro de 2001.
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![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ce/Menem_abraza_a_De_la_R%C3%BAa.jpg/250px-Menem_abraza_a_De_la_R%C3%BAa.jpg)
Da Rúa ganhou as eleições junto a Carlos Álvarez com o 48.37 % dos votos; 10 milhões de argentinos elegeram-no.[1] Argentina encontrava-se durante uma forte crise que terminaria colapsando ao país e produziria o acontecimento mais crítico na democracia contemporânea.
Chegada ao Poder
editarArgentina encontrava-se atravessando uma grave crise económica, as 2/3 partes dos contratos entre particulares (do país) realizavam-se em dólares e não existia uma reserva suficiente de dólares para entregar. A sociedade argentina não queria abandonar a convertibilidad do peso e o governo de Menem se tinha adeudado para manter a paridade económica.
A dívida externa chegava a US$146.000.000.000 em novembro de 1999 e o país tinha uma população para perto de 36 milhões de habitantes: o 32% encontrava-se baixo a linha de pobreza e a isto se lhe somava um 16% de desemprego.
Grupo Sushi
editarSeu filho maior, Antonio de la Rúa, foi nomeado assessor de imagem para a campanha publicitária de seu pai. Caminho à eleição, reuniu um grupo de amigos políticos que a Imprensa denominou Grupo Sushi encarregado do marketing político.
Assunção
editarO 10 de dezembro de 1999, Fernando Da Rúa jurou como 26 Presidente da Nação Argentina no Congresso da Nação Argentina e depois dirigiu-se para receber de seu antecessor o Dr. Carlos Menem: a Banda Presidencial da Argentina e a Bengala presidencial. Nas ruas a gente se amontonó na praça de Maio, arrojou papelitos ao carro presidencial e interrompeu o trânsito.
2000
editarCumprindo sua promessa de continuar o 1 peso, 1 dólar, o novo governo seguiu pedindo empréstimos ao Fundo Monetário Internacional para solventarlo, engrossando ainda mais a dívida. Mas foi a algo mais dañoso; o Ministro de Economia José Luis Machinea impulsionou a Lei de Flexibilização Trabalhista que recortou salários e aposentações, ocasionando o mal-estar da população.[2]
Renúncia de Álvarez
editarO 7 de outubro o Vice-presidente Chacho Álvarez renunciou alegando corrupção, depois do escândalo de coimas no Senado.[3] Segundo os analistas, sua renúncia avariou à Aliança.
A blindagem
editarEm novembro lembrou-se um novo empréstimo por US$40.000.000.000 com o FMI; contribua-los foram do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e o Governo de Espanha.
2001
editarEm março o Lic. Machinea renunciou ao Ministério de Economia já que A blindagem financeira tinha fracassado. Ante isto assumiu o Lic. Ricardo López Murphy que imediatamente anunciou um forte ajuste fiscal: o mesmo pretendia um recorte de 5% do orçamento para a Educação, baixar aposentações, postergar o pagamento de salários, privatizar o Banco Nação e reduzir despesas em Saúde; a sociedade argentina que se encontrava comovida pelo suicídio do Dr. René Favaloro, evitou as impopulares medidas do Ministro e este deveu renunciar ante a solicitação do Presidente, tão só 15 dias após sua assunção.
Nomeação de Cavallo
editarAnte critica-a situação Da Rúa nomeou como novo Ministro ao Lic. Domingo Cavallo, o mesmo que tinha impulsionado a Lei de Convertibilidad do Austral, seu assistente foi o Lic. Federico Sturzenegger. Para então o país já se encontrava afogado pelo déficit orçamental.
O Megacanje
editarCavallo criou o megacanje: um mecanismo mediante o qual Argentina (que não podia pagar a dívida) mudou títulos, com taxas de interesse de 5%, por outros com um «melhor financiamento» em longo prazo. O verdadeiro é que os novos títulos tinham um interesse de 18% mas resultava prático porque se procurava mais tempo, isto gerou uma grave perda de competitividade da Argentina.
Eleições de outubro
editarA má administração de Fernando da Rúa provocou que nas eleições legislativas o Partido Justicialista (oposição), se fizesse com a maioria de ambas câmaras do Congresso e que os membros da União Cívica Radical se molestem com seu líder, a tal grau de se afastar do mesmo. O apoio popular tinha-se perdido.
Queda
editarEm novembro a Subdirectora do FMI, Anne Osborn Krueger, anunciou que Argentina não receberia mais dinheiro e isto provocou o pânico bancário.
Ante a desesperante situação caótica, o 3 de dezembro Cavallo anunciou uma drástica medida: o Corralito. O próprio Ministro anunciou a medida por televisão e encarregou-se de explicá-la: por semana não poder-se-ia retirar mais de 250 pesos.
19: O Cacerolazo
editarA tarde do 19 de dezembro a tensão explodiu, começou com bocinazos em Buenos Aires e depois a gente saiu às ruas a golpear suas cacerolas ao grito de: «Que se vão todos!». Dito tumulto propagou-se por todo o país e os saques se multiplicaram.
A resposta do Presidente foi ordenar o desocupe de Praça de Maio por meio da força. A repressão causaria 227 feridos e a morte de 9 pessoas.
Essa noite o Grupo Sushi já inteirado de que tinha morridos mas sem conhecer a quantidade, se reuniu na Quinta de Oliveiras para tratar de encontrar uma solução, Da Rúa se foi dormir às 23 como todos os dias e Enrique Nosiglia avisou por telefone que assistir-se-ia à improvisada junta.
Renúncia de Cavallo
editarÀs 22, uma multidão concentrou-se afora da casa do Ministro Domingo Cavallo, exigindo sua renúncia. Cavallo comunicou-se com da Rúa quem esquivó o tema e ordenou falar ao dia seguinte, pelo que o Ministro se deitou, mas às 6:00 am recebeu um chamado de Armando Caro Figueroa: aceitava-se sua renúncia, a mesma tinha sido decidida pelo Grupo Sushi.
20 de dezembro
editarA madruga do 20 de dezembro o Grupo Sushi recebeu pessoalmente a notícia de Nosiglia: ia-se, tinham lembrado com o Peronismo que nesse dia o Presidente renunciaria. Nosiglia ordenou-lhe ao filho maior do mandatário chamar a seu pai, Antonio seguiu a ordem mas não pôde o acordar, horas mais tarde o Grupo Sushi se desmantelou: Da Rúa tinha ficado isolado, só seu filho maior ficou para lhe comunicar a notícia.
Essa a manhã o Presidente lhe oferece o posto de Ministro de Economia a Adalberto Rodríguez Giavarini mas este o recusa, se desconhece a quem mais lhe ofereceu o cargo: ninguém o aceitou.
O Presidente deu uma conferência de imprensa onde convocou a uma reunião de emergência com os Governadores da Províncias, nenhum aceitou o convite.
Às 19:30 Da Rúa agradeceu ao fotógrafo presidencial e pediu-lhe uma última foto em seu despacho, aqui assinou o decreto 1682/2001 que enmarcó o actuar policial baixo conmoción interior, autorizando implicitamente a repressão baixo sua responsabilidade. Com um sollozo plasmó sua renúncia num manuscrito dirigido a Ramón Porta e deixou-a sobre seu escritório, depois recolheu uma Constituição da Nação Argentina e abandonou seu escritório. Sua carta dizia:
Subiu ao terraço por um elevador privado onde um helicóptero Sikorsky S-76 Spirit o esperava sem aterrar, o Presidente correu para ele e abordou com a ajuda de suas custodios. A imagem do aeronave abandonando o edifício no caluroso e nublado entardecer, com o líder do país caído e baixo um vocerío de insultos, ficou plasmada para sempre na memória dos argentinos.
No último dia
editarO 21 de dezembro Da Rúa chegou a Casa Rosada às 9:00, ainda seguia sendo Presidente porque a Assembleia Legislativa não tinha aprovado sua renúncia, ingressou caminhando e esteve duas horas: reuniu-se com o Presidente colombiano, Andrés Pastrana Arango e assinou seu último decreto, onde derogó o estado de lugar.