Isabella
Isabella Cerqueira Campos nome artístico de Maria Luiza Cerqueira Campos[1].(Mundo Novo, 27 de julho de 1938[1].— Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2011[2]) foi uma atriz brasileira. Ocasionalmente era creditada como Isabella ou Isabella Cerqueira.
Isabella | |
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Nome completo | Maria Luiza Cerqueira Campos[1]. |
Outros nomes | Isabella Cerqueira ou Isabella Cerqueira Campos |
Apelido(s) | Isabella |
Nascimento | 27 de julho de 1938[1]. Mundo Novo, BA |
Nacionalidade | Brasileira |
Morte | 2 de fevereiro de 2011 (72 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Causa da morte | Câncer de mama |
Ocupação | atriz, diretora de cinema, escritora e modelo |
Cônjuge | Paulo Lanat (1958-1968) Paulo César Saraceni (1968-1979) Carlos Frederico Rodrigues (1979-1997) |
Biografia
editarAos 15 anos de idade, Isabella mudou-se da Bahia para o Rio de Janeiro, onde fez cursos de canto e dança. Aos 20, começou a trabalhar como comissária de bordo na Panair. Fez curso de manequim em Paris e, no início dos anos 1960, desfilou para a Maison Dior. Voltou ao Brasil em 1962, disposta a trabalhar como atriz.
Começou sua carreira pelo Tablado (escola de teatro) e pelo Conservatório Nacional de Teatro. Estreou no cinema na última das chanchadas da Atlântida, Os Apavorados (1962). Em seguida, fez o filme de episódios Cinco Vezes Favela (1962), uma das primeiras produções do Cinema Novo. Logo conheceu o cineasta Paulo César Saraceni, com quem faria dois filmes - O Desafio e Capitu - e se casaria, marcando um período em que foi considerada uma das musas do Cinema Novo.
Nos anos 70, casou-se com Carlos Frederico Rodrigues, seu diretor no filme A Possuída dos Mil Demônios, na comédia Lerfá Mu e no curta-metragem O Mundo a Seus Pés. Nessa época, também trabalhou com Júlio Bressane em Barão Olavo, o Horrível, sendo então considerada musa do "cinema marginal" ou Udigrudi. As Quatro Chaves Mágicas (1971), de Alberto Salvá, lhe renderia o prêmio Coruja de Ouro como melhor atriz coadjuvante.
Em 1980, mudou-se com Carlos Frederico para Visconde de Mauá, no estado do Rio, onde fundaram o "Teatro da Montanha" e, em 1994, voltou a residir no Rio. No ano de 2006, foi chamada por Nelson Pereira dos Santos para uma participação especial em Brasília 18% e, em 2007, participou de um documentário de Marco Altberg sobre a Panair, e foi homenageada no Festival de Brasília, quando da exibição da cópia restaurada de Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz. Em 2008, publicou seu livro sobre o Cinema Novo, Uma Câmara na Mão e Amor no Coração.
Morreu em 2011, aos 72 anos, em decorrência de câncer de mama.[2]
Carreira
editarCinema
editarAno | Título | Personagem | Notas |
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2007 | Panair do Brasil | Ela mesma | Documentário |
2006 | Brasília 18% | Madame Dias | |
1987 | O Mundo a Seus Pés | — | Curta-metragem |
1980 | Parceiros da Aventura | Funcionária 3 | |
1979 | Lerfa-Mu | Jane Bonde | |
1978 | A Lira do Delírio | — | |
1977 | O Lobo do Homem ou Relações Humanas | Imperatriz | |
1971 | Lúcia McCartney, uma Garota de Programa | Ida | |
As Quatro Chaves Mágicas | Astarte | ||
1970 | Barão Olavo, o Horrível | — | |
A Possuída dos Mil Demônios | Mulher Possuída | ||
1969 | O Bravo Guerreiro | Linda | |
A Cama ao Alcance de Todos | Paraplégica | ||
Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite | — | ||
1968 | Capitu | Maria Capitolina "Capitu" | |
1967 | Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz | Devota | |
1965 | O Desafio | Ada | |
1962 | Cinco Vezes Favela | — | Episódio: "Um Favelado"[3] |
Os Apavorados | Chefe da quadrilha |
Televisão
editarAno | Título | Personagem |
---|---|---|
1981 | Jogo da Vida | Andréa |
1978 | Sítio do Picapau Amarelo | |
1974 | Corrida do Ouro | Beatriz |
1969 | A Cabana do Pai Tomás | Glorinha |
1969 | Rosa Rebelde | |
1968 | Grande Teatro Tupi | |
1968 | Passo dos Ventos | Dalva |
1967 | TV de Comédia |
No teatro
editar- 1989: "Cora Coralina", a partir de poemas de Cora Coralina
- 1987: "Amar se Aprende Amando", espetáculo de poemas dos mais consagrados poetas brasileiros
- 1985: "Quinze Anos Depois", de Bráulio Tavares
- 1970: "Um Crucificado no Deserto", de Fernando Melo
- 1968: "Viver é Muito Perigoso", de Paulo Cesar Saraceni
- 1965: "Dura Lex Sed Lex no Cabelo só Gumex", de Oduvaldo Viana Filho
- 1965: "Chão de Estrelas", de Orestes Barbosa e Walmir Ayala
- 1962: "A Prima Dona", de José Maria Monteiro
Referências
- ↑ a b c d «Isabella». Museu da TV
- ↑ a b «Morre no Rio Isabella Cerqueira Campos, a Capitu do Cinema Novo». O Globo on-line. 3 de fevereiro de 2011. Consultado em 3 de fevereiro de 2011
- ↑ «Um Favelado». Cinemateca Brasileira. Consultado em 25 de maio de 2018