José Adônis Callou de Araújo Sá

jurista e político brasileiro

José Adonis Callou de Araújo Sá GOJTGOMM(nascido José Adonis Callou de Araújo Sá, Juazeiro do Norte, 1963[3]), é um jurista e político brasileiro. Integrante do Ministério Público Federal desde 1992, atualmente é Subprocurador-Geral da República. Em outubro de 2019[4], coordenou a equipe da Operação Lava Jato na Procuradoria Geral da República, mas saiu após três meses na função devido a atritos com Augusto Aras.[5][6]

José Adônis Callou
José Adônis Callou de Araújo Sá
José Adônis Callou de Araújo Sá subprocurador-geral da República
Vice-procurador geral da República do Brasil
Período 1º de março de 2014
até a atualidade
Procurador geral Rodrigo Janot
Antecessor(a) Eugênio Aragão
Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça
Período 1º de maio de 2007
a 1º de outubro de 2011
Secretário-geral do Conselho Nacional do Ministério Público
Período 11 de abril de 2006
a 1º de fevereiro de 2007
Secretário de Justiça do estado do Ceará
Período 1º de janeiro de 2003
a 10 de abril de 2006
Governador Lúcio Alcântara
Dados pessoais
Nome completo José Adônis Callou de Araújo Sá
Nascimento 1 de fevereiro de 1963 (61 anos)
Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Maria Luiza Callou
Pai: Joaquim Araújo de Sá Sobrinho
Alma mater Universidade Federal do Ceará[1]
Universidade de Valência
Universidade de Roma Tor Vergata
Prêmio(s)
Filhos(as) Mateus, Luiza, Lara
Religião Católico romano

É bacharel e mestre em Direito pela Universidade Federal do Ceará, no Ministério Público foi procurador da República em Pernambuco (de 1992 a 1996), Rio Grande do Norte (em 1996) e Ceará (de 1996 a 2001). Também foi procurador eleitoral auxiliar no Tribunal Regional do Ceará nas eleições de 1998 e membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do estado do Ceará entre 1999 e 2001.[7]

Em 2001, José Adonis foi promovido a Procurador Regional da República na 1ª Região. Entre maio e outubro de 2007, foi Procurador-Chefe da Procuradoria Regional da República da 1ª Região, cargo que assumiu novamente em outubro de 2013. Em 2014, foi promovido a Subprocurador-Geral da República. Também integra o Conselho Superior do Ministério Público Federal desde 2019.

Biografia editar

José Adônis Callou de Araújo Sá, nasceu em Juazeiro do Norte, no sul do estado do Ceará, filho de Joaquim de Araújo Sobrinho, um advogado e Maria Luiza Callou. José Adônis é sobrinho de Kleber Callou, advogado e ex-deputado estadual pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

Estudou no Colégio Diocesano do Crato, entre 1971 e 1974. No fim do período mudou-se para Fortaleza, capital do estado do Ceará, José Adônis morou com a família no bairro de Varjota, onde passou a infância e a juventude.

Formação e academia editar

Em 1988, graduou-se em direito pela Universidade Federal do Ceará, mais tarde especializando-se em Direito Público, em 1998 obteve bolsa pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), e ingressou no curso de Direito Constitucional Iberoamericano, pela Universidade de Valência, na Espanha. Em 1992, entrou para o Ministério Público Federal como procurador da República. Ainda em 1992, José Adônis foi aprovado em concurso público para procurador e mudou-se para Recife, depois para Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, e, por fim, para Fortaleza, na época em que entrou para o Ministério Público Federal. Em outubro de 2000, concluiu sua pós-graduação em Direito, pela Universidade Federal do Ceará e realizou uma dissertação com o título: Ação civil pública e controle de constitucionalidade. Em 2017, fez um curso de Aperfeiçoamento de Combate ao Crime Organizado, pela Universidade de Roma Tor Vergata

José Adônis é autor de livros e artigos, tais como “Ação Civil Pública e Controle de Constitucionalidade”, “Função Social da Propriedade e Preservação ambiental”, “O Indigenato”, “Ilícitos e Sanções na Lei Eleitoral”, “Domínio e gerenciamento de recursos hídricos”, “A Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça” e “A advocacia sob a lente do Ministério Público”.[8]

Atuação no Ministério Público editar

José Adônis iniciou sua carreira como Procurador da República, lotado no Ministério Público de Pernambuco, de 1992 até 1996, sendo o primeiro colocado no concurso de ingresso. Em 1996, transferiu-se para o Rio Grande do Norte, exercendo o cargo por apenas seis meses até ser novamente transferido para o Ceará. Dentro da instituição, exerceu os cargos de Procurador Eleitoral Auxiliar perante ao Tribunal Regional Eleitoral, substituto do Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, e Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, eleito pela classe (biênio 1999-2000), ao mesmo tempo em que foi membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Estado do Ceará, de 1999 até 2001.

Em 16 de novembro 2001, promovido por merecimento ao cargo de Procurador Regional da República, coordenando o Núcleo de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos (NIDCIN), da Procuradoria Regional da República na 1º Região. Em 1º de janeiro de 2003, deixou o Ministério Público e foi nomeado Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Ceará pelo governador Lúcio Alcântara (PSDB), exercendo o cargo de até abril de 2006. Também acumulou, de 2005 até 2008, como Secretário de Concursos do Ministério Público Federal. Em 10 de abril de 2006, renunciou ao cargo de secretário estadual ao ser nomeado Secretário-Geral do Conselho Nacional do Ministério Público, assumindo o cargo em 11 de abril de 2006.

Em maio de 2007, foi nomeado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para integrar a primeira composição (biênio 2007-2009) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),[9] por indicação da Câmara dos Deputados, em vaga destinada aos "Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada".[10]

Tornou-se notório em outubro de 2019, ao ser nomeado pelo então Procurador Geral da República, Augusto Aras, para coordenar a Operação Lava Jato. Porém em 23 de julho de 2023, José Adônis pediu demissão do cargo após divergir-se com Augusto Aras.[11]

Referências

  1. «JOSÉ ADONIS CALLOU DE ARAÚJO SÁ» (PDF). CartaCapital. 23 de maio de 2023. Consultado em 30 de janeiro de 2024 
  2. «Conselheiros do CNJ são homenageados pelo TJPA». Conselho Nacional de Justiça. 12 de agosto de 2010. Consultado em 22 de fevereiro de 2024 
  3. «José Adonis Callou de Araújo Sá». Famílias Sertanejas. 9 de julho de 2017. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  4. «Aras mantém procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato no Supremo». Poder360. 19 de outubro de 2019. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  5. «Lista tríplice para PGR tem 'repetentes'; um deles concorre pela quinta vez». UOL. 30 de maio de 2023. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  6. «Coordenador da Lava Jato na PGR pede para sair do cargo». CartaCapital. 23 de janeiro 2020. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  7. «Saiba quem são os indicados da lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral da República». CNN. 30 de maio de 2023. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  8. «JOSÉ ADONIS CALLOU DE ARAÚJO SÁ» (PDF). CartaCapital. 23 de maio de 2023. Consultado em 30 de janeiro de 2024 
  9. «CCJ aprova 12 indicações para o Conselho Nacional de Justiça». Agência Senado. 13 de junho de 2007. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  10. «Conselheiro José Adonis é o novo ouvidor do CNJ». Agência CNJ Notícias. 31 de março de 2009. Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  11. «Coordenador da Lava Jato na PGR pede para deixar o cargo». Agência CNJ Notícias. 23 de janeiro de 2020. Consultado em 23 de janeiro de 2024