José Miguel Wisnik
José Miguel Soares Wisnik (São Vicente, 27 de outubro de 1948) é um músico, compositor, ensaísta e professor brasileiro. Lecionou Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo, onde é atualmente professor aposentado.[1]
José Miguel Wisnik | |
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Wisnik em entrevista à TV Brasil, 2012 | |
Nome completo | José Miguel Soares Wisnik |
Nascimento | 27 de outubro de 1948 (75 anos) São Vicente, São Paulo |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Músico, compositor, ensaísta, crítico literário, e professor universitário |
Prémios | Prémio Jabuti 1978 |
Género literário | ensaio, canção |
Magnum opus | O som e o sentido,
Veneno remédio |
Biografia
editarGraduado em Letras (Português) pela Universidade de São Paulo (1970), mestre (1974) e doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada (1980), pela mesma Universidade.
De origem polonesa,[2] Wisnik estudou piano clássico durante muitos anos, mas optou pela faculdade de Letras. Apresentou-se pela primeira vez como solista da Orquestra Municipal de São Paulo aos 17 anos, interpretando o Concerto nº 2, de Camille Saint-Saëns. Em 1968 participou do Festival Universitário da extinta TV Tupi, com a canção Outra Viagem, cantada por Alaíde Costa e gravada posteriormente por Ná Ozzetti.
Wisnik tem quatro discos gravados. Em 1992[1] gravou o disco independente José Miguel Wisnik. Em 2002 lançou o CD São Paulo Rio, que teve participação da cantora Elza Soares, com quem Wisnik realizou alguns shows em 2002, além de participar da direção artística de seu disco Do Cóccix até o Pescoço. Em 2003 lançou o CD Pérolas aos Poucos. Em 2011, lançou o CD duplo Indivisível, com um disco dedicado a canções acompanhadas por piano, e outro, por violão. Apresenta-se regularmente em shows no Brasil e no exterior. Desde 2005 tem realizado várias séries de "aulas-shows" com o violonista e compositor Arthur Nestrovski.
Participou também do disco desenvolvido com Tom Zé para trilha do espetáculo Parabelo, do Grupo Corpo.
Wisnik escreve regularmente ensaios sobre música e literatura, além de participar dos livros coletivos Os Sentidos da Paixão, O Olhar e Ética (Companhia das Letras, 1987, 1988 e 1992) e do Livro de Partituras (Gryphus, 2004). Mantém uma coluna semanal no jornal carioca O Globo.
Além de seus discos, livros, ensaios e aulas, Wisnik faz também música para cinema (Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas), teatro (As Boas, Hamlet e Mistérios Gozozos para o Teatro Oficina, e Pentesileias, de Daniela Thomas, dirigida por Bete Coelho) e dança. Fez quatro trilhas sonoras para o grupo Corpo: Nazareth, de 1993, sobre obra de Ernesto Nazareth; Parabelo, de 1997, em parceria com Tom Zé; Onqotô, de 2005, com Caetano Veloso e Sem Mim, de 2011, com Carlos Nuñez, sobre canções de Martín Codax.
José Miguel Wisnik é pai da cantora Marina Wisnik e do arquiteto Guilherme Wisnik, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Obras
editar- O Coro dos Contrários - a Música em Torno da Semana de 22 (Duas Cidades, 1977);
- O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira (com Enio Squeff, Brasiliense, 1982);
- O Som e o Sentido (Companhia das Letras, 1989);
- Sem Receita - Ensaios e Canções (Publifolha, 2004);
- Veneno Remédio: O Futebol e o Brasil (Companhia das Letras, 2008);
- Machado Maxixe: O Caso Pestana (Publifolha, 2008);
- Maquinação do Mundo: Drummond e a Mineração (Companhia das Letras, 2018).
Referências
- ↑ a b http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/consulta/detalhe.php?Id_Disco=DI01296
- ↑ Meme, Fernando (3 de setembro de 1997). «Compositor é novo anfitrião do projeto "Rumos": Wisnik recebe hoje Alaíde Costa». Folha de São Paulo. Consultado em 6 de abril de 2022
Ligações externas
editar- Site de Arthur Nestrovski, parceiro constante de Wisnik, em projetos musicais e editoriais.
- Página do disco duplo "Indivisível"