Junta de Salvação Nacional
Junta de Salvação Nacional | |
---|---|
Presidente de Portugal (interino) | |
Período | 25 de Abril de 1974 até 15 de Maio de 1974 |
Antecessor | Américo Tomás |
Sucessor | António de Spínola |
Presidente do Conselho de Ministros de Portugal (interino) | |
Período | 25 de Abril de 1974 até 16 de Maio de 1974 |
Antecessor | Marcello Caetano |
Sucessor | Adelino da Palma Carlos |
A Junta de Salvação Nacional (JSN) foi um grupo de militares designados para sustentar o governo do Estado Português em Abril de 1974, após o golpe de estado que derrubou o Estado Novo. Esta Junta esteve em funcionamento desde o comunicado do presidente António de Spínola, emitido às 01h30 do dia 26 de Abril de 1974, até à tomada de posse do Governo Provisório, ocorrida a 16 de Maio do mesmo ano. Embora com características diferentes, sem poder executivo directo, manteve-se até ser extinta após os acontecimentos de 11 de Março de 1975, sendo substituída pelo Conselho da Revolução instituído a 14 de Março de 1975 pela Assembleia do Movimento das Forças Armadas.
Governos Provisórios da Terceira República Portuguesa |
---|
OrigemEditar
A Junta vinha prevista no programa do Movimento das Forças Armadas para o exercício político, até à formação de um governo civil, para precaver a destituição imediata do Presidente da República (o almirante Américo Thomaz) e Governo, dissolução da Assembleia Nacional e do Conselho de Estado, promulgando a Lei Constitucional n.º 1/74, de 25 de Abril. A escolha do Presidente e Vice-Presidente caberiam à própria Junta.
ComposiçãoEditar
A Junta de Salvação Nacional era composta por:
- General António Sebastião Ribeiro de Spínola (Exército - presidente);
- General Francisco da Costa Gomes (Exército);
- Brigadeiro Jaime Silvério Marques (Exército);
- General Manuel Diogo Neto (Força Aérea - inicialmente ausente em Moçambique);
- Coronel Carlos Galvão de Melo (Força Aérea);
- Capitão-de-mar-e-guerra José Baptista Pinheiro de Azevedo (Marinha);
- Capitão-de-fragata António Alva Rosa Coutinho (Marinha).
Exerceu assim interinamente as funções da Presidência da República (de 26 de Abril a 15 de Maio, data em que designou como chefe de Estado o presidente da Junta, António de Spínola) e da Presidência do Conselho (de 26 de Abril a 16 de Maio, data em que tomou posse o I Governo Provisório, chefiado por Palma Carlos).[1]
Após os acontecimentos de 28 de Setembro de 1974, que culminaram na renúncia do general Spínola à Presidência, deixaram a JSN este oficial, bem como os generais Jaime Silvério Marques, Diogo Neto e Galvão de Melo. O general Francisco da Costa Gomes foi então designado Presidente da República e ingressaram na JSN os seguintes oficiais:
- Tenente-coronel Carlos Alberto Idães Soares Fabião (Exército);
- Tenente-coronel Nuno Manuel Guimarães Fisher Lopes Pires (Exército);
- Tenente-coronel Narciso Mendes Dias (Força Aérea);
- Tenente-coronel Aníbal José Coentro de Pinho Freire (Força Aérea);
- Comandante Silvano Ribeiro (Marinha) (interinamente, enquanto durou o impedimento do almirante Rosa Coutinho, ao tempo ausente em Angola como Alto-Comissário).
Após os acontecimentos de 11 de Março de 1975 a JSN foi extinta, passando os seus então membros a integrar o novo Conselho da Revolução.
Ver tambémEditar
Referências
Ligações externasEditar
- A Junta de Salvação Nacional, primeiro poder após a ditadura, Dicionário de Abril - Letra J, por António Reis/ Maria Inácia Rezola/ Paula Borges, Braveant/ RTP, 2012
- O primeiro comunicado da Junta de Salvação Nacional, RTP, 1975
Precedido por Américo Tomás |
Chefe de Estado da República Portuguesa (interinamente) 26 de Abril de 1974 – 15 de Maio de 1974 |
Sucedido por António de Spínola |
Precedido por Marcelo Caetano |
Chefe de governo de Portugal (interinamente) 26 de Abril de 1974 – 16 de Maio de 1974 |
Sucedido por Adelino da Palma Carlos |