Leomar Quintanilha

político brasileiro
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Leomar de Melo Quintanilha GOMM (Goiânia, 23 de outubro de 1945) é um pecuarista, dirigente esportivo e político brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Pelo Partido Progressista Reformador (PPR) e pelo Partido da Frente Liberal (PFL), representou Tocantins no Senado Federal. Pelo Partido Democrata Cristão (PDC), foi deputado federal pelo mesmo estado. Atualmente, preside a Federação Tocantinense de Futebol (FTF) desde a sua fundação, em 1990.[2][3][4][5]

Leomar Quintanilha
Leomar Quintanilha
Senador pelo Tocantins
Período 1º de fevereiro de 1995
a 1º de fevereiro de 2011
(2 mandatos consecutivos)
Deputado federal pelo Tocantins
Período 1º de fevereiro de 1989
a 1º de fevereiro de 1995
(2 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 23 de outubro de 1945 (78 anos)
Goiânia, GO
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Esposa Márcia Quintanilha
Partido PMDB (2007–2011)
PSD (2011-2022)
PDT (2022-Presente)
Profissão pecuarista, político

Biografia editar

Filho de Martin Ribeiro Quintanilha e Leonilda Melo Quintanilha. Bancário, foi gerente do Banco do Brasil em municípios como: Goiandira, Gurupi e Paraíso do Tocantins. Presidente do Conselho Consultivo da Cooperativa Agropecuária Fronteira da Amazônia Ltda. (COOPEG) em Gurupi[nota 1] e da Associação Atlética Banco do Brasil em Araguaína, presidiu também o Lions Clube de Paraíso do Tocantins e o Rotary Clube de Corrente antes de estabelecer-se como funcionário da prefeitura municipal de Goiânia e da Universidade Federal de Goiás.[4][2]

Candidato a prefeito de Araguaína por uma sublegenda da ARENA em 1976, não foi eleito.[6][nota 2] Formado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia em 1980, neste mesmo ano ingressou no PDS sendo mais uma vez candidato a prefeito da cidade numa sublegenda em 1982, mas colheu nova derrota.[7][nota 3] Tempos depois migrou para o PDC e figurou como suplente de deputado estadual em 1986.[3]

Mediante a criação do Tocantins pela nova Constituição, assumiu a presidência estadual do PDC e nesta legenda foi eleito deputado federal em 1988, embora tenha licenciado-se para assumir a Secretaria de Educação a convite do governador Siqueira Campos.[8][4][3][nota 4] Primeiro presidente da Federação Tocantinense de Futebol,[9] reelegeu-se deputado federal em 1990 e votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992.[10]

Em 4 de abril de 1993 Partido Democrático Social (PDS) e Partido Democrata Cristão (PDC) fizeram uma convenção nacional onde fundiram-se para criar o Partido Progressista Reformador (PPR)[11] e por esta legenda elegeu-se senador em 1994.[5] Durante o mandato ingressou no Partido Progressista Brasileiro (PPB) e licenciou-se do mandato entre abril e outubro de 1996 para assumir a Secretaria de Indústria e Comércio durante o segundo governo Siqueira Campos.[nota 5][nota 6] Reeleito senador pelo PFL em 2002, migrou para o PMDB, mas durante o mandato protagonizou uma guinada ideológica: membro do partido fundado para apoiar o regime militar de 1964, Quintanilha filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), mas foi derrotado ao disputar o governo do Tocantins em 2006.[2][3]

Em 2005, durante sua estadia no PCdoB como senador, Quintanilha foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial.[1]

De volta ao PMDB, licenciou-se do mandato de senador em setembro de 2009 para assumir a Secretaria de Educação a convite do governador Carlos Henrique Gaguim,[nota 7] retornando ao parlamento meses antes de eleger-se suplente de deputado federal em 2010.[3][4]

Em 31 de janeiro de 2011, Quintanilha deixou o Senado Federal para dar lugar a Vicentinho Alves do PR, que apesar de ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2010, assumiu a vaga deixada por Marcelo Miranda, já que este teve a sua candidatura impugnada pelo TSE.[12]

Notas

  1. Não confundir com a Cooperativa de Produtores Ecologistas de Garibaldi Ltda (COOPEG), fundada no Rio Grande do Sul em 25 de julho de 2001.
  2. Conforme o Jornal do Brasil Leomar Quintanilha foi apoiado por Leonino Caiado e Siqueira Campos enquanto Irapuan Costa Júnior e Otávio Lage apoiaram a sublegenda da ARENA representada por Paulo Quinta, o candidato vencedor.
  3. Em 1982 o PMDB apresentou três candidatos a prefeito de Araguaína: João de Sousa Lima (o vencedor), Raimundo Marinho e Nilmar Coelho, enquanto o PDS lançou Carlos Patrocínio e Leomar Quintanilha enquanto o PT teve apenas um voto com a candidatura de Ariston Gomes.
  4. Durante o período em que Leomar Quintanilha foi secretário de Educação, sua cadeira parlamentar foi entregue a Alziro Gomes.
  5. Durante a estadia de Leomar Quintanilha como secretário de Indústria e Comércio, sua cadeira parlamentar foi entregue a José Bonifácio Gomes de Souza.
  6. Criado em 1995, o Partido Partido Progressista Brasileiro (PPB) é o resultado da fusão entre o Partido Progressista Reformador (PPR) e o Partido Progressista (PP).
  7. Tal fato permitiu a convocação de Sadi Cassol para assumir o mandato de senador.

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
  2. a b c «Biografia de Leomar Quintanilha no CPDOC/FGV». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  3. a b c d e «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  4. a b c d «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Leomar Quintanilha». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  5. a b «Senado Federal do Brasil: senador Leomar Quintanilha». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  6. União pode ajudar Governo em Goiás (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 02/11/1976. Política e Governo, Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 21 de dezembro de 2019.
  7. Resultado das eleições em Araguaína (online). Jornal do Tocantins, Araguaína (GO), (sic), 03 a 09/12/1982. Política, p. 02. Página visitada em 21 de dezembro de 2019.
  8. «BRASIL. Presidência da República: Constituição de 1988». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  9. «Federação Tocantinense de Futebol: Uma história de luta». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  10. «Governistas tentaram evitar implosão (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 30/09/1992. Brasil, p. 1-8.». Consultado em 21 de dezembro de 2019 
  11. FARIA, Tales. Para Maluf, governo Itamar já "acabou" (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 05/04/1993. Brasil, p. 1-5. Página visitada em 22 de dezembro de 2019.
  12. «TSE nega registro do senador eleito Marcelo Miranda». G1. Consultado em 6 de janeiro de 2011