Nacionalismo coreano

Nacionalismo coreano (hangul: 한국 국민주의; hanja: 韓國國民主義) possuí dois contextos ou sentidos paralelos. Um de trata dos movimentos ao longo da história para manutenção de uma identidade cultural, histórica e étnica (ou "raça" coreana). Este nacionalismo étnico foi criado principalmente em oposição à exploração ou dominância e ao governo estrangeiros. O segundo contexto abrange a forma como o nacionalismo coreano após a divisão em 1945.[1]

O termo "sangue puro" se refere à crença de que todo o povo coreano é uma raça pura e descendente de um único ancestral. Usada e acreditada principalmente durante o período de resistência a influencia chinesa e a colonização japonesa,[2] a ideia deu aos coreanos um sentimento de homogeneidade e orgulho nacional e étnico, e um potencial catalisador para a discriminação e o preconceito racial nas Coreias.[3]

A vertente dominante do nacionalismo na Coreia do Sul tende a ser de natureza romântica (especificamente étnica ou "racial"), em vez de cívica. Esta forma de nacionalismo romântico compete frequentemente e enfraquece a identidade nacionalista do estado da Coreia do Sul. A falta de nacionalismo estatal (ou seja, patriotismo) dos sul-coreanos manifesta-se de várias maneiras. Por exemplo, muitos sul-coreanos não sabem a data da fundação do seu país (ou seja, 15 de Agosto de 1948), em contrapartida a Coreia do Norte;[4]

O nacionalismo étnico na Coreia do Norte também tem forte relevância e sustentado pelo governo, embora, ao contrário da Coreia do Sul, o nacionalismo cívico e o nacionalismo étnico não competem, mas sim coexistem e reforçam-se mutuamente. Isto pode ser atribuído à ideologia Juche patrocinada pelo Estado, que utiliza a identidade étnica para aumentar o poder e o controle do Estado sob o Partido dos Trabalhadores da Coreia a partir da Constituição da Coreia do Norte.

Na Coreia do Sul, o nacionalismo coreano está geralmente dividido em duas vertentes: o "Nacionalismo Étnico Coreano", que era a ideia de que o povo coreano compartilha um sangue em comum e pertence à "pátria coreana", e o " nacionalismo liberal" impulsionado pelo anti-imperialismo, que forma um campo político centro-esquerda.

Ver também

editar

Referências

  1. Kim, Hee-sun (2007). «Musical Representation of Nationalism in Contemporary South Korea» [Musical Representation of Nationalism in Contemporary South Korea]. 동양음악(Journal of the Asian Music Research Institute). 29: 165–194. ISSN 1975-0218  |hdl-access= requer |hdl= (ajuda)
  2. Patterson, Wayne (novembro de 2009). «Early Korean Encounters with the United States and Japan: Six Essays on Late Nineteenth-Century Korea. By Lew Young Ick. Seoul: Royal Asiatic Society, Korea Branch, 2008. ix, 249 pp. $30.00 (paper).». The Journal of Asian Studies (4): 1318–1319. ISSN 0021-9118. doi:10.1017/s0021911809991367. Consultado em 24 de maio de 2024 
  3. Kim, Yugyun; Son, Inseo; Wie, Dainn; Muntaner, Carles; Kim, Hyunwoo; Kim, Seung-Sup (dezembro de 2016). «Don't ask for fair treatment? A gender analysis of ethnic discrimination, response to discrimination, and self-rated health among marriage migrants in South Korea». International Journal for Equity in Health (em inglês) (1). ISSN 1475-9276. PMC PMC4949882  Verifique |pmc= (ajuda). PMID 27430432. doi:10.1186/s12939-016-0396-7. Consultado em 24 de maio de 2024 
  4. Kowner, Rotem; Demel, Walter, eds. (2015). Race and racism in modern East Asia: interactions, nationalism, gender and lineage. Col: Brill's series on modern East Asia in a global historical perspective. Boston: Brill