Porto Murtinho

Município brasileiro de Mato Grosso do Sul

Porto Murtinho é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. A cidade é considerada a última guardiã do Rio Paraguai, sendo também portal-sul do Pantanal.

Porto Murtinho
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Porto Murtinho
Bandeira
Hino
Gentílico murtinhense
Localização
Localização de Porto Murtinho em Mato Grosso do Sul
Localização de Porto Murtinho em Mato Grosso do Sul
Localização de Porto Murtinho em Mato Grosso do Sul
Porto Murtinho está localizado em: Brasil
Porto Murtinho
Localização de Porto Murtinho no Brasil
Mapa
Mapa de Porto Murtinho
Coordenadas 21° 41′ 56″ S, 57° 52′ 58″ O
País Brasil
Unidade federativa Mato Grosso do Sul
Municípios limítrofes Corumbá, Bonito, Jardim, Caracol e Bodoquena
Distância até a capital federal: 1 463 km
estadual: 437 km[1]
História
Fundação 13 de junho de 1912 (112 anos)
Emancipação 13 de junho de 1911
Administração
Distritos
Prefeito(a) Nelson Cintra Ribeiro[2] (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 17 734,925 km²
 • Área urbana  est. Embrapa[4] 2,352 km²
População total (est. IBGE 2011[5]) 15 530 hab.
 • Posição MS: 37º
Densidade 0,9 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude [6] 90 m
Fuso horário Hora do Amazonas (UTC−4)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [7]) 0,698 médio
 • Posição MS: 73º
Gini (est. IBGE 2003[8]) 0,470
 • Posição MS: 73º
PIB (IBGE/2008[9]) R$ 194 882,431 mil
 • Posição MS: 35º
PIB per capita (IBGE/2008[9]) R$ 12 710,00

Geografia

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Localização

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O município de Porto Murtinho está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Pantanais Sul-Mato-Grossenses (Microrregião do Baixo Pantanal). Localiza-se a uma latitude 21º41'56" Sul e a uma longitude 57º52'57" Oeste. Distâncias:

Geografia física

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Duas classes de solos dominam o município: o planossolo de textura arenosa/média e média e o neossolo de elevada fertilidade natural. E em menores proporções o gleissolos.

Relevo e altitude

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Com altitude de 90 m, a diversidade topográfica é bastante marcante, principalmente na sua porção leste, onde encontram-se cristas simétricas, bordas de patamar e modelados de dissecação colinosas e aguçadas. Os modelados tabulares estão entremeados a áreas planas, de feições de acumulação bastante diversas, quanto mais se aproxima das margens do rio Paraguai. O município de Porto Murtinho divide-se em três Regiões Geoambientais:

  • Região da Bodoquena e Morrarias do Urucum Amolar com a unidade Serra da Bodoquena;
  • Região do Pantanal Matogrossense com as Unidades: Pantanal do Apa-Amonguijá – Aquidabã, Pantanal do Rio Verde, Planície do Paraguai e Planície do Nabileque;
  • Região da Depressão do Alto Paraguai, com a unidade Depressão do Apa e Planícies Coluviais Pré-Pantanal.

Apresenta relevos elaborados pela ação fluvial. Relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas, área plana ou embaciada, zonal, argilosa e/ou arenosa, sujeita a inundações periódicas, ligadas ou não à rede de drenagem atual.

Clima, temperatura e pluviosidade

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Tropical úmido e subúmido, período de chuvas de setembro a abril, com maior intensidade em dezembro. As temperaturas médias do mês mais frio são menores que 21 °C e maiores que 18 °C. O período seco estende-se de 03 a 04 meses. A precipitação vária entre 1.000 e 1.700mm anuais. A máxima absoluta de 42,7 °C foi registrada dia 16 de outubro de 2014, sendo superada pela temperatura de 42,9 °C que foi registrada no dia 26 de setembro de 2023[10] e a mínima absoluta de 1,1 °C em 25 de julho de 2013 segundo estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aberta em 23 de outubro de 2006[11]. Normais climatológicos de Porto Murtinho:

Dados de Temperatura para Porto Murtinho
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 41.3 41.0 39.0 38.5 36.3 34.0 35.5 39.2 42.9 42.7 41.5 41.4 42.9
Temperatura máxima média (°C) 35.0 34.0 33.1 31.9 27.5 26.0 27.2 30.2 33.1 34.0 33.9 34.5 31.7
Temperatura média (°C) 28.5 27.9 27.0 25.5 21.8 20.1 20.3 22.3 25.2 27.2 27.2 28.3 25.1
Temperatura mínima média (°C) 23.7 23.6 22.4 20.6 17.4 15.5 14.4 16.0 18.6 21.6 21.9 23.5 19.9
Temperatura mínima recorde (°C) 14.4 17.3 12.1 6.9 6.3 1.6 1.1 1.6 5.4 10.8 10.6 14.1 1.1
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (semi-normal climatológica de 2006-2019)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura Média °C 23.3 23.5 23.1 22.6 20.8 19.8 18.8 21 23.2 23.3 23.4 23.1 22.2
T. Mínima Absoluta °C 14.8 14.3 14.1 7.7 2.4 -4.5 (1) -1.6 4.3 8 9.6 12.9 15 -4.5
T. Mínima Média °C 18.9 19.1 16.9 17.3 14.1 11.4 9.4 11.4 15.6 17.5 18.5 18.6 15.7
T. Máxima Média °C 29.5 29.6 30 30.3 29.2 29.8 29.6 31.9 32.5 31.2 30.3 29.4 30.3
T. Máxima Absoluta °C 35.8 35.2 36.6 33.6 33.1 33.2 34.3 37.6 38.2 38.2 (2) 36 34.8 38.2
Prec. Média mm 300.2 259.5 281.4 132.9 56.7 8.5 10.9 16.8 93.9 161.3 263.9 321 1910
Prec. Máxima 24h mm 67 79 66 112 (3) 66 35.4 61 66 61.6 65.2 94 93.2 112
Umidade Rel. do Ar % 85 85 85 85 90 71 67 61 67 80 85 88 79
  1. Junho de 1933;
  2. Setembro/Outubro de 1926;
  3. Abril de 1935.

Hidrografia

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Rios do município:

Rio Paraguai
 
Rio Paraguai, principal rio que banha o município de Porto Murtinho

Afluente pela margem direita do rio Paraná, entrando neste na Argentina, nas proximidades da cidade de Corrientes; nasce no estado de Mato Grosso e corta o Pantanal sulmato-grossense de norte a sul. Divisa do município de Porto Murtinho (Brasil) com a República do Paraguai.

Outros rios
  • Rio Apa: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, nasce no município de Bela Vista, divisa do Brasil (Porto Murtinho) com a República do Paraguai.
  • Rio Amonguijá: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando nele pouco acima da cidade de Porto Murtinho. Fica nesse município. Nasce na serra da Bodoquena.
  • Rio Aquidabã: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando nele pouco acima da foz do rio Branco. Fica no município de Porto Murtinho. Nasce na serra da Bodoquena.
  • Rio Branco: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, no município de Porto Murtinho.
  • Rio Nabileque: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai. Nasce no Pantanal do Nabileque, ao sul do município de Corumbá, fazendo divisa entre este município e o de Porto Murtinho.
  • Rio Naitaca: afluente pela margem esquerda do rio Nabileque, fazendo divisa entre os municípios de Corumbá e Porto Murtinho.
  • Rio Perdido: afluente pela margem direita do rio Apa, na fronteira entre Brasil e a República do Paraguai. Nasce na borda oriental da serra da Bodoquena, é limite entre os municípios de Porto Murtinho e Caracol e Porto Murtinho e Jardim.
  • Rio Tarumã: afluente, pela margem esquerda do rio Paraguai, desaguando cerca de 20 km acima (a montante) da cidade de Porto Murtinho.
  • Rio Tereré: afluente pela margem esquerda do rio Paraguai, no município de Porto Murtinho.

Vegetação

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Distribuída quase que eqüitativamente a cobertura é típica do Pantanal (Cerrado Estépico), Cerrado e Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Há também pastagem cultivada e alguma lavoura.

Geografia política

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Fuso horário

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Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado).

Ocupa uma superfície de 17 734,925 km².

Pantanal

A Unesco reconheceu o Pantanal como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade. Localizado no interior da América do Sul, é a maior extensão úmida contínua do planeta, possuindo cerca de 250 mil km². Destaca-se pelas inúmeras espécies de animais e vegetações decorrentes do ambiente contraditório que alterna entre períodos úmidos e de estiagem. O Pantanal entretanto não é um só. Existem dez pantanais na região com características diferentes: Nabileque - 9,4 %; Miranda - 4,6%; Aquidauana - 4,9 %; Abobral - 1,6 %; Nhecolândia - 17,8 %; Paiaguás - 18,3 %; Paraguai - 5,3 %; Barão de Melgaço - 13,3 %; Poconé - 12,9 %; Cáceres - 11,9 %.

A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região. O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o pantanal tem levado vários pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação humana neste ecossistema. Dentre os principais problemas ambientais destacamos: a pesca predatória; a caça de jacarés; a poluição dos rios da bacia do Paraguai; os garimpos do Estado de Mato Grosso e a poluição das águas pelo mercúrio; a hidrovia Paraguai-Paraná. Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões.

Subdivisões

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Porto Murtinho (sede) e Colônia Cachoeira.

Arredores

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Faz divisa com Corumbá, Miranda, Bonito, Jardim e Caracol.

História

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A fundação de Porto Murtinho está intimamente ligada com a Cia Matte Larangeira, responsável também pela fundação da cidade de Guaíra (Paraná).

Primórdios

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Chegada da Empresa Matte Larangeira

O Decreto Imperial nº 8799, de 9 de dezembro de 1882, autorizava a Larangeira a exploração da erva-mate nativa, por um período inicial de 10 anos, entretanto esse decreto não impede a exploração por parte dos moradores locais.[12] Larangeira funda então a Empresa Matte Larangeira[13] a partir desta concessão imperial. Thomaz Larangeira trouxe do sul do país fazendeiros que conheciam o manejo da erva-mate, também foram utilizadas a mão-de-obra de índios da região e de paraguaios, iniciando o ciclo de produção da erva-mate.[14]

Com a proclamação da república a área de concessão é, sucessivamente, ampliada, sempre com o apoio de políticos influentes, como Joaquim Murtinho, Manuel José Murtinho e General Antônio Maria Coelho. Através do Decreto nº 520, de 23 de junho de 1890, são ampliados os limites de suas posses e consegue o monopólio na exploração da erva-mate em toda a região abrangida pelo arrendamento.

Aumento de produção

No início de 1892 os produtores de erva-mate do sul do Pantanal sentiram necessidade de criar um porto fluvial para centralizar o escoamento da produção. Depois de escolherem o local (a 50 km a montante do rio Apa, no rio Paraguai), a iniciativa do projeto, sob responsabilidade de Antônio Alves Corrêa, passou para a fazenda Três Barras, que teve 3600 hectares expropriados para integrar o povoado. Em julho de 1892 a Companhia Matte Larangeira comprou a Fazenda Três Barras, de propriedade do marechal Boaventura da Mota, à margem esquerda do rio Paraguai, e construiu um porto para exportação de erva-mate cancheada. Esse porto foi nomeado de Porto Fluvial Murtinho pelo Superintendente do Banco Rio e Mato Grosso Antônio Corrêa da Costa, em homenagem a Joaquim Murtinho. No mesmo ano é assinado novo contrato de concessão com o estado, com exclusividade para exploração dos ervais. Após assinado esse contrato, o Banco Rio Branco e Matto Grosso, da Família Murtinho, compra 14.540 ações (100$000 por ação), cabendo a Larangeira 460 ações. A empresa passa a se denominar Companhia Matte Larangeira, sendo obrigada a transferir a sua sede para o território do Mato Grosso.

Em 1895 quando a Cia. Matte Larangeira recebeu 5.000.000 ha em arrendamento de terras devolutas. Essa área compunha o território dos Kaiowás e Guaranis. Companhia utilizou ao longo da sua história mão-de-obra indígena, principalmente das etnias Kaiowá e Guarani. A atividade gerava muito lucro estimulando o aumento da exportação.

Auge econômico

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Venda da Matte Larangeira á Francisco Mendes Gonçalves & Cia

O então Porto Fluvial Murtinho foi elevado a distrito para Resolução 225, de 10 de abril de 1900. A região teve grande desenvolvimento graças à Companhia Mate Larangeira. O transporte do mate — colhido num vasto império extrativo no atual estado de Mato Grosso do Sul — exigia 800 carretas e 20 mil bois. A Companhia encarregava-se da exploração e exportação da erva semi-elaborada (cancheada) para Buenos Aires. A erva-mate atingiu outros grandes centros urbanos como Assunção (Paraguai) e até Inglaterra, França e Itália.

Nesta localidade, outra empresa, a argentina Francisco Mendes Gonçalves & Cia, encarregava-se da industrialização e distribuição do produto no mercado externo. Após denuncias do Superintendente, Dr. Antonio Corrêa da Costa e de prejuízos com o transporte da produção da Matte Larangeira, o Banco Rio Branco decreta falência em 1902 e Thomaz Larangeira adquire seu espólio, já a Cia Matte Larangeira é vendida a companhia Francisco Mendes & Cia, passando a se chamar Larangeira Mendes e Companhia.

Construção da ferrovia e município de Porto Murtinho
 
Trem de Porto Murtinho que parte para São Roque em 1913

Ao aproximar-se do rio Paraguai, o terreno torna-se pantanoso, e a Mate Laranjeira viu-se obrigada a construir um "aterro ferroviário". Foi finalizada em 1906, para facilitar o transporte de erva-mate, uma ferrovia (Estrada de Ferro Porto Murtinho a São Roque), ligando o Porto Geral a Fazenda São Roque, com extensão máxima de 22 á 25 km.[15]. O projeto inicial de 1898 do Dr. Antonio Corrêa da Costa previa uma extensão de 42 léguas (231 a 277 km)[16] Já em 1910 ocorre a transferência do foco principal de exploração de erva mate para o Rio Paraná, reduzindo a sua importância estratégica para a empresa.

Porto Fluvial Murtinho é elevada à categoria de vila com a denominação de Porto Murtinho (sem o Fluvial) pela Lei Estadual nº 560, de 20 de junho de 1911, ou Decreto Estadual nº 310, de 2 de abril de 1912, desmembrado do município de Corumbá e sede no atual distrito de Porto Murtinho (ex-povoado), sendo instalado em 13 de junho de 1912.

Decadência

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Início do fim de uma grande companhia

A sede da Companhia Matte Larangeira foi transferida em 1918 de Porto Murtinho para a Fazenda Campanário, próximo ao município de Caarapó. Sendo que a erva passou a ser exportada pelo Rio Paraná, ficando somente a produção dos ranchos próximos exportada por Porto Murtinho. Desde 1902 a Companhia estabelece-se em Guaíra, inicialmente denominada de Porto Monjoli,[17] iniciando a construção de uma ferrovia Estrada de Ferro Guaíra a Porto Mendes em 1911, que transporia as corredeiras da Sete Quedas. Em 1919 Porto Murtinho tornou-se comarca.

Cidade de Porto Murtinho e Território de Ponta Porã

Porto Murtinho foi elevado à condição de cidade com essa denominação pela Lei Estadual nº 962, de 12 de julho de 1926. Em 1943 fez parte do Território Federal de Ponta Porã, extinto em 1946. A empresa Matte Larangeira recebeu um prazo para a liquidação de seus negócios e seus edifícios foram todos leiloados, bem como todas as estalagens, oficinas, rebanhos e tropas. A empresa continuou operando a EF Porto Murtinho, transportando madeira (quebracho) da empresa até a usina da Florestal Brasileira S. A. para extração de tanino, até pelo menos 1958, existindo indicações (vagas) de que, em 1971, os trens ainda estariam em operação. A primeira grande enchente foi no início do século xx,e depois uma grande enchente em 1979, inundando a cidade até 5 km da rodovia, que se repetiu em 1980,81,82 e 83 criando assim a "cidade de lona" no km 07, que com a ajuda do exército brasileiro socorreu e criou abrigo com lona plástica para a população desprovida de um lar . À cidade foi apresentada maquete do dique que protegeria a cidade, foi iniciada a obra mas não foi concluída e nem chegou a 35% do que seria diante a proposta, por falta de recurso não foi devidamente concluído, passando por manutenções por vários prefeitos e ainda assim não concluído ou com a devida manutenção. Em 1982 a cidade foi atingida por uma grande enchente, problema este resolvido três anos depois com a construção de um dique de contenção.

Topônimo

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Seu nome é uma homenagem a Joaquim Murtinho, senador mato-grossense e Ministro da Fazenda do Governo Campos Sales.

Demografia

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Sua população em 2011, de acordo com o IBGE, era de 15.530 habitantes.

Economia

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Uma das atividades mais representativas de Porto Murtinho é a agropecuária, além da exploração do quebracho (de onde se extrai o tanino). Porto Murtinho passou por um período de prosperidade na época do ciclo da erva-mate. A cidade também tem sua riqueza mineral lastreada principalmente na cal de pedra.

Turismo

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O turismo de pesca é a sua principal atividade econômica. O trecho do Rio Paraguai em Porto Murtinho é um dos mais piscosos do Brasil, sendo por isso a pesca, além da fauna e flora, o principal atrativo da cidade. Dali partem vários barcos com pescadores e turistas.

  • Castelinho (Rua Doutor Correia, 456 - Centro): Esse castelo foi construído por um comerciante da cidade, casado com uma europeia, para convencer sua esposa a permanecer na cidade. Sua mulher queria que o comerciante construísse uma réplica dos castelos europeus para ela não sentir mais saudade da Europa. Possuía energia elétrica própria, água encanada e seus móveis eram importados daquele continente.
  • Ilha Margarida: (Isla Margarita, em espanhol - idioma oficial do Paraguai) zona de livre comércio localizada no lado paraguaio. Para chegar até lá é preciso atravessar o rio, pois não existe ponte que ligue as duas regiões.

Infraestrutura

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Transporte

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  • BR-267
  • Terminal rodoviário de Porto Murtinho

Forças armadas

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Comando do Exército
Organização Sigla
2.ª Companhia de Fronteira 2ª Cia Fron

Ver também

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Referências

  1. «Mapas e rotas». Guia 4 Rodas. Consultado em 3 de novembro de 2011 
  2. «Candidatos a vereador Porto Murtinho-MS». Estadão. Consultado em 24 de junho de 2021 
  3. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  4. «Urbanização das cidades brasileiras». Embrapa Monitoramento por Satélite. Consultado em 30 de Julho de 2008 
  5. «Estimativa Populacional 2011» (PDF). Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2011. Consultado em 13 de setembro de 2011 
  6. «Mato Grosso do Sul». Embrapa. Consultado em 19 de julho de 2011 
  7. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  8. «Indice GINI». Cidade Sat. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000. Consultado em 6 de agosto de 2011. Arquivado do original em 30 de abril de 2012 
  9. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  10. https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/09/27/calor-de-ate-435c-veja-lista-de-24-cidades-que-tiveram-as-maiores-temperaturas-maximas-do-ano.ghtml
  11. «Estações meteorológicas do INMET». Consultado em 12 de maio de 2020 
  12. Adelaido Luiz Spinosa Vila. «Participação da mão-de-obra indígena na Companhia Matte Larangeira». Consultado em 8 de março de 2009. Arquivado do original em 27 de novembro de 2010 
  13. Alcimar Lopes Lomba (2002). O transporte ferroviário na Companhia Mate Laranjeira (1906-1944). [S.l.]: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul / Dourados 
  14. PM Porto Murtinho. «Histórico». Consultado em 5 de junho de 2009. Arquivado do original em 2 de maio de 2009 
  15. Ralph Mennucci Giesbrecht. «E. F. Mate Laranjeira (Município de Porto Murtinho, MS)». Consultado em 25 de maio de 2009 
  16. Cesar Rogério Cabral / Markus Hasenack / Rovane Marcos de França. MÓDULO I UNIDADE CURRICULAR TOPOGRAFIA I (PDF). [S.l.]: IFSC-INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA. Consultado em 24 de novembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 10 de junho de 2015 
  17. Prof. Dr. Omar Fedato Aleksiejuk. «Cronologia Histórica de Guairá». Consultado em 6 de março de 2009. Arquivado do original em 2 de março de 2009 

Ligações externas

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