As Frenéticas
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As Frenéticas foi um girl group brasileiro formado no Rio de Janeiro em 1977. Era originalmente composto por seis integrantes: Dhu Moraes, Edyr Duque, Leiloca Neves, Lidoka Martuscelli, Regina Chaves e Sandra Pêra. Destacou-se como um dos atos de maior sucesso da disco music brasileira.
As Frenéticas | |
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As Frenéticas em 1978. Na ordem: Regina, Sandra, Lidoca, Edir, Leiloca e Dhu. | |
Informação geral | |
Origem | Rio de Janeiro, RJ |
País | Brasil |
Gênero(s) | |
Período em atividade | 1977–1983 • 1992 • 2001 |
Ex-integrantes | Dhu Moraes Edyr Duque Leiloca Neves Lidoka Martuscelli Regina Chaves Sandra Pêra |
Carreira
editar1976–1984: Formação e sucesso
editarEm 5 de agosto de 1976, o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou num shopping no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, a discoteca Frenetic Dancing Days Discotheque, que se tornou a febre das noites cariocas.[1] Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, Motta teve a ideia de contratar garçonetes que, vestidas de malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada, fariam o atendimento e, no meio da noite, subiriam de surpresa ao palco e cantariam três ou quatro músicas, antes de voltarem a servir. Sandra Pêra, que era cunhada de Motta, casado com sua irmã, a atriz Marília Pêra, se interessou pela colocação e trouxe para o grupo as amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que fizeram parte do conjunto Dzi Croquettes, e a cantora Dhu Moraes. Completou o sexteto, indicada pelo DJ da discoteca, a atriz Edyr de Castro, que tinha participado do elenco do musical Hair.[1] Foi selecionado um repertório de cinco músicas e o grupo ensaiou com o músico Roberto de Carvalho, que então começava a namorar a roqueira Rita Lee.
Em 1977, batizadas como As Frenéticas para associá-las ao nome da discoteca, começaram a fazer shows de mais de uma hora e deixaram de ser garçonetes por conta do sucesso que fizeram. Elas executavam uma apresentação que combinava humor picante, erotismo nas roupas e na letra das músicas, ritmo contagiante e uma performance esfuziante no palco.[1] No seu primeiro sucesso, "Perigosa", o refrão "dentro de mim" repetido inúmeras vezes entre gemidos lúbricos e gritinhos histéricos, deu o tom de suas apresentações. Com o fechamento da Frenetic Dancing Days, passaram a apresentar-se no Teatro Rival, atraindo um público mais diversificado. As Frenéticas foram contratadas pela gravadora Warner, que recém se instalava no Brasil.[1] O primeiro compacto, "A felicidade bate a sua porta", de Gonzaguinha,[2] foi muito executado nas rádios. Em seguida, o primeiro LP Frenéticas vendeu bem,[2] atingindo 150 mil cópias e recebendo um Disco de Ouro. No final dos anos 70 conseguiram o feito inédito de emplacar o tema de abertura de duas novelas da Rede Globo, Dancin' Days e Feijão Maravilha. Depois vieram mais três discos pela Warner.
Em 1982 Sandra e Regina saem do grupo e o quarteto remanescente assina contrato com a gravadora Top Tape, lançando o último álbum antes de encerrar os trabalhos em 1983.
1992: Primeiro retorno
editarO sexteto voltou a se reunir em 1992 para gravar o tema de abertura da novela Perigosas Peruas, da Rede Globo, e duas canções inéditas para uma coletânea de seus sucessos lançada em CD. Até então, a discografia do grupo era constituída apenas de LPs de vinil. Outra coletânea em CD foi lançada em 1999.
2001: Segundo retorno
editarO grupo realizou uma nova reunião em 2001, embora contando apenas com Lidoka, Edir e Dudu. As três, aconselhadas por uma numeróloga, mudaram seus nomes artísticos respectivamente para Lidia Lagys, Edyr Duqui e Dhu Moraes. As demais integrantes do grupo original não quiseram retornar, preferindo continuar nas atividades que exerciam: Regina, como produtora do humorista Chico Anysio; Leiloca como astróloga e atriz; Sandra, como diretora de teatro. As integrantes contaram com as vocalistas de apoio Gabriela Pinheiro, Cláudia Borioni e Liane Maya nas apresentações, que não foram creditadas como membros oficiais ou tomaram a frente com as demais. Ao recusar o convite, Leiloca deixou registradas em seu website: ela só participaria desta volta, se houvesse infraestrutura com um show bem produzido, patrocinadores e divulgação. Após uma rápida turnê e alguns programas de televisão o grupo encerrou o retorno comemorativo de 25 anos.
Em uma aparição especial juntas, o grupo se apresentou em 12 de julho de 2006 em São Paulo para comemorar os 30 anos junto com o grupo estadunidense Santa Esmeralda.
2016-2018: Morte de Lidoka e teatro musical
editarEm 2018 Leiloca, Dhu e Sandra se reúnem para estrelar o musical 70-Década do Divino Maravilhoso que conta a história da década de 70 e as Frenéticas são as grandes homenageadas. Sequência de 60-Década de Arromba-Doc.Musical teve estreia nacional em 15 de Novembro no Theatro Net Rio.
Integrantes
editarDiscografia
editarÁlbuns de estúdio
editarÁlbum | Detalhes | Vendas |
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Frenéticas[5] |
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Caia na Gandaia[7] |
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Soltas na Vida[9] |
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Babando Lamartine[10] |
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Diabo 4[11] |
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Coletâneas
editarÁlbum | Detalhes | Vendas |
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O Melhor de Frenéticas[12] |
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As Mais Gostosas das Frenéticas[13] | ||
Sempre Frenéticas[14] |
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Pra Salvar a Terra[15] |
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40 Anos de Dancin' Days[16] |
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Singles
editar- Como artista principal
Título | Ano | Álbum |
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"Perigosa" | 1977 | Frenéticas |
"Tudo Bem, Tudo Bom??? Ou Mesmo Até..." | ||
"A Felicidade Bate À Sua Porta" | ||
"Dancin' Days" | 1978 | Caia na Gandaia |
"Lesma Lerda" | ||
"Não Levo Nada a Sério" | ||
"A Noite de Lua Cheia" | 1979 | |
"Ouça Bem" | Soltas na Vida | |
"Agito e Uso" | 1980 | |
"É que Nesta Encarnação eu Nasci Manga" | ||
"Oh Boy" | Babando Lamartine | |
"Ai! Hein!" | 1981 | |
"Você Escolheu Errado o Seu Super-Herói" | 1983 | Diabo 4 |
"Perigosas Peruas" | 1992 | As Mais Gostosas das Frenéticas |
- Como artista convidado
Título | Ano | Álbum |
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"Tutti-Frutti" (Miguel Bosé part. As Frenéticas) |
1983 | Más Allá |
Outras aparições
editarTítulo | Ano | Álbum |
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"O Preto Que Satisfaz" | 1979 | Feijão Maravilha |
"Ai, Se Eles Me Pegam Agora" | 1983 | Bar Academia: Chico Buarque |
Referências
- ↑ a b c d Barcinski 2014, p. 93.
- ↑ a b Barcinski 2014, p. 94.
- ↑ Pennafort, Roberta (23 de julho de 2016). «Morre no Rio cantora Lidoka das Frenéticas». Estadão. Consultado em 23 de julho de 2016
- ↑ «Corpo de Lidoka será cremado às 15h deste domingo em cemitério do Rio». Ego. 23 de julho de 2016. Consultado em 23 de julho de 2016
- ↑ «As Frenéticas - Frenéticas». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «Leia trechos do livro sobre o grupo As Frenéticas». UOL. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Frenéticas - Caia na Gandaia». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Frenéticas - Cantoras do Brasil». Cantoras do Brasil. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Frenéticas - Soltas na Vida». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Frenéticas - Babando Lamartine». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Frenéticas - Diabo 4». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «O Melhor de Frenéticas». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Mais Gostosas das Frenéticas». UOL. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «As Frenéticas - Sempre Frenéticas». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «PRA SALVAR A TERRA». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- ↑ «40 Anos de Dancin' Days». iTunes. Consultado em 23 de fevereiro de 2018
- Noites Tropicais. Nelson Motta. 2000. Ed. Objetiva.
- Frenéticas no Cliquemusic - UOL
- Edyr Duqui na Rádio UOL
- Dhu Moraes na Isto É Gente
- Sítio de Leiloca na Internet
- Barcinski, André (2014). Pavões Misteriosos — 1974-1983: A explosão da música pop no Brasil. São Paulo: Editora Três Estrelas. ISBN 978-85-653-3929-2