Século X a.C.

século

Milénios: Segundo milénio a.C. | Primeiro milénio a.C. | Primeiro milénio d.C.

Séculos: Século XI a.C. | Século X a.C. | Século IX a.C.

Este período seguiu o colapso da Idade do Bronze Tardia no Oriente Próximo; e o século viu a Idade do Ferro se estabelecer ali. A Idade das Trevas Grega, iniciada em 1200 a.C., continuou. O Império Neoassírio foi estabelecido no final do século X a.C.. Na Idade do Ferro na Índia, o período Védico está em curso. Na China, a dinastia Chou está no poder. A Europa da Idade do Bronze continuou com a Cultura dos Campos de Urnas. O Japão era habitado por uma sociedade de caçadores-coletores em evolução durante o período Jōmon.

Eventos editar

África editar

Oriente Médio editar

Subcontinente Indiano editar

  • 1000 a.C.-600 a.C.: Período védico tardio na Índia, ligado à descoberta arqueológica de cerâmica cinza pintada na região do Ganges, particularmente em Haryana (900-500 a.C). A introdução de ferramentas de ferro possibilitou intensificar o desmatamento da região do Ganges. O cultivo de arroz está se desenvolvendo[5]. Por volta de 1000 a.C., os arianos entram em Gujarat. Os sacerdotes dominam a sociedade. Foi nessa época que foram escritos os últimos trechos dos textos sagrados do hinduísmo, os Vedas, que atestam o sistema de castas[6]. Literatura védica de Sutras (de acordo com a tradição). Possível era da escrita do Mahābhārata[7]. O rei Rishabhanatha fundou a religião Jaina (data tradicional)[8]. O homem se aperfeiçoa por suas ações durante a vida e, na morte, renasce em outro corpo - teoria do Karma, Ahimsa (não-violência), vegetarianismo e reencarnação.

Extremo Oriente editar

  • 1000 a.C.-43 d.C: Cultura Dong Son no norte do Vietnã. Metalurgia do bronze (tambores Dong Son), cultivo de arroz[10].

Estepes da Eurásia editar

  • 1000 a.C.-800 a.C.: Idade do Bronze Final nas estepes da Eurásia, conhecida como uma fase de transição da cultura Karassouk para a Idade do Ferro conhecida como o período Kamenniy Log (ou Kamennyi Log)[11]. Grupos de pastores são maioria. A economia totalmente nómada das estepes assenta na criação extensiva de cavalos, gado bovino e ovino, a que se acrescenta a agricultura e a caça.

Oceania editar

América editar

Europa editar

  • A cultura Lacial I, variante arqueológica da cultura protovillanovana, sucedeu à cultura apenínica da Idade do Bronze no Lácio, Itália[16]..
  • Povos originários da Ilíria ocupam o sudeste da Itália (Apúlia)[17]. Estão na origem de grandes aglomerados urbanos e produzem uma cerâmica original com tinta mate, resistindo à influência grega até aos séculos VIII-IV aC.
  • Primeiros vestígios de ocupação do sítios arqueológico de Veios[18]

Mundo Grego editar

  • Esparta é fundada no Peloponeso pelos dórios.
  • 1050 a.C.-900 a.C.: período protogeométrico em cerâmica na Grécia [19] Passagem para a Idade do Ferro. A metalurgia do ferro se espalhou para a região do Egeu e da Europa Central.
    • O edifício Toumba em Lefkandi (Eubeia), data da primeira metade do século. Este edifício de 50 metros de comprimento por 14 metros de largura, rodeado por uma fiada de postes de madeira formando uma varanda, é o aspecto mais antigo do sistema peripteral que mais tarde será associado à planta do templo grego (700 a.C.). Trata-se de uma residência principesca onde o príncipe teria sido sepultado após a sua morte, ou de um edifício funerário construído à imitação de uma residência principesca (o edifício parece ter funcionado apenas por um período de tempo muito curto).
    • Os jônios estão estabelecidos na Ásia Menor em dez cidades: Éfeso, Eritras, Clazômenas, Cólofon, Lebedos, Mileto, Miontes, Foceia, Priene e Teos, e nas ilhas de Samos e Quios, o que será no século VII aC. a Liga Jônia[20]
    • Aparição das primeiras oferendas no santuário de Olímpia. Às estatuetas de terracota seguiram-se as primeiras estatuetas de bronze e, finalmente, os tripés, pouco antes do final do século[21].
  • Por volta de 950 a.C. - em Lefkandi (Eubéia), novos contatos são criados no início da Protogeométrica recente com as regiões próximas (Ática, Tessália). Mudanças ocorrem nos costumes fúnebres. As criações locais, como o "copo skyphos com semicírculos pendurados", tornaram-se a principal evidência arqueológica da presença eubeia no Mediterrâneo por quase dois séculos. O ouro reaparece após uma longa ausência. Desenvolve-se a arte do metal (tripés de bronze, novo tipo de fíbula).
  • Por volta de 925 a.C.-600 a.C.: Templos fenícios em Kommos, na costa sul de Creta.

Personagens importantes editar

Décadas editar

990 a.C. | 980 a.C. | 970 a.C. | 960 a.C. | 950 a.C. | 940 a.C. | 930 a.C. | 920 a.C. | 910 a.C. | 900 a.C.

Anos editar

1000 a.C. 999 a.C. 998 a.C. 997 a.C. 996 a.C. 995 a.C. 994 a.C. 993 a.C. 992 a.C. 991 a.C.
990 a.C. 989 a.C. 988 a.C. 987 a.C. 986 a.C. 985 a.C. 984 a.C. 983 a.C. 982 a.C. 981 a.C.
980 a.C. 979 a.C. 978 a.C. 977 a.C. 976 a.C. 975 a.C. 974 a.C. 973 a.C. 972 a.C. 971 a.C.
970 a.C. 969 a.C. 968 a.C. 967 a.C. 966 a.C. 965 a.C. 964 a.C. 963 a.C. 962 a.C. 961 a.C.
960 a.C. 959 a.C. 958 a.C. 957 a.C. 956 a.C. 955 a.C. 954 a.C. 953 a.C. 952 a.C. 951 a.C.
950 a.C. 949 a.C. 948 a.C. 947 a.C. 946 a.C. 945 a.C. 944 a.C. 943 a.C. 942 a.C. 941 a.C.
940 a.C. 939 a.C. 938 a.C. 937 a.C. 936 a.C. 935 a.C. 934 a.C. 933 a.C. 932 a.C. 931 a.C.
930 a.C. 929 a.C. 928 a.C. 927 a.C. 926 a.C. 925 a.C. 924 a.C. 923 a.C. 922 a.C. 921 a.C.
920 a.C. 919 a.C. 918 a.C. 917 a.C. 916 a.C. 915 a.C. 914 a.C. 913 a.C. 912 a.C. 911 a.C.
910 a.C. 909 a.C. 908 a.C. 907 a.C. 906 a.C. 905 a.C. 904 a.C. 903 a.C. 902 a.C. 901 a.C.
  1. Albert Stanislas Gérard (1991). Littératures en langues africaines. [S.l.]: FeniXX. 64 páginas. ISBN 978-2-402-02843-1 
  2. Josette Elayi (2013). Histoire de la Phénicie. [S.l.: s.n.] 356 páginas. ISBN 978-2-262-04325-4 
  3. Mireille Hadas-Lebel (2013). L'Hébreu. [S.l.]: Éditions Albin Michel. 186 páginas. ISBN 978-2-226-29276-6 
  4. Georges Roux (2015). La Mésopotamie. Essai d'histoire politique, économique et culturelle. [S.l.]: Le Seuil. ISBN 978-2-02-129163-6 
  5. K. Krishna Reddy (2011). Indian History. [S.l.]: Tata McGraw-Hill Education. ISBN 978-1-259-06323-7 
  6. Pravin Kumar Jha. Indian Politics in Comparative Perspective. [S.l.]: Pearson Education India. 312 páginas. ISBN 978-81-317-9887-4 
  7. Wendy Doniger (2009). The Hindus. [S.l.]: Penguin. ISBN 978-1-101-02870-4  Parâmetro desconhecido |páginas totais= ignorado (ajuda)
  8. Natubhai Shah (2004). Jainism. 1. [S.l.]: Motilal Banarsidass Publishe. 330 páginas. ISBN 978-81-208-1938-2 
  9. Jean-Paul Demoule, Pierre-François Souyri (2014). Archéologie et patrimoine au Japon. [S.l.]: Les Éditions de la MSH. 146 páginas. ISBN 978-2-7351-1547-1 
  10. Dr. Brian Fagan; Nadia Durrani (2015). People of the Earth. [S.l.]: Routledge. 560 páginas. ISBN 978-1-317-34682-1 
  11. William Honeychurch (2014). Inner Asia and the Spatial Politics of Empire. Nova Iorque: Springer. ISBN 978-1-4939-1815-7 }
  12. Adrienne L. Kaeppler (2008). The Pacific Arts of Polynesia and Micronesia. Oxford: OUP Oxford. 210 páginas. ISBN 978-0-19-284238-1 
  13. Marija Gimbutas (1965). Bronze Age cultures in Central and Eastern Europe. [S.l.]: Walter de Gruyter. 681 páginas. ISBN 978-3-11-166814-7 
  14. Jane McIntosh (2009). Handbook to Life in Prehistoric Europe. [S.l.]: Oxford University Press. 404 páginas. ISBN 978-0-19-538476-5 
  15. Michel Heller (2015). Histoire de la Russie et de son empire. Col: Tempus. [S.l.]: Perrin. 1301 páginas. ISBN 978-2-262-06435-8 .
  16. Jacques Poucet (1985). Les origines de Rome. [S.l.]: Publications Fac St Louis. 360 páginas. ISBN 978-2-8028-0043-9 
  17. Juliette de la Genière (2016). Recherches sur l'Âge du fer en Italie méridionale. [S.l.]: Publications du Centre Jean Bérard. ISBN 978-2-918887-24-9 
  18. Helle Damgaard Andersen (1997). Urbanization in the Mediterranean in the 9th to 6th Centuries BC. [S.l.]: Museum Tusculanum Press. 467 páginas. ISBN 978-87-7289-412-6. Verifique |isbn= (ajuda) 
  19. Bryan Feuer (2004). Mycenaean Civilization. [S.l.]: McFarland. 387 páginas. ISBN 978-0-7864-2698-0 
  20. Michel Bruneau (2015). De l'Asie mineure à la Turquie. [S.l.]: CNRS Éditions. 416 páginas. ISBN 978-2-271-08877-2. Verifique |isbn= (ajuda) 
  21. Marcel Piérart (1992). Polydipsion Argos. [S.l.]: École Française d'Athènes. ISBN 978-2-86958-041-1