Como ler uma infocaixa de taxonomiaManta
Ocorrência: 23–0 Ma[1]

Mioceno até a atualidade

Manta alfredi em Dharavandhoo, Maldivas
Manta alfredi em Dharavandhoo, Maldivas
Manta birostris nas ilhas Raja Ampat, Indonésia
Manta birostris nas ilhas Raja Ampat, Indonésia
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Batoidea
Ordem: Myliobatiformes
Família: Myliobatidae
Subfamília: Mobulinae
Género: Manta
Bancroft, 1829
Distribuição geográfica
Abrangência das raias manta nos mares
Abrangência das raias manta nos mares

Manta é um gênero de raias de grande porte que abrange duas espécies. A maior, M. birostris, pode chegar a 7 m (23 ft 0 in) de largura, enquanto que a M. alfredi atinge cerca de 5,5 m (18 ft 1 in). Ambas possuem nadadeiras peitorais triangulares, lobos cefálicos frontais em forma de chifre e grandes cavidades bucais. Elas fazem parte da subclasse Elasmobranchii — que compreende as raias e tubarões — e da família Myliobatidae.

Raias manta habitam regiões oceânicas de clima temperado, subtropical e tropical. Ambas as espécies são pelágicas. Os animais M. birostris costumam migrar pelo oceano, individualmente ou em grupo, enquanto que os M. alfredi tendem a viver fixamente em zonas costeiras. Classificadas como espécies filtradoras, elas se alimentam de grandes quantidades de zooplâncton. Sua gestação dura mais de um ano e se dá por meio da ovoviviparidade. Raias manta costumam visitar estações de limpeza para a remoção de parasitas. Assim como as baleias, elas saltam à superfície, mas por razões desconhecidas.

As duas espécies estão na lista de vulnerabilidade da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Estão entre as ameaças antropogênicas a poluição, a captura com redes de pesca e a colheita direta de seu rastro branquial para o uso na medicina chinesa; a baixa taxa de reprodução de tais animais agrava essas ameaças. A vulnerabilidade é crítica sobretudo em zonas costeiras. Em águas internacionais, a Convenção de Bona os protege. Áreas com grande concentração de raias manta costumam ser exploradas pela indústria turística.

Taxonomia e etimologia editar

O termo "manta" é sinônimo de "manto" ou "cobertor" em português e espanhol, como também é o nome dado a um tipo de armadilha usada tradicionalmente para a captura de raias.[2] As raias manta são também conhecidas como "peixes-diabo" e "raias-diabo" pelo formato de chifre de suas nadadeiras cefálicas. São também chamadas de "morcegos-do-mar" pela aparência de suas barbatanas peitorais.[3] O gênero manta é membro da classe Chondrichthyes — que engloba os peixes com formação cartilagínea em vez de óssea[4] bem como da subclasse Elasmobranchii (tubarões e raias), da superordem Batoidea, da ordem Myliobatiformes,[5] da família Myliobatidae e da subfamília Mobulinae.[6]

As raias do gênero manta evoluíram a partir das raias de ferrão que viviam no fundo do mar, eventualmente desenvolvendo nadadeiras peitorais com formato próximo ao de asas.[7] Os animais da espécie M. birostris ainda apresentam vestígios de ferrão na forma de espinha caudal.[8] As cavidades bucais da maioria das raias está localizada na parte inferior da cabeça, enquanto que nas espécies do gênero manta está na frontal.[9] As espécies de raia desse gênero são as únicas filtradoras.[5]

A nomenclatura científica das raias manta tem uma história convoluta, durante a qual vários nomes foram adotados para classificar o gênero (Ceratoptera, Brachioptilon Daemomanta e Diabolicthys) e as duas espécies (como vampyrus, americana, johnii e hamiltoni); todos esses eventualmente passaram a fazer referência apenas à espécie M. birostris.[10][11][12] O nome genérico Manta foi usado em publicação pela primeira vez em 1829, por Edward Nathaniel Bancroft.[10] A criação do nome específico birostris é atribuída a Johann Julius Walbaum (1792) por alguns especialistas e a Johann August Donndorff (1798) por outros.[12] Já o nome alfredi foi usado pela primeira vez por Gerard Krefft, em homenagem a Alfredo de Saxe-Coburgo-Gota.[11][13]

 
Manta alfredi com superfície ventral à mostra.

Autoridades científicas defendem que as raias com morfismo de cor preta na região ventral seriam de uma espécie diferente das de peitoral branco, embora ainda não tenham chegado a um consenso. Essa hipótese perdeu força num estudo de 2001 sobre o DNA mitocondrial de animais com essas variações.[14] Outro, de 2009, analisou diferenças em morfologia, incluindo relativas à cor, variação merística, espinhal, de dentículos dérmicos (escamas semelhantes a dentes) e dentais em diferentes populações. Duas espécies distintas surgiram a partir desse estudo: uma de menores dimensões, M. alfredi, encontrada principalmente no Indo-Pacífico e no Atlântico tropical oriental, e uma maior, M. birostris, encontrada em regiões marítimas tropicais, subtropicais e temperadas.[8] A primeira é característica de zonas costeiras,[15] enquanto que a segunda é principalmente oceânica de comportamento migratório.[16]

Uma terceira e hipotética espécie, preliminarmente chamada de Manta sp. cf. birostris, atingiria pelo menos 6 m (20 pé) de largura e habitaria o Atlântico tropical ocidental e Caribe. Ela e a M. birostris existiriam em simpatria.[8] Um estudo de 2010 sobre raias manta no Japão confirmou a existência de diferenças morfológicas e genéticas entre a M. birostris e a M. alfredi.[17]

Registro fóssil editar

Embora pequenos dentes já tenham sido encontrados, poucos esqueletos fossilizados de raias manta chegaram a ser descobertos. Suas estruturas esqueletais cartilagíneas não se preservam bem com o tempo em decorrência da falta de calcificação, característica dos animais da superclasse Osteichthyes. São conhecidos apenas três estratos sedimentares abrigando fósseis de raias manta; um do Oligoceno, localizado na Carolina do Sul, Estados Unidos, e outro do Mioceno e Plioceno, na Carolina do Norte.[1] Restos de animais de uma espécie extinta foram encontrados na formação Chandler Bridge, na Carolina do Sul. Essa espécie foi originalmente denominada Manta fragilis e posteriormente reclassificada como Paramobula fragilis.[18]

Biologia editar

Aparência e anatomia editar

 
Registro anatômico da M. birostris.
James Alexander Henshall, 1908

Raias manta são conhecidas pelo seu grande porte, cabeças achatadas e largas, barbatanas peitorais e nadadeiras cefálicas em formato de chifre localizadas nos dois lados de sua cavidade bucal.[11] Seus corpos são achatados horizontalmente, com fendas branquais na região ventral, e seus olhos são distantes um do outro, cada um numa extremidade da cabeça, atrás das nadadeiras cefálicas.[11][19] Suas caudas não possuem suporte esqueletal e são menores que seus corpos, que apresentam forma semelhante a de um disco.[19] As nadadeiras dorsais são pequenas e localizam-se à base da cauda. As maiores raias manta podem atingir 1 350 kg (3 000 lb).[11] Em ambas as espécies, a largura é de aproximadamente 2.2 vezes o comprimento corporal; os espécimes M. birostris podem ter mais de 7 m (23 pé) em largura, enquanto que os M. alfredi alcançam cerca de 5,5 m (18 pé).[20] Dorsalmente, raias desse gênero apresentam tipicamente colocação branca ou preta, com marcas claras em seus "ombros". Ventralmente, possuem coloração branca ou clara com distintas marcas pretas, por meio das quais um espécime pode ser identificado.[8] Todas as formas e variações de coloração preta são conhecidas.[19] Sua pele é coberta por mucos, que protegem tais animais de infecções.[21]:2

Exemplar da espécie M. birostris com nadadeiras cefálicas achatadas.
Exemplar da espécie M.alfredi com nadadeiras cefálicas enroladas.

As duas espécies manta diferem em padrão cromático, denticulação dermal e dentição. A M. birostris apresenta marcas de ombro mais angulares, maiores pontos negros na região abdominal, contornos ventrais com cor de carvão nas nadadeiras peitorais e cavidades bucais negras. A M. alfredi, por sua vez, apresenta marcas de ombro mais arredondadas, pontos negros próximos à extremidade posterior e entre as fendas branquiais e sua cavidade bucal é branca ou de cor clara. Os dentículos dispõem de múltiplos cúspides e são sobrepostos na espécie M. birostris, enquanto que na M. alfredi são uniformemente espaçados e sem cúspides. Ambas apresentam pequenos dentes de formação quadrangular na mandíbula inferior, contudo, na M. birostris também há ocorrência de dentição semelhante na mandíbula superior. A M. birostris apresenta uma espinha caudal próxima à nadadeira dorsal.[8]

Raias manta deslocam-se pela água a partir de movimento semelhante ao bater de asas executado com as nadadeiras peitorais. Suas grandes cavidades bucais apresentam forma retangular e estão à frente no corpo do animal; na maioria das espécies de raia, as cavidades bucais localizam-se na parte inferior do corpo. Os espiráculos, também típicos das raias, estão presentes no gênero manta apenas de forma vestigial. Em ambas as espécies, os animais precisam nadar continuamente para manter a passagem de água oxigenada por suas brânquias.[21]:2–3 As nadadeiras cefálicas são usualmente espiraladas, mas se achatam durante o forrageamento. Os arco branquiais desses animais possuem pallets de tecido esponjoso rosa-marrom que coletam partículas de comida.[11] Raias manta Mantas rastreiam a presa usando os sentidos visual e olfatório.[22] Elas têm uma das maiores proporções cérebro-massa corporal entre os peixes.[23] Seu cérebro apresenta retia mirabilia, que pode servir para mantê-las aquecidas.[24] A M. alfredi pode mergulhar a profundidades de mais de 400 m,[25] enquanto que a espécie parente Mobula tarapacana, que possui estrutura similar, mergulha a quase 2 000 m;[26] o retia mirabilia provavelmente previne o cérebro da refrigeração durante esses mergulhos em águas mais frias.[27]

Ciclo de vida editar

 
Manta alfredi group in the Maldives

O acasalamento das raias manta ocorre em diferentes períodos do ano, em diferentes zonas da distribuição global. O cortejo é difícil de observar, dada a velocidade em que esse tipo de peixe nada, embora o acasalamento "siga em comboio", com vários animais a nadar próximos uns dos outros, numa espécie de fila, fenômeno esse que muitas vezes acontece em águas rasas. A sequência do acasalamento pode ser desencadeada pela Lua cheia e parece ser iniciada por um macho, que segue a nadar logo atrás de uma fêmea enquanto ela se desloca a cerca de 10 km (6,2 mi) por hora. O macho faz repetidas investidas na tentativa de agarrar uma nadadeira peitoral da fêmea com a boca, o que pode durar vinte ou trinta minutos. Ao conseguir abocanhar firmemente, ele vira-se de ponta-cabeça e pressiona sua superfície ventral contra a dela. O macho então insere um de seus clásperes na cloaca da fêmea, e assim permanecem entre sessenta e noventa segundos.[28] O clásper forma um tubo que canaliza o esperma da papila genital; uma espécie de sifão impulsiona o fluido seminal ao oviduto.[29] O macho continua preso à nadadeira peitoral da fêmea por mais alguns minutos enquanto ambos continuam a nadar, muitas vezes seguidos por até vinte outros machos. O par então se separa.[28] Por alguma razão ainda pouco clara, o macho quase sempre se agarra a partir da nadadeira peitoral esquerda da fêmea, que geralmente passa a guardar cicatrizes da mordida.[21]:8–9

Os ovos fertilizados se desenvolvem dentro do oviduto da fêmea. De início eles ficam encobertos por uma cápsula, enquanto o embrião a se desenvolver absorve a gema. Após o chocar do ovo, o recém-nascido permanece no oviduto e recebe nutrientes adicionais de secreções lácteas.[30] Sem o provimento de cordão umbilical ou placenta, a raia nascida depende de bombeamento bucal para obter oxigênio.[31] A ninhada e comumente de um ou dois espécimes. O período de gestação é estimado em doze ou treze meses. Desenvolvido completamente, o recém-nascido tem a aparência de uma raia adulta em miniatura. Nesse estágio, ele é expelido do oviduto, não recebendo qualquer cuidado parental posterior. Em populações selvagens, um intervalo de prenhez de dois anos é o normal, mas alguns espécimes conseguem emprenhar em anos consecutivos, apresentando um ciclo ovulatório anual.[30] O Aquário Okinawa Churaumi já obteve sucesso na reprodução da espécie M. alfredi, com uma fêmea dando a luz em três anos consecutivos. Numa dessas prenhezes, o período de gestação foi de 372 dias, dando vida a um recém-nascido com 192 cm (76 in) de largura e 70 kg (150 lb).[32] No sul da África, os machos da espécie M. birostris atingem a maturidade corporal com 4 m (13 pé), enquanto que as fêmeas podem alcançam um pouco mais que isso no mesmo estágio de desenvolvimento.[33]:57 Na Indonésia, os machos da M. birostris parecem maturar com 3,75 m (12 pé) e as fêmeas com cerca de 4 m (13 pé).[34] No sul da África, os machos da M. alfredi atingem a maturidade com largura de 3 m (10 pé) e as fêmeas com 3,9 m (13 pé).[33]:42 Nas Maldivas, machos da espécie M. alfredi maturam com largura de 2,5 m (8 ft 2 in) e fêmeas com 3 m (9,8 pé).[15] No Havaí, espécimes M. alfredi machos alcançam o estágio maturado com largura de 2,8 m (9 ft 2 in) e fêmeas com 3,4 m (11 pé).[35] Raias manta fêmeas parecem maturar com 8–10 anos.[15][16] Esses animais podem viver por cerca de cinquenta anos.[20]

Comportamento e ecologia editar

Manta alfredi foraging with mouth opened wide and cephalic fins spread
Manta alfredi at a coral reef cleaning station with fish picking off parasites

O comportamento de natação das raias manta varia de acordo com o habitat. Nos deslocamentos oceânicos de água profunda, elas nadam em ritmo constante e em linha reta; já em regiões costeiras, em águas aquecidas, costumam repousar e nadam ociosamente. Esses animais costumam realizar viagens migratórias em grupos de até cerca de cinquenta espécimes ou mesmo sozinhos. Podem também realizar ações conjuntas com outras espécies de peixe e com mamíferos marinhos.[19] Raias manta costumam ascender à superfície, saltando parcial ou totalmente para fora da água. Os espécimes de um grupo podem até mesmo realizar esses saltos aéreos alternadamente e em sequência.[11] Esse comportamento pode se dar de três formas: saltos em que a cabeça do peixe atinge primeiramente a água, saltos em que a calda atinge primeiramente a água e saltos mortais.[11] As razões para a realização desse tipo de ação ainda são cientificamente desconhecidas. Possibilidades já levantadas incluem associações com rituais de acasalamento, parto, comunicação e remoção de parasitas e comensais.[21]:15

Sendo espécies filtradoras, as raias manta consomem grandes quantidades de zooplâncton, camarão, krill e caranguejo planctônicos. Um espécime manta ingere o equivalente a cerca de 13% de sua massa corporal a cada semana. Em forrageamento, essas raias nadam lentamente em volta de sua presa, cercando-a e agrupando-a, e então avançam sobre o aglomerado orgânico com a grande cavidade bucal aberta.[19] Se o aglomerado for particularmente denso, as raias podem realizar cambalhotas em sua volta para potencializar o agrupamento.[21]:13 Enquanto se alimentam, esses animais achatam suas nadadeiras cefálicas para canalizar o alimento até suua boca, sendo as pequenas partículas coletadas pelo tecido entre os arcos branquiais.[11] Grupos de cerca de cinquenta espécimes podem se reunir ao mesmo tempo em torno de uma área rica em plâncton.[11] Raias manta são predadas por grandes tubarões e orcas. Elas também podem servir de alimento para tubarões-charutos[21]:17 e copépode.[21]:14

Raias manta costumam visitar estações de limpeza em recifes de coral pára a remoção de parasitas externos. Um espécime pode posicionar-se de forma quase estacionária proximamente à superfície de um coral por vários minutos enquanto os peixes limpadores consomem os organismos apensos. Essas visitas ocorrem mais frequentemente quando amaré está alta.[36] No Havaí, bodiões agem como "peixes limpadores"; algumas espécies alimentam-se principalmente na região em volta da boca e das fendas branquais da raia enquanto outras agem no resto do corpo.[21] Em Moçambique, castanhetas-das-rochas limpam a boca enquanto peixes-borboleta atuam em ferimentos de mordida.[33]:160 Os animais da espécie M. alfredi visitam estações de limpeza com mais frequência.[33]:233 Espécimes manta costumam também revisitar a mesma estação de limpeza ou área de alimentação repetidamente[37] e parecem guardar mapas cognitivos do ambiente.[22]

Distribuição e habitat editar

Raias manta podem ser encontradas mais comumente em zonas tropicais e subtropicais de todos os maiores oceanos da Terra, e também em áreas marítimas temperadas. O mais distante da linha do equador em que há registro do aparecimento desses animais são as regiões da Carolina do Norte, nos Estados Unidos (31ºN), e da ilha Norte, na Nova Zelândia (36ºS). Raias manta preferem águas com temperatura acima de 68 °F (20 °C),[19] sendo a espécie M. alfredi mais facilmente encontrada em áreas tropicais.[8] Ambas as espécies são pelágicas. A M. birostris live principalmente em alto mar, deslocando-se com as correntes e migrando para áreas onde a ressurgência de águas ricas em nutrientes aumenta a concentração da sua presa.[38]

Peixes manta equipados com transmissores de rádio já registraram deslocamentos de 1 000 km (620 mi) do ponto onde foram capturados e descidas a profundezas de pelo menos 1 000 m (3 300 pé).[39] A espécie M. alfredi é mais fixa e característica de regiões costeiras. Migrações sazonais ocorrem, mas são menores que as da M. birostris.[15] Tais animais são comuns em regiões de costa nos períodos da primavera ao outono, deslocando-se para longe da zona costeira durante o inverno. Eles permanecem próximos à superfície e em águas rasas durante o dia, indo a águas profundas durante a noite.[19]

Problemas de conservação editar

Ameaças editar

 
Frontal picture of M. birostris while filter feeding

A maior ameaça às raias manta é a sobrepesca. A espécie M. birostris não se distribui uniformemente pelos oceaos, concentrando-se em áreas que proveem o alimento necessário, enquanto que a M. alfredi é ainda mais geograficamente específica. Suas distribuições são, assim, fragmentadas, com pouca ocorrência sigficativa de mescla de subpopulações. Considerando a alta esperança de vida e a baixa taxa reprodutiva de tais animais, a sobrepesca pode reduzir drasticamente o número de espécimes de populações locais, não havendo grande probabilidade de reposição populacional por espécimes de outros sítios.[16]

Raias manta são alvo da pesca comercial e artesanal, vistas tanto como produto quanto alimento. Esses animais são tipicamente capturados com o auxílio de redes de arrasto e arpões.[16] Essa captura foi bastante comum na Califórnia e na Austrália, por exemplo, para a extração do óleo de fígado e da pele, esta segunda usada como abrasivo.[11] A carne é comestível, sendo consumida em alguns países, mas é considerada pouco atrativa ao paladar em comparação com outras carnes de peixe.[40] Há demanda por seus rastros branquiais — as estruturas cartilagíneas que protegem as guelras — para práticas de medicina tradicional chinesa.[41] Para suprir essa demanda na Ásia, desenvolveu-se uma indústria pesqueira específica desse produto em países como Filipinas, Indonésia, Moçambique, Madagáscar, Índia, Paquistão, Sri Lanca, Brasil e Tanzânia.[40] Todos os anos, milhares de raias manta, sobretudo da espécie M. birostris, são capturadas e sacrificadas apenas para a extração do rastro branquial. Um estudo sobre a pesca no Sri Lanca e na Índia estimou em mais de mil o número de espécimes vendidos nos mercados pesqueiros a cada ano.[42] Para efeito de comparação, populações de M. birostris na maioria dos principais sítios de agregação conhecidos pelo mundo são constituídas por bem menos que mil espécimes.[43] Indústrias pesqueiras especializadas no golfo da Califórnia, na costa oeste do México, Índia, Sri Lanca, Indonésia e Filipinas já reduziram drasticamente as populações locais.[16]

Raias manta são afetadas por outras ameaças antropogênicas. Por terem de nadar em constância para que haja fluxo de água rica em oxigênio por suas guelras, esses animais são bastante suscetíveis a sufocamento quando capturados. Essas espécies de raia não conseguem nadar para trás e, dada a saliência de suas nadadeiras cefálicas, tendem a ficarem presas em linhas de pesca, redes, e até mesmo em cabos de amarração. Quando enlaçadas ou emaranhadas nesses equopamentos, raias manta frequentemente tentam se libertar fazendo movimentos semelhantes a saltos cambalhota, enredando-se ainda mais. Linhas de arrasto soltas podem envolver o corpo desses animais e cortar até a carne, ocasionando lesões profundas. Similarmente, essas raias podem ser capturadas de forma acidental em pescarias de peixes menores.[44] Algumas raias manta se lesionam ao colidirem com barcos, especialmente em áreas de grande afluxo animal. Outros fenômenos e fatores que podem afetar as populações de raias do gênero manta são as mudanças climáticas, atividades turísticas, poluição de maré negra e ingestão de microplásticos.[16]

Status editar

 
Manta birostris em Hin Daeng, em região próxima às ilhas Phi Phi, na Tailândia.

Em 2011, ambas as espécies de raia manta passaram a ser protegidas em águas internacionais pela Convenção de Bona, um tratado mundial dedicado à conservação da fauna migratória e de habitats em escala global. Embora várias países já garantissem a proteção das raias individualmente, o constante movimento por regiões oceânicas diversas em diferentes áreas nacionais põe tais animais em considção de constante risco, tendo como uma das principais ameaças a sobrepesca.[45] Também em 2011, a IUCN inseriu a M. birostris na lista de espécies vulneráveis, classificada como "em alto risco de extinção".[46]

No mesmo ano, a espécie M. alfredi passou a também figurar na lista por apresentar populações locais de menos de mil espécimes e pouco ou nenhuma permuta entre subpopulações.[15] Uma notória instituição dedicada à pesquisa e conservação das raias manta é a Manta Trust, do Reino Unido. O órgão guarda um vasto banco de dados e recursos sobre tais animais.[47]

Para além das iniciativas internacionais, algumas nações passaram a planejar suas próprias ações de conservação. A Nova Zelândia, por exemplo, baniu a caça às raias manta com a introdução do Wildlife Act, em 1953. Em 1995, as Maldivas baniram a exportação de todas as espécies de raia e das partes de corpos desses animais, efetivamente dando fim à pesca de raias. O governo reforçou essa política em 2009, com a criação de duas áreas marinhas protegidas. Nas Filipinas, a caça Às raias manta foi banida em 1998, mas o decreto foi revogado no ano seguinte sob pressão da comunidade pesqueira local. |onas populacionais desses peixes foram inspecionadas em 2002, levando à reintrodução da sanção proibitiva. A posse e a matança de de raias manta no México foram proibidas em 2007. Esse banimento pode não ser aplicado de forma estrita, mas leis a partir dele as leis passaram a ser mais rigidamente aplicadas em lugares como a ilha Holbox, na península de Iucatã, onde tais animais são usados como atrações turísticas. Em 2009, o Havaí se tornou o primeiro dos Estados Unidos a instituir um banimento à captura e à matança de raias manta. Antes da lei, não havia pescaria significante desse tipo de animal no estado, mas a sanção se fez efetiva sobretudo na proteção dos peixes que cruzam a região das ilhas em seus trajetos de migração. Em 2010, o Equador sancionou uma lei de proibição à pesca de manta e de outros tipos de raia, à retenção por captura acessória e à venda.[16]

Na cultura editar

Escultura de uma raia manta em cerâmica feita por moches, 200 d.C.
Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera Lima, Peru
Espécime de Manta alfredi no Aquário Okinawa Churaumi.
Mergulhador e espécime de Manta alfredi.
Raia manta no Havaí.

A antiga civilização Moche adorava o mar e seus animais. A arte desse povo retratava constantemente as raias manta.[48] Historicamente, esses animais foram temidos pelo seu tamanho e imponência. Marinheiros acreditavam que as raias manta comiam outros peixes e podiam afundar embarcações puxando as âncoras. Essa crença foi desmitificada por volta de 1978, quando mergulhadores no golfo da Califórnia descobriram a natureza plácida desses animais e que raias manta costumavam interagir bem com outros animais. Vários mergulhadores famosos já foram fotografados com raias manta, entre eles o autor de Jaws, Peter Benchley.[49]

Aquários editar

A criação de raias manta em cativeiro é rara em decorrência do tamanho que tais animais podem atingir. Poucos aquários pelo mundo dispõem do espaço e dos recursos necessários a esse tipo de atividade. Um espécime famoso e criado em cativeiro é "Nandi", raia capturada acidentalmente em teias de tubarão em Durban, África do Sul, em 2007. Após um período de reabilitação e desenvolvimento em aquário no parque temático uShaka Marine World, Nandi foi transferida para o Aquário da Geórgia no ano seguinte. O animal vive no tanque de exibição "Ocean Voyager", de 23,848-m3 (6,300,000-US gal).[50] Uma segunda raia manta foi adotada pelo aquário em 2009,[51] e ma terceira em 2010.[52]

O Atlantis resort na Paradise Island, nas Bahamas, abrigou uma raia manta de nome "Zeus", que foi usada como objeto de pesquisa durante três anos até ser liberta em natureza em 2008.[53] O Aquário Okinawa Churaumi guarda um espécime no tanque "Kuroshio Sea", um dos maiores tanques de aquário do mundo. O primeiro nascimento de raia manta em cativeiro ocorreu em 2007 nesse aquário. Embora essa recém-nascida não tenha sobrevivido, a instituição assistiu a outros três nascimentos em 2008, 2009 e 2010.[54]

Turismo editar

Locais com constantes aparições de raias manta costumam atrair turistas. A exploração econômica da atividade de observação desses animais gera consideráveis lucros a pequenas comunidades.[21]:19 Há pontos turísticos desse tipo nas Baamas, Ilhas Caimão, Espanha, Ilhas Fiji, Tailândia, Indonésia, Havaí, Austrália Ocidental[55] e Maldivas.[56] As espécies manta são populares sobreduto em decorrência de seu grande tamanho e natureza pacífica no convívio com outros animais, até mesmo com humanos. São atividades comuns de mergulhadores a observação de rotinas como a visita das raias a estações de limpeza e, à noite, sua alimentação.[57]

O ecoturismo beneficia pequenas comunidades e visitantes ao contribuir para a conscientização acerca da gestão de recursos naturais e para a educação em biologia.[55] Iniciativas ecoturísticas podem também ser úteis para a arrecadação de fundos de pesquisa conservação animal.[56] Interações não supervisionadas entre turistas e raias manta podem afetar negativamente o comportamento e a saúde dos peixes, como também podem corromper ou desregular relações ecológicas, desencadeando, por exemplo, a transmissão de doenças.[55] Um caso típico é o de Bora Bora, onde a grande concentração de turistas, nadadores, velejadores e outros usuários de veículos aquáticos pessoais causou a debandada da população local de raias manta.[21]:19

Em 2014, a Indonésia instituiu uma proibição de pesca e exportação de raias manta, quando as autoridades perceberam que o ecoturismo é economicamente mais vantajoso que a permissão para caça e comercialização de tais animais. Um espécime manta morto tem preço entre quarenta e quinhentos dólares, enquanto que a exploração turística pode arrecadar até um milhão de dólares por espécime durante toda a sua vida. Com um território marítimo de de 2.2 milhões de milhas quadradas, a Indonésia guarda o maior santuário natural de raias manta do mundo.[58]

Referências

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