Domingos José Nogueira Jaguaribe

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Domingos José Nogueira Jaguaribe, Visconde de Jaguaribe, (Aracati, 14 de setembro de 18205 de junho de 1890) foi um magistrado, jornalista e político brasileiro.

Domingos José Nogueira Jaguaribe
Domingos José Nogueira Jaguaribe
Nascimento 14 de setembro de 1820
Aracati
Morte 5 de junho de 1890
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação magistrado, político
Título visconde

Biografia editar

Era filho do capitão João Nogueira dos Santos e de Joana Maria da Conceição. Em 1841, na Faculdade de Direito de Olinda e, já no seu segundo ano, tomava assento como suplente na Assembleia Provincial do Ceará. Bacharelou-se em 1845[1], sendo nomeado promotor público de Sobral e depois de Fortaleza.

Foi eleito deputado provincial para a legislatura de 1850-1851 e, na primeira sessão, tornou-se presidente da Assembleia, redigindo ao mesmo tempo o jornal Pedro II, órgão do Partido Conservador, do qual era filiado. Em 1853 foi eleito deputado geral, e logo na primeira sessão da Câmara, foi nomeado segundo secretário. Nessa legislatura, distinguiu-se na tribuna, proferindo um discurso sobre educação, que mereceu do Visconde de Castilho muitos elogios em carta que foi publicada no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, e transcrita no Pedro II. Foi eleito ainda na seguinte legislatura de 1857 a 1860 pelo quarto distrito, com sede em Baturité, e também na de 1861 a 1864 pelo segundo distrito, com sede em Sobral. Na legislatura de 1864 a 1866 conseguiu no segundo ano ser eleito pelo primeiro distrito em substituição a Frederico Augusto Pamplona, que tinha falecido.

Em 1864, foi designado como Procurador da Comissão responsável pela construção da Igreja Matriz e do cemitério da Diocese de Limoeiro do Norte[2].

Subindo os conservadores ao poder, em 1867 estava fora do país, em comissão no Paraguai, foi eleito deputado geral pelo primeiro distrito da sua província, sendo seu nome incluído em lista sêxtupla senatorial, e escolhido senador do Império no ano seguinte. Fez parte do ministério de 7 de março de 1871, presidido pelo Visconde do Rio Branco, com a pasta da guerra, sendo agraciado, após a libertação dos escravos no Brasil, com o título de Visconde de Jaguaribe com grandeza.

Na magistratura, foi juiz de direito das comarcas de Inhamuns, do Crato e de Sobral, em que se aposentou para desincompatibilizar-se para a eleição de deputados gerais; mas, em 1872 foi reintegrado na magistratura, sendo nomeado juiz dos feitos da Corte, cargo que exerceu até a proclamação da República, quando foi nomeado desembargador da Relação de Recife, da qual foi removido para a do Rio de Janeiro pouco depois.

Em Fortaleza, fundara o jornal A Constituição, órgão do Partido Conservador, e ocupara o cargo de professor de retórica do Liceu, em que se aposentou, em 1874. Foi também diretor do Liceu e inspetor geral da instrução pública.

Jaguaribe faleceu repentinamente, aos 69 anos, de volta ao Rio de Janeiro após uma visita ao Ceará. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier.

Casou-se, a 30 de julho de 1842, em Fortaleza, com Clodes Alexandrina Santiago de Alencar (? - Minas Gerais, Juiz de Fora, 6 de novembro de 1912), filha de Leonel Pereira de Alencar e de Maria Xavier da Silva Pereira de Carvalho. Pelo lado paterno, era sobrinha de Bárbara de Alencar e uma irmã sua, Ana Josefina de Alencar, envolveu-se com o primo José Martiniano de Alencar. Eles foram os pais do escritor José de Alencar.

O casal gerou onze filhos:

Referências

  1. «Lista de bacharéis da Faculdade de Direito de Olinda e Recife». UFPE. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  2. «Governo da Província». Gazeta Official: A Gazeta Official do Ceara (CE) (130): 1. 1864 
  3. NAVA, Pedro - Baú de Ossos.
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Precedido por
Raimundo Ferreira de Araújo Lima
Ministro da Guerra do Brasil
1871
Sucedido por
Visconde do Rio Branco