Abílio Fernandes (botânico)

botânico português

Abílio Fernandes (Guarda, 19 de outubro de 1906Coimbra, 16 de outubro de 1994) foi um botânico e taxonomista português, conhecido pelas suas obras sobre as Amarilidáceas, tendo elaborado a flora de Portugal, Macaronésia e da África tropical.[1][2]

Abílio Fernandes
Nascimento 19 de outubro de 1906
Guarda, Portugal
Morte 16 de outubro de 1994 (87 anos)
Coimbra, Portugal
Nacionalidade português
Progenitores Mãe: Maria Augusta Fernandes
Pai: José Fernandes
Cônjuge Rosette Batarda Fernandes (c. ?)
Filho(a)(s) Eduardo Batarda
José António Batarda Fernandes
Alma mater Universidade de Coimbra
Ocupação Botânico e taxonomista

Biografia

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Filho de José Fernandes e de Maria Augusta Fernandes, Abílio Fernandes estudou ciências histórico-naturais na Universidade de Coimbra, sob a orientação de Aurélio Quintanilha entre 1923 e 1927, onde foi convidado para trabalhar como professor assistente. Em 1931, obteve o seu doutoramento em ciências biológicas.[1][3] Especializou-se inicialmente nas formas e números de cromossomas em diferentes espécies, tendo posteriormente se especializado no campo da citosistemática, onde fundou e tornou-se diretor do programa de investigação sobre citotaxonomia na Universidade de Coimbra. Exerceu as funções de diretor do Museu, Laboratório e Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.[4] Aurélio Quintanilha escreveu que as primeiras obras de Abílio Fernandes, incluindo a sua dissertação Estudos nos cromossomas das Liliáceas e Amarilidáceas, que foi publicada em Portugal no ano de 1930,[5] na época em que os cromossomas eram considerados “portadores de caracteres hereditários”, representavam “o início de um novo ramo da ciência entre nós, os citogeneticistas”.[6][7] A 10 de junho de 1992, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública.[8]

Abílio Fernandes era casado com a botânica Rosette Mercedes Saraiva Batarda Fernandes (1 de outubro de 1916 — 28 de maio de 2005), e teve dois filhos, Eduardo Manuel Batarda Fernandes (1943) e José António Batarda Fernandes (1946). As suas obras foram publicadas na Flora Zambesiaca, tendo feito a revisão taxonómica das famílias Avicenniaceae, Verbenaceae e Lamiaceae.[9]

Referências

  1. a b «Abílio Fernandes: Uma vida dedicada à botânica» (PDF). Diário de Coimbra (7). 16 de agosto de 2013 
  2. Brummitt, Richard Kenneth; Powell, C. E. (1992). Authors of Plant Names (em inglês). Londres: Reais Jardins Botânicos de Kew. ISBN 1-84246-085-4 
  3. «FERNANDES, Abílio (1906-?)». Universidade de Coimbra. Consultado em 10 de junho de 2017 
  4. «Abílio Fernandes». Herbário da Universidade de Coimbra (em inglês). Universidade de Coimbra. Consultado em 11 de junho de 2017 
  5. Fernandes, Abílio (1931). Estudos nos cromossomas das liliáceas e das amarilidáceas. Imprensa da Universidade (Dissertação). Universidade de Coimbra. Resumo divulgativoUniversidade de Aveiro 
  6. Gago, Maria do Mar (2009). The emergence of genetics in Portugal: J. A. Serra at the crossroads of politics and biological communities (1936-1952). Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (PDF) (Dissertação). Universidade de Lisboa. Resumo divulgativo (PDF)Repositório da Universidade de Lisboa 
  7. «The Critique of Science». Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia. Journal of History of Science and Technology (em inglês). 9. 2014 
  8. «Cidadãos nacionais agraciados com ordens portuguesas». Ordens Honoríficas Portuguesas. Resultado da busca de "Abílio Fernandes". Presidente da República Portuguesa. Consultado em 11 de junho de 2017 
  9. Coutinho, A. Pereira. «Rosette Batarda Fernandes». Herbário da Universidade de Coimbra. Universidade de Coimbra. Consultado em 10 de junho de 2017 
 
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