Aeroporto de Marabá

O Aeroporto João Corrêa da Rocha (IATA: MABICAO: SBMA) é um aeroporto que serve a cidade de Marabá no Brasil. Embora opere somente voos domésticos, é um dos aeroportos mais movimentados da região Norte do Brasil, e também um dos que mais crescem em número de passageiros.

Aeroporto de Marabá
Aeroporto de Marabá
Aeroporto de Marabá
IATA: MAB - ICAO: SBMA
Características
Tipo Público
Administração Aena Internacional
Serve Região de Marabá
Localização Brasil Marabá, PA
Inauguração 17 de novembro de 1935 (89 anos)
Coordenadas 5° 22′ 04″ S, 49° 08′ 18″ O
Altitude 109 m (358 ft)
Movimento de 2015
Passageiros 188 723 passageiros
Carga 639 417 Kg
Aéreo 3 332 decolagens
Website oficial Página oficial
Mapa
SBMA está localizado em: Brasil
SBMA
Localização do aeroporto no Brasil
Pistas
Cabeceira(s)
Comprimento
Superfície
07 / 25
2 000  m (6 562 ft)
Notas
Dados do DECEA[1] e da ANAC[2]
Vista interna do Aeroporto João Corrêa da Rocha

Está situado às margens da Rodovia Transamazônica no 3,5 km — sentido ponte sobre o rio Itacaiúnas à Itupiranga — no bairro Quindangues, no núcleo urbano da Cidade Nova.[3]

Em 2010, em homenagem ao jornalista João Corrêa da Rocha, fundador do periódico Notícias de Marabá, o aeroporto de Marabá recebeu o seu nome.[4]

História

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A história do aeroporto em Marabá remonta á década de 1930, quando o brigadeiro Lysias Augusto Rodrigues e o engenheiro Américo Barbosa de Oliveira, capitanearam a abertura e construção de uma pista de pousos e decolagens na futura área da Nova Marabá.[5] A inauguração é marcada pela chegada do primeiro avião, um monomotor Waco CSO C-27, do Correio Aéreo Nacional, pilotado pelo brigadeiro Rodrigues, em 17 de novembro de 1935.

Em 1940 e em 1946 a pista é ampliada e passa a ser gerida pela Força Aérea Brasileira (FAB), servindo de base aérea auxiliar durante a Segunda Guerra Mundial. O asfalto viria somente em 1966/1967.[4]

Com a iminência do aproveitamento da área da Nova Marabá para construção da futura cidade de Marabá, a pista de pousos foi transferida em 1973, pela FAB e pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), para a Cidade Nova, aos fundos do tradicional bairro do Amapá.[4]

Até 1978, o Aeroporto João Correa da Rocha contava com uma pista de pouso e decolagem precária, sendo o seu movimento realizado pela aeronaves Douglas DC-3 e táxis aéreos.[6]

A ligação com o centro da cidade era deficiente, face sua localização ser além do Rio Itacaiúnas, que separa o aeroporto do centro histórico da cidade. Àquela época não existia a ponte rodoviária sobre esse rio e o tráfego de pessoas e veículos dava-se por barcas e balsas, o que dificultava sobremaneira a sua utilização e desenvolvimento.[6]

O contrato de doação da Prefeitura de Marabá para a União Federal foi definido em 14 de setembro de 1977 (Processo protocolado no Ministério da Fazenda sob o nº MF 0768-81.479/69).[6] A nova estrutura aeroportuária foi construída pelo Ministério da Aeronáutica, através da Comissão de Aeroportos da Amazônia (COMARA). Foi inaugurado em 20 de maio de 1978.[6]

Em 3 de novembro de 1980 a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) assume o aeroporto, montando na mesma década uma das mais valiosas pontes aéreas brasileiras naquele período, ligando Marabá à zona do garimpo de ouro da Serra Pelada, com voos regulares.

Acidentes

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 Ver artigo principal: Voo Varig 254

O incidente do Voo Varig 254 em 3 de setembro de 1989, que ia de Marabá para Belém, foi o mais trágico acidente aéreo que já ocorreu em um avião que decolou do aeroporto João Correa da Rocha. Um Boeing 737-200 prefixo PP-VMK da companhia aérea brasileira Varig - voo Varig RG-254 - após cometer um erro de navegação ao decolar de Marabá, o comandante voou durante mais de três horas sem saber onde estava.[7] Ao acabar o combustível, o piloto teve que realizar um pouso forçado, em plena floresta amazônica, próximo a São José do Xingu, no Mato Grosso. Na aterrissagem, o impacto do avião contra as árvores causou a morte de 12 ocupantes e ferimentos em outros 42.[8]

Complexo aeroportuário

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Pista do aeroporto.
Sítio aeroportuário
  • Área: 3.350.767,05 m²[9]
Pátio das aeronaves
  • Área: 19.217 m²[9]
Pista
  • Dimensões(m): 2000 x 45[9]
  • Piso: A
  • Sinalização: S
Terminal de passageiros
  • Área: 603 m²[9]
Estacionamento
  • Capacidade: 60 vagas[9]
Estacionamento de aeronaves
  • Número de posições: 15[9]

Destinos

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Voos partindo de Marabá
Município Aeroporto Cód IATA Região Rota de voo Empresa (nome)
Belém Aeroporto Internacional de Belém BEL Norte Direto Azul Linhas Aéreas
Brasília Aeroporto Internacional de Brasília BSB Centro-Oeste Direto LATAM Brasil e Gol Linhas Aéreas
Belo Horizonte Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins CNF Sudeste Direto Azul Linhas Aéreas

A partir do Correa da Rocha também saem voos irregulares para os aeroportos regionais de Conceição do Araguaia, Ourilândia do Norte, Redenção, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Tucuruí.

Dado as extremas distâncias do município de Marabá, existem ainda dois outros aeródromos municipais, o Aeródromo das Pedras, a 135 km do centro de Marabá, que atende o extremo sudoeste do município (vila Garimpo das Pedras), e; o Aeródromo da Serra da Buritirama, a cerca de 120 km do centro de Marabá, atendendo ao noroeste do município (região do Rio Preto e vila União). Ambos têm o aeroporto Correa da Rocha como seus destinos principais.

Ver também

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Referências

  1. «ROTAER» (PDF). Serviço de Informação Aeronáutica. 21 de julho de 2016. Consultado em 20 de janeiro de 2024. Arquivado do original (PDF) em 5 de abril de 2019 
  2. «Consulta62015». Agência Nacional de Aviação Civil. 15 de setembro de 2019. Consultado em 20 de janeiro de 2024. Arquivado do original (XLSB) em 15 de setembro de 2019 
  3. «CARACTERÍSTICAS». Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Governo Federal do Brasil. Consultado em 9 de maio de 2018. Arquivado do original em 6 de julho de 2022 
  4. a b c «Aeroporto de Marabá - João Correa da Rocha (MAB)». Aena Brasil 
  5. Almeida, José (2009). «A CIDADE DE MARABÁ SOB O IMPACTO DOS PROJETOS GOVERNAMENTAIS (1970-2000)». Escrito em Dourados: Universidade Federal da Grande Dourados. Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas da UFGD. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  6. a b c d «Histórico». Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Governo Federal do Brasil. Consultado em 7 de agosto de 2011. Arquivado do original em 10 de junho de 2012 
  7. «Livro conta a história de três acidentes aéreos que comoveram o Brasil». Universo Online. Grupo Folha. 17 de outubro de 2009. Consultado em 7 de agosto de 2011 
  8. «Os piores acidentes aéreos na história da aviação brasileira». Internet Group. 16 de julho de 2010. Consultado em 7 de agosto de 2011 
  9. a b c d e f «Complexo aeroportuário». Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Governo Federal do Brasil. Consultado em 7 de agosto de 2011. Arquivado do original em 10 de junho de 2012 

Ligações externas

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