Balsas
Balsas é um município brasileiro do Sul do estado do Maranhão. Encabeça a região adminstrativa dos Gerais de Balsas. Faz parte da divisa agrícola chamada de MATOPIBA, sendo o município com destaque pela agricultura mecanizada e automatizada. É o maior produtor de soja do Maranhão e um dos maiores produtores de grãos do MATOPIBA[carece de fontes] perdendo apenas para Formosa do Rio Preto (BA) e São Desidério (BA). A cidade é atravessada pela Rodovia Transamazônica, que liga as regiões Nordeste e Norte do país.
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Município do Brasil | |||
Rio das Balsas, principal ponto turístico da cidade. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Deus, amor e trabalho | ||
Gentílico | balsense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Balsas no Maranhão | |||
Localização de Balsas no Brasil | |||
Mapa de Balsas | |||
Coordenadas | 7° 31′ 58″ S, 46° 02′ 09″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Maranhão | ||
Municípios limítrofes | Riachão, São Raimundo das Mangabeiras, Fortaleza dos Nogueiras, Tasso Fragoso, Alto Parnaíba, Nova Colinas, Sambaíba, Carolina | ||
Distância até a capital | 810 km | ||
História | |||
Fundação | 22 de março de 1918 (106 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Erik Augusto Costa e Silva[2] (PDT, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 13 141,162 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[1]) | 101 616 hab. | ||
• Posição | MA: 10º | ||
Densidade | 7,7 hab./km² | ||
Clima | tropical (Aw) | ||
Altitude | 283 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,687 — médio | ||
• Posição | MA: 5º | ||
PIB (IBGE/2020[4]) | R$ 4 775 979,92 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2020[4]) | R$ 49 786,61 | ||
Sítio | www.balsas.ma.gov.br (Prefeitura) www.cmbalsas.ma.gov.br (Câmara) |
Com mais de 100 mil habitantes segundo o IBGE (2022), Balsas é a quinta maior cidade do estado em território urbanizado e o maior município do Maranhão em área total, com 13 141,637 km² de área. Encontra-se junto ao rio de mesmo nome o qual recebe bastantes turistas, principalmente no mês de Julho, é o único afluente da margem esquerda do rio Parnaíba, com cerca de 510 km.
É um centro regional, com influência sobre o sul do vizinho estado do Piauí. Já teve os nomes de Santo Antônio de Balsas e Vila Nova. É sede de uma comarca do Poder Judiciário do Maranhão, havendo Promotoria de Justiça, bem como a sede da subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Balsas/MA, além de polo agrícola, destaca-se pelo crescente desenvolvimento tecnológico e industrial, utilizando em suas lavouras o que há de mais avançado em tecnologia agrícola, automação e conceitos de indústria 4.0.
História
editarO povoamento da região foi marcado pela presença do Porto das Caraíbas, no rio das Balsas, considerado um ponto privilegiado para o melhor acesso às fazendas do município de Riachão. Com o crescente fluxo de viajantes, foram surgindo pequenos comércios e casas cobertas de palha.[5]
Ao saber da existência do novo núcleo populacional, o baiano Antônio Ferreira Jacobina, mercador de fumo nos sertões transferiu-se para a região. Ele se tornou líder do povoado que, posteriormente, foi elevado à categoria de vila e à de cidade.[5]
A elevação à categoria de vila ocorreu com a denominaçào de Santo Antônio de Balsas, através da lei estadual nº 15, de 7 de outubro de 1892, desmembrado de Riachão.[5]
Foi elevada à condição de cidade com a denominação de Santo Antônio de Balsas, conforme a lei estadual nº 775, de 22 de março de 1918. Com o decreto-lei nº 820, de 30 de dezembro de 1943, o município de Santo Antônio de Balsas passou a se chamar simplesmente de Balsas.[5]
Demografia
editarConforme dados do Censo 2010, aproximadamente 65% da população é católica e 35% é evangélica.[6]
Aproximadamente, 67% da população se denomina parda, 22% como branca e 8% como preta.[6]
Geografia
editarLocaliza-se em uma Latitude 07º 31' 57" Sul e uma Longitude 46º 02' 08" Oeste.[7]
A vegetação característica da região é o cerrado tropical, subcaducifólio. No entanto, nas áreas próximas aos rios, são encontradas as matas de galeria e vegetação do tipo campos higrófilos de várzea.[7]
O município de Balsas pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, que tem como principal afluente o rio das Balsas. Este rio tem suas cabeceiras na Chapada das Mangabeiras, a uma altitude média de 600 m, percorrendo uma extensão total de 525 km, e desaguando no Rio Parnaíba a altura das cidades de Benedito Leite (MA) e Uruçuí (PI), como uma bacia hidrográfica total de 24.540 km². O rio tem como principais afluentes o rio Balsinhas, pela margem direita, e os rios Maravilhas e Neves, pela margem esquerda[7]
O clima de Balsas é característico do clima do Brasil Central. De acordo com a classificação de Koppen, é definido como Aw (tropical chuvoso). Com uma precipitação em torno de 1.200 mm ao ano, distribui-se de forma irregular entre os meses de outubro a abril, apresentando, em média, 5 meses de período seco. O período mais chuvoso ocorre entre dezembro a março. A temperatura apresenta pequena oscilação ao longo do ano, mantendo médias mensais numa faixa entre 34 °C e 38 °C. A umidade relativa estabelece média anual gira em torno de 68%.[8] Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde setembro de 1976 a menor temperatura registrada em Balsas foi de 10,2 °C em 18 de novembro de 1990 e a maior atingiu 41,3 °C em outubro de 2022, nos dias 14 e 21. O maior acumulado de precipitação em 24 horas alcançou 168,5 milímetros (mm) em 4 de dezembro de 1983, seguido por 144 mm em 21 de novembro de 2008.[9][10]
Dados climatológicos para Balsas | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 36,6 | 37 | 35,9 | 36,6 | 37 | 37,6 | 38 | 39,2 | 41,1 | 41,3 | 40 | 39 | 41,3 |
Temperatura máxima média (°C) | 31 | 31,2 | 31,2 | 31,6 | 32,4 | 32,9 | 33,3 | 34,8 | 35,4 | 33,9 | 32,2 | 31 | 32,6 |
Temperatura média compensada (°C) | 25,8 | 25,9 | 25,9 | 26,4 | 26,6 | 26,3 | 26,2 | 27,5 | 28,8 | 28,1 | 26,8 | 26 | 26,7 |
Temperatura mínima média (°C) | 21,9 | 22 | 22,2 | 22,5 | 21,8 | 20,4 | 19,4 | 20,2 | 22,2 | 22,8 | 22,3 | 22 | 21,6 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 18,6 | 18 | 15 | 16,6 | 16,8 | 15,3 | 13,2 | 13,1 | 12,6 | 17,9 | 12,1 | 16 | 12,1 |
Precipitação (mm) | 226,7 | 181,6 | 186,1 | 119,8 | 50,1 | 4,7 | 1 | 1,3 | 18,2 | 86,1 | 151,8 | 167,3 | 1 194,7 |
Umidade relativa compensada (%) | 80,5 | 80,4 | 80,3 | 77,3 | 70,9 | 61,3 | 53,7 | 48,5 | 49,3 | 61,1 | 73,2 | 77,1 | 67,8 |
Horas de sol | 148,9 | 137,4 | 154,9 | 184,9 | 238,8 | 268,5 | 289,1 | 294,4 | 254 | 191,5 | 149,6 | 132 | 2 444 |
Fonte: INMET (precipitação e umidade: normal climatológica de 1991-2020; médias de temperatura e horas de sol: normal de 1981-2010;[11] recordes de temperatura: 01/09/1976-presente)[9][10] |
Economia
editarAtualmente, a economia de Balsas é formada pela indústria de grãos e comércio, tendo como a principal atividade o cultivo de soja, sendo um dos maiores produtores da região Norte e Nordeste do país. Hoje a cidade considerada polo agrícola do Maranhão e dona do terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do estado, é conhecida como a capital da nova fronteira agrícola (MATOPIBA).
Desde 1992, quando começou a funcionar o Corredor de Exportação Norte, toda a produção agrícola do sul do Maranhão passou a escoar para o Porto do Itaqui e o da Ponta da Madeira, em São Luís, por um longo trecho de estrada de ferro operado pela Vale. O cultivo nessa área é realizado em fazendas altamente mecanizadas, com melhores índices de produtividade agrícola por hectare. Tem ainda como benefício a menor distância em relação ao mercado europeu.[12]
Posteriormente, a Ferrovia Norte-Sul integrou a cidade de Anapólis, em Goiás, atravessando o estado do Tocantins e se conectando à ferrovia Carajás, na cidade de Açailândia, ampliando a capacidade de exportação, pelos portos de São Luís, da produção agrícola do Centro-Oeste. Com a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) no porto de Itaqui, ampliou-se a capacidade de armazenamento e exportação de grãos como soja, milho e arroz, utilizando-se da infraestrutura da Ferrovia Carajás e da Ferrovia Norte Sul para escoamento da produção do sul do estado, bem como dos estados de Tocantins e Goiás. No ano de 2017, o porto movimentou em torno de 6 milhões de toneladas de soja.[12]
O sul do estado é um dos maiores polos de produção de grãos do país. A região a cada ano alcança novos recordes de produtividade. O principal produto agrícola é a soja, que chegou a 2 milhões de toneladas na última safra, em 2015.[12]
Tal produção coloca o Maranhão como o segundo maior produtor da região, atrás da Bahia. A região sul do Estado concentra a produção de soja, com destaque ao município de Balsas que em 2015 produziu 501.668 toneladas, com 181.764 de área plantada e 181.764 de área colhida, rendimento médio 2.760 kg/ha.
Além da soja, também são produzidos em larga escala na região sul: feijão, milho, algodão e arroz.[12]
Em Balsas encontram-se instaladas grandes empresas do agronegócio como a Bunge, Cargill, Algar Agro, Multigrain, SLC Agrícola, Insolo Agroindustrial, Agrex do Brasil, Risa S/A, entre outras que tem grande participação no desenvolvimento da cidade. Além do destaque na soja, Balsas também possuem um forte centro comercial varejista e atacadista da região sul maranhense, atendendo consumidores em um raio de 250 km.
Rede bancária
editarInfraestrutura
editarSaúde
editar- UBS - Unidade Básica de saúde
- UPA - Unidade de Pronto Atendimento
Hospitais:
- Público: HRB - Hospital Regional de Balsas (atende pelo menos 14 municípios na região): estadual, hospital de referência em atendimentos de média e alta complexidade, gestação de alto risco e risco habitual, pediatria e cirurgia geral.
- Público: HBU - Hospital Balsas Urgente (atende pelo menos 14 municípios na região)
- Privado: Hospital São Camilo (São José)
Educação
editarA cidade de Balsas hoje conta com várias Faculdades e Universidades públicas e privadas, dentre elas destacam-se a Faculdade de Balsas - UNIBALSAS, Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, Universidade Católica de Brasília, Faculdade do Maranhão - FACAM, UNOPAR, UNINTER.
Comunicação
editarA cidade possui as principais operadores de telefonia, móvel e fixa; provedores de internet banda larga; diversas emissoras de rádio; 6 canais abertos de televisão.
- Globo (TV Mirante Balsas) A:06 D:6.1
- Rede Vida (Boa Notícia) A:13
- SBT (TV Difusora) A: 03 D:3.1
- Record (TV Açucena) A:10
- Rede TV (TV Capital) A:08
- Novo Tempo (Rede) A:20
- Rede Meio Norte (TV Cerrado) A: 21
- TV Cultura (Balsas TV) A: 23
- Jornal Folha do Cerrado[13] (Jornal impresso e site)
Esporte
editarO município possui o Estádio Cazuza Ribeiro, com capacidade para 2 mil espectadores, onde são disputados jogos de futebol. Dentro desse esporte, destaca-se na cidade o time do Balsas Esporte Clube.
Também com alguns CT's e Campos para disputa de jogos amadores.
Cultura
editarEm se tratando de música, predomina o reggae (influenciado pela cultura da capital do estado), e o Forró (predominantemente nordestino), porém o leque é grande de vários outros ritmos devido à vinda de imigrantes e influência da mídia. No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, muitas pessoas dançavam os famosos "passinhos", isto é, duplas ou grupos de pessoas se juntavam em boates ou festas e faziam movimentos iguais no ritmo das músicas, na sua maioria das vezes eletrônicas. No ano 2000, as pessoas começaram a fazer coreografias de Axé (ritmo baiano).[carece de fontes]
O primeiro grupo de dança foi o "100% Axé", onde o professor Madison criava, ensinava e apresentava várias coreografias de lambaeróbica em diversos locais, juntamente com algumas de suas alunas. As apresentações eram mais frequentes em época de carnaval, porém, também apareciam em festas juninas, durante as férias de julho na beira rio e também em festas privadas. Além da 100% Axé, também havia grupos de dança de rua. Na atualidade, existe vários professores de dança, academias, assim como diversos outros ritmos. As pessoas procuram manter a forma e ao mesmo tempo se divertir.[carece de fontes]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Balsas». Consultado em 3 de julho de 2023. Cópia arquivada em 3 de julho de 2023
- ↑ [1]. Página visitada em 14/01/2017.
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2016
- ↑ a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2020). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2020». Consultado em 3 de julho de 2023. Cópia arquivada em 3 de julho de 2023
- ↑ a b c d «cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/balsas/historico». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 19 de junho de 2018
- ↑ a b «cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/balsas/pesquisa/23/22107?detalhes=true». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 19 de junho de 2018
- ↑ a b c «V-002 - CARACTERIZAÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO BALSAS NO MARANHÃO» (PDF)
- ↑ «RELATÓRIO DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE BALSAS» (PDF)
- ↑ a b INMET. «Banco de dados meteorológicos». Consultado em 17 de março de 2023
- ↑ a b INMET. «Estação: BALSAS 82768». Consultado em 17 de março de 2023
- ↑ INMET. «Normais climatológicas do Brasil». Consultado em 17 de março de 2023
- ↑ a b c d «PRODUTO INTERNO BRUTO DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO MARANHÃO 2015» (PDF)
- ↑ do Cerrado, Galinho (4 de fevereiro de 2018). «JORNAL FOLHA DO CERRADO». FOLHA DO CERRADO