O Boeing 787 Dreamliner é uma aeronave widebody bimotor turbofan desenvolvida e fabricada pela Boeing. Sua capacidade de passageiros varia de 242 a 335 passageiros. É a aeronave mais eficiente da Boeing em termos de combustível e foi a primeira na qual foram usados compósitos como material principal na construção de sua estrutura. O 787 foi projetado para ser 20% mais eficiente do que o Boeing 767. As características do 787 incluem seu nariz distintivo, o uso total do sistema fly-by-wire, asas curvadas, e redução de ruído dos motores. Seu cockpit é semelhante ao do Boeing 777, o que permite que pilotos qualificados operem os dois tipos de aeronave.

Boeing 787 Dreamliner

787-9 da American Airlines em Guarulhos.
Descrição
País de origem  Estados Unidos
Fabricante Boeing
Período de produção 2007–presente
Quantidade produzida 787 (até nov/2018)[1]
Custo unitário
  • 787-8: US$224 milhões[2]
  • 787-9: US$264 milhões[2]
  • 787-10: US$306 milhões[2]
Desenvolvido de Boeing 767
Primeiro voo em 15 de dezembro de 2009 (14 anos)
Introduzido em 26 de outubro de 2011, com a All Nippon Airways
Variantes 787-8, 787-9 e 787-10
Tripulação 2 (piloto e co-piloto)
Passageiros 242 a 420
Número de classes 1 a 3 classe(s)
Especificações
Dimensões
Comprimento 68,28 m (224 ft)
Envergadura 60,12 m (197 ft)
Altura 17,02 m (55,8 ft)
Peso(s)
Peso vazio 126 000 kg (278 000 lb)
Peso máx. de decolagem 253 000 kg (558 000 lb)
Propulsão
Motor(es) 2x General Electric GEnx ou Rolls-Royce Trent 1000
Força de empuxo (por motor) 32 205 kgf (316 000 N)
Performance
Velocidade máxima 1 051 km/h (567 kn)
Velocidade de cruzeiro 958 km/h (517 kn)
Velocidade máx. em Mach 0.85 Ma
Alcance (MTOW) 14 140 km (8 790 mi)
Teto máximo 13 100 m (43 000 ft)

Inicialmente, a aeronave foi designada como Boeing 7E7, até sua renomeação em janeiro de 2005. O primeiro 787 foi apresentado ao público em uma cerimônia de roll-out no dia 8 de julho de 2007, na fábrica da Boeing, em Everett. O desenvolvimento e produção do 787 envolveram a colaboração de inúmeros fornecedores em todo o mundo. A montagem final das aeronaves acontece em Everett e em North Charleston. Originalmente planejado para entrar em serviço em maio de 2008, o projeto teve vários atrasos. O primeiro voo ocorreu em 15 de dezembro de 2009, e completou os testes de voo em 2011.

As certificações da Administração Federal de Aviação (FAA) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) foram entregues em agosto de 2011, tendo o primeiro 787-8 sido entregue em setembro de 2011. Este avião, entrou em serviço comercial em 26 de outubro de 2011, pela All Nippon Airways. O 787-9, que é 20 pés (6,1 metros) maior e tem um alcance 450 milhas náuticas (830 quilômetros) maior que a versão -8, voou pela primeira vez em setembro de 2013. As entregas do 787-9 iniciaram em julho de 2014 e a variante entrou em serviço comercial em 7 de agosto de 2014, também pela All Nippon Airways, com a companhia lançadora da versão, a Air New Zealand, recebendo a aeronave dois dias depois. Em novembro de 2015, o 787 havia recebido 1142 pedidos de 62 companhias.[1]

A aeronave sofreu vários problemas em serviço, principalmente incêndios a bordo relacionados com as suas baterias de íon-lítio. Estes sistemas foram revisados pela FAA, a qual bloqueou todos os 787 no mundo até que os problemas com as baterias fossem resolvidos. Após a Boeing revisar a bateria e fornecer um modelo revisado, a organização aprovou o novo projeto e liberou as aeronaves em abril de 2013. O 787 retornou ao serviço de passageiros no final do mês.

Desenvolvimento editar

Início editar

Durante a década de 1990, a Boeing começou a propor novas aeronaves, já que as vendas para o 767 e 747-400 desaceleraram. A empresa propôs duas novas aeronaves, o 747X Super Stretch, que aumentaria a eficiência do 747-400, e o Sonic Cruiser, que alcançaria velocidades mais elevadas (cerca de Mach 0,98), enquanto a queima de combustível seria semelhante a do 767.[3] Grandes companhias aéreas dos Estados Unidos, incluindo a Continental Airlines, mostraram interesse no Sonic Cruiser, embora também tenham expressado preocupações sobre o custo operacional.[4]

Os projetos foram interrompidas devido aos ataques de 11 de setembro de 2001 e o aumento dos preços do petróleo, fazendo com que as companhias aéreas interessassem-se principalmente em economia de combustível em vez de velocidade. A Boeing cancelou oficialmente o projeto do Sonic Cruiser em 20 de dezembro de 2002. Porém, a empresa anunciou um projeto alternativo, em uma configuração mais convencional, em 29 de janeiro de 2003.[5][6] A ênfase em uma aeronave bimotora de médio porte, ao invés de um grande avião, representou uma mudança na teoria de grandes aeronaves operarem rotas principais, fazendo com que aeronaves menores operem rotas longas.[7][8]

O substituto para o projeto Sonic Cruiser foi inicialmente denominado de "7E7"[9] (com o nome de desenvolvimento "Y2"). A tecnologia do Sonic Cruiser e do 7E7 seria utilizada para substituir as aeronaves da Boeing, um esforço chamado de Boeing Yellowstone.[10] As imagens iniciais do projeto do 7E7 incluiu novas janelas do cockpit, um nariz caído e um estabilizador vertical curvado.[5][11] Em julho de 2003, a Boeing realizou uma votação pública para definir o nome público do 7E7, sendo que o nome Dreamliner foi o vencedor com cerca de 500 000 votos.[12] Outros nomes disponíveis para votação eram eLiner, Global Cruiser, e Stratoclimber.[13]

 
787 da All Nippon Airways na fábrica da Boeing, em Everett. A companhia lançou o 787 Dreamliner com uma encomenda de 50 aeronaves em 2004.

Em 26 de abril de 2004, a companhia japonesa All Nippon Airways se tornou o cliente de lançamento do 787, ao anunciar um pedido de 50 aeronaves, com entregas a partir do final de 2008.[14] A companhia inicialmente encomendou 30 aeronaves da versão -3, com capacidade de 330 passageiros em configuração de única classe econômica, e 20 aeronaves da versão -8, de longo alcance, com capacidade de 250 passageiros em configuração de duas classes para as rotas internacionais curtas, tais como Tóquio-Pequim. A aeronave permitiria à All Nippon Airways abrir novas rotas para cidades não servidas anteriormente, como Denver, Moscou e Nova Délhi.[15] O 787-3 e 787-8 seriam as variantes iniciais; o 787-9 entraria em serviço em 2010, por sua vez.[16]

Fase de projetos editar

O 787 foi projetado para ser o primeiro avião comercial com a fuselagem montada inteiramente com fibra de carbono, eliminando placas de alumínio e cerca de 50 000 parafusos utilizados em outras aeronaves.[17][18] A Boeing selecionou dois tipos de motores para o 787, o Rolls-Royce Trent 1000 e o General Electric GEnx,[5] afirmando que o modelo seria aproximadamente 20% mais eficiente que o 767,[19] com uma potência de motor cerca de 40% maior,[20] além de melhorias aerodinâmicas,[21] utilização de materiais compósitos mais leves e sistemas avançados.[16] O 787-8 e -9 foram certificados pelo ETOPS para distanciar-se por 330 minutos de um aeroporto.[22]

Até o final de 2004, a aeronave havia recebido cerca de 237 encomendas.[23] A Boeing inicialmente fixou o preço da variante 787-8 em 120 milhões de dólares, um valor baixo que surpreendeu a indústria. Em 2007, o preço de tabela era de 146 milhões de dólares para o 787-3, 157 milhões de dólares para o 787-8 e 189 milhões de dólares para o 787-9.[24] A fuselagem da aeronave foi submetida a testes estruturais durante o desenvolvimento.[25][26]

Montagem editar

A Boeing anunciou em 16 de dezembro de 2003 que o 787 seria montado na fábrica em Everett, Washington.[5] Ao invés de construir a aeronave da forma tradicional, unindo suas partes em apenas uma linha de produção, a montagem final iria empregar de 800 a 1200 pessoas para montar partes da aeronave separadamente, em várias linhas de produção.[27] Este método de produção resultou em linhas de produção mais simples,[28] com os sistemas pré-instalados, o que reduziu o tempo da montagem final em três dias.[29][30]

 
Montagem da parte frontal da aeronave

Partes da aeronave são fabricadas por empresas multinacionais, como a Mitsubishi Heavy Industries (asas);[31] Alenia Aeronautica (fuselagem frontal e posterior e estabilizadores horizontais e leme de direção);[32] Global Aeronautica, Kawasaki Heavy Industries e Spirit AeroSystems (fuselagem);[33][34][35] Latécoère (portas de passageiros); Saab AB (portas de carga); HCL Technologies (software);[36] TAL Manufacturing Solutions (vigas do piso);[37][38] Labinal (fiação);[39] Messier-Bugatti-Dowty (trem de pouso)[40][41] e Hamilton Sundstrand (sistemas de distribuição de energia e ar condicionado).[39][42]

Para acelerar a entrega dos componentes principais, a Boeing transformou quatro 747-400 em 747 Dreamlifter, para transportar as asas, fuselagem, e outras peças menores. O governo japonês prestou apoio com 2 bilhões de dólares em empréstimos para o projeto.[43] Em 26 de abril de 2006, a fabricante japonesa Toray Industries e a Boeing assinaram um acordo de produção, envolvendo 6 bilhões de dólares em fibra de carbono.[5] Em maio de 2007, iniciou a montagem final da primeira aeronave na fábrica da Boeing em Everett.[44]

O projeto do 787 tornou-se menos lucrativo do que o esperado para algumas empresas. A Finmeccanica teve um prejuízo de 750 milhões de euros no projeto.[45]

No final de 2006, durante a montagem dos protótipos, a Boeing notou que as aeronaves estavam sendo fabricadas com um excesso de peso, sendo 5 000 libras (2 300 quilos) mais pesadas do que o especificado.[46][47][48] Para reduzir o peso, algumas partes da aeronave foram redesenhadas e o uso do titânio foi aumentado.[49][50][51] Em julho de 2015, a Reuters informou que a Boeing planejava reduzir o uso do titânio para decrescer os custos de construção.[52]

 
Primeira aparição pública do 787 em 8 de julho de 2007

A Boeing apresentou oficialmente a aeronave ao público em 8 de julho de 2007 e marcou seu primeiro voo para o final de agosto de 2007.[53] Naquele momento, o Boeing 787 já tinha 677 encomendas, maior número de encomendas de uma aeronave antes do lançamento até então.[54][55]

Em setembro de 2007, a Boeing anunciou um atraso de três meses para o primeiro voo, afirmando que o software de voo da aeronave estava incompleto.[56] Em 10 de outubro de 2007, um segundo atraso de mais três meses para o primeiro voo e seis meses para a primeira entrega foram anunciados devido a problemas com a falta de documentação de fornecedores no exterior e os atrasos no desenvolvimento do software de orientação de voo.[57][58] Menos de uma semana depois, Mike Bair, o gerente do projeto, foi substituído.[59] Já em 16 de janeiro de 2008, a Boeing anunciou um terceiro atraso de mais três meses para o primeiro voo do 787, citando progressos insuficientes no desenvolvimento do software.[60][61]

Em 9 de abril de 2008, um quarto atraso foi anunciado, adiando o primeiro voo para o quarto trimestre de 2008 e atrasando as entregas iniciais em cerca de quinze meses, previstas para o terceiro trimestre de 2009. A variante 787-9 foi adiada para 2012 e o projeto do 787-3 foi paralisado.[62] Em 4 de novembro de 2008, um quinto atraso foi anunciado em virtude da instalação incorreta de componentes da aeronave e de uma greve dos funcionários da Boeing. O primeiro voo da aeronave não ocorreu no quarto trimestre de 2008, como previsto.[63][64] Depois de avaliar a grade de programação com fornecedores,[65] em dezembro de 2008, a Boeing afirmou que o primeiro voo havia sido adiado para o segundo trimestre de 2009.[66] Algumas companhias aéreas, vide a United Airlines e a Air India, afirmaram que iriam pedir uma compensação pela Boeing por causa dos atrasos, ameaçando cancelar seus pedidos.[67][68]

Testes de solo editar

Em 23 de agosto de 2007, um teste de colisão envolvendo a queda da fuselagem de um altura aproximada de 15 pés (4,6 metros) para um 1 em (25 mm) foi realizado em Mesa, Arizona.[69][70] Os resultados deste teste serviram como base para serem feitas simulações computadorizadas, eliminando a necessidade de testes físicos.[71][72] Enquanto críticos expressavam a preocupação de que a fuselagem de material compósito pudesse queimar com facilidade e emitir gases tóxicos durante pousos forçados, os testes indicaram uma emissão de gases quase nula.[73][74] O teste de colisão foi o terceiro de uma série de experimentações realizadas para adequar a aeronave aos critérios da Administração Federal de Aviação quanto ao uso dos materiais compósitos.[75]

 
Protótipo da aeronave durante os testes de taxiamento em Paine Field.

Em 7 de agosto de 2007, a certificação do motor Rolls-Royce Trent 1000 foi recebida.[76] O motor alternativo General Electric GEnx obteve a certificação em 31 de março de 2008.[77] Em 20 de junho de 2008, os motores do protótipo foram acionados pela primeira vez.[78][79] Em dezembro de 2008, aprovou-se o programa de manutenção do 787.[80]

Em 3 de maio de 2009, o primeiro teste do 787 foi realizado ainda na linha de montagem, testando componentes vitais da aeronave, como os estabilizadores, o conjunto do trem de pouso e os softwares.[81][82] A Boeing informou que os primeiros 787-8 teriam um alcance de 8 000 milhas náuticas (15 000 quilômetros).[83] Como resultado, algumas companhias aéreas adiaram os pedidos do 787 para que recebessem as aeronaves com o alcance desejado.[84][85]

Em 15 de junho de 2009, durante o Show Aéreo de Paris, a Boeing afirmou que o 787 faria o seu primeiro voo dentro de duas semanas. No entanto, em 23 de junho de 2009, o primeiro voo foi novamente adiado devido a razões estruturais.[86][87] A Boeing forneceu um cronograma atualizado do 787 em 27 de agosto de 2009; o primeiro voo estava programado para ocorrer até o final de 2009, e as entregas, para começar no final de 2010.[88][89] Em 28 de outubro de 2009, a Boeing selecionou Charleston, Carolina do Sul, como o local para a segunda linha de montagem do 787, após avaliar propostas de vários estados. Em 12 de dezembro de 2009, o 787 completou testes de táxi de alta velocidade, o último antes do voo inaugural.[90][91]

Testes de voo editar

Em 15 de dezembro de 2009, após dois anos e quatro meses de atraso, a Boeing conduziu o primeiro voo do 787, decolando de Paine Field, em Everett, Washington, às 10h27 UTC-8,[92] e pousando no aeroporto de King County, Washington, às 13h35 UTC-8.[93][94] Originalmente delineado para quatro horas, o primeiro voo foi reduzido para três horas devido ao mau tempo.[95] O cronograma de testes de voo da Boeing previa um total de nove meses de testes antes da certificação.[96]

 
Primeiro voo do Boeing 787-8 em 15 de dezembro de 2009

O calendário de testes de voo foi composto por seis aeronaves, quatro equipadas com o motor Rolls-Royce Trent 1000 e duas com o General Electric GEnx. O segundo protótipo, já com a pintura da All Nippon Airways, fez seu primeiro voo em King County no dia 22 de dezembro de 2009, para participar do programa;[97][98] o terceiro protótipo executou seu primeiro voo em 24 de fevereiro de 2010, seguido pelo quarto protótipo, em 14 de março de 2010.[99] Em 24 de março de 2010, concluíram-se os testes de vibração e efeitos de solo, autorizando a aeronave a voar com toda a sua capacidade.[100] Ainda em março, foi completado o teste de carga de asa, onde as asas são flexionadas cerca de 7,6 metros para cima, 150% de sua capacidade de flexibilidade, por três segundos.[101] Pela primeira vez na história das aeronaves da Boeing, os testes foram bem-sucedidos e a aeronave não sofreu qualquer dano.[102][103] No dia 7 de Abril, os dados mostraram que o teste fora um sucesso.[104]

Em 23 de abril de 2010, o quarto protótipo pousou na Eglin Air Force Base para testes de condições meteorológicas extremas, em temperaturas que variavam de 46 ºC a 43 ºC, incluindo as preparações de decolagem nos dois extremos de temperatura.[105] O quinto protótipo iniciou os testes de motor no solo em maio de 2010,[106] fazendo o primeiro voo em 16 de junho do mesmo ano.[107] Em junho de 2010, foram descobertas e reparadas falhas nos estabilizadores horizontais de todas as aeronaves de testes.[108] No mês, mais tarde, um dos protótipos sofreu uma descarga elétrica, mas inspeções não encontraram nenhum dano.[109] Como os materiais compostos possuem pouca condução elétrica, a camada condutora é adicionada para diminuir os riscos potenciais.[73][110][111] A FAA também planejou alterações de requisitos para ajudar o 787 a mostrar conformidade.[112]

 
Aeronave durante um voo de demonstração no Show Aéreo Internacional de Farnborough em 2010.

O 787 fez sua primeira aparição em um show aéreo no Show Aéreo Internacional de Farnborough, Reino Unido, em 18 de julho de 2010.[113] Em 2 de agosto de 2010, um motor Rolls-Royce Trent 1000 sofreu uma ruptura nas instalações internas durante os testes de solo.[114] A falha causou um atraso no cronograma de entregas da aeronave. Em 27 de agosto de 2010, a Boeing afirmou que a primeira entrega para a All Nippon Airways seria adiada para o início de 2011.[115][116][117] Em setembro de 2010, informou que mais duas aeronaves poderiam se juntar aos testes de voo, totalizando seis.[118][119] Em 4 de outubro de 2010, o sexto protótipo ingressou no programa de testes.[120]

Em 9 de novembro de 2010, o segundo protótipo teve de realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Laredo, no Texas, depois que fumaça e chamas foram percebidas durante um voo-teste.[121][122] O incêndio fez alguns sistemas elétricos pararem de funcionar.[123] Após o incidente, a Boeing suspendeu os testes de voo.[124][125] Apurada investigação, descobriu-se que o incêndio ocorreu porque objetos desconhecidos estavam presentes na parte elétrica da aeronave, causando um curto-circuito.[126] Depois de mudanças no sistema elétrico e no software de voo, a aeronave retomou os testes em 23 de dezembro de 2010.[127][128]

Em 5 de novembro de 2010, foi anunciado que as primeiras entregas seriam atrasadas para resolver problemas encontrados durante os testes de voo.[129][130] Em janeiro de 2011, a primeira entrega foi adiada para o terceiro trimestre do ano devido a atualizações do software de voo e reparos na parte elétrica, tendo em vista o incêndio de novembro de 2010.[131][132] Em 24 de fevereiro de 2011, a aeronave havia completado 80% dos testes aéreos necessários.[133] Em julho de 2011, a All Nippon Airways operou uma semana de testes de rotas comerciais, usando um 787 no Japão.[134] As aeronaves de teste haviam voado 4.828 horas, com 1.707 voos até 15 de agosto de 2011.[99] Durante o teste, a aeronave visitou 14 países da Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul, no total, a fim de testar climas extremos e testes de rota.[135][136] A Administração Federal de Aviação e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação certificaram o 787 em 26 de agosto de 2011, após uma cerimônia na sede da Boeing em Everett.[137][138]

Características editar

A aeronave é feita de 80% de compósito.[139] Em alusão ao peso, as proporções são de 50% de compósito, 20% de alumínio, 15% de titânio, 10% de aço e 5% de outros materiais.[140] O alumínio é usado na ponta das asas e da cauda, ao passo que titânio é empregado em motores; o aço flutua entre várias áreas.

A velocidade de cruzeiro é de 0,85 mach 958 kn km/h ou 517 kn). A maior distância de cruzeiro é de 8 000 a 8 500 milhas náuticas (14 800 à 15 700 km), o suficiente para cobrir rotas que praticamente dão meia volta ao mundo, como Nova Iorque-Bancoque.

Sistemas de voo editar

 
Cabine do Boeing 787

A arquitetura da aeronave substituiu muitos sistemas hidráulicos por sistemas elétricos (a título de exemplo, o acionamento dos motores e de freios,[141] pressurização da cabine, etc). Os sistemas extraem 35% menos energia dos motores, permitindo maior potência e economia de combustível.[142] No total, o avião tem 1,45 megawatts de potência, cerca de cinco vezes mais que outros aviões.[143] Ela também abarca um sistema de degelo eletrotérmico, substituindo o bleed air quente. A cabine usa o sistema fly-by-wire, semelhante ao do Boeing 777, porém com monitores em LED maiores, além de dois head-up displays.

Interior editar

 
Interior do 787 na configuração 3-3-3 na classe econômica

O 787-8 é projetado para levar até 238 passageiros em 3 classes, 240 passageiros em 2 classes e 296 passageiros em uma classe econômica única. A largura do interior é de 550 cm, 38 cm a mais que os Airbus A330 e A340,[144] mas 13 cm a menos que o Airbus A350[145] e 41 cm a menos que o Boeing 777.

As janelas medem 27 por 47 cm, sendo as maiores de qualquer avião comercial, e, no lugar de cortinas, conta com variados níveis de transparência através de comandos de eletrocromismo.

Variantes editar

Existem três variantes do 787 Dreamliner em produção ou em teste. O 787-8 e o 787-9 entraram em operação em 2014, enquanto o 787-10 ingressou em 2018. A variante 787-3, desginada a viagens curtas, foi proposta, mas cancelada.

787-8 editar

 
787-8

O 787-8 tem capacidade para 242 passageiros e alcance de 13 621 km (7 355 nmi). Foi projetado para substituir o Boeing 767-300ER e expandir o mercado de voos longos sem escala para novos lugares. Seu principal competidor é o Airbus A330-800neo[146]

787-9 editar

 
787-9

O 787-9 tem capacidade para 280 passageiros. Apesar de ser 6,1 metros maior do que o 787-8, a largura da asa é a mesma, abonando alcance máximo de 14 140 km (7 635 nmi), peso máximo de decolagem de 24 700 kg. Foi elaborado para substituir o Boeing 767-400ER, e compete com o Airbus A330-900neo.[146] Em 15 de março de 2020, um Boeing 787-9 estabeleceu o recorde de voo mais longo numa viagem emergencial de Pepeete até Paris, percorrendo 15 714 km em 16 horas e 20 minutos.

787-10 editar

 
787-10

O 787-10 tem capacidade para 330 passageiros, com alcance máximo de 11 910 km (6 430 nmi). O modelo foi projetado para substituir o 777-200ER, ecompete com o Airbus A350-900. Segundo a Boeing, o 787-10 é mais eficiente que o A350-900 em rotas curtas.[147]

Pedidos e entregas editar

Pedidos e entregas do Boeing 787 (acumulado, por ano):

Pedidos

Entregas


Ver também editar

Desenvolvimento relacionado
Aeronaves comparáveis
Listas relacionadas

Referências

  1. a b «Boeing 787: Orders and Deliveries (updated monthly)». The Boeing Company. Consultado em 21 de dezembro de 2017 
  2. a b c «Boeing Commercial Airplanes prices». Boeing. Consultado em 21 de julho de 2015 
  3. Gunter, Lori (julho de 2002). «The Need for Speed, Boeing's Sonic Cruiser team focuses on the future». Boeing Frontier magazine. Consultado em 21 de janeiro de 2011 
  4. Banks, Howard (28 de maio de 2001). «Paper plane: That Mach 0.95 Sonic Cruiser from Boeing will never fly. Here's why.». Forbes. Consultado em 7 de junho de 2007 
  5. a b c d e Norris, G; Thomas, G; Wagner, M; Forbes Smith, C (2005). Boeing 787 Dreamliner – Flying Redefined. [S.l.]: Aerospace Technical Publications International. ISBN 0-9752341-2-9 
  6. «History of the Boeing 787». The Seattle Times. Associated Press. 23 de junho de 2000. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  7. Cannegieter, Roger. «Long Range vs. Ultra High Capacity». Aerlines.nl. Consultado em 12 de outubro de 2015 
  8. Babej, Marc E.; Pollak, Tim (24 de maio de 2006). «Boeing Versus Airbus». Forbes. Consultado em 8 de abril de 2010 
  9. «Maximizing the Middle, Finding the sweet spot in the market» (Nota de imprensa). Boeing Frontier magazine. Março de 2003 
  10. «Boeing Achieves 787 Power On» (Nota de imprensa). Boeing. 20 de junho de 2008 
  11. «Daydream believer: How different is the Boeing 787?». Flight International. Consultado em 14 de dezembro de 2010 
  12. «Name Your Plane sweepstakes». Boeing Frontiers Online. Julho de 2003. Consultado em 28 de setembro de 2007 
  13. Norris & Wagner 2009, p. 40.
  14. «Boeing Launches 7E7 Dreamliner» (Nota de imprensa). Boeing. 26 de abril de 2004. Consultado em 14 de junho de 2011 
  15. «ANA says Denver still in hunt for non-stop to Tokyo». Metro Denver. 8 de abril de 2009. Consultado em 14 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 3 de janeiro de 2011 
  16. a b Shifrin, Carole (27 de março de 2006). «Dream start». Flight International. Consultado em 27 de setembro de 2015 
  17. «The Dream of Composites». R&D Magazine. 20 de novembro de 2006. Consultado em 23 de novembro de 2012 
  18. Walz, Martha (20 de novembro de 2006). «The Dream of Composites». RD mag. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  19. Norris, Guy (9 de janeiro de 2009). «Boeing Rules Out 787 Window Change». Aviation Week. (pede subscrição (ajuda)) 
  20. Ogando, Joseph (7 de junho de 2007). «Design News – Features – Boeing's 'More Electric' 787 Dreamliner Spurs Engine Evolution». designnews.com. Consultado em 7 de setembro de 2011 
  21. Norris & Wagner 2009, p. 48.
  22. Pandey, Mohan (2010). How Boeing Defied the Airbus Challenge. USA: Createspace. ISBN 978-1-4505-0113-2 
  23. Marsh, George. «Boeing's 787: trials, tribulations, and restoring the dream». Reinforced Plastics. Consultado em 19 de julho de 2015 
  24. «Boeing boosts aircraft prices 5.5% on rising cost of labor, materials». Air Transport World. 26 de junho de 2007. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  25. «Boeing news - Fired engineer calls 787's plastic fuselage unsafe». Seattle Times 
  26. «Review - History of 787 Composites Project at Boeing» (PDF). csmres.co.uk 
  27. "Boeing Unveils 787 Final Assembly Factory Flow." Boeing, 6 de dezembro de 2006. Página visitada em 3 de setembro de 2011.
  28. «Boeing's Big Dream». Fortune. 5 de maio de 2008. p. 182 . (online version).
  29. «Boeing unveils 787 Dreamliner; Airbus sends congrats». USA Today. 9 de julho de 2007. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  30. «Boeing's Big Dream». Fortune. 5 de maio de 2008. p. 187 
  31. "Boeing's Big Dream", Fortune, 5 de maio de 2008, p. 184.
  32. Seo, Sookyung (29 de setembro de 2010). «Boeing 787 Supplier Korea Aerospace Hires Share-Sale Arrangers». Bloomberg. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  33. «Boeing Completes Acquisition of Vought Operations in South Carolina» (Nota de imprensa). Boeing. 30 de julho de 2009. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  34. Gates, D. (11 de setembro de 2005). «Boeing 787: Parts from around world will be swiftly integrated». The Seattle Times. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  35. «Korean Air to Buy 10 '787 Dreamliners'». The Korea Times. 12 de julho de 2007 
  36. «Boeing» (PDF). HCL Technologies. Consultado em 20 de janeiro de 2013 
  37. «India's Tata Group to supply parts for Boeing Dreamliner». Google. Agence France-Presse. 6 de fevereiro de 2008. Consultado em 7 de fevereiro de 2008 
  38. Bhagwat, Ramu (7 de fevereiro de 2008). «Tatas to make Boeing 787 parts at Mihan». The Times of India. Times News Network. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  39. a b «787 Dreamliner International team facts» (Nota de imprensa). Boeing. Consultado em 10 de junho de 2010 
  40. «Boeing's Big Dream». Fortune. 5 de maio de 2008. p. 189 
  41. Kennedy, Bill. "Wheels up", Cutting Tool Engineering, março de 2009. página visitada em 21 de abril de 2014.
  42. Coulom, Dan (20 de agosto de 2007). «Hamilton Sundstrand delivers first cabin air conditioning packs for Boeing 787 Dreamliner» (press release). Hamilton Sundstrand. Consultado em 21 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 28 de agosto de 2007 
  43. Gates, Dominic (15 de maio de 2007). «Boeing shares work, but guards its secrets». The Seattle Times. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  44. Moores, Victoria. "Pictures: Boeing begins 787 final assembly". Flight International, 22 de maio de 2007.
  45. Thisdell, Dan (4 de fevereiro de 2013). «In focus: Debt dogs Finmeccanica». Flightglobal. Consultado em 18 de abril de 2015 
  46. «Weight remains challenge for Boeing as 787 progresses». Flightglobal. 6 de novembro de 2006. Consultado em 23 de maio de 2015 
  47. «Boeing Still Working On 787 Weight Issue, Carson Says». Associated Press. 7 de dezembro de 2006. Consultado em 22 de julho de 2016 
  48. «Boeing to deliver test 787s to its customers». Financial Times. 6 de julho de 2007 
  49. Wallace, James (7 de dezembro de 2006). «Virtual rollout of the 78». Seattle Post-Intelligencer. Hearst Communications Inc. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  50. Dominic Gates (23 de dezembro de 2009). «Boeing's 787 Dreamliner is no lightweight». Los Angeles Times. Consultado em 21 de janeiro de 2013 
  51. Johnsson, Julie (24 de fevereiro de 2015). «Boeing Lining Up Buyers for Early Overweight Dreamliners». Bloomberg 
  52. Scott, Alwyn (24 de julho de 2015). «Boeing looks at pricey titanium in bid to stem 787 losses». Seattle. Reuters. Consultado em 2 de agosto de 2015 
  53. «Boeing Celebrates the Premiere of the 787 Dreamliner» (Nota de imprensa). Boeing. 8 de julho de 2007. Consultado em 14 de junho de 2011 
  54. «Boeing Celebrates the Premiere of the 787 Dreamliner» (Nota de imprensa). Boeing. 8 de julho de 2007. Consultado em 21 de janeiro de 2011 
  55. Trimble, Stephen (10 de setembro de 2007). «Boeing 787 first flight suffers two-month delay». Flight International. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  56. «Boeing Delays 787's First Flight to November–December (Update4)». Bloomberg. 5 de setembro de 2007. Consultado em 3 de setembro de 2011 
  57. Clark, Nicola (10 de outubro de 2007). «Boeing Delays Deliveries of 787». The New York Times. Consultado em 22 de dezembro de 2007 
  58. «Boeing Reschedules Initial 787 Deliveries and First Flight». Boeing. 10 de outubro de 2007. Consultado em 3 de setembro de 2011 
  59. «787 Program Chief Replaced at Boeing». The New York Times. Associated Press. 17 de outubro de 2007. Consultado em 24 de novembro de 2007 
  60. «Boeing Shifts Schedule for 787 First Flight» (Nota de imprensa). Boeing. 16 de janeiro de 2008 
  61. Sanders, Peter (8 de julho de 2009). «Boeing Sets Deal to Buy a Dreamliner Plant». The Wall Street Journal 
  62. «787 variants delayed to at least 2012». Flight International. 4 de abril de 2008 
  63. Gates, Dominic (5 de novembro de 2008). «Fasteners incorrectly installed». The Seattle Times. Consultado em 11 de novembro de 2008 
  64. «Boeing says 787 test flight delayed again». CNN. 4 de novembro de 2008. Cópia arquivada em 8 de novembro de 2008 
  65. «Boeing Reviews Dreamliner Schedule for More Delays (Update2)». Bloomberg. 4 de dezembro de 2008. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  66. «Boeing confirms 787 first flight pushed back to 2Q 2009». Flight International. 11 de dezembro de 2008. Consultado em 14 de dezembro de 2010 
  67. «United may seek damages for 787 delays». PSBJ. 27 de fevereiro de 2012. Consultado em 14 de março de 2012 
  68. «Govt approves Air India compensation package for Dreamliner delay». 25 de julho de 2012. Consultado em 25 de julho de 2012 
  69. «Boeing performs crash test on 787 fuselage section». Komo News. 23 de agosto de 2007. Consultado em 22 de julho de 2016 
  70. Snyder, Sean, ed. (29 de agosto de 2007). «Boeing Performs Crash Test on 787 Dreamliner: Tests currently under analysis». Design News. Reed Elsevier. Consultado em 9 de setembro de 2011 
  71. Gillespie, Elizabeth M (6 de setembro de 2007). «Boeing Says 787 Fuselage Test a Success». Forbes. Consultado em 6 de setembro de 2007. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2007 
  72. Snyder, Sean, ed. (6 de setembro de 2007). «Announcement of Boeing Fuselage Crash Test Results». Design News. Consultado em 6 de setembro de 2011 
  73. a b Gates, Dominic (6 de setembro de 2007). «Fired engineer calls 787's plastic fuselage unsafe». The Seattle Times. Consultado em 6 de setembro de 2007 
  74. Matlack, Carol (6 de setembro de 2009). «More Boeing 787 Woes as Qantas Drops Order». Bloomberg BusinessWeek. Bloomberg. Consultado em 6 de setembro de 2010 
  75. Gates, Dominic. (2007-09-18) "Boeing news |Fired engineer calls 787's plastic fuselage unsafe". The Seattle Times.
  76. «European and US regulators certify Trent 1000 for Boeing 787». Flight International. Consultado em 14 de dezembro de 2010 
  77. «GEnx-1B Engine Receives FAA Certification» (press release). GE Aviation. 14 de dezembro de 2008. Consultado em 14 de dezembro de 2008 
  78. «PowerOn Interactive Site». TPN interactive. Consultado em 14 de dezembro de 2010 
  79. «Boeing Completes 787 Dreamliner 'High Blow' Test» (Nota de imprensa). Boeing. 14 de dezembro de 2008. Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  80. «FAA Approves Boeing 787 Dreamliner Maintenance Program» (Nota de imprensa). Boeing. 22 de dezembro de 2008. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  81. «Boeing 787 Dreamliner Moves to Flight Line for Testing» (Nota de imprensa). Boeing. 3 de maio de 2009. Consultado em 3 de maio de 2009 
  82. «Bernstein Research sees further 787 delays, bigger range shortfall». ATW Daily News. 4 de maio de 2009. Consultado em 9 de setembro de 2011 
  83. Ostrower, Jon. "Boeing confirms 787 weight issues". Flight International, 7 de maio de 2009.
  84. Ostrower, Jon. "Concerns raised over expected 787 range shortfall". Flight International, 9 de março de 2009.
  85. Ostrower, Jon. "Shanghai casts doubt over early 787 delivery slots". Flight International, 14 de março de 2009.
  86. «Boeing Postpones 787 First Flight» (Nota de imprensa). Boeing. 10 de setembro de 2009 
  87. «Dreamliner 787 Composites Approach Takes Another Big Hit». Design News. 10 de setembro de 2009 
  88. «Boeing Announces New 787 Schedule and Third-Quarter Charge» (Nota de imprensa). Boeing. 10 de setembro de 2009 
  89. Gates, Dominic (28 de agosto de 2009). «Boeing still sure delayed 787 will be profitable». The Seattle Times. Consultado em 23 de setembro de 2009 
  90. «Boeing Completes 787 Dreamliner High-Speed Taxi Test» (Nota de imprensa). Boeing. 15 de dezembro de 2009. Consultado em 15 de dezembro de 2011 
  91. «787 approaches final gauntlet testing». Flight International. 15 de dezembro de 2009. Consultado em 15 de dezembro de 2009 
  92. Ostrower, Jon (15 de dezembro de 2009). «Boeing 787 Dreamliner lifts off on maiden flight». Flight International. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  93. «Boeing 787 jet lands after maiden flight». Australia: Nine MSN. 15 de dezembro de 2009. Consultado em 15 de dezembro de 2011 
  94. Ostrower, Jon (15 de dezembro de 2009). «Boeing completes 787 maiden sortie». Flight International. Consultado em 15 de dezembro de 2009 
  95. «Boeing Dreamliner completes first flight». BBC News. 15 de dezembro de 2009. Consultado em 15 de dezembro de 2011 
  96. Mecham, Michael; Norris, Guy (15 de dezembro de 2009). «Boeing Plans 8.5 Months of 787 Testing». Aviation Week. (pede subscrição (ajuda)) 
  97. «Boeing Commercial Airplane Group No.2». FlightAware. 22 de dezembro de 2009 
  98. "Second Boeing 787 Dreamliner Completes First Flight". Boeing, 22 de dezembro de 2009. Visitado em setembro de 2011.
  99. a b «787 Dreamliner Flight Test site». Boeing. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  100. Ostrower, Jon. "Boeing completes 787 flutter and ground effects testing". Flight International, 24 de março de 2010. Visitado em 3 de setembro de 2011.
  101. «Boeing Completes Ultimate-Load Wing Test on 787» (Nota de imprensa). Boeing. 28 de março de 2010. Consultado em 30 de março de 2010 
  102. Sanders, Peter (30 de março de 2010). «Boeing's Dreamliner Lags Testing Schedule». The Wall Street Journal. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  103. Paur, Jason (29 de março de 2010). «Boeing 787 Passes Incredible Wing Flex Test». Wired 
  104. «Boeing Confirms Success on 787 Wing, Fuselage Ultimate Load Test» (Nota de imprensa). Boeing. 7 de abril de 2010 
  105. "Boeing 787 in hot/cold testing in Florida". UPI, 23 de abril de 2010. Visitado em 3 de setembro de 2011.
  106. "First 787 GEnx Engine Runs Complete". Boeing, 12 de maio de 2010.
  107. «VIDEO: GEnx powered 787 completes maiden flight». Flight International. Consultado em 21 de julho de 2010 
  108. «Horizontal stabiliser gaps force 787 inspections and reduced flight envelope». Flight International. 25 de junho de 2010. Consultado em 26 de junho de 2010 
  109. Jason Paur (17 de junho de 2010). «Boeing 787 Withstands Lightning Strike». Wired 
  110. "FAA Probes American's Inspections". The Wall Street Journal, 16 de maio de 2008, p. B1.
  111. Gates, Dominic. "Building the 787, When lightning strikes". The Seattle Times, 5 de março de 2006. Visitado em 3 de setembro de 2011.
  112. Gates, Dominic (8 de fevereiro de 2009). «FAA to loosen fuel-tank safety rules, benefiting Boeing's 787». The Seattle Times. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  113. "Dreamliner lands at Farnborough". BBC News, 18 de julho de 2010. Visitado em 18 de julho de 2010.
  114. Mustoe, Howard (24 de agosto de 2010). «Rolls-Royce Blowout Shutters Boeing, Airbus Test Bed». Bloomberg. Consultado em 29 de agosto de 2010 
  115. «Boeing delays delivery of 787 aircraft until next year». BBC. 27 de agosto de 2010. Consultado em 27 de agosto de 2010 
  116. Ostrower, Jon (28 de agosto de 2010). «Lack of production engine for Airplane Nine drives 787 delay». Flight International. Consultado em 29 de agosto de 2010 
  117. «Boeing faces claim on 787 delays; sixth flight test aircraft won't fly until September». ATW Online. 16 de agosto de 2010. Consultado em 16 de agosto de 2010 
  118. «787 flight test fleet to expand». ATW Online. 10 de setembro de 2010. Consultado em 9 de setembro de 2010 
  119. Norris, Guy (16 de setembro de 2010). «Boeing 787 Suffers Engine Surge During Tests; Deliveries May Slip Again». Aviation Week. (pede subscrição (ajuda)) 
  120. "Sixth Boeing 787 Makes First Flight, Testing Program Making Good Progress". Boeing, 4 de outubro de 2010.
  121. Gates, Dominic (9 de novembro de 2010). «Electrical fire forces emergency landing of 787 test plane». The Seattle Times. Consultado em 9 de novembro de 2010 
  122. «Boeing 787 Makes Emergency Landing On Test Flight». NPR. Associated Press. 9 de novembro de 2010. Consultado em 9 de novembro de 2010. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2010 
  123. «787 electrical fire raises prospect of further delay». Flightglobal. 15 de novembro de 2010. Consultado em 15 de novembro de 2010 
  124. Norris, Guy. "787s Grounded After Emergency Landing". Aviation Week, 10 de novembro de 2010.
  125. Norris, Guy (11 de novembro de 2010). «787s Remain Grounded As Investigation Continues». Aviation Week 
  126. Rothman, Andrea. "Boeing 787 Fire Sparked by Stray Tool". Bloomberg, 25 de novembro de 2010.
  127. Ostrower, Jon. "787 flight tests resume, final schedule unclear". Air Transport Intelligence, 23 de dezembro de 2010. Visitado em 2 de setembro de 2011.
  128. "Boeing Resumes 787 Flight Testing". Boeing, 23 de dezembro de 2010.
  129. «Boeing faces prospect of further 787 delay». Flight International. 6 de novembro de 2010. Consultado em 6 de novembro de 2010 
  130. «JAL hit by further 787 delivery delay». Air Transport Intelligence. 6 de novembro de 2010. Consultado em 6 de novembro de 2010 
  131. «Boeing Sets 787 First Delivery for Third Quarter» (Nota de imprensa). Boeing. 6 de novembro de 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  132. «Boeing expects first 787 delivery in the third quarter». Flight International. 6 de novembro de 2011 
  133. Ostrower, Jon (2 de setembro de 2011). «Boeing passes 1,000 787 flights». Air Transport Intelligence. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  134. Koh, Quintella (2 de setembro de 2011). «All Nippon Airways starts week-long 787 validation». Air Transport Intelligence. Consultado em 2 de setembro de 2011 
  135. Ostrower, Jon (2 de setembro de 2011). «Certification flight testing complete, the 787 fleet is still busy». Flightblogger on Flightglobal.com. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2011 
  136. Ostrower, Jon. "Boeing confirms 787 certification flight test completion". Air Transport Intelligence, 2 de setembro de 2011.
  137. «787 wins certification from FAA and EASA». Air Transport Intelligence. 29 de agosto de 2011. Consultado em 29 de agosto de 2011 
  138. «FAA Approves Production of Boeing 787 Dreamliner» (press release). FAA. 29 de agosto de 2011. Consultado em 29 de agosto de 2011 
  139. «StackPath». www.industryweek.com. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  140. «Boeing: 787 Dreamliner». www.boeing.com. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  141. [1]
  142. [2]
  143. «Bloomberg - Are you a robot?». www.bloomberg.com. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  144. [3]
  145. «Airbus Aircraft Families - A350 XWB Xtra comfort». web.archive.org. 5 de fevereiro de 2008. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  146. a b «Boeing: 787 By Design». www.boeing.com. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  147. «Boeing To Launch 787-10 Dreamliner The Most Efficient Jetliner In History». avstop.com. Consultado em 25 de agosto de 2021 

Bibliografia editar

Ligações externas editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Boeing 787