Carlos II Augusto do Palatinado-Zweibrücken

aristocrata alemão

Carlos II Augusto (em alemão: Karl August Christian; 29 de Outubro de 1746 - 1 de Abril de 1795) foi o duque de Zweibrücken entre 1775 e 1795. Era filho do conde Frederico Miguel de Zweibrücken-Birkenfeld e da princesa Maria Francisca de Sulzbach. Pertencia à Casa do Palatinado-Zweibrücken-Birkenfeld, um ramo da Casa de Wittelsbach.

Carlos II Augusto
Conde Palatino, Duque de Zweibrücken
Carlos II Augusto do Palatinado-Zweibrücken
Duque de Zweibrücken
Reinado 5 de novembro de 1775
a 1 de abril de 1795
Antecessor(a) Cristiano IV
Sucessor(a) Maximiliano I José
Nascimento 29 de outubro de 1746
  Düsseldorf, Alemanha
Morte 1 de abril de 1795 (48 anos)
  Mannheim, Alemanha
Nome completo Carlos Augusto Cristiano
Cônjuge Maria Amália da Saxónia
Descendência Carlos de Zweibrücken
Casa Casa de Wittelsbach, Ramo Palatino, linhagem do Palatinado-Birkenfeld
Pai Frederico Miguel, Conde Palatino de Zweibrücken
Mãe Maria Francisca de Sulzbach
Religião Católica

Origens

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Carlos nasceu em Düsseldorf, sendo o mais velho dos cinco filhos de Frederico Miguel, Conde Palatino de Zweibrücken e da sua esposa, a princesa Maria Francisca de Sulzbach. Era irmão mais velho da rainha Amália da Saxónia e do príncipe Maximiliano que se viria a tornar rei da Baviera.

Pedido rejeitado

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A arquiduquesa Maria Amália da Áustria por Roslin.

Carlos queria casar-se com a arquiduquesa Maria Amália, oitava filha da imperatriz Maria Teresa da Áustria. O conde era conhecido na corte e Maria Amália também estava apaixonada por ele. No entanto, Maria Teresa considerava que Carlos não tinha estatuto suficiente para se casar com uma arquiduquesa. Além do mais, queria fortalecer a aliança da Áustria com a Casa de Bourbon casando uma das suas filhas com Fernando, duque de Parma, neto do rei Luís XV de França. Inicialmente, a escolhida para esse lugar tinha sido a arquiduquesa Maria Josefa, mas, após a sua morte, o noivado foi herdado por Maria Amália.

O irmão mais velho de Maria Amália, o futuro sacro-imperador José, também era a favor do casamento da sua irmã com o duque de Parma que era irmão mais novo da sua adorada esposa, Isabel. Por isso, em 1769, Maria Amália casou-se com Fernando contra a sua vontade. Esta decisão não só colocou Carlos contra a imperatriz e contra a Áustria como também colocou Maria Amália contra a mãe.[1] Ele jamais iria voltar a corte vienense e jamais conseguiria ver Maria Amália outra vez, sempre faria criticas duras a Maria Teresa.

Carlos acabaria por se casar com a princesa Maria Amália da Saxónia, irmã do seu cunhado, o príncipe-eleitor da Saxónia.

Casamento

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Carlos casou-se em 1774, em Dresden, com a princesa Maria Amália da Saxónia, filha de Frederico Cristiano, Príncipe-Eleitor da Saxónia. Seu único filho, Carlos Augusto Frederico, morreu com oito anos de idade em 21 de agosto de 1784.

Carlos Augusto era o dono principal do famoso Castelo de Karlsberg. Ele morreu em Mannheim em 1795.

Descendência

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De seu casamento com Maria Amália da Saxônia, tiveram apenas um único filho:

Pretensões à Baviera

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Maximiliano III José, príncipe-eleitor da Baviera, morreu sem deixar descentes em 1778. O seu primo Wittelsbach, Carlos Teodoro, na altura príncipe-eleitor do Palatinado era o seu herdeiro. No entanto, também ele não tinha filhos legítimos para o suceder e juntar as possessões da Baviera e do Palatinado. Carlos II Augusto era herdeiro dos territórios Wittelsbach de: Zweibrücken (o seu ducado), os ducados de Neubörger, Sulzbach, Jülich, e Berg, além dos eleitorados do Palatinado e da Baviera (embora tivesse apenas direito de voto no Colégio de Eleitores, segundo o Tratado de Vestefália de 1648). Carlos Teodoro preferia os seus territórios do Palatinado e, por isso, tentou trocar partes da Baviera com o sacro-imperador José II em troca de partes da Holanda austríaca. Apesar de Carlos Teodoro preferir trocar todos os territórios da Baviera pela Holanda austríaca, a corte da Áustria não aceitou imediatamente a troca e nunca se chegou a um acordo final.[2]

Carlos Augusto estava a seguir na linha de sucessão da Baviera, uma posição que não lhe agradava. O conde tinha apoiado activamente o rei Frederico, o Grande da Prússia e o eleitorado da Saxónia. O governo francês, comandado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Vergennes, apoiava-o passivamente, apesar da sua aliança formal com a corte de Viena. A Guerra de Sucessão da Baviera foi resolvida sem grandes lutas. Carlos Teodoro sucedeu em toda a Baviera, excepto no distrito a leste do Rio Inn, conhecido por Innviertel, que passou para a Áustria graças ao Tratado de Paz de Teschen de Maio de 1779. Houve uma nova tentativa para levar a cabo uma troca em 1784, mas Carlos Augusto voltou a opor-se à mesma, novamente com o apoio da Prússia, e esta acabaria também por falhar. Carlos Teodoro viveu mais tempo do que Carlos Augusto que morreu sem deixar descendentes. A Baviera acabaria por ser herdada pelo seu irmão mais novo, o príncipe Maximiliano José.[3]

Genealogia

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Os antepassados de Carlos II Augusto, Duque de Zweibrücken em três gerações[4]
Carlos II Augusto, Duque de Zweibrücken Pai:
Frederico Miguel, Conde Palatino de Zweibrücken
Avô paterno:
Cristiano III do Palatinado-Zweibrücken
Bisavô paterno:
Cristiano II do Palatinado-Zweibrücken-Birkenfeld
Bisavó paterna:
Catarina Ágata de Rappoltstein
Avó paterna:
Carolina de Nassau-Saarbrücken
Bisavô paterno:
Luís Crato, Conde de Nassau-Saarbrücken
Bisavó paterna:
Filipina Henriqueta de Hohenlohe-Langenburg
Mãe:
Maria Francisca de Sulzbach
Avô materno:
José Carlos do Palatinado-Sulzbach
Bisavô materno:
Teodoro Eustáquio do Palatinado-Sulzbach
Bisavó materna:
Maria Leonor de Hesse-Rotemburgo
Avó materna:
Isabel Augusta de Neuburgo
Bisavô materno:
Carlos III Filipe, Eleitor Palatino
Bisavó materna:
Ludovica Carolina Radziwiłł


Carlos II Augusto do Palatinado-Zweibrücken
Casa de Wittelsbach
( Ramo Palatino – linhagem de Zweibrücken-Birkenfeld )
Nascimento: 29 de Outubro 1746 Morte: 1 de abril 1795
Precedido por
Cristiano IV
Duque de Zweibrücken
1775 - 1795
Sucedido por
Maximiliano I José

Referências

  1. Julia P. Gelardi. In Triumph's Wake: Royal Mothers, Tragic Daughters, and the Price They Paid. Nova Iorque: St. Martin's Press, 2008, ISBN 978-0-312-37105-0, p. 183.
  2. Paul Bernard. Joseph II and Bavaria: Two Eighteenth Century Attempts at German Unification. Hague: Martin Nijoff, 1965
  3. Berenger, pp. 96–97.
  4. The Peerage, consultado a 4 de Junho de 2014
 
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