Congregação para a Doutrina da Fé
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Dicastério da Igreja Católica | |
![]() Congregação para a Doutrina da Fé Congregatio pro Doctrina Fidei | |
![]() Congregatio pro Doctrina Fidei | |
Ereção Canônica: | 21 de julho de 1542 |
Prefeito: | Luis Ladaria, S.J. |
Secretário: | Giacomo Morandi |
Oficial Dom Frei Joseph Augustine Di Noia, O.P. Oficial Dom José Luis Mollaghan Oficial Pe. Matteo Visioli Oficial Dom Charles Jude Scicluna Página oficial: Congregação para a Doutrina da Fé | |
Emérito: | William Joseph Cardeal Levada Gerhard Ludwig Cardeal Müller |
Santa Sé · Igreja Católica | |
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Congregação para a Doutrina da Fé (em latim: Congregatio pro Doctrina Fidei) é a mais antiga das nove congregações da Cúria Romana, um dos órgãos da Santa Sé. Substituiu a Suprema e Sacra Congregação do Santo Ofício, que anteriormente chamava-se Suprema e Sacra Congregação da Inquisição Universal da Idade Moderna e era responsável pela criação da Inquisição em si.
A Congregação para a Doutrina da Fé engloba a Comissão Teológica Internacional e a Pontifícia Comissão Bíblica. Está sediada no Palazzo del Sant'Uffizio, na Piazza del Sant'Uffizio, em Roma.
HistóriaEditar
Suprema e Sacra Congregação da Inquisição Universal foi fundada pelo Papa Paulo III em 21 de julho de 1542, com o objetivo de defender a Igreja da heresia. É historicamente relacionada com a Inquisição. Até 1908 era denominada como Sacra Congregação da Romana e Universal Inquisição quando passou a se chamar Suprema e Sacra Congregação do Santo Ofício. Em 7 de dezembro de 1965, após o Concílio Vaticano II, o órgão foi novamente reformado durante o pontificado de Paulo VI sendo substituído pela organização atual.
Este órgão encarregava-se de averiguar casos de apostasia e heresia entre os católicos, principalmente aqueles pertencentes ao próprio clero. O julgamento implicava penas como prisão, excomunhão, uso de vestes que identificassem o herege etc. Além disso, ao contrário do que comumente se afirma, a pena de morte era evitada e concedida apenas na minoria dos casos, mesmo porque o perdão era concedido àquelas pessoas que se arrependessem durante o julgamento. Neste ponto, deve-se evitar confusão com a Inquisição Espanhola, liderada pelos reis da Espanha em sua busca da unificação do seu reino.
FunçãoEditar
A razão de ser da Congregação é difundir a doutrina católica e defender aqueles pontos de tradição católica que possam estar em perigo, com consequência de doutrinas novas não aceitáveis pela Igreja Católica. De acordo com o artigo 48 da Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana, Pastor Bonus, promulgada pelo Papa João Paulo II, em 28 de Junho de 1988: "a tarefa da Congregação para a Doutrina da Fé é promover e salvaguardar a doutrina sobre a fé e a moral católica em todo o mundo: Por esta razão, tudo aquilo que, de alguma maneira, tocar este tema cai sob a sua competência." A congregação também trata dos casos de abuso sexual e da instituição dos ordinariatos pessoais.
DocumentosEditar
- 2004
- 31 de maio: "Carta aos bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo" — contra a ideologia de gênero, critica o feminismo radical e a comparação entre heterossexualidade e homossexualidade.[1][2]
- 2006
- 26 de novembro: Notificação sobre a obra do Pe. Jon Sobrino, S. I.
- 2007
- 29 de junho: Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja.
- 1 de agosto: Respostas a perguntas da Conferência Episcopal dos Estados Unidos sobre a alimentação e a hidratação artificiais.
- 3 de dezembro: Nota doutrinal sobre alguns aspectos da evangelização.
PrefeitosEditar
Como "Congregação para a Doutrina da Fé", nome usado desde 7 de dezembro de 1965, teve os seguintes prefeitos:
Nome | Período | Notas | |
---|---|---|---|
Prefeitos | |||
1º | Alfredo Ottaviani | 1966-1968 | |
2º | Franjo Šeper | 1968-1981 | |
3º | Joseph Alois Ratzinger | 1981-2005 | Papa Bento XVI |
4º | William Joseph Levada | 2005-2012 | prefeito emérito |
5º | Gerhard Ludwig Müller | 2012-2017 | prefeito emérito |
6º | Luis Ladaria, S.J. | 2017- | atual |
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ Miskolci, Richard; Campana, Maximiliano (2017). «"Ideologia de gênero": notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo». Sociedade e Estado. 32 (3): 725–748. ISSN 1980-5462. doi:10.1590/s0102-69922017.3203008
- ↑ «Vaticano se posiciona contra o feminismo e a ideologia de gênero». noticias.uol.com.br. 2004. Cópia arquivada em 15 de junho de 2019