Glória de Matos

actriz portuguesa

Maria da Glória Martins de Matos Mendes, mais conhecida por Glória de Matos (Lisboa, 30 de maio de 1936), é uma galardoada atriz portuguesa.[1]

Glória de Matos
Glória de Matos
Nome completo Maria da Glória Martins de Matos Mendes
Outros nomes Glória de Mattos
Nascimento 30 de maio de 1936 (87 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade portuguesa
Ocupação atriz
Outros prémios
Prémio da Imprensa (1971) Melhor Intérprete
Prémio Lucinda Simões (1972) Teatro
Medalha de Mérito Cultural (2006)

Biografia editar

Glória de Matos nasceu a 30 de maio de 1936 em Lisboa.[2][3]

Iniciou a sua carreira de atriz em 1954, junto de Fernando Amado. Com este ajudou a fundar a Casa da Comédia, onde foi atriz residente e membro diretivo. Integrada no Grupo Fernando Pessoa fez uma digressão no Brasil, em 1962, para no ano seguinte, se fixar no Reino Unido. Graças a uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, diploma-se em Teatro. Em 1966 inicia uma colaboração com Raul Solnado, em 1968 ingressa na Companhia Portuguesa de Comediantes, em 1969 está na companhia do Teatro Nacional D. Maria II. Recebe, entre outros, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro o prémio de melhor atriz, pela interpretação em Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1971), de Edward Albee, em 1972. No cinema estreia-se em Operação Dinamite (1967) de Pedro Martins. Salienta-se a colaboração com o realizador Manoel de Oliveira, tendo participado em Benilde ou A Virgem Mãe (1975), Francisca (1981), Os Canibais (1988), Vale Abraão (1993), O Quinto Império (2004), Espelho Mágico (2005) e Singularidades de uma Rapariga Loura (2009).[3][4]

Professora da Escola de Teatro do Conservatório Nacional, de 1971 a 1975, e, da sua sucessora, a Escola Superior de Teatro e Cinema, entre 1980 e 1999, foi ainda conselheira de programação por três anos, e orientadora do Centro de Formação da RTP, por doze anos. Na Universidade Aberta regeu a disciplina de Expressão Oral no Curso de Mestrado em Comunicação Educacional e Multimédia, de 1991 a 1995. Foi ainda assessora da Secretaria de Estado da Cultura, de 1990 a 1992, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, de 1991 a 1994 e assessora do Instituto de Artes Cénicas, entre 1994 e 1998.

Em 2005 integrou, com as atrizes Fernanda Montemor, Maria José, Lia Gama e Lurdes Norberto, o elenco de cinco atrizes da peça A Mais Velha Profissão, de Paula Vogel, encenada por Fernanda Lapa no Teatro Nacional D. Maria II. Esta produção recebeu o Globo de Ouro (2006), para "Melhor Peça/Espetáculo".[5][6]

Televisão editar

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Ano Título Ref.
1982 Vila Faia [7]
1983 Origens [8]
1988 Baton [9]
1998 Terra Mãe [10]

Filmografia editar

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Ano Título Ref.
1967 Operação Dinamite [4]
1975 Benilde ou A Virgem Mãe [4]
1981 Francisca [4]
1988 Os Canibais [4]
1990 Encontro em Lisboa [4]
1993 Vale Abraão [4]
2004 O Quinto Império [4]
2005 Espelho Mágico [4]
2009 Singularidades de uma Rapariga Loura [4]

Teatro editar

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Ano Título Companhia Ref.
1961 O Marinheiro Grupo Fernando Pessoa [2]
1962 O Morgado de Fafe Casa da Comédia [2]
1963 Verbo Escuro + Regresso ao Paraíso Casa da Comédia [2]
1963 Verbo Escuro + Farsa Chamada Auto da Índia
+ Três Debuxos Teatrais de Fernando Amado
Casa da Comédia [2]
1966 O Barbeiro de Sevilha[11] TEP - Teatro Experimental do Porto [2]
1966 Quando É Que Tu Casas com a Minha Mulher? [2]
1966 Querida Mulatinha [2]
1967 António Marinheiro (O Édipo de Alfama) CPC - Companhia Portuguesa de Comediantes [2]
1968 As Três Perfeitas Casadas Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro [2]
1969 Os Visigodos Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro [2]
1969 A Esfera Facetada Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro [2]
1969 Otelo Companhia de Teatro da RTP [2]
1970 O Cravo Espanhol Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro [2]
1970 Tchau Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro [2]
1970 O Preço Empresa Vasco Morgado [2]
1971 Quem Tem Medo de Virginia Woolf? Empresa Vasco Morgado [2]
1974 O Terror e a Miséria no III Reich Teatro da Cornucópia [2]
1985 O Marinheiro ou Hamlet e o Pavor Desconhecido Grupo Fernando Pessoa [2]
1995 Ricardo II[12] TNDMII - Teatro Nacional D. Maria II (companhia) [2]
1996 Três Mulheres Altas TNDMII - Teatro Nacional D. Maria II (companhia) [2]
2002 Barcas TNDMII - Teatro Nacional D. Maria II (companhia) [2][13]
2005 A Mais Velha Profissão [5][2]

Prémio e distinções editar

Referências

  1. Nascimento, Guilherme; Oliveira, Marco; Lopes, Frederico. «Glória de Matos». CinePT - Cinema Português 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w «Ficha de Pessoa : Glória de Mattos». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 9 de Fevereiro de 2006. Consultado em 6 de dezembro de 2018 
  3. a b «Cinema português : Cronologia : 1939». Indica "19 de maio" como dia a nascimento. Instituto Camões. 2007. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  4. a b c d e f g h i j «Pessoa : Glória de Matos». Não são referidos os realizadores. CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 13 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 13 de dezembro de 2018 
  5. a b c Agência Lusa (26 de março de 2006). «Ministra distingue hoje cinco actrizes com medalha de Mérito Cultural». RTP. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  6. «Todos os vencedores da historia dos Globos de Ouro». Caras. 19 de maio de 2017. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  7. «E se Nemésio voltasse à TV». Correio da Manhã. 9 de agosto de 2002. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  8. «Programas TV : Origens – Episódio 01». RTP (Arquivos). 4 de abril de 1983. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  9. «Filme : Baton». CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  10. «Cartelera de Cine: Terra Mãe». La Vanguardia (em espanhol). Barcelona. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  11. Encenação
  12. Consultora artística.
  13. «Estreia dupla nos nacionais». Correio da Manhã. 9 de outubro de 2002. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  14. «Prémios Bordalo». Em 1971 denominado "Prémio da Imprensa". Presumida gralha para ano de entrega. Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 13 de dezembro de 2018 
  15. Moura, Nuno Costa (2007). «Apêndice 7 : Prémios Artísticos (entre 1959 e 1973)». "Indispensável dirigismo equilibrado" : O Fundo de Teatro entre 1950 e 1974 : (Volume II) (PDF) (Tese de Mestrado). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 36, 80. Consultado em 18 de maio de 2016 
  16. «Medalhas de Mérito Cultural» (PDF). Ministério da Cultura. Outubro de 2008. Consultado em 30 de setembro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 3 de agosto de 2010 
  17. «Dia da Mulher: Graça Lobo homenageada». Correio da Manhã. 7 de março de 2015. Consultado em 15 de setembro de 2017 

Ligações externas editar