Glaci Zancan

bioquímica brasileira
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Glaci Teresinha Zancan (São Borja, 16 de agosto de 1935Florianópolis, 29 de junho de 2007) foi uma bioquímica, pesquisadora e professora universitária brasileira.

Glaci Teresinha Zancan
Conhecido(a) por estudo da estrutura e função da galactose oxidase e caracterização taxonômica do fungo produtor da enzima Cladobotryum dendroides
Nascimento 16 de agosto de 1935
São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil
Morte 29 de junho de 2007 (71 anos)
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Prêmios Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico
Orientador(es)(as) Metry Bacila
Instituições Universidade Federal do Paraná
Campo(s) Bioquímica
Tese Permeabilidade de Candida albicans aos ácidos orgânicos do ciclo de Krebs (1959)
Foto tirada no dia 2 de janeiro de 1958 de Metry Bacila (à esquerda) ao lado de Glaci Zancan que foi orientada por Bacila

Professora emérita da Universidade Federal do Paraná, ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), era também Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico.[1]

Biografia editar

Glaci nasceu na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, em 1934. Era filha de Fernando e Maria Zancan, filhos de imigrantes italianos. Em sua cidade natal, terminou o ensino primário na Escola Normal Sagrado Coração de Jesus (1941 a 1946) e precisou ir para a capital, Porto Alegre, para concluir o ensino médio, no Colégio Americano (1947-50).[1]

Em 1956, formou-se na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1959 defendeu o doutorado em Química Biológica, pela mesma instituição, sob a orientação de Metry Bacila. O pós-doutorado foi no Instituto de Investigaciones Bioquímicas, Fundación Campomar, em Buenos Aires (1962/63 e 1964), com a a supervisão de Luís Federico Leloir, o Nobel de Química de 1970. De 1964 a 1965, estagiou no Laboratoire de Chimie Physiologique, na Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, onde trabalhou com Henri-Gery Hers (1964 a 1965).[1]

Presidiu a Sociedade Brasileira de Bioquímica e, posteriormente, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (19992003), da qual fora vice-presidente. Nos últimos anos de vida, foi membro do Conselho Superior da CAPES e do Conselho Estadual de Educação do Paraná. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.[1]

Coordenou o Programa de Pós-graduação em Bioquímica da UFPR por 11 anos. Foi Bolsista de Produtividade Científica 1A do CNPq. Orientou 25 mestres e doutores. Publicou 42 trabalhos originais de pesquisa na área de Bioquímica de Microrganismos, especialmente de fungos, em periódicos nacionais e internacionais.[1] Glaci foi fundamental na consolidação do curso de pós-graduação em Ciência (Bioquímica) da UFPR, criado em 1965.[2]

Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, do governo federal; a Medalha do Mérito Educativo, do Conselho Federal de Farmácia e a Ordem do Mérito Educativo, como oficial do governo federal. Seu último título foi de Professora Emérita da UFPR, em 31 de maio de 2006.[2]

Morte editar

Glaci morreu em 29 de junho de 2007, em Florianópolis, aos 72 anos, em decorrência da esclerose lateral amiotrófica.[2] Ela foi cremada na manhã seguinte, em Curitiba.[3]

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Referências

  1. a b c d e CNPq (ed.). «Glaci Teresinha Zancan (1934- 2007)». Pioneiras da Ciência. Consultado em 19 de janeiro de 2020 
  2. a b c Fabio O. Pedrosa (ed.). «O legado de Glaci». Gazeta do Povo. Consultado em 19 de janeiro de 2020 
  3. «Glaci Zancan morre aos 72 anos». Agência FAPESP. Consultado em 19 de janeiro de 2020