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Japan foi uma banda inglesa de new wave formada em 1974 em Catford, sul de Londres, por David Sylvian (vocal, guitarra, teclado), Steve Jansen (bateria) e Mick Karn (baixo), acompanhados por Richard Barbieri (teclados) e Rob Dean (guitarra solo) no ano seguinte.[1] Inicialmente uma banda inspirada no glam rock, Japan desenvolveu seu som e visual andrógino new romantic, incorporando música eletrônica e influências estrangeiras.[1]

Japan
Japan (banda)
Mick Karn e David Sylvian em Toronto, 1979
Informação geral
Origem Londres, Inglaterra
País Reino Unido
Gênero(s)
Período em atividade 1974 - 1982
Gravadora(s) Ariola Records
Hansa Records
Virgin Records
Afiliação(ões) Rain Tree Crow, The Dolphin Brothers, Nine Horses
Integrantes David Sylvian
Mick Karn (falecido)
Rob Dean
Richard Barbieri
Steve Jansen
Página oficial Nightporter
Life In Tokyo
Myspace

De acordo com o livro Clássicos do Rock em CD (editora Azul, 1992, Brasil, página 95) "Sua musicalidade, então influenciada pelo glam rock e a emergente new wave, foi gradativamente mudando para melodias e arranjos mais sofisticados; especialmente pela saída do guitarrista Dean a partir do terceiro álbum, que fez com que os teclados sutis de Barbieri e o baixo fretless (sem trastes) de Karn passassem a predominar no som do grupo".[2]

História

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A história a seguir foi coletada do site Life In Tokyo, dedicado a informações sobre o grupo.[3]

1974-1978: Período Glam

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Formada em Londres no ano de 1974 pelos irmãos David e Stephen Batt (respectivamente autodenominados David Sylvian e Steve Jansen) e o amigo Andonis Michaelides (Mick Karn), a banda inicialmente possuía uma sonoridade mais voltada ao glam rock com influências de New York Dolls principalmente. Para concretizar seu som, o trio recrutou o colega Richard Barbieri para tocar teclados e encontrou o guitarrista Robert Dean (Rob Dean) através de um anúncio publicado no jornal Melody Maker. O nome Japan foi escolhido às pressas para um dos primeiros shows.

O visual andrógino de Sylvian chamou a atenção do empresário Simon Napier-Bell (ex empresário dos The Yardbirds e de Marc Bolan), que começou a empresariar a banda lançando os discos através do selo alemão Ariola-Hansa e fazendo com que o Japan abrisse shows em turnê do The Damned. Os primeiros discos lançados, Adolescent Sex e Obscure Alternatives, produzidos por Ray Singer, tiveram pouca recepção na Inglaterra, embora o grupo tenha adquirido grande popularidade no Japão (provavelmente por questão de seu nome). Ambos os discos contém um punhado de faixas interessantes, incluindo algumas com influências definitivas de soul, funk e reggae. Durante este tempo a banda excursionou com o Blue Öyster Cult. Os cabelos grandes e a voz gritante claramente não estavam trabalhando, tanto pessoal como comercialmente, e em 1979 o Japan começou seguindo em uma direção completamente diferente.[3]

1979-1980: new romantic

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Aliando-se ao produtor Giorgio Moroder, o single "Life In Tokyo", lançado em março de 1979[4], apresentou o ponto da virada. A banda compôs várias músicas no estilo por esta época, incluindo o single posterior "European Son". A voz de Sylvian passou de aguda para mais grave, adotando a postura vocal de um Bryan Ferry; sendo apoiada pela percussão precisa de seu irmão Jansen, pelo baixo de sonoridade marcante e pelos saxofones de Mick Karn e pela guitarra e teclado sutis e pincelados de Rob Dean e Richard Barbieri.

O disco do final de 1979, Quiet Life,[carece de fontes?] mostrou um controle artístico e musical superior a seus antecessores, marcando a primeira colaboração do Japan com o produtor John Punter (que produziu o LP do Roxy Music, Country Life, em 1974). Dentre as músicas se inclui uma cover de "All Tomorrow's Parties", da banda The Velvet Underground.[5] Mesmo assim o disco chegou apenas ao 53º posto nas paradas do Reino Unido.[6] Também sai em single outra cover gravada por eles, "I Second That Emotion", de Smokey Robinson & The Miracles, mirando a parada de singles e buscando obter mais reconhecimento (chegando na posição #9[6]). Por esta época o visual de Sylvian, e a música do Japan, eram adequados a incluí-los na onda da new romantic inglesa.

O fracasso fez com que a Ariola-Hansa optasse por não mais manter a banda, o que a fez mudarem-se para o catálogo da Virgin.[3]

1980-1982: Pop experimental

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1980 veria sair o álbum Gentlemen Take Polaroids, em novembro,[carece de fontes?] marcando outro salto fantástico para a maturidade da banda. Neste disco se inicia a parceria entre David Sylvian e o tecladista Ryuichi Sakamoto, em "Taking Islands In Africa"; sendo também o último disco que incluiria a participação da guitarra de Dean (que havia perdido bastante espaço na sonoridade do grupo). O guitarrista deixou a banda pouco antes da turnê Visions of China, em 1981, resultante da crescente ênfase no uso de sintetizadores. Dean chegou ainda a desenvolver certa atividade como músico.[7] Posteriormente foi estudar e desenhar pássaros na Guatemala, Costa Rica e Panamá, tornando se ornitólogo.[8] O grupo chamou então David Rhodes para tocar guitarra na turnê de 1981 e mais tarde recrutou Masami Tsuchiya (do grupo japonês Ippu-Do) para tocar guitarra em sua última turnê, de 1982.[9]

Novembro de 1981 viu o lançamento do último álbum de estúdio do Japan, Tin Drum,[carece de fontes?] amplamente elogiado como obra-prima da banda. Desta vez foram eles e Steve Nye quem produziu o disco. O LP chegou a 12º posto nas paradas do Reino Unido e produziu o improvável ​​"top 5" single, "Ghosts".[6] Este foi o maior sucesso de toda sua carreira. O restante das músicas, desde o funk branco de "The Art of Parties" ao som épico de "Visions of China", fez Tin Drum ficar como um dos álbuns mais completamente sólidos da década de 1980; embora, com Mao Tsé-Tung na capa e músicas como "Canton", "Visions of China" e "Cantonese Boy", faça os fãs se perguntarem por quê uma banda chamada Japan fez músicas sobre a China.

Aproveitando a onda de sucesso súbita de Tin Drum, a banda embarcou em duas grandes turnês, Visions of China, em 1981, e Sons of Pioneers, em 1982. Esta última produziu o filme Oil on Canvas, filmado no Hammersmith Odeon de Londres, bem como um LP duplo, ao vivo, com o mesmo nome. Por este período, a Ariola-Hansa, para desgosto da banda, aproveitou a oportunidade para relançar o catálogo do Japan. Anos após seu lançamento, faixas como "I Second That Emotion", "Quiet Life" e "European Son" (que anteriormente era apenas lado B de singles) conseguiram subir nas paradas.

 
A banda em Londres, 1982. Da esq. para a dir.: Steve Jansen, Mick Karn, David Sylvian, Richard Barbieri e Masami Tsuchiya

Apesar de seu histórico sucesso no momento e turnês, a banda, depois de muita especulação da imprensa, decidiu chamar os repórteres após a Sons of Pioneers tour.[10] Diferenças antigas entre Karn e Sylvian são citadas como a causa para a dissolução, o que provavelmente veio à tona quando a namorada de Karn, Yuka Fujii, o deixou por Sylvian. Fujii tinha sido, anteriormente, uma colaboradora frequente com o Japan, proporcionando obras de arte para capas de discos e até mesmo cantando backing vocals em Tin Drum. Segundo a assessoria da gravadora, o Japan esteve junto até sua dissolução, realizando seu último concerto em 16 de dezembro de 1982 em Nagoia e lançando o álbum ao vivo Oil on Canvas por despedida, em 1983.[3]

A publicação de 2005, 1001 Albums You Must Hear Before You Die, inclui Quiet Life do Japan em sua listagem.[11] Depois, o livro 1001 Songs You Must Hear Before You Die inclui a música "Ghosts" em sua lista.[12]

1982-1991: Intervalo

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No intervalo entre a dissolução do Japan e o ano de 1991, David Sylvian, inicialmente, fez parceria com Ryuichi Sakamoto (no single "Bamboo Houses" / "Bamboo Music"), em 1982; participa na mesma parceria com a música "Forbidden Colours", em 1983 (da trilha sonora de Merry Christmas, Mr. Lawrence), e lança seis álbuns de estúdio (três deles absolutamente experimentais, dois em parceria com Holger Czukay - da banda alemã Can) com seu irmão, Steve Jansen, na bateria. O baixista Mick Karn inicia com um single inspirado numa música do cantor brasileiro Roberto Carlos, lança dois discos de estúdio e participa de parcerias com Midge Ure do Ultravox (no single "After a Fashion") e Peter Murphy do Bauhaus (na banda Dalis Car); também tocando em uma música do EP Chimera de Bill Nelson e lançando o single da música "Buoy" (com Sylvian nos vocais e Jansen),[carece de fontes?] além de tocar em discos de Gary Numan, Kate Bush e Joan Armatrading. Steve Jansen lança parcerias com o músico japonês Yukihiro Takahashi ("Stay Close") e faz uma parceria com Richard Barbieri, montando a banda The Dolphin Brothers e lançando o disco Catch the Fall em 1987.[carece de fontes?]

1991: Rain Tree Crow (reunião 1989-1990)

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No final dos anos 80 e início dos anos 90 e após nove anos de dissolução a banda (menos Rob Dean) retorna para um único disco, reunidos sob o nome de Rain Tree Crow, por insistência de Sylvian, entre setembro de 1989 e abril de 1990. O álbum resultante é essencialmente improvisado, sem ensaios. Esta abordagem foi um elemento integrante de todo o projeto e, em muitos aspectos, era a razão para a colaboração; um conceito de performances de improviso que representou um nítido contraste com as formas pelas quais o grupo Japan tinha inicialmente trabalhado. Os primeiros estúdios utilizados ficavam em Miraval, no sul da França, e a ideia é que todos compusessem material e tocassem com as fitas de gravação rodando o dia todo. O projeto foi inicialmente concebido como uma longa sequência de seis álbuns mas, com a insistência de Sylvian para que o nome do Japan não pudesse ser usado no conjunto, a Virgin se recusou a colocar mais dinheiro a menos que este nome pudesse ser usado. O impasse resultante foi resolvido por decisão de Sylvian, que financiou pessoalmente a mixagem do álbum, que saiu em 1991.[carece de fontes?] No entanto o grupo já não se interessava mais pela reunião.

1996: Tributo

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Em 1996 é lançado um tributo ao Japan, intitulado A Tribute To Japan: Life In Tokyo, apenas pela BMG japonesa.[carece de fontes?]

2011: Morte de Mick Karn

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Em 4 de janeiro de 2011, o baixista da banda, Mick Karn, falece em decorrência de um câncer.[13] Em 2009 ele lançou sua autobiografia, Japan & Self Existence (388 páginas / ASIN: B004G6Y4YC).[14]

Discografia

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Álbuns de estúdio

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Ao vivo

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Coletâneas

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Tributo

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  • A Tribute To Japan: Life In Tokyo (1996) - BMG

Referências

  1. a b «Catford to California via Japan» (em inglês). The Telegraph. 27 de março de 1999. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  2. Lemos, J. A.; Forastieri, A.; Pucci, C. (1992). Clássicos do Rock em CD - Edição 89-G. São Paulo: Azul 
  3. a b c d «Japan biography» (em inglês). Life In Tokyo. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  4. «Japan - Life In Tokyo» (em inglês). 45cat. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  5. «Japan» (em inglês). Musicfolio. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  6. a b c «Japan, albums & singles» (em inglês). The Official Charts Company. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  7. «Rob Dean» (em inglês). Archive.is. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  8. «Rob Dean (The Birds of Panama)» (em inglês). Zona Tropical Publications. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 7 de dezembro de 2013 
  9. «Masami Tsuchiya & Ippu-Do» (em inglês). Life In Tokyo. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  10. «Japan live in 1982 - "Sons of Pioneers" Tour» (em inglês). Nightporter. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  11. «1001 Albums You Must Hear Before You Die» (em inglês). Rock List Music. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  12. «1001 Songs You Must Hear Before You Die» (em inglês). Listology. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  13. «Japan bassist Mick Karn dies» (em inglês). NME. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 
  14. Karn, Mick. «Japan And Self Existence» (em inglês). Lulu. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2013 

Ligações externas

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