José Augusto de Macedo de Campos e Sousa

José Augusto de Macedo de Campos e Sousa (Lisboa, Sacramento, 3 de Maio/Junho de 1907 - 21 de Dezembro de 1980) foi um activista político, jornalista, editor, escritor, genealogista e heraldista português.[1][2]

José Augusto de Macedo de Campos e Sousa
Nascimento 1907
Lisboa
Morte 21 de dezembro de 1980
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação empresário

Família editar

Filho único de Augusto Cesário de Campos e Sousa (23 de Outubro de 1871 - ?), Proprietário, Diplomado com o Curso Superior de Comércio e colaborador da "Revista de Ex-Libris Portugueses", de ascendência Judia Sefardita, e de sua mulher (16 de Junho de 1906) Amélia Magna de Antas de Loureiro de Macedo (Torres Novas, 13 de Setembro de 1879 - ?), filha de Alfredo de Antas da Cunha e Brito Lopes de Macedo e de sua mulher Capitolina Maria de Almeida de Loureiro, bisneta do 1.º Barão de São José de Porto Alegre.[3][2]

Biografia editar

Antigo Aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Presidente da sua Junta Escolar da Federação dos Estudantes Monárquicos de Portugal, cursou, depois, a Escola Superior Colonial.[3]

Foi Militar, Oficial do Exército Português, Miliciano de Infantaria, conforme declarou ao ingressar no Colégio Brasileiro de Genealogia, onde atingiu o posto de Tenente-Coronel, e foi condecorado com a Medalha de Prata de Filantropia e Caridade do Instituto de Socorros a Náufragos do Ministério da Marinha.[2]

Foi Membro da Comissão do Monumento Fúnebre à Memória d' El-Rei D. Carlos I e do Príncipe Real D. Luís Filipe e pertenceu à Comissão Organizadora da Causa Monárquica.[3]

Foi Secretário da Propaganda no Estrangeiro e um dos Fundadores do Movimento Nacional-Sindicalista.[3]

Foi Cavaleiro de Justiça da Ordem de Santa Maria de Belém e Cavaleiro de Honra da Sagrada Ordem Militar Constantiniana de São Jorge.[3]

Colaborou no jornal "Revolução", no semanário "Fradique", na revista "Feira da Ladra", no Arquivo de Documentos Históricos, no Arquivo Nacional de Ex-Libris e na revista "Stadium".[3] Foi Director-Proprietário das Edições G.A.M.A., Ltda e Editor do semanário "Aléo".[2]

Foi Vogal do Conselho de Nobreza, Membro da Academia Portuguesa de Ex-Libris, Adjunto do Arquivo Histórico Militar, Director do Gabinete de Heráldica do Estado-Maior do Exército, Secretário da revista "Armas e Troféus", Vice-Presidente da Comissão do Dia de Goa, etc, e Membro de diversas instituições culturais, entre elas, a Associação dos Arqueólogos Portugueses, da qual foi Secretário-Geral, o Instituto Português de Heráldica, o Instituto Internacional de Genealogia y Heráldica, o Instituto Genealógico Brasileiro, ao qual se associou em 1967 e do qual foi Conselheiro, e a Federação dos Institutos Genealógicos Latinos, onde foi Director do Gabinete Genealógico de Portugal.[2]

Foi Fidalgo de Cota de Armas.[2]

Obra publicada editar

Escreveu e foi autor de: [2][3]

  • Notícia Histórica do Monumento, etc, no Livro do Monumento Fúnebre à memória Sagrada de S.M.F. El-Rei o Snr. D. Carlos I e de Seu Augusto Filho S.A.R. o Príncipe Snr. D. Luiz Felipe, Mortos ao Serviço da Pátria, em colaboração com João António de Azevedo Coutinho Fragoso de Sequeira, Lisboa, 1933[2][3]
  • Cartas de Brasão Inéditas, em colaboração com Eugénio Eduardo de Andrea da Cunha e Freitas, 1933[2]
  • Mousinhos d'Albuquerque - Subsídios para a sua História, Lisboa, 1935[2][3]
  • Navarros de Andrade - Subsídios para a Genealogia da Família Campos, de colaboração com Eugénio Eduardo de Andrea da Cunha e Freitas, Braga, 1935[2][1]
  • Os Milhões de Calcutá – Notícia Histórica & Genealógica, Lisboa, 1936[2][4]
  • Viscondes-Barões de Vila Nova de Foz Coa e Condes-Viscondes de Pinhel - Subsídios para a Genealogia da Família Campos, de colaboração com Eugénio Eduardo de Andrea da Cunha e Freitas, Braga, 1937[4]
  • Breve notícia genealógica da descendência do Barão de São José de Porto Alegre, 1937[2]
  • Sobre Quatro Indígenas de Angola (Hanha, Bailundo, Dondo e Banhema), adultos, do sexo masculino, trabalho de Antropologia Colonial.[4]
  • A Herança de Calcutá – Notícia Histórica e Genealógica, 1943[2]
  • Da origem dos Pintos e dos Cams, 1945[2]
  • Processo Genealógico de Camilo Castelo Branco, Edições G.A.M.A., 1.ª Edição, Lisboa, 1946[2]
  • História de uma Casa Pombalina, 1946[2]
  • Esclarecimento das dúvidas manifestadas pelo Senhor Jacinto do Prado Coelho, em "Introdução ao estudo da novela camiliana", acerca da identidade da mãi de Camillo, 1947[2]
  • A Vera Genealogia do ditador Salazar, em colaboração com Luís José de Bivar de Sousa Leão Pimentel Guerra, Biblioteca Nacional de Lisboa - Maço 256, N.º 57, Lisboa, 1947
  • A Casa e Quinta da Bufuaria, 1948[2]
  • O marido de "madame" de Paiva, 1948[2]
  • Serviços Gerais da Cruz Vermelha Portuguesa, 1949[2]
  • A Casa das Quartas em Abambes de Mateus, 1949[2]
  • O Paço dos Vilas Reais, 1949[2]
  • A Casa de Urros, 1949[2]
  • Um brasão de armas austríaco, de inspiração portuguesa, 1950[2]
  • Correias de São Miguel – Uma família portuense no povoamento dos Açores, 1950[2]
  • Actualização do Processo Genealógico de Camillo Castello Branco, 1951[2]
  • Cartas de Sua Majestade a Rainha Senhora Dona Amélia para um escolar de medicina, 1951[2]
  • Macedos de São João Baptista de Castedo – Uma família de Trás-os-Montes na história militar do Porto, 1951[2]
  • Os Viscondes da Praia Grande de Macau, 1953[2]
  • Frei João da Madre de Deus- Sua obra genealógica e seus Antas de Santa Maria de Távora, Câmara Municipal do Porto, 1.ª Edição, Porto, 1954[2]
  • Psicanálise, Judaísmo e Mãe de Camillo – Resposta a Gondin da Fonseca, 1954[2]
  • Notas à margem de um romance camiliano: “O Santo da Montanha”, 1955[2]
  • In Memoriam do Conde da Torre – colaboração com Delfim Maya e outros, 1956[2]
  • Vinte dias em Viena, 1957[2]
  • Viagem de Sua Majestade a Imperatriz viúva Duquesa de Bragança à Suécia, no ano de 1839, 1958[2]
  • Elementos para o processo genealógicos dos Mousinhos de Albuquerque, 1958[2]
  • Acerca de uma família ilustre dos antigos magistrados do Porto, 1958[2]
  • Dois Macedos na Expedição de 1895, 1959[2]
  • Macedos de Vilar de Maçada e outros, desentroncados, 1959[2]
  • Loiça brasonada, 1962[2]
  • A propósito do livro “Porcelaine de la Compagnie des Indes”, de Michel Beurdeley, 1962[2]
  • A propósito da iconografia da Virgem nas bandeiras e guiões militares e nos estandartes reais portugueses, 1964[2]
  • Livro das Librés da Casa Pereira Vianna, 1964[2]
  • Três peças curiosas de porcelana sínica de encomenda, 1964[2]
  • A bandeira e o tope azuis e brancos – subsídios para a sua história, 1965[2]
  • Camilo e a Princesa do Corgo, 1967[2]

e outros[2]

Casamento e descendência editar

Casou em Vila Real, Mateus, a 9 de Junho de 1941 com Maria de Lourdes de Medeiros de Barros Botelho Coelho Mourão (Sabrosa, Sabrosa, 13 de Julho de 1920 - ?), filha de João de Barros Botelho Coelho Mourão e de sua mulher Maria Manuela de Medeiros, da qual teve três filhas e um filho,[2] o cantor José Campos e Sousa[5]

Referências