Mococa

município brasileiro do estado de São Paulo
 Nota: Este artigo é sobre um município. Para outros significados, veja Mococa (desambiguação).

Mococa é um município brasileiro do estado de São Paulo, faz parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), sendo uma das subsedes metropolitanas. Localiza-se a uma latitude 21º28'04" sul e a uma longitude 47º00'17" oeste, estando a uma altitude de 645 metros. A cidade de Mococa localiza-se no nordeste do Estado de São Paulo, distante 113 km de Ribeirão Preto a maior cidade da região. Sua população estimada em 2020 era de 68.980 habitantes. O município é formado pela sede e pelos distritos de Igaraí e São Benedito das Areias.[7][8]

Mococa
  Município do Brasil  
Da esquerda para a direita: Igreja matriz de São Sebastião, Fonte dos Amores, Escultura "Os Fundadores", de Bruno Giorgi; Casarão histórico de 1898, "Barão do Café", e vista panorâmica de Mococa.
Da esquerda para a direita: Igreja matriz de São Sebastião, Fonte dos Amores, Escultura "Os Fundadores", de Bruno Giorgi; Casarão histórico de 1898, "Barão do Café", e vista panorâmica de Mococa.
Da esquerda para a direita: Igreja matriz de São Sebastião, Fonte dos Amores, Escultura "Os Fundadores", de Bruno Giorgi; Casarão histórico de 1898, "Barão do Café", e vista panorâmica de Mococa.
Símbolos
Bandeira de Mococa
Bandeira
Brasão de armas de Mococa
Brasão de armas
Hino
Lema Terra Mea Pavlista Generosa
"Minha Generosa Terra Paulista"
Gentílico mocoquense
Localização
Localização de Mococa em São Paulo
Localização de Mococa em São Paulo
Localização de Mococa em São Paulo
Mococa está localizado em: Brasil
Mococa
Localização de Mococa no Brasil
Mapa
Mapa de Mococa
Coordenadas 21° 28' 04" S 47° 0' 18" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Ribeirão Preto
Municípios limítrofes São José do Rio Pardo, Tapiratiba, Cássia dos Coqueiros, Tambaú, Casa Branca, Arceburgo, Monte Santo de Minas, Guaranésia, Cajuru
Distância até a capital 266 km
História
Fundação 5 de abril de 1856 (167 anos)
Emancipação 3 de fevereiro de 1873 (151 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Eduardo Ribeiro Barison[2] (PSD, 2021 – 2024)
Vereadores 15
Características geográficas
Área total [3] 854,074 km²
População total (estimativa populacional IBGE/2020[4]) 68 980 hab.
Densidade 80,8 hab./km²
Clima tropical de altitude (Aw)
Altitude 645 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,762 alto
 • Posição SP: 151°
PIB (IBGE/2009[6]) R$ 1 053 970,000 mil
PIB per capita (IBGE/2009[6]) R$ 15 337,61

História editar

 
Fazenda São José do Mato Seco. Pertenceu ao Barão de Monte Santo, um dos fundadores de Mococa.

Fundação editar

A história de Mococa se inicia durante a primeira metade do século XIX, quando errantes provindos de Minas Gerais, sobretudo de Aiuruoca e outros municípios vizinhos, sabendo da alta fertilidade do solo na região, iniciam o desbravamento das grandes matas virgens locais e dão inicio as primeiras ocupações. Gerando, subsequentemente, grandes propriedades para o cultivo do café e utilizando-se de mão de obra escravizada africana no processo.[9]

Como principais fundadores, destacam-se Gabriel Garcia de Figueiredo, o "Barão de Monte Santo" e Venerando Ribeiro da Silva, responsável pelo traçado urbanístico das ruas e praças do município emergente.[10]

 
Festividades na praça da Matriz, ainda em construção (início do século XX)

Introdução do café editar

No cerne do período imperial, o povoado, até então conhecido como São Sebastião da Boa Vista, o nome original de Mococa, é elevado à condição de capela curada, no ano de 1841. Poucos anos depois, em 1846, é implantada a primeira lavoura cafeeira, gerando assim, a ocupação e o desenvolvimento urbano e rural.[11]

A primeira igreja de Mococa, posteriormente conhecida como Matriz Velha, foi construída também em 1846, dedicada à São Sebastião, o padroeiro da cidade. Por sua rusticidade, acaba perdendo relevância durante o fim do século XIX. Deste modo, monta-se uma comissão incluindo nomes do alto escalão político e econômico de Mococa, incluindo o Barão de Monte Santo, para a inauguração de uma nova Matriz, fato ocorrido em 1896.

 
Mococa durante a década de 1920.

A antiga igreja matriz veio a ser demolida em 1919, dada suas precárias condições. Sendo reconstruída em 1921, com estilo arquitetônico eclético, pela iniciativa de Iria Josepha da Silva e seu marido, Francisco Figueiredo. Tendo sua arquitetura projetada pelo renomado arquiteto italiano Gherardo Bozzani.[11]

Passou, em 1857, a ser considerado uma freguesia. Em 1871, passou à condição de vila e em 1875, pela iniciativa de Gabriel Garcia de Figueiredo junto ao governo imperial, veio a ser considerada oficialmente uma cidade.

Desenvolvimento e imigração editar

Após 1888, data da abolição da escravatura, fez-se necessária a substituição da mão de obra escrava. A cidade passou, então, a receber uma massa de imigrantes, em sua esmagadora maioria de italianos (cerca de 10.000) e, em menor escala, de alemães, austríacos, espanhóis, portugueses e libaneses.[12]

 
Propulsora do desenvolvimento econômico e da imigração, o ciclo iniciado em 1890 encerrou-se com o último trem da Mogiana em 1966.

A partir da década de 1890, Mococa passou pelo seu período áureo, com as riquezas geradas pelos produtores de café proporcionando grandes avanços para a cidade, como a construção da Matriz Nova, a igreja de São Sebastião e o início das operações da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, responsável por escoar a produção cafeeira para o mercado externo e pela chegada dos milhares de imigrantes que Mococa receberia, para trabalhar nas fazendas de café, ao longo das décadas seguintes. O último trem da estação mocoquense partiu em 1966.[13][14]

Como resultado, houve uma fusão cultural e cosmopolita em pleno "sertão do pardo", período este conhecido como a "belle époque caipira", qualificando Mococa como uma das cidades produtoras do melhor café do Brasil. A florada civilizadora do café tornou os cafeicultores da cidade parte da elite social brasileira.

Crise e declínio do café editar

Porém, entre 1914 e 1918, período da Primeira Guerra Mundial, ocorreu a desorganização do comércio internacional, desestruturando a economia cafeeira devido à retração dos mercados consumidores. Crise que se acentuaria com o Crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929.

A partir desse período, os fazendeiros passaram investir na criação de gado de leite. Em 1932, a cidade foi um dos fronts da Revolução constitucionalista no conflito entre mineiros e paulistas.[15]

 
João Goulart na Inauguração do Mercado Municipal, em 1963.

Pós-guerra e ditadura militar editar

Em 1959, foi inaugurado o Cine Mococa, um dos mais tradicionais cinemas da região, mantendo sua arquitetura de época intacta.

Três anos mais tarde, em abril de 1963, Mococa recebeu a presença do presidente da república, João Goulart. Onde este inaugurou o Mercado Municipal, o conhecido Mercadão, ao lado do seu ex-ministro da agricultura, o mocoquense Renato Costa Lima.[16]

Durante os anos de chumbo, houve alguns casos onde a repressão da ditadura atuou, como na prisão de Milton Gagliardi, militante comunista da época, que fora transferido para Cajuru. Tendo sido solto algum tempo depois.

Relevante também é a presença de Carlos Lamarca (capitão do Exército na época, conhecido por desertar o mesmo e se juntar a luta armada), em 1967, no Tiro de Guerra 02-022, para realizar uma das muitas inspeções técnicas que o TG passava. Nessa época, seus ideais revolucionários já começavam a se aflorar.

 
A mulher de Mococa, obra do escultor Bruno Giorgi, na praça Marechal Deodoro

Bruno Giorgi editar

 Ver artigo principal: Bruno Giorgi

Nascido em 1905, no antigo Hotel Terraço, o escultor mocoquense Bruno Giorgi saiu de Mococa com os pais, imigrantes italianos, ainda criança, rumo à Itália.

Em 1983, já em idade avançada e com uma experiência de vida intensa pelo mundo das artes, retorna à sua terra natal pela primeira vez, desde sua infância.

Deixou em sua cidade, como homenagem, duas obras: A mulher de Mococa, na praça Marechal Deodoro e Os Fundadores, na praça Epitácio Pessoa, ambas localizadas no centro histórico de Mococa.[17]

Etimologia editar

O nome da cidade se origina da língua tupi e significa "casa de mocó", a partir da junção dos termos mokó ("Mocó") e oka ("casa").[18]

Segundo o historiador Humberto de Queiroz, o Capitão-mór Custódio José Dias passou pela região, em 1844, para caçar. Ao avistar o povoado, disse aos que o acompanhavam: "Olhem para essas mocoquinhas". Indagado sobre o significado do termo, Custódio explicou que em Ibituruna, onde nasceu, havia um bairro chamado "Mocócas" ou "Mocóquinhas", e que o termo significava pequenas casas ou pequenas ócas. Na realidade, porém, o termo em tupi significaria algo como "casa de mocós". Segundo o linguista Eduardo de Almeida Navarro, especialista em tupi antigo, a confusão surgiu quando uma obra de Theodoro Sampaio apontava que Mococa viria de Mô-coga, significando fazer roça, roçado ou plantação[19].

Outra versão é a contada pelo Comendador José Fernandes, que morou por 70 anos na vizinha Caconde: dizia ele que o Ribeirão do Meio, que cortava a cidade, era rico em peixes da espécie Synbranchus marmoratus, também chamados Moçum. A alta quantidade teria feito daquele lugar conhecido por ser o lugar onde habitava (óca do peixe moçum, ou moçum-ocó)[20]. O poeta Maranhense Manoel da Cruz Evangelista reforça a versão em seu verso "Um dilá, chegou no Amapá, foi pegar muçum na mocooca"[21]. Outra evidência é a presença do nome em regiões aquíferas, como a praia da Mococa, nome herdado do Rio Mocóca[22], bem como o vilarejo de Mocooca, no Pará, um dos mais representativos na pesca na região do Maracanã[23].

Turismo editar

Mococa, cidade histórica dotada de rico patrimônio histórico e cultural, eventos de reconhecimento a nível nacional e grande potencial ecológico, integra a região turística Caminhos da Mogiana e possui cinco segmentos principais de turismo, sendo estes: cultural, rural, ecoturismo, eventos e turismo religioso.[24]

Histórico e cultural editar

Centro Histórico: contando com inúmeros casarões históricos bem preservados do período áureo do ciclo do café, dos anos 1890 á década de 1920.[12] Além da imponente Igreja Matriz de São Sebastião, de 1896, o coreto central da praça, que recebe a apresentação, aos domingos, da tradicional Filarmônica Mocoquense, fundada no ano de 1892.[25] Bem como a Igreja Nossa Senhora do Rosário e as esculturas 'A Mulher de Mococa' e 'Os Fundadores', ambas do renomado escultor mocoquense Bruno Giorgi.[11]

 
Fonte luminosa da praça da Matriz.

Cinema e Teatro: o antigo Cine Theatro Central, hoje Teatro Municipal, foi o cinema original do município, tendo o seu último filme exibido no fim da década de 1970. Já o Cine Mococa, também tradicional, fundado em 1959, tem uma das maiores telas de projeção do Brasil e substituiu o antigo Cine Theatro, se tornando predominante em Mococa.[26] Possuindo arquitetura chamativa, característica dos cinemas clássicos dos anos 50 e 60. Além de pinturas internas na sala principal do artista e historiador mocoquense Carlos Alberto Paladini[9]

Casa de Cultura Rogério Cardoso: fundada no ano de 2010, no antigo prédio, datado de 1929, da Sociedade Italiana Doppo Lavoro e, posterior, escola estadual Francisco Garcia[27], a Casa de Cultura leva o nome de um dos mais renomados e conhecidos mocoquenses: o ator e comediante Rogério Cardoso. Possuindo diversos acervos e exposições, rotativos e permanentes, bem como diversas aulas, oficinas e palestras abertas ao público.[28]

Turismo rural e ecológico editar

 
Passeio de charrete na Fazenda Buracão.

Sendo um dos segmentos de maior proeminência no município. Conta com dezenas de fazendas históricas, cujo estilo e arquitetura variados de seus casarões preservam a história e memória dos coronéis do ciclo do café, fundadores de Mococa.[29] [30]

Atualmente, as fazendas abertas ao turismo rural, e as suas principais atividades desenvolvidas são:

  • Fazenda Buracão: lazer, recreação e educação ambiental.
  • Fazenda Nova: passeios a cavalo e cavalgadas.
  • Fazenda Prata: acampamento de férias e lazer infantil.
  • Fazenda Santo Antônio da Água Limpa: vivência e imersão rural.
  • Fazenda Ambiental Fortaleza: Estágio e experiências Agroecológicas

Oferecendo hospedagem, alimentação típica da gastronomia mineira e diversos atrativos como: Trilhas históricas e ecológicas, cachoeiras, passeios de cavalo e charrete, além de barco e caiaque, bem como tirolesa e recreações variadas.[31][32]

 
Cachoeira do Itambé.

Parque Ecológico São Sebastião: localizado próximo ao centro, o parque conta com diversas trilhas próprias para crianças, jovens e adultos. Além de minas de água potáveis provindas diretamente do lençol freático. Possuindo também, extensa biodiversidade em fauna e flora regional. As visitas são acompanhadas por um guia especializado. Portanto, é necessário agendamento prévio.[33]

Cachoeira do Itambé e Mirante das Areias: com queda de 84 metros de altura, é uma das maiores cachoeiras de todo o estado de São Paulo. Já o Mirante, com 1270 metros de altitude, possui vista 180 graus, sendo possível observar várias cidades da região. Além de contar com acesso gratuito e estacionamento adaptado. Ambos se localizam em um planalto, com matas preservadas, na divisa entre o distrito mocoquense de São Benedito das Areias e o munícipio de Cássia dos Coqueiros.[34][35]

Eventos tradicionais editar

  • Troféu Chico Piscina: tradicional campeonato de natação brasileiro de abrengência internacional, organizado e sediado pela Associação Esportiva Mocoquense, desde o ano de 1969. Reúne atletas nas categorias infantil e juvenil com suas delegações representando seus estados e países. Com estrutura própria, contando com cinco piscinas, sendo uma delas olímpica.[36][37][38]
  • Exposição Agropecuária de Mococa: conhecida também como Expoam, é um evento de ocorrência anual realizado no parque municipal José André de Lima. Contando com diversos shows de artistas renomados, exposições agropecuárias, rodeios e leilões, além de parque de diversões e praça de alimentação.[39][40]
  • Caminhada da Fé de Santa Rita de Cássia: evento de ocorrência anual, vem atraindo milhares de pessoas da cidade e de toda a região para expressarem sua fé e devoção a santa, percorrendo as paróquias municipais durante todo o período da madrugada, e finalizando com uma missa na Capela de Santa Rita, na onde é servido um café da manhã aos participantes.[41][42]

Caminho da Fé editar

Rota tradicional de peregrinos com destino a cidade de Aparecida do Norte (SP). Mococa integra o Caminho da Fé sendo um dos ramais de acesso e possuindo meio de hospedagem oficial, o Plaza Hotel, oferecendo credenciais aos peregrinos que ali hospedam. Contando também com um portal turístico localizado na Capela Nossa Senhora de Aparecida, no bairro de mesmo nome.[43][44]

Galeria editar

Acesso editar

 
Saída de Mococa para SP-340

O município está ligado à rodovia Ademar de Barros (SP-340), uma das principais do estado, com pista duplicada, ligando Mococa a Campinas. É considerada a quinta melhor rodovia do Brasil, segundo o Guia Quatro Rodas[45].Além de uma conexão com sede da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP) pela rodovia Abrão Assed.

Influência religiosa na cidade editar

 
Paróquia São Sebastião. Ao fundo, edifício conhecido como "marmitão"

O município pertence à Diocese de São João da Boa Vista. Sua Igreja Matriz, construída em 1896, é de estilo gótico e dedicada a São Sebastião.

 
Paróquia Santa Cruz, no bairro da Mocoquinha

O município também conta com as paróquias de:

  • São Sebastião
  • Santa Cruz
  • Sagrada Família
  • São Domingos
  • São Cristóvão
  • Santo Antônio
  • Santa Teresinha do Menino Jesus
  • Santa Luzia
  • São Benedito (São Benedito das Areias)
  • Nossa Senhora da Luz (Igaraí)

Demografia editar

População Total: 68 695 (est. IBGE/2014)[4]

  • Urbana: 99%
  • Rural: 1%
  • Homens: 40%
  • Mulheres:60%

Densidade demográfica (hab./km²): 83,0

Etnias editar

Cor/Raça Percentagem
Branca 85,0%
Negra 2,1%
Parda 12,7%
Amarela 0,2%

Fonte: Censo 2000

Imigração editar

Após a abolição da escravatura em 1888, Mococa passou a receber uma enorme quantidade de imigrantes para trabalhar nas lavouras de café. Dentre os imigrantes, a maioria era de italianos, que somaram entre 9 000 e 10 000, vindos principalmente das regiões da Lombardia, Vêneto, Lácio, Campânia e Sicília. Mas havia também alemães, principalmente da região da Baviera, austríacos, portugueses; espanhóis da Andaluzia e da Galiza e, em menor escala, libaneses, dentre outros. A população atualmente é resultado da miscigenação desses imigrantes; estima-se que a maioria tenha ao menos um antepassado italiano.[46][47]

Clima editar

O clima de Mococa é o tropical com invernos secos (Aw na classificação de Köppen) com temperatura média anual de 23,1°C, tendo a média das máximas de 28,8°C e a média das mínimas de 16,9°C. A precipitação pluviométrica média anual é de 1560,2 mm. O mês mais quente é outubro, com média das máximas de 31°C e o mês mais frio é junho, com média das mínimas de 13°C. O mês mais chuvoso é dezembro, com precipitação média de 273,7mm, seguido de perto por janeiro, com 267,1mm e os meses menos chuvosos são julho e agosto com 21,5 e 23,2mm, respectivamente.[48]

Dados climatológicos para Mococa
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 29,0 30,0 30,0 29,0 26,0 26,0 27,0 29,0 29,0 31,0 30,0 30,0 31,0
Temperatura mínima média (°C) 20,0 20,0 19,0 17,0 14,0 13,0 13,0 14,0 19,0 18,0 19,0 20,0 13,0
Precipitação (mm) 267,1 212,9 188,6 74,8 59,3 33,0 21,5 23,2 67,4 140,5 198,2 273,7 1 560,2
Fonte: UNICAMP - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas[49]

Divisão político-administrativa editar

Mococa nasceu com o nome de São Sebastião da Boa Vista, sendo um distrito do município de Casa Branca. Em 3 de fevereiro de 1873 emancipou-se, tornando-se município. Pela lei estadual de 8 de abril de 1911 o município passou a se chamar Mococa.[50]

O município é dividido em três distritos: Mococa (sede), Igaraí e São Benedito das Areias.

Educação editar

Possui as escolas técnicas estaduais do Centro Paula Souza, a ETec Francisco Garcia e a ETec João Baptista de Lima Figueiredo. Possui duas faculdades: a Faculdade de Tecnologia, onde são ministrados os cursos "Informática com Ênfase em Gestão em Negócios", "Informática com Ênfase em Banco de Dados e Rede de Computadores" ,"Agronegócio", "Gestão Empresarial" e "Gestão da Tecnologia da Informação" e a Faculdade da Fundação de Ensino de Mococa, onde são ministrados os cursos de Administração Geral, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Pedagogia, Letras e Matemática.

Comunicações editar

A cidade era atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB), que inaugurou em 1970 a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1973[51] passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que em 1998 foi privatizada e vendida para a Telefônica,[52] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[53] para suas operações de telefonia fixa. Atualmente cidade passa por um processo de modernização de sua infraestrutura de comunicação com implementação de redes de fibra ótica por empresas locais.

Ver também editar

Referências

  1. IBGE. «Formação administrativa do município». Consultado em 9 de janeiro de 2019 
  2. Prefeito e vereadores de Mococa tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
  3. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  4. a b «Estimativa Populacional 2020» (PDF). Estimativa Populacional 2020. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2020. Consultado em 21 de dezembro de 2020 
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  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2005-2009». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 14 dez. 2011 
  7. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico 
  8. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
  9. a b Paladini, Carlos Alberto (2016). Assim Nasceu Mococa. Mococa: Alfa Ômega. pp. 18–41 
  10. «Fundação para o Desenvolvimento da Educação - EE BARÃO DE MONTE SANTO FOI CRIADA POR UM DOS FUNDADORES DA CIDADE DE MOCOCA». www.fde.sp.gov.br. Consultado em 13 de julho de 2022 
  11. a b c Augusto Rodrigues, José (2006). MOCOCA: PATRIMÔNIO VIVO DO CIRCUITO PAULISTA CAFÉ COM LEITE. Campinas: PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas. pp. 129–130 
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  13. «Ramal de Mococa -- Trens de passageiros do Brasil». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 12 de julho de 2022 
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