Vitta virginea

espécie de molusco
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Vitta virginea (nomeada, em inglês, virgin nerite[4][6] e, em português, aruá-do-mangue[1]; com a denominação aruá pertencente a um molusco dulciaquícola da família Ampullariidae[7]; até a segunda década do século XXI, cientificamente denominada Neritina virginea) é uma espécie de molusco gastrópode marinho litorâneo pertencente à família Neritidae. Foi classificada por Carolus Linnaeus, com o nome Nerita virginea (no gênero Nerita), em 1758, na obra Systema Naturae. É nativa da costa oeste do oceano Atlântico.[1][2][8] Está listada como espécie pouco preocupante (LC) no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[9]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAruá-do-mangue[1]
Vitta virginea
Variação de coloração em conchas de moluscos Vitta da espécie V. virginea (Linnaeus, 1758)[2]; encontrada em habitat estuarino, incluindo mangues, da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, até Santa Catarina, no Brasil.[1]
Variação de coloração em conchas de moluscos Vitta da espécie V. virginea (Linnaeus, 1758)[2]; encontrada em habitat estuarino, incluindo mangues, da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, até Santa Catarina, no Brasil.[1]
Fotografia de três espécimes de V. virginea (Linnaeus, 1758)[2], coletados em Puerto Plata, República Dominicana.[3]
Fotografia de três espécimes de V. virginea (Linnaeus, 1758)[2], coletados em Puerto Plata, República Dominicana.[3]
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Neritimorpha
Ordem: Cycloneritida
Superfamília: Neritoidea
Família: Neritidae
Subfamília: Neritininae
Género: Vitta
Mörch, 1852[2]
Espécie: V. virginea
Nome binomial
Vitta virginea
(Linnaeus, 1758)[2]
Distribuição geográfica
A região do golfo do México e mar do Caribe (no mapa) é o habitat da espécie V. virginea, em estuários de manguezais, indo também da Flórida à região sul do Brasil.[1][4][5]
Sinónimos
Nerita virginea Linnaeus, 1758
Theodoxus virginea (Linnaeus, 1758)
Neritina virginea (Linnaeus, 1758)
Nerita cardinalis Röding, 1798
Nerita nigrocincta Röding, 1798
Nerita chlorina Link, 1807
Nerita marmorata Link, 1807
Nerita phrygia Dillwyn, 1823
Nerita listeri Pfeiffer, 1840
Neritina braziliana G. B. Sowerby II, 1849
Nerita bahiensis Récluz, 1850
Nerita fasciola Récluz, 1850
Nerita tigris Récluz, 1850
Nerita matoni Mörch, 1852
Neritina trabalis Mörch, 1852
Neritina cajennensis Rigacci, 1866
Neritina minor Metcalf, 1904
(WoRMS)[2]

Descrição da concha e hábitos editar

Conchas sem umbílico ou madrepérola, subglobosas e pequenas[1], de até pouco mais de 2 centímetros, quando desenvolvidas (até 2.5 cm)[6]; com forma de turbante e com poucas voltas completas até a sua última volta; de superfície polida e brilhantemente colorida com padrões variáveis em cinza, negro, castanho, amarelo e vermelho com branco, que lhes rendeu uma série de sinônimos. Columela branco-amarelada, lisa e levemente serrilhada. Lábio externo circular e fino, dando à abertura um formato semicircular. Interior branco. Opérculo de substância calcária, com uma projeção que se insere nos músculos do animal.[1][2][3][8]

É encontrada em águas rasas da zona entremarés, até os 2 metros de profundidade, com abundância em habitats de água salobra e enlameada dos estuários e manguezais, fixando-se às raízes das plantas e se alimentando de algas.[1][8] Pode viver em praias rochosas mais abrigadas.[10] Podem conter crustáceos Paguroidea em seu interior, quando suas conchas ficam vazias.[11]

Distribuição geográfica e uso editar

Vitta virginea ocorre da Carolina do Norte e leste da Flórida, nos Estados Unidos, e das Bermudas ao golfo do México e mar do Caribe, até a região sul do Brasil, em Santa Catarina.[1][4][5][8] Suas conchas podem ser encontradas nos sambaquis brasileiros, em sua região de ocorrência; sendo também muito utilizadas para o artesanato de miçangas.[10]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d e f g h i RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 46. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  2. a b c d e f g «Vitta virginea (Linnaeus, 1758)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 24 de novembro de 2021 
  3. a b Schmidt, Udo (21 de março de 2013). «Neritina virginea (Linné, 1758)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 27 de fevereiro de 2019. Luperón, Puerto Plata, República Dominicana. 
  4. a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 54. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  5. a b «Neritina virginea distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 27 de fevereiro de 2019 
  6. a b «Neritina virginea (Linnaeus, 1758) virgin nerite» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 27 de fevereiro de 2019 
  7. «Aruá». Dicionário inFormal: Dicionário Online. 1 páginas. Consultado em 27 de fevereiro de 2019. Aruá é o nome popular de um molusco gastrópode da família dos Ampularídeos, encontrados em rios e lagoas da América do Sul. 
  8. a b c d «Neritina virginea (Linnaeus, 1758)». Conquiliologistas do Brasil. 1 páginas. Consultado em 27 de fevereiro de 2019 
  9. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (2018). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (PDF). Volume 1. Brasília: ICMBio/MMA. p. 464. 492 páginas. ISBN 978-85-61842-79-6. Consultado em 31 de outubro de 2019 
  10. a b SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 165. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3 
  11. «Shells as Homes - Florida Hermit Crabs» (em inglês). Let's Talk Seashells. 27 de janeiro de 2007. 1 páginas. Consultado em 12 de janeiro de 2020 
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