Grupo Globo

grupo de mídia brasileiro
(Redirecionado de Organizações Globo)
 Nota: Não confundir com Global Media Group.

Grupo Globo[12][13] é o maior conglomerado de mídia e comunicação do Brasil e da América Latina. Em maio de 2016, era o 14.º maior conglomerado de mídia do mundo,[14] e tem as seguintes empresas subsidiárias: Globo, Editora Globo, Sistema Globo de Rádio e Globo Ventures, além de ser mantenedor da Fundação Roberto Marinho. No mesmo ano, foi citado entre os maiores proprietários de mídia do mundo, de acordo com o ranking produzido pela consultoria Zenith Optimedia, sendo a única empresa brasileira da lista. A principal empresa do Grupo Globo é a TV Globo, que detém a maior emissora de televisão do país e a segunda maior do mundo.[15][16][17][18][19][20][21]

Grupo Globo
Grupo Globo
Grupo Globo
Sede do Grupo Globo no Rio de Janeiro.
Razão social Organizações Globo Participações S.A.[1]
Empresa de capital fechado
Slogan O ambiente onde todos se encontram
Atividade Conglomerado de mídia
Gênero Sociedade anônima
Fundação 25 de julho de 1925 (99 anos)
Fundador(es) Irineu Marinho
Sede Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Área(s) servida(s) Brasil e Mundo
Proprietário(s) Família Marinho
Presidente João Roberto Marinho
Vice-presidente
Produtos
Subsidiárias
Acionistas
Valor de mercado Baixa R$ 15,846 bilhões (2021)[4]
Ativos Aumento R$ 27,232 bilhões (2021)[4]
Receita Aumento R$ 14,429 bilhões (2021)[4]
Lucro Baixa R$ -173,89 milhões (2021)[4]
LAJIR Baixa R$ -370,43 milhões (2021)[4]
Website oficial grupoglobo.globo.com

Entre 2011 e 2017, o Grupo Globo figurou na pesquisa Top Thirty Global Media Owners, realizada pela Zenith Optimedia com base nas receitas publicitárias do ano, o Grupo Globo apareceu na posição 17 dentre os maiores grupos de mídia do mundo; que lista as "30 empresas mais influentes do mundo na área de mídia", atrás de empresas como Google (1.º lugar), News Corp (3.º lugar) e The Walt Disney Company (4.º lugar), sendo o único latino-americano entre os 20 maiores. O levantamento apontou também que o conglomerado era maior do que grupos de mídia conhecidos internacionalmente, como Microsoft (21º lugar) e Yahoo! (18º lugar).[22][23][24]

História

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 Ver artigo principal: História da TV Globo

Século XX

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Roberto Marinho

A primeira iniciativa da holding foi o jornal A Noite, fundado e dirigido por Irineu Marinho em 1911, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil.[25] Em 1925, com o sucesso do vespertino, Irineu decide fundar um segundo jornal chamado O Globo que, após sua morte repentina, passa a ter Eurycles de Matos, amigo pessoal de Irineu, como diretor-redator-chefe. Com o falecimento de Eurycles, em 1931, o filho de Irineu, Roberto Marinho, assume o jornal.[6]

Em 1944, ocorreu a inauguração da Rádio Globo, também no Rio de Janeiro, mas foi com a inauguração da TV Globo (transmitida a partir de 1965) a partir da obtenção da concessão do canal 4 do Rio de Janeiro, que a empresa se tornou líder no segmento de mídia e expandiu negócios como com a portuguesa SIC, em 2010.[17][26][27][28][29]

Nos anos seguintes, o Grupo Globo fundou a gravadora Som Livre (1969), a Fundação Roberto Marinho (1977), a programadora de canais Globosat (1991), o portal Globo.com (2000) e o G1 (2006).[30]

Século XXI

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Mudança de nome

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Em 25 de agosto de 2014, a empresa divulgou que passaria a adotar como nome "Grupo Globo", antes "Organizações Globo", marca usada desde a inauguração do jornal O Globo em 1925.[31] Segundo Roberto Irineu Marinho, "Essa mudança é resultado da nossa visão de futuro e atuação nos anos recentes. Queremos incentivar e promover cada vez mais a colaboração entre nossas empresas, o alinhamento de objetivos e a busca de resultados comuns. O esforço conjunto será cada vez mais importante para entender expectativas do público e atendê-las.[32] No dia 10 de setembro, foi re-lançado o documento "Essência Globo" contendo a visão, missão e valores do Grupo. Sua primeira versão havia sido publicada no ano 2000.[29][32][33]

Reestruturação acionária

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Edifício Jornalista Roberto Marinho, sede da Globo São Paulo

Em 24 de setembro de 2018, o Grupo Globo anunciou o projeto Uma Só Globo onde, em três anos, as operações de suas subsidiárias TV Globo, Globoplay, Globosat, Globo.com e DGCorp seriam integradas em uma única empresa,[34] sob a razão social Globo Comunicações e Participações S.A. e a marca Globo, Sistema Globo de Rádio, Fundação Roberto Marinho e Som Livre não foram contempladas para o projeto e continuam operando independentemente. O processo de reestruturação foi feito com a consultoria da Accenture.[35] Algo similar havia sido feito com as empresas do grupo que atuam no mercado editoral, com a fusão da Editora Globo e as empresas de jornais Infoglobo e Valor Econômico.[36]

Com esse movimento, a Globo tem como objetivo corte de despesas fixas em alinhamento com seu lucro líquido, além de ganhar mais dinamismo e se preparar para enfrentar a concorrência das novas plataformas de mídia que surgem, e que como tendência mundial, estão cada vez mais concentradas.[37]

Em 8 de novembro de 2019, foi anunciado a centralização de algumas empresas do Grupo Globo, que se juntaram em uma nova empresa, apenas de nome Globo. A mudança, que aconteceu em 1º de janeiro de 2020, também operou mudanças em toda a direção do grupo, com remanejamento e promoção de nomes.[38] Em 4 de janeiro de 2021, foi anunciada oficialmente a marca da nova Globo, como resultado da união da TV aberta, TV por assinatura, streaming e plataformas digitais. O projeto gráfico foi realizado por uma equipe multidisciplinar e teve como ponto de partida a opinião do público. Ele ilustra os valores da empresa compostos por brasilidade, proximidade, diversidade, senso de comunidade, liberdade e criatividade. A arquitetura da nova marca traz o uso de letras em caixa baixa para representar a proximidade com o público. As cores vibrantes refletem a natureza, e a tipografia arredondada foi idealizada para trazer a ideia de círculo e movimento.[39]

Um dos principais pontos da reestruturação é que ela passaria a se tornar uma empresa mediatech, visionando um futuro mais direcionado aos âmbitos digital e tecnológico. Nóbrega argumentou: "Nossos canais lineares falam com mais de 100 milhões de pessoas todos os dias no Brasil, o que demonstra a enorme relevância da televisão como a conhecemos, mas o conceito do que é televisão está se ampliando com rapidez".[40] No dia 7 de abril de 2021, foi anunciado um acordo de 7 anos com a plataforma Google Cloud. A parceria contempla a migração de 100% dos dados de seus data centers próprios para a nuvem da gigante tecnológica americana, assim como os seus conteúdos, produtos e serviços digitais da nova empresa; e abre possibilidades para a utilização de Inteligência Artificial e machine learning, incluindo no desenvolvimento de soluções e no processo de inovação da Globo.[41]

Ainda sob o processo de reestruturação da nova empresa, em 18 de novembro de 2020, o presidente Jorge Nóbrega anunciou que pretendia vender a gravadora Som Livre. Ainda no mesmo dia, colocou-se a marca em processo de valuation, para disponibilizá-la ao mercado.[42] A distribuidora global Believe foi uma das interessadas na aquisição, porém, em 1º de abril de 2021, foi anunciado que a gravadora foi adquirida pela Sony Music, em uma transação de estimadamente 255 milhões de dólares. Nóbrega afirmou na aquisição: "Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo que a Som Livre representa para os brasileiros".[43][44]

Cobertura de massacres

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Após a Chacina em Blumenau, foi anunciada uma mudança na política de cobertura de massacres.[45]

Estrutura corporativa

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João Roberto Marinho, atual presidente do Grupo Globo

O Grupo Globo possui em seu alto escalão os seguintes nomes:[46][47]

Conselho de administração
  • João Roberto Marinho (presidente do conselho de administração)
  • Roberto Irineu Marinho (vice-presidente do conselho de administração)
  • José Roberto Marinho (vice-presidente do conselho de administração)
  • Jorge Nóbrega (conselheiro)
  • Paulo Marinho (conselheiro)
  • Roberto Marinho Neto (conselheiro)
  • Alberto Pecegueiro (conselheiro)
  • Rodrigo Xavier (conselheiro independente)
  • Paula Bellizia (conselheira independente)[48]

Subsidiárias

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 Ver artigo principal: Globo (empresa)

Empresa de mídia e comunicação, presidida por Paulo Marinho e fundada em 1 de janeiro de 2020, a partir da fusão das operações das empresas TV Globo, Globosat, Globo.com e DGCorp, que antes operavam de forma independente uma da outra.[39][49][34][2][50] Suas principais divisões são:

Canais Globo

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Responsável pela TV Globo, Canal Futura e pelos canais da antiga Globosat. É chefiada por Amauri Soares.[51]

Produtos digitais

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Incorpora o g1, o ge, Gshow, o Globoplay e o streaming Canais Globo. É chefiada por Manuel Belmar.[52].

Criação e Produção de conteúdo

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Incorpora os Estúdios Globo, o Jornalismo Globo e a Globo Filmes. É também chefiada por Amauri Soares.[51][53]

Som Livre
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Vendida para a Sony Music Brasil em 2021.

Sistema Globo de Rádio

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 Ver artigo principal: Sistema Globo de Rádio

Empresa que controla as concessões e redes de rádio do grupo. Está sediada na cidade do Rio de Janeiro, no mesmo edifício da Editora Globo.[54][55]

Editora Globo

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 Ver artigo principal: Editora Globo

Fundada em 1952, a editora publica livros e revistas. Sua sede está localizada em São Paulo, além de contar com sucursais no Rio de Janeiro e em Brasília, a editora tem as seguintes divisões: infoglobo, Edições Globo Condé Nast, Globo Livros e Globosim.[57][58][59]

Globo Ventures

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Empresa de investimentos do Grupo Globo criada em 2019 para alavancar outras empresas focadas em empreendedorismo e novos negócios, como por exemplo: Alive, Arena, Bom Pra Crédito, Buser, EmCasa, Enjoei[60], Nomad, Órama[60], Petlove , Stone entre outros.[61] É comandada por Roberto Marinho Neto.[62]

Referências

  1. «Quem Somos - Grupo Globo». Grupo Globo. Consultado em 27 de agosto de 2021. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2021. O Grupo Globo (Organizações Globo Participações S.A) é composto pelas empresas Globo (Globo Comunicações e Participações S.A.), Editora Globo, Sistema Globo de Rádio e Globo Ventures e mantenedor da Fundação Roberto Marinho, que forma, em parceria com instituições públicas e privadas, uma rede de cooperação em prol da educação. 
  2. a b c d e «Nossas Empresas». Grupo Globo. Consultado em 20 de Julho de 2019. Cópia arquivada em 13 de julho de 2019 
  3. a b c «Relações com Investidores». Grupo Globo. Consultado em 2 de abril de 2020 
  4. a b c d e «Resultado Financeiro 2021». Globo RI. 31 de Março de 2022. Consultado em 18 de julho de 2022 – via Valor RI 
  5. Edifício Jornalista Roberto Marinho é inaugurado em SP
  6. a b «"IRINEU MARINHO"». Memória Globo. Consultado em 28 de Novembro de 2016 
  7. «História Grupo Globo». Memória Globo. Consultado em 18 de junho de 2016. Cópia arquivada em 14 de março de 2016 
  8. «Estrutura corporativa». Grupo Globo. Consultado em 18 de junho de 2016. Cópia arquivada em 23 de junho de 2016 
  9. G1 (4 de abril de 2017). «Globo fecha 2016 com lucro de R$ 2 bilhões e faturamento de R$ 15,3 bilhões». G1. Consultado em 13 de Novembro de 2017 
  10. «About Globo». Investor Relations (em inglês). Globo.com. Consultado em 29 de junho de 2016 
  11. «Organizações Globo Participações S.A.» (PDF). Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. 28 de março de 2016. Consultado em 30 de abril de 2017 [ligação inativa] 
  12. «Sobre o Grupo Globo» (em inglês). Globo.com. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  13. «"Organizações Globo adotam nova marca: Grupo Globo"». Grupo Globo. Consultado em 29 de Maio de 2018 
  14. O'Reilly, Lara (31 de maio de 2016). «The 30 biggest media companies in the world». Business Insider (em inglês). Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  15. «"Áreas de Atuação do Grupo Globo"». Grupo Globo. Consultado em 29 de Novembro de 2016 
  16. «"Grupo Globo sobe no raking de maiores empresas de mídia do mundo"». Grupo Globo. Consultado em 28 de Novembro de 2016. Arquivado do original em 29 de setembro de 2017 
  17. a b «"Rede Globo se torna a 2ª maior emissora do mundo"». O Fuxico. Consultado em 29 de Novembro de 2016 
  18. «"Maior grupo de comunicação do país, Globo tem novo comando executivo"». Valor Economico. Consultado em 29 de Maio de 2018 
  19. «Globo começa 2021 com nova marca». G1. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  20. «Globo unifica marcas em uma mesma estrutura a partir de janeiro». Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  21. «Responsabilidade Social». Grupo Globo. Consultado em 11 de Junho de 2018. Cópia arquivada em 10 de junho de 2018 
  22. «"Organizações Globo são o 17º maior grupo de mídia do mundo"». RD1. Consultado em 29 de Novembro de 2016 
  23. «"Google Expands Lead as World's Largest Media Owner"». The Wall Street Jornal. Consultado em 29 de Novembro de 2016 
  24. «The 30 biggest media companies in the world». "Business Insider". Consultado em 29 de Maio de 2018 
  25. «"21 de abril de 1960: o dia em que o Rio de Janeiro deixou de ser a capital federal"». Acervo O Globo. Consultado em 29 de Novembro de 2016 
  26. «"Sistema Globo de Rádio"». Roberto Marinho. Consultado em 29 de Novembro de 2016. Cópia arquivada em 1 de dezembro de 2016 
  27. «"1904 DEZEMBRO"». Rede Globo. Consultado em 29 de Novembro de 2016 
  28. «"Rede Globo"». Roberto Marinho. Consultado em 29 de Novembro de 2016. Cópia arquivada em 5 de dezembro de 2013 
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  34. a b Cynthia Malta (8 de novembro de 2019). «Grupo Globo terá nova estrutura a partir de janeiro de 2020». Valor Econômico. Consultado em 28 de abril de 2021 
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  53. Guaraldo, Luciano (14 de março de 2023). «Chefão de novelas, Ricardo Waddington deixa a Globo após dois anos no cargo». Notícias da TV. UOL. Consultado em 30 de agosto de 2023 
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  62. «Globo anuncia unificação de todos os braços do grupo a partir de janeiro». Telepadi. 8 de novembro de 2019. Consultado em 22 de fevereiro de 2023 

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