O Partido do Povo Cubano - Ortodoxo (em castelhano: Partido del Pueblo Cubano – Ortodoxos, PPC-O), vulgarmente chamado Partido Ortodoxo (em castelhano: Partido Ortodoxo), era um partido político populista de esquerda cubano. Foi fundado em 1947 por Eduardo Chibás em resposta à corrupção governamental e à falta de reformas. Os seus principais objetivos eram o estabelecimento de uma identidade nacional distinta, a independência económica e a implementação de reformas sociais.

Partido Ortodoxo
Partido Ortodoxo
Líderes Eduardo Chibás
Emilio Ochoa
Fundação 15 de maio de 1947 (1947-05-15)
Dissolução 1952 (1952)
Sede Havana
Ideologia Socialismo democrático[1]
Populismo de esquerda[2][3]
Nacionalismo de esquerda[4]
Anti-imperialismo
Corporativismo social
Espetro político Centro-esquerda a esquerda
Publicação CMQ Radio (FM)
Ala de juventude Juventud Ortodoxa
Dividiu-se de Partido Auténtico
País  Cuba
Cores      Preto
Slogan "Vergonha contra o dinheiro"
(Vergüenza contra dinero)

História editar

Nas eleições gerais de 1948, Chibás ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais, enquanto o partido ganhou quatro lugares na Câmara dos Representantes. Nas eleições intercalares de 1950, ganharam nove. O primo de Chibás, Roberto Agramonte, era o favorito para ganhar as eleições de 1952 (para os Ortodoxos), mas Fulgencio Batista organizou um golpe de estado antes de o vencedor ser determinado.

Fidel Castro foi um membro ativo do Partido Ortodoxo no final da década de 1940 e início da década de 1950. Pretendia candidatar-se como candidato do Partido Ortodoxo ao parlamento cubano antes do golpe de Batista.[5][6]

Ideologia e plataforma editar

O Partido Ortodoxo era um partido aberto a todos os que a ela se quisessem juntar. Como um partido populista, não existiam fações ou organizações internas, mas apenas o apoio aos objetivos e ideais de Eduardo Chibás. Com esta abertura, a composição do partido incluía vários grupos ideológicos:

O programa político refletia a natureza de pega-tudo do PPC-O, afirmando:[7]

Referências editar

  1. Ramos, Marcos Antonio (2007). Grupo Nelson, ed. La Cuba de Castro y después...: Entre la historia y la biografía. [S.l.: s.n.] p. 143 
  2. Farber, Samuel (2011). Haymarket Books, ed. Cuba Since the Revolution of 1959: A Critical Assessment. [S.l.: s.n.] p. 165 
  3. Reinerio, Lorenzo (1991). Editora Política, ed. El fracaso de una ideología: quiebra de la ideología burguesa en Cuba. [S.l.: s.n.] 
  4. González, Isel Rousseau (1984). Ciencias Sociales, ed. La Sociedad neocolonial cubana: corrientes ideológicas y partidos políticos. [S.l.: s.n.] p. 43 
  5. Jules Robert Benjamin (1990), The United States and the Origins of the Cuban Revolution, ISBN 978-0-691-02536-0, Princeton University Press 
  6. Castro biography Arquivado em 2007-03-17 no Wayback Machine
  7. Partido Ortodoxo. Doctrina del Partido Ortodoxo. [S.l.: s.n.] 
  8. Rodríguez Arechavaleta, Carlos M. (2018). Fondo de Cultura Economica, ed. La democracia republicana en Cuba 1940-1952: Actores, reglas y estrategias electorales. [S.l.: s.n.] 
  9. Salgado, Ramón Rodríguez (2007). Editora Política, ed. Vergüenza Contra Dinero. [S.l.: s.n.]