Prados (Minas Gerais)

município brasileiro do estado de Minas Gerais
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Prados é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Localiza-se a uma latitude 21º03'27" sul e a uma longitude 44º04'47" oeste, estando a uma altitude de 979 metros. Sua população recenseada em 2022 era de 9 048 habitantes. Possui uma área de 264,115 km².[1]

Prados
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Prados
Bandeira
Brasão de armas de Prados
Brasão de armas
Hino
Gentílico pradense[1]
Localização
Localização de Prados em Minas Gerais
Localização de Prados em Minas Gerais
Localização de Prados em Minas Gerais
Prados está localizado em: Brasil
Prados
Localização de Prados no Brasil
Mapa
Mapa de Prados
Coordenadas 21° 03' 28" S 44° 04' 48" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Lagoa Dourada, Coronel Xavier Chaves, São João del-Rei, Tiradentes, Barroso, Barbacena, Dores de Campos e Carandaí
Distância até a capital 181 km
História
Fundação 1704
Emancipação 1892 (132 anos)
Administração
Prefeito(a) Lester Rezende Dantas Júnior (PSDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 264,115 km²
População total (censo IBGE/2022[1]) 9 048 hab.
Densidade 34,3 hab./km²
Clima Tropical de Altitude
Altitude 979 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 36320-000 a 36324-999[2]
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,729 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 55 359,639 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 6 522,87
Sítio www.prados.mg.gov.br (Prefeitura)
www.prados.cam.mg.gov.br (Câmara)
Altar principal da Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Detalhe da porta principal da Igreja de Nossa Senhora da Conceição

História editar

A origem de Prados remonta à descoberta de ouro no vale do Rio das Mortes, mesma causa de ocupação de São João del-Rei e Tiradentes. O município sempre integrou a rota dos turistas que transitam pelo circuito turístico Trilha dos Inconfidentes. O centro histórico dessa cidade setecentista mantém igrejas e casarões bem conservados. Ali viveu a mulher considerada como a mais atuante no movimento da Inconfidência Mineira - a rica pradense Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, mulher do inconfidente Francisco Antônio de Oliveira Lopes. O casarão que lhe serviu de residência após o degredo do marido é hoje um atelier de artesanato que fica em frente à Igreja Matriz.

Segundo a tradição, o povoamento local se deu através de uma bandeira chefiada pela família Prado. Eles deram origem a um núcleo de mineração que, mais tarde, tornou-se o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Prados, um dos mais importantes do Termo da Vila de São José. Têm-se notícias de casamentos realizados na Capela de Prados já em 1716. O fato de o lugar ter sido passagem de boiadas e tropas muito contribuiu para o desenvolvimento da localidade. Em 15 de abril de 1890, o arraial foi elevado à vila e, dois anos depois, a vila foi elevada à cidade.

No Distrito Vitoriano Veloso - mais conhecido como Bichinho. Móveis, telas, bordados, fuxicos, crochês, tapetes, esculturas e adornos em geral estão por toda parte, trabalhando tanto com produção quanto com a revenda dos produtos criados pelos inúmeros artesãos da cidade. O histórico vilarejo fica a apenas 8 km de Tiradentes, com acesso por uma estrada de terra que proporciona um visual encantador dos contornos da Serra de São José. Essa mesma estrada de terra liga Prados a Tiradentes, passando por Bichinho.

Geografia editar

Conforme a classificação geográfica mais moderna (2017) do IBGE, Prados é um município da Região Geográfica Imediata de São João del-Rei, na Região Geográfica Intermediária de Barbacena.[5]

Circunscrição eclesiástica editar

A paróquia Nossa Senhora da Conceição pertence à Diocese de São João del-Rei.[6]

História editar

O descobrimento do ouro e o estabelecimento da Casa de Fundição, em Taubaté, foram os maiores estímulos que os paulistas tiveram para armarem tropas, e em grupos organizados de exploradores, cheios de audácia e de esperança, largarem São Paulo, rompendo os matos gerais, se infiltrando pelos sertões adentro, transpondo rios, até penetrarem no mais recôndito das Minas, à procura do tão precioso metal. Ao atingirem os primeiros contrafortes, os bandeirantes fazem pouso, plantam suas roças, armazenam forças para continuar sua jornada.

Uma parte dos paulistas bandeirantes conseguiram alcançar a bacia central do planalto mineiro, parando em plena zona aurífera. Porém alguns partiram em outras direções. Seguindo para oeste, um dos bandeirantes funda um povoado que viria a ser mais tarde o núcleo do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar (atual São João Del Rei), outros, vão construir a história de Minas em Ribeirão do Carmo (Mariana), Vila Rica (Ouro Preto), Rio das Velhas (Sabará) e o Rio das Mortes (São José), hoje cidade de Tiradentes; estes serão os quatro grandes núcleos na formação das Minas Gerais.

Com a constante retirada do ouro, pouco a pouco ele ia se acabando e parte dos bandeirantes que ali o exploravam, acabavam por saírem em outras direções, à procura de mais jazidas do nobre metal.

O povoado que deu origem a Prados, surgiu nos primórdios do século XVIII, por volta de 1704, quando dois irmãos bandeirantes, Manoel e Félix Mendes do Prado, chegaram aqui com uma comitiva de Taubaté. A notícia do ouro fácil atraiu muitos paulistas para a região.

Entretanto, com o empobrecimento das minas e a escassez do ouro, a propriedade da terra começou a atrair, verificando-se uma alternância na atividade dos antigos bandeirantes, surgindo os primeiros sesmeiros da região. Data daí o desenvolvimento urbano de Prados, ao longo dos séculos XVIII e XIX.

O povoamento que até então se formou, teve rápido crescimento com a influência dos forasteiros que aqui chegavam a procura de ouro, e, sobretudo, por ser passagem de tropas e boiadas que do centro de Minas dirigiam-se para a Zona da Mata.

A localidade de Prados pertenceu à vila São José Del Rei, atual Tiradentes, até 1890, emancipada pelo decreto estadual número 41 de 15 de abril. O município foi instalado em 1891. Neste mesmo ano, foram lhe conferidas as regalias de comarca pela lei estadual número 23 de 24 de maio.

Ao sopé da Serra de São José, Prados apresenta em boa parte, um belo casario, onde se mesclam o antigo e o moderno.

A "Cidade da Música", como é mais conhecida, é também Berço de Inconfidentes. Temos consciência de que aqui nasceu boa parte da história das Minas Gerais.

Prados, "Presépio de Minas", evoca não só beleza, mas tradição e poesia, guardadas em suas tortuosas e estreitas ruas.

Formação Administrativa editar

Distrito criado com a denominação de Prados, por ordem regia de 1752, e lei estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891.

Elevado á categoria de município com a denominação de Prados, pelo decreto nº 47, de 12-04-1890, desmembrado dos municípios de Tiradentes e de Barbacena.

Sede na antiga freguesia de Prados. Constituído do distrito sede. Instalada em 1 de janeiro de 1891.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Prados, Dores de Campos e São Francisco Xavier.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, desmembra do município de Prados o distrito de Dores de Campos. Elevado à categoria de município.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Prados e São Francisco Xavier. Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de São Francisco Xavier tomou a denominação de Coroas.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Prados e Coroas.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela lei estadual nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, desmembra do município de Prados o distrito de Coroas. Elevado à categoria de município com a denominação de Coronel Xavier Chaves.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.[7]

Prados e a Inconfidência Mineira editar

Prados nasceu quase na mesma época em que Tiradentes (Minas Gerais) e São João Del Rei. Essas vilas cresciam, a população multiplicava-se e os detentores de sesmarias exploravam suas lavouras de subsistência sempre sob o brilho do ouro, que era o fator que despertava a cobiça de todos, fazendo que tudo girasse nessa função. Quando as minas começaram a decair, começou a cair também o sentimento de fidelidade ao Reino. Com a cobrança do “quinto”, os mineradores começaram a ficar inconformados com o insaciável apetite do fisco da Real Coroa. Era o nascimento da Inconfidência Mineira.

A região passa a ser o centro da vida política do Brasil, e Prados participou ativamente desse movimento. Importantes personagens da Inconfidência ali nasceram e residiram, como o Cel. Francisco Antônio de Oliveira Lopes; sua esposa, D. Hipólita Jacinta Teixeira de Melo; Padre José Lopes de Oliveira, cunhado de D. Hipólita; o alfaiate Vitoriano Gonçalves Veloso (único negro do movimento), Francisco José de Melo, primo de D. Hipólita e José de Resende Costa, pai, o mais velho dos conjurados.

Conhecer Prados é conhecer não apenas a história de Minas, mas a própria história da liberdade do Brasil.

  • Hipólita Jacinta Teixeira de Melo

Hipólita Jacinta Teixeira de Melo foi a mais rica proprietária rural na região do Rio das Mortes. Destacou-se por seu envolvimento na Inconfidência Mineira, em 1789.

Filha de portugueses, foi batizada na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Prados, a 15 de setembro de 1748, com o nome de Theodozia e retificado, posteriormente, para Hipólita. Residia na Fazenda da Ponta do Morro, sendo descrita como mulher de fino trato, possuidora de vasta cultura. A sua residência era decorada com muito luxo, com peças de porcelana chinesa, prataria e finos tapetes também importados, e servida por vasta criadagem. Foi desposada pelo coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, com quem não teve descendentes. Adotou e educou, entretanto, duas crianças: uma, abandonada na porteira de sua fazenda, recebeu o nome de Antônio Francisco Teixeira Coelho (era filho de Maria da Silveira Bueno, irmã de Bárbara Heliodora); outra, de nome Francisco da Anunciação Teixeira Coelho, mais tarde veio a ser padre em Formiga (Minas Gerais) e deputado à Assembleia Provincial nos anos de 1866-1867. Além disso, foi madrinha de diversas crianças humildes da região e, como também pode ser constatado por seu testamento, deixou grande quantidade de ouro para os pobres da então "Freguezia de Prados".

A inconfidente

É de sua autoria uma carta que denunciou Joaquim Silvério dos Reis como o traidor de seus "companheiros" de revolução. Foi autora ainda de diversos avisos sigilosos, dando conta de que o Tiradentes fora detido no Rio de Janeiro. Escreveu e enviou ao padre Carlos Corrêa de Toledo e Mello, Vigário da Comarca do Rio das Mortes, através de seu compadre Vitoriano Gonçalves Veloso, o seguinte bilhete:

"Dou-vos parte, com certeza, de que se acham presos, no Rio de Janeiro, Joaquim Silvério dos Reis e o alferes Tiradentes, para que vos sirva ou se ponham em cautela; e quem não é capaz para as coisas, não se meta nelas; e mais vale morrer com honra que viver com desonra."

Quando percebeu que o movimento fracassava, tentou alertar o coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, aconselhando-o para "montar uma reação, a partir lá do Serro."

 
Casa da Serra em Prados

Na sua fazenda da Ponta do Morro também ocorriam reuniões dos inconfidentes, e, senhora de muita riqueza, financiou algumas das ações dos mesmos.

A Devassa

O seu envolvimento com o movimento fracassado custou-lhe particularmente caro. Durante a Devassa teve sequestrados pela Coroa Portuguesa todos os seus bens. O seu marido foi detido e sentenciado ao degredo perpétuo, na colônia portuguesa de Moçambique. Com o intuito de obter o perdão da Coroa, ela mandou confeccionar um cacho de bananas, em ouro maciço, solicitando ao seu irmão que o oferecesse a Maria I de Portugal. A valiosa peça, entretanto, não chegou ao seu destino, uma vez que terá sido interceptada pelo então governador da Capitania de Minas Gerais, Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, visconde de Barbacena.

Após um difícil e longo processo judicial, com a ajuda de alguns amigos, em 1808, Hipólita conseguiu reaver boa parte de seu patrimônio.

Faleceu vinte anos mais tarde, vítima de icterícia, tendo sido sepultada na capela-mor da Igreja Matriz de Prados.

Homenagens

Em 21 de abril de 1999 foi condecorada postumamente pelo Governo de Minas Gerais com a Medalha da Inconfidência.

Cultura e turismo editar

 
Pequeno oratório no distrito de Bichinho.

A cidade tem um casario colonial quase todo preservado. Destacam-se as edificações sacras.

No carnaval, nativos e visitantes se dividem entre as duas agremiações rivais: o Bloco da UCA e a GRES Gato Preto.

O encerramento do carnaval de Prados acontece na quarta-feira, com o tradicional Bloco da Latinha, que faz sua passagem de 6h às 8h da manhã.

A Semana Santa é uma solenidade suntuosa, que conserva as tradições coloniais da religiosidade mineira originada no século XVIII, sendo uma das poucas cidades mineiras a executar obras musicais de grandes compositadores sacros do barroco mineiro como J.J. Emerico Lobo de Mesquita e Manoel Dias de Oliveira.

Uma boa época para se conhecer Prados é o mês de julho. Além de todo o charme e acolhimento de uma pequena cidade encravada na serra, Prados realiza há mais de trinta anos um festival de música reconhecido nacionalmente. O festival realizado pela Lira Ceciliana com o apoio da Universidade de São Paulo - USP, reúne músicos da região e alguns dos mais conceituados instrumentistas do país.

Outra atração é o centenário Passeio da Serra de São José no qual muitas famílias pradenses fazem um piquenique ecológico no alto da Serra de São José. Este evento é considerado o mais antigo passeio ecológico do Brasil, pois acredita-se que existe desde 1868.

Outras atrações são:

  • Distrito de Vitoriano Veloso, popularmente conhecido como Bichinho, pelo artesanato e proximidade com Tiradentes;
  • A Estação de Prados, da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), inaugurada em 1881 e fechada em 1983. A linha ligava São João Del Rei a Antônio Carlos, sofrendo erradicação após ser desativada. No entanto, a estação permaneceu, mas lamentavelmente está abandonada (em ruínas) e a propriedade pertence a União/DNIT sob responsabilidade do IPHAN[8][9];
  • A capela de Nossa Senhora do Livramento, que é uma das mais antigas da região;
  • Museu Francisco Virgolino, que conta através de fotos, objetos, instrumentos e ferramentas um pouco desses mais de 300 anos de história de Prados. O museu mostra o ciclo do ouro, do couro, da música e o folclore da cidade;
  • Mirante do Cruzeiro, que está localizado a 2,8 km do centro da cidade. Possui uma vista panorâmica da cidade e da natureza típica da região. Uma cruz de 12m de altura em sua praça contém a história, dizeres e poemas sobre a cultura e o município;
  • Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com sua construção iniciada ainda nas duas primeiras décadas do século XVIII. Seu interior é em estilo rococó, nele observa-se rica ornamentação, em pintura e talha, acontecido em Minas, predominantemente, de 1760 até o final do século. A matriz foi tombada pelo IPHAN em 1995;
  • Exposição Agropecuária, Concurso Leiteiro, Feira Artesanal e Industrial, que acontece na primeira semana de setembro, sendo uma das mais antigas festividades da Mesorregião dos Campos das Vertentes.
  • Bloco da Latinha e Enterro do Carnaval

Tradições carnavalescas da cidade de Prados. Na manhã de quarta-feira de cinzas (sempre às 6h da manhã), nativos e turistas saem pelas ruas da cidade batendo em latinhas de cerveja, acompanhando uma bandinha de músicos da cidade fechando o carnaval e à noite carnavalescos dos Blocos UCA e Gato Preto se reúnem para uma madrugada em procissão fantasmagórica levando caixão com boneco representando o bloco adversário para "enterrá-lo" até o próximo carnaval.

  • Festival de Música

A história dos Festivais de Música de Prados se relacionam, desde o princípio, com o interesse em torno dos acervos de manuscritos musicais existentes nas antigas corporações mineiras, como a Lira Ceciliana. O primeiro encontro entre os fundadores do evento se deu justamente quando o maestro Olivier Toni, viajando por Minas Gerais com um grupo de estudantes de música da Universidade de São Paulo - USP, guiados por aquele mesmo interesse, deparou-se em Prados, com a figura excepcional que foi o maestro Adhemar Campos Filho.[10] Desde então, os Festivais sempre vêm reservando nos programas de suas apresentações, um espaço destinado a fazer reviver sonoramente o repertório mineiro, guardado nos arquivos musicais nos últimos três séculos. O acervo musical de Prados, embora relativamente modesto se comparado às grandes coleções de algumas outras localidades, não é, contudo, menos representativo.

Dialeto local editar

Segundo o Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais (EALMG), realizado pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 1977, o dialeto local é o mineiro.[11]

Saúde editar

Prados possui um hospital. Possui postos de saúde, clínicas e médicos particulares, postos odontológicos, ambulâncias, farmácias e etc. O Programa Saúde da Família atende quase 100% da população pradense.

  • Hospital: Santa Casa da Misericórdia da Paróquia de Prados

Rua Cel. João Luiz, n.° 61 - Centro

Total de 30 leitos hospitalares, que se dividem em:

  • Total: 30 leitos
  • SUS: 27 leitos [12]

Religião editar

Predomina a religião católica. A padroeira do Município é Nossa Senhora da Conceição - festejos em 08 de dezembro.

  • Matriz de Nossa Senhora da Conceição

Sabe-se que a freguesia (nome que se dava às povoações, do ponto de vista eclesiástico) de Nossa Senhora da Conceição de Prados, no arraial do mesmo nome, pertencente à Vila de São José do Rio das Mortes, atual Tiradentes, foi uma das primeiras que surgiram em Minas Gerais, havendo registro de sua existência, constante de documento do Arquivo Histórico Colonial de Lisboa, já em 1715.

No ano de 1718, a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Prados foi provida canonicamente pelo bispo do Rio de Janeiro e, em 16 de janeiro de 1752, um Alvará Régio criou a Vigairaria Colada à Igreja Matriz de Prados, já então subordinada ao Bispado de Mariana.

Os vigários colados, ao serem provisionados pelo bispo, recebiam a paróquia em propriedade e adquiriam o direito a uma renda anual, a côngrua, paga diretamente pela Coroa Portuguesa para evitar a mendicidade dos padres e afastá-los dos ofícios tidos por indecorosos.

A Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Prados faz parte da Diocese de São João del Rei desde a criação desta, em 1960, e foi feita sede de forania em 1989. Pertence a essa forania, paróquias dos Municípios de Barroso, Dores de Campos, Lagoa Dourada, Resende Costa e Tiradentes.

Possui 7 capelas, sendo elas:

  • N. Senhora do Rosário dos Pretos;
  • N. Senhora do Carmo;
  • N. Senhora do Livramento;
  • N. Senhora de Fátima;
  • N. Senhora das Graças;
  • Santa Terezinha;
  • Sagrado Coração de Jesus.

Possui 2 igrejas, sendo:

  • N. Senhora da Conceição - Matriz;
  • Santo Antônio.

[13]

Economia editar

A cidade é destaque regional no abate de galináceos. Conta com uma grande empresa: Frangos Atalaia. Além dela, se encontra em instalação uma unidade da maior empresa de calçados de segurança da America Latina: Marluvas Calçados de Segurança Ltda. Também é destaque na economia pradense o artesanato em madeira e em ferro, e a indústria de calçados em couro, com inúmeras lojas e oficinas, que emprega boa parte da população local, sendo um atrativo para turistas e lojistas que vêm em busca desses produtos. Prados é uma cidade hospitaleira, onde é possível encontrar Supermercados, Mercearias, Armarinhos, Casa Lotérica, Feiras, Drogarias, Padarias, Lanchonetes, Lojas de moveis e eletrodomésticos, Bazares, Lojas de confecções, Hotéis, Pousadas, Postos de Combustível, Agências Bancárias, Casa de Material para Construção, Restaurantes, Salões de Beleza, Correios, Açougues, Danceteria, etc; para melhor atender os visitantes e os próprios residentes.

Agropecuária editar

  • Agricultura:

Principais produtos agrícolas: Cana-de-açúcar, Feijão, Mandioca, Milho e Café.

  • Pecuária:

Principais Efetivos: Bovinos, Suínos, Muares, Galináceos, Equinos.

Rios editar

  • Rio das Mortes

Nasce na Serra da Mantiqueira percorre um comprimento de 278 km até desaguar no Rio Grande.

  • Rio Carandaí

Apresenta 80 km de extensão e drena uma área de 645 km². Sua nascente localiza-se no município de Ressaquinha, a uma altitude de aproximadamente 1200 metros na Serra da Mantiqueira.

  • Rio Elvas

Apresenta 79 km de extensão e drena uma área de 876 km². Sua nascente localiza-se no município de Santa Rita de Ibitipoca, a uma altitude de aproximadamente 1200 metros na Serra da Mantiqueira.

Bacia Hidrográfica editar

  • Bacia do Rio Grande

A Bacia do Rio Grande pertence à bacia do rio Paraná. Possui uma área total de 143 mil km², dos quais 86.500 km² localizam-se em Minas Gerais, o que equivale a 17,8% do território mineiro. A bacia do rio Grande é responsável por cerca de 67% de toda a energia gerada no Estado mineiro. No curso do alto Rio Grande destacam-se as usinas hidrelétricas de Camargos (Sul de Minas), próxima a São João del Rei e Itutinga ( entre as cidades de Lavras e São João del Rei).

Referências

  1. a b c d «Prados». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de agosto de 2023 
  2. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Divisões Regionais do Brasil | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 15 de junho de 2022 
  6. Silveira, Lucas. «Diocese ganha novo mapa territorial após criação de novas foranias». Diocese de São João del Rei. Consultado em 18 de fevereiro de 2023 
  7. «Cópia arquivada». Consultado em 20 de outubro de 2013. Arquivado do original em 22 de outubro de 2013 
  8. Railways of Brazil in Postcards and Souvenir Albums (em inglês). [S.l.]: Solaris Editorial. 2005 
  9. «Cópia arquivada». Consultado em 20 de outubro de 2013. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  10. «Lançamento do Selo Comemorativo do 40º Festival de Música de Prados». www.prados.mg.gov.br. Consultado em 28 de março de 2019 
  11. «Esboço de um Atlas Linguístico de Minas Gerais (EALMG)». alib.ufba.br. Consultado em 15 de junho de 2022 
  12. http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Hospitalar.asp?VCo_Unidade=3152702123436[ligação inativa]
  13. http://www.paroquiadeprados.com.br/site/

Ligações externas editar

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