Quipapá

município do Estado de Pernambuco, Brasil

Quipapá é um município brasileiro do estado de Pernambuco.

Quipapá
  Município do Brasil  
Praça da Igreja Matriz de Quipapá
Praça da Igreja Matriz de Quipapá
Praça da Igreja Matriz de Quipapá
Símbolos
Bandeira de Quipapá
Bandeira
Hino
Lema Quipapá de Todos
Gentílico quipapaense
Localização
Localização de Quipapá em Pernambuco
Localização de Quipapá em Pernambuco
Localização de Quipapá em Pernambuco
Quipapá está localizado em: Brasil
Quipapá
Localização de Quipapá no Brasil
Mapa
Mapa de Quipapá
Coordenadas 8° 49′ 40″ S, 36° 00′ 42″ O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes Canhotinho, Jurema, São Benedito do Sul e Panelas; São José da Laje e Ibateguara (Alagoas).
Distância até a capital 180 km
História
Fundação 1900 (124 anos)
Administração
Prefeito(a) Genivaldo Timóteo Bezerra (Republicanos (partido político), 2023–2024)
Características geográficas
Área total [1] 230,614 km²
População total (estatísticas IBGE/2014[2]) 25 381 hab.
Densidade 110,1 hab./km²
Clima Tropical (As')
Altitude 462 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,552 baixo
PIB (IBGE/2012[4]) R$ 127 096 mil
PIB per capita (IBGE/2012[4]) R$ 1 300,66
Sítio quipapa.pe.gov.br (Prefeitura)

História

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O município de Quipapá teve origem sua na povoação que se ergueu no local, concentrada em redor de pequena capela que obteve o status de freguesia, com certa homenagem a Nossa Senhora da Conceição de Quipapá.

Foi desbravado pelos anos de 1630 a 1697, trabalho realizado pelos negros foragidos, que faziam parte do Quilombo dos Palmares, ergueu-se oficialmente entre 1795 e 1796, quando o capitão Francisco Rodrigues de Melo junto a sua esposa, D. Ana Maria dos Prazeres, instalaram-se na Fazenda das Panelas, resultando no município do mesmo nome.

O distrito criado com o nome Quipapá, deu-se pela lei provincial número 432, de 23 de Junho de 1857, onde ficou sob pleito do município de Panelas.

Anos mais tarde, foi elevado à categoria de vila com a denominação somente de Quipapá (lei provincial nº 1402, de 12 de maio de 1879) e instalado em 18 de julho de 1879. A ascensão ao status de município, deu-se de forma definitiva, em 19 de maio de 1900, pela Lei Estadual número 432, separando-se do município de Panelas (Número 54, de 23 de novembro de 1905, onde foi criado o distrito de Pau Ferro e anexado ao município de Quipapá.

Como divisão administrativa, o município é constituído de seis distritos: Quipapá, Barra de Jangada, Jurema, Pau Ferro, Queimadas e São Benedito, onbde mais tarde o distrito de Jurema é também elevado à categoria de município.

Em 1938, atravé do decreto-lei nº 235, de 9 de dezembro de 1938, o distrito de São Sebastião da Barra foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito de Quipapá e São Benedito. Entre 1939 e 1943, o município é constituído de quatro distritos: Quipapá, Igarapeba, Pau Ferro e São Benedito.

Em 1963, desmembra-se do município de Quipapá os distritos de Iraci e Igarapeba, para formar o novo município de São Benedito do Sul, ex-Iraci. Neste sentido, a divisão territorial de 31 de dezembro de 1963, consta o município constituído apenas de 2 distritos: Quipapá e Pau Ferro. Assim permanecendo em divisão territorial até os dias atuais.[5]

Etimologia

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A origem do nome Quipapá possui diversas versões, algumas de cunho folclórico. Outras com origem africana, sendo que nessa última, trata-se de um corruptela de quipacá, que significa asilo de fugitivos.[5]

Segundo outros, a palavra é de origem tupi, oriunda de uma planta da família das cactáceas, o quipá. Que no plural ficaria quipaquipá, e com passar do tempo, uma sílaba foi extinta, resultando Quipapá, que também dá o nome a de uma de suas serras e de um de seus rios.[5]

Geografia

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Localiza-se a uma latitude 08º49'40" sul e a uma longitude 36º00'42" oeste, estando a uma altitude de 462 metros. Está situada na microregião da Zona da Mata Sul ou Mata Meridional pernambucana.

Divisa com os municípios de Panelas, São Benedito do Sul, Jurema e Canhotinho, municípios pernambucanos, e ainda Ibateguara e São José da Laje, municípios alagoanos.

Sua população estimada em 2008 é de 25.301 habitantes.

Possui uma área de 225,68 km².

Seu relevo é montanhoso. E os rios Piranji, Areias e Quipapá, além de inúmeros riachos perenes, formam sua hidrografia.

Fica a aproximadamente 180 km da capital Recife, ficando ainda próxima (em média 60 km) o municípios pólo como Caruaru, Garanhuns e Palmares.

É cortada pelas rodovias BR-104, PE-126 e PE-177. A primeira liga o município as cidades de Maceió/AL e Caruaru/PE. A segunda e a terceira rodovias ligam Quipapá as cidades de Palmares e Garanhuns respectivamente.

Economia

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Relevo predominante no município de Quipapá.

Durante quase todo o século XX o município teve destaque na região, com a monocultura da cana-de-açúcar e a Usina Água Branca, indústria de grande porte do setor sucroalcooleiro, que eram, juntos, a mola propulsora da economia local.

Em meados dos anos 90 porém, o esgotamento do solo - devido provavelmente a falta de manejo adequado do mesmo -, anos seguidos de clima hostil a cultura da cana, aliados a questões trabalhistas iniciadas por ex-funcionários e problemas na área administrativa, provocaram a derrocada da Usina Água Branca, que teve sua falência decretada oficialmente pela justiça em 1997. Fato que provocou uma onde de desemprego sem precedentes na história da região e um consequente êxodo de centenas de trabalhadores, direta e/ou indiretamente afetados pelo fim das atividades da usina e do plantio em larga escala da cana no município, para diversas partes do país, principalmente para o município de São Paulo.

Atualmente, a economia quipapaense tem como base de sustentação o funcionalismo público municipal, juntamente com os programas sociais dos governos federal e estadual - realidade vivenciada por centenas de municípios brasileiros.

Na zona rural, a agropecuária participa de forma mais tímida da economia, valendo destacar: a agricultura de subsistência, promovida pelas famílias que residem — em número cada vez menor — no campo; os assentamentos de bananeiras e aracati — antigas propriedades da falida Usina Água Branca — e suas produções ainda em pequena escala; algumas poucas propriedades voltadas para a produção de leite; e a criação de gado de corte, originária em sua grande parte dos latifúndios espalhados pela zona rural do município.

A falta de um conjunto de fatores, tais como existência de uma mão-de-obra qualificada, incentivos governamentai e a existência de uma infraestrutura local é provavelmente, a maior barreira para o impulsionamento da economia e consequentemente do crescimento local, principalmente por meio da instalação de empresas geradoras de emprego e renda. Situação que continua provocando um êxodo, em proporções pequenas, porém contínuo, de jovens quipapaenses, que terminam a educação básica e se dirigem aos grandes centros urbanos das mais diversas partes do Brasil, em busca de oportunidades de emprego e de prosseguimento nos estudos.

Contudo, o município possui um grande potencial turístico — ainda pouco explorado — com destaque para as inúmeras nascentes que se espalham por todo o seu território. Destaca-se neste setor o Engenho Laje Bonita, empreendimento local que explora o turismo rural sustentável com destaque também para o aspecto histórico da localidade.

Filhos ilustres

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  • Déa Selva — atriz quipapaense, famosa nos tempos do rádio.
  • Epaminondas Bezerra — foi o criador da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova. Passou a responsabilidade do Drama do Calvário para o casal Plínio e Diva Pacheco em 1970.
  • Jaime Nicola — artista quipapaense, com obras espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Merecem destaque suas obras esculpidas em madeira nobre, que conquistaram a crítica mais especializada do país.
  • Jerônimo Gueiros — atuante na área intelectual do Recife como ministro presbiteriano, professor de Português e diretor da antiga Escola Normal Oficial.
  • José Alfredo Américo Leite — professor da UFPB, Tradutor Público Juramentado de Inglês do Estado da Paraíba de 1985 até 2012.
  • Waldemar Lopes — poeta e jornalista. Trabalhou no IBGE e na OEA.

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Estimativa Populacional 2014». Estimativa Populacional 2014. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agosto de 2014. Consultado em 29 de agosto de 2014 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 1 de outubro de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2012». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2014 
  5. a b c «Biblioteca IBGE» (PDF) 

Ligações externas

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